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CENTRO UNIVERSITÁRIO DO NORTE DE SÃO PAULO - UNORTE

10º SEMESTRE - PSICOLOGIA

GABRIELA LIMA
MONIQUE SIQUEIRA DA SILVA
PRISCILA CAVENAGHI DOMINGUES
STEPHANIE AP. FERREIRA.

“Psicologia Escolar e Educacional: história, compromissos


e perspectivas.” (Mitsuko Aparecida Makino Antunes)
Profª. Ma. Eloisa Jacomini

SÃO JOSÉ DO RIO PRETO


2023
Resumo: Psicologia Escolar e Educacional: história,
compromissos e perspectivas. (Mitsuko Aparecida Makino Antunes)

Dada a complexidade e a multiplicidade das questões a respeito da psicologia


Escolar e Educacional, abordar sua história, compromissos e perspectivas, significa
tratar de três dimensões fundamentais de seu estatuto como área de conhecimento
articulada a um campo de prática social. A natureza dessa relação se faz presente
em pelo menos duas dessas dimensões: a psicologia educacional como um dos
fundamentos científicos da educação e a psicologia escolar como modalidade de
atuação profissional no processo de escolarização, com foco na escola e nas
relações que se estabelecem neste ambiente.
Dimensões da Psicologia Escolar
 A psicologia educacional como um dos fundamentos científicos da
educação e a pratica pedagógica.
 A psicologia escolar como modalidade de atuação profissional que tem no
processo de escolarização seu campo de ação. com toco na escola e nas relações
que ai se estabelecem.
A relação entre psicologia e educação, sobretudo em suas mediações com as
teorias de conhecimento, é algo que acompanha a própria história do pensamento
humano e constitui-se como complexo e extenso campo de estudo.
 Estatuto da Psicologia Escolar e Educacional: alguns pressupostos
 A historicidade e a sociabilidade são constitutivas do ser humano; a
educação é, nesse processo, determinada e determinante
 A escola adotou ao longo da história diversas formas, em função das
necessidades a que teria que responder. tendo sido. em geral. destinada a uma
parcela privilegiada da população. a quem caberia desempenhar funções
específicas. articuladas aos interesses dominantes de uma cada sociedade.
 Deve-se, pois, sublinhar que psicologia educacional e psicologia escolar
são intrinsecamente relacionadas, mas não são idênticas. nem podem reduzir-se
uma à outra. guardando cada qual sua autonomia relativa.
A psicologia educacional pode ser considerada como uma sub área da
psicologia, que tem como vocação a produção de saberes relativos ao fenômeno
psicológico constituinte do processo educativo. Já a psicologia escolar, define-se
pelo âmbito profissional e refere-se a um campo de ação determinado, isto é, o
processo de escolarização, tendo por objeto a escola e as relações que se
estabelecem. Deve-se, portanto, ressaltar que a psicologia educacional e a
psicologia escolar são intrinsecamente relacionadas, todavia, não são idênticas
tampouco podem reduzir-se uma à outra.
 Relações entre Psicologia e Educação no Brasil: uma breve história
 A história da Psicologia Escolar e Educacional no Brasil pode ser
identificada desde os tempos coloniais, quando preocupações com a educação e a
pedagogia traziam em seu bojo elaborações sobre o fenômeno psicológico. Massimi
(1986; 1990)
 Interesses: aprendizagem. desenvolvimento. Função da família. motivação
papel dos jogos, controle e manipulação do comportamento, formação da
personalidade, educação dos indígenas e da mulher, entre outros temas que, mais
tarde, tornaram-se objetos de estudo ou campos de ação da psicologia.
 Reforma Benjamin Constant, de 1890, que transformou a disciplina filosofia
em psicologia e lógica, que, por desdobramento gerou mais tarde a disciplina
pedagogia e psicologia para o normal.
 Modelo médico da deficiência, é baseado numa visão naturalística, por este
motivo é também chamado de modelo biomédico. Para os pesquisadores que
adotam este modelo, é importante estudar o corpo, pois a partir da identificação da
lesão corporal, que e a causa das disfunções, poderão ser desenvolvidas técnicas
de Intervenção, ligadas ao campo da medicina, que serão capazes de curar ou
amenizar os impactos dessas lesões, permitindo a reintegração plena da pessoa na
sociedade Sampaio; Luz, 2009)
 Modelo Social - década de Paul Hunt na década de 60, no Reino Unido,
sua principal bandeira de luta, entre outras, era garantir a participação das pessoas
com deficiência
 Harlos (2012), a principal contribuição do seu pensamento foi o
deslocamento da deficiência de um conceito relacionado à condição do indivíduo
para um conceito social. ou seja. a deficiência não é causada exclusivamente pela
lesão. mas. surge a partir da interação entre as pessoas em sociedade. Dada sua
condição de pessoa com deficiência, advogava que a participação dessas pessoas
de forma ativa nas discussões que as envolvessem era fundamental.
 Os anos finais do século XIX e os primeiros anos do século seguinte trazem
mudanças profundas na sociedade brasileira: fortalecimento do pensamento liberal;
busca da "modernidade; luta contra a hegemonia do modelo agrário-exportador, em
direção ao processo de industrialização.
 Seria necessário um novo Homem, cabendo à educação responsabilizar-se
por sua formação.
 Defesa da difusão da escolaridade para a massa da população e uma
maior sistematização das ideias pedagógicas, com crescente influência dos
princípios da Escola Nova.
 Consolidação de um modelo psicológico baseado nos EUA e na Europa
 Alguns marcos: Serviços de Orientação Infantil, Pestalozzis, Escola para
Anormais, etc.
 Concomitantemente, o ensino nas escolas Normais e nos cursos de
Pedagogia continuavam dando a Psicologia espaço privilegiado em seus currículos
e pesquisas.
 Modelo clínico-terapêutico
 Atendimento de demandas da escola (queixa e versão da escola);
 Ação fora da sala de aula, com foco na adaptação e reeducação do aluno:
 Foco na dimensão individual do educando e em seus "problemas:
 Responsabilização da criança e da família, em nome de problemas ditos de
"ordem emocional", para justificar o desempenho do aluno na escola;
 Utilização e interpretação indiscriminadas e superficiais de teorias e
técnicas psicológicas, como os testes;
 Redução dos processos pedagógicos aos fatores de natureza psicológica.
 Modelo crítico
 Envolvimento com a construção de uma escola democrática e de
atualidade social
 Ruptura epistemológica com concepções adaptativas de Psicologia na
direção de uma Psicologia Crítica:
 Construção de uma nova praxis psicológica frente a queixa escolar:
 Articulação de ações no campo da formação de professores e de
profissionais da saúde;
 Ampliação de ação: dimensão educativa; diversos campos;
 Valorização do trabalho interdisciplinar;
 Promoção de saúde para todos os envolvidos.
 Compromissos e Perspectivas para a Psicologia Escolar e Educacional
 Latim COMPROMISSUS, particípio passado de COMPROMITTERE, "fazer
uma promessa mútua", formado por COM, "junto", mais PROMITTERE, "prometer,
garantir'
 Aquele que se compromete (neste caso, referimo-nos à Psicologia Escolar
e Educacional), aquele com quem se compromete as classes populares e aquilo
com que se compromete (a construção de uma educação democrática).
 Educação democrática significa, portanto, democratização de saberes:
saberes estes que foram historicamente privilégios - na produção e no acesso das
classes dominantes. Para que ela se realize em cada sujeito, é necessário garantir o
domínio de recursos necessários para a apreensão do conhecimento.
 Essa concepção de educação remete ao compromisso com a
concretização de políticas públicas de educação radicalmente comprometidas com
os interesses das classes populares.
A história da Psicologia Escolar e Educacional no Brasil pode ser identificada
desde os tempos coloniais, a partir da abordagem de diversos temas, tais como:
aprendizagem, desenvolvimento, função da família, motivação, papel dos jogos,
controle e manipulação do comportamento, formação da personalidade, entre outros
temas que, mais tarde, tornaram-se objetos de estudo da psicologia.
No século XIX, ideias psicológicas articuladas à educação foram também
produzidas em outras áreas de conhecimento, de maneira mais institucionalizada,
incluindo temas como aprendizagem, desenvolvimento, ensino, entre outros. Nos
anos finais desse mesmo século, é possível perceber a incorporação de conteúdos
que mais tarde vieram a ser considerados como objetos próprios da psicologia
educacional.
Os anos finais do século XIX e os primeiros anos do século seguinte trazem
mudanças profundas na sociedade brasileira. Foi nesse quadro que ocorreu a
conquista da autonomia da psicologia como área específica de conhecimento no
Brasil. Dessa forma, percebe-se uma interdependência entre psicologia e educação,
a partir da articulação entre saberes teóricos e a prática pedagógica. Psicologia e
Educação, no Brasil, são historicamente mutuamente constituintes uma da outra.
O período seguinte, a partir da década de 30, caracteriza-se pela
consolidação da psicologia no Brasil e tem como base a estreita relação
estabelecida entre essa área e a educação. Os campos de atuação da psicologia se
desenvolveram a partir dessa época, tornando-se campos tradicionais da profissão,
como a atuação clínica e a intervenção sobre a organização do trabalho, tiveram
suas raízes na educação.
Nesse contexto, começam a se diferenciar, a psicologia educacional, como
conjunto de saberes que pretende explicar e subsidiar a prática pedagógica, e a
psicologia escolar, como campo de atuação de profissionais da psicologia que atuam
no âmbito da escola, desempenhando uma função específica.
A educação é constituída por múltiplos determinantes, dentre os quais os
fatores de ordem psicológica se encontram, portanto, a psicologia tem contribuição
para a educação. A psicologia deve assumir seu lugar como um dos fundamentos da
educação, contribuindo para a compreensão dos fatores presentes no processo
educativo a partir de mediações teóricas, com a garantia de estabelecimento de
relação indissolúvel entre teoria e prática pedagógica cotidiana.
 Considerações Finais
 Necessita-se de uma Psicologia capaz de compreender o processo ensino
aprendizagem e sua articulação com o desenvolvimento, fundamentada na
concreticidade humana (determinações sócio históricas), compreendida a partir das
categorias totalidade, contradição, mediação e superação.

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