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Nome: Alexsandro Lopes Da Silva

Matrícula: 03036793
Professora: Angelica Corrêa
Disciplina: Psicologia Escolar
Turno: 6° período - Noite

PSICOLOGIA ESCOLAR - EXERCÍCIO DE REVISÃO

1 - Descreve sobre a relação entre a escola, a sociedade, a psicologia


e a educação.

A relação entre a escola, a sociedade, a psicologia e a educação é complexa e


profundamente interligada, desempenhando um papel crucial no desenvolvimento
individual e coletivo. Para compreender essa relação, é fundamental explorar os
principais pontos de interseção entre esses elementos. A escola é uma instituição central
na sociedade que desempenha um papel fundamental na transmissão de conhecimento e
valores para as gerações futuras. Ela reflete as necessidades e as expectativas da
sociedade em que está inserida. As escolas são moldadas pelos valores, normas e
culturas da sociedade que servem, e, por sua vez, têm um impacto significativo na
formação das atitudes e crenças dos indivíduos. Portanto, a escola é um importante
agente de socialização, influenciando a maneira como os alunos percebem o mundo ao
seu redor.
A psicologia desempenha um papel crucial na educação, pois ajuda a
compreender o desenvolvimento cognitivo, emocional e social dos alunos. A psicologia
educacional, em particular, se concentra em questões relacionadas ao aprendizado,
motivação, comportamento e bem-estar dos estudantes. Ela fornece insights sobre como
os alunos aprendem de maneira eficaz, como lidar com desafios acadêmicos e como
promover um ambiente de aprendizado saudável. Além disso, a psicologia também
influencia as políticas educacionais e as práticas pedagógicas. Teorias psicológicas,
como a teoria do desenvolvimento de Jean Piaget ou a teoria da aprendizagem social de
Albert Bandura, informaram a maneira como os educadores projetam currículos e
abordagens de ensino.

A compreensão das diferenças individuais e das necessidades específicas dos


alunos também é uma contribuição importante da psicologia para a educação.A relação
entre a sociedade, a escola, a psicologia e a educação é bidirecional. A sociedade
influencia a educação, definindo padrões de conhecimento e valores a serem
transmitidos, bem como financiando e estruturando o sistema educacional. A educação, por
sua vez, molda a sociedade ao influenciar a formação de cidadãos, suas habilidades e
perspectivas de futuro.

Em resumo, a relação entre a escola, a sociedade, a psicologia e a educação é dinâmica e


intrincada. Cada um desses elementos desempenha um papel vital no desenvolvimento de
indivíduos e na construção da sociedade. Compreender essa interação é fundamental para
promover sistemas educacionais eficazes e sociedades mais saudáveis e equitativas

2 Cite os principais aspectos históricos do surgimento da instituição


ESCOLA.

A Escola na Antiguidade :

Na antiguidade, a educação estava intimamente ligada à vida cotidiana do grupo social.

O ensino era muitas vezes direcionado para a transmissão de ofícios e habilidades práticas, com
ênfase na repetição de exercícios graduados e em métodos catequéticos.

Na Grécia Antiga, surgiram as primeiras escolas filosóficas, como os jardins de Academos de


Platão, onde se estudavam através de questionamentos.
A Escola na Era Medieval:

A educação tornou-se um produto da escola, especialmente para nobres e a burguesia.

Surgiram escolas do pensamento, como a Escola Patrística, que promove a educação baseada
em ideais e restrições morais da Igreja.

As aulas eram ministradas em claustros, e não havia separação por idade.

A Escola nos Séculos XVII e XVIII :

Nessa, começou a surgir a noção da época de fraqueza da criança e da responsabilidade moral


dos mestres.

Houve uma nova abordagem na organização escolar, com a separação das crianças dos adultos.

O sistema de ensino é dividido em colégios, liceus e escolas primárias, com a classe menos
favorecida tendo acesso ao ensino.

A Escola no Século XIX :

A industrialização desempenhou um papel decisivo nas mudanças educacionais dos séculos


XIX e XX.

A família passou a ser vista como uma instituição especializada, e houve uma luta pela
democratização da escola, evoluindo para a universalização do ensino.

A escola passou a ser uma instituição da sociedade, trabalhando para atender às necessidades
sociais.

A História da Escola no Brasil :

Em 1930, foi criado o primeiro Ministério da Educação no governo de Getúlio Vargas.

A primeira escola oficial no Brasil foi o Colégio dos Meninos de Jesus.

A influência da Igreja na educação persistiu durante o Império e a I República.

A República brasileira reformou o ensino de base, dividindo a responsabilidade entre Estados e


municípios e buscando a escolarização da população iletrada.

A Constituição de 1934 impôs a necessidade de um Plano Nacional de Educação (PNE), e a Lei


4.024 de 1961 trouxeram mudanças importantes na educação, incluindo a equiparação de cursos
de nível médio e a flexibilidade de intercâmbios.
A Escola nos Dias Atuais :

A escola moderna busca desenvolver integralmente o educar, tornando-o um cidadão crítico e


reflexivo capaz de atuar na sociedade.

Ela deve ser um espaço democrático de informação e transformação contínua.

A parceria entre escola e família é reconhecida como fundamental para a educação das novas
gerações.

3 Como se deu o surgimento da psicologia escolar no mundo e no Brasil?


Escreva sobre os principais aspectos.

O surgimento da psicologia escolar no mundo e no Brasil está intimamente ligado a uma série
de desenvolvimentos históricos e teóricos ao longo do século XX. Aqui, abordaremos os
principais aspectos desse processo em ambos os contextos.

No Mundo:

Século XIX e Início do Século XX: O surgimento da psicologia como disciplina científica nos
Estados Unidos e na Europa criou um ambiente propício para o desenvolvimento da psicologia
escolar. A psicologia começou a investigar os processos mentais envolvidos na aprendizagem e
no ensino.

Estados Unidos:

G. Stanley Hall e a Pedagogia: G. Stanley Hall, um dos pioneiros da psicologia, desempenhou


um papel fundamental na promoção da psicologia educacional. Ele fundou o "American Journal
of Psychology" e foi um dos primeiros a explorar a aplicação da psicologia na educação.

Lightner Witmer: Ele foi um dos precursores da psicologia escolar nos EUA, criando clínicas
psicológicas para crianças com problemas escolares.

Arnold Gesell: Contribuiu para a consolidação da figura do psicólogo escolar nos EUA.

Grã-Bretanha:

Francis Galton: Criou um centro de orientação infantil, demonstrando o interesse na avaliação


das habilidades das crianças.

Bélgica:

Ovide Decroly: Concentrou-se nas crianças atrasadas, introduzindo jogos e testes como
instrumentos para lidar com suas necessidades.

Alemanha:

Ebbinghaus: Introduziu a experimentação na prática escolar, reformando horários e métodos de


ensino.
França:

Destacou-se na psicologia escolar, com ênfase na intervenção psicológica.

Alfred Binet: Desenvolveu testes psicométricos que tiveram um impacto significativo na


identificação de alunos com necessidades escolares especiais.

Teorias do Desenvolvimento Infantil: Teóricos como Jean Piaget e Lev Vygotsky


desenvolvem com teorias sobre o desenvolvimento infantil e como a aprendizagem ocorre em
crianças, influenciando a prática da psicologia escolar em todo o mundo.

Não Brasil:

Início do Século XX: A psicologia escolar no Brasil começou a ganhar forma com a medição
de habilidades e classificação de crianças quanto à capacidade de aprendizagem e progresso
pelos vários graus escolares.

Caráter Remediativo: A principal característica da atuação em psicologia escolar no século


XX no Brasil foi o caráter remediativo, com forte influência da medicina e a consolidação de
uma atuação clínica.

Lei nº 5.692/71: Esta lei ampliou o sistema educacional brasileiro, tornando a escolaridade
obrigatória e gratuita, o que resultou em um aumento no número de alunos e desafios de
adaptação, incluindo problemas de infraestrutura e metodologias de aprendizagem, além de
dificuldades de aprendizagem .

Crítica dos Anos 70: A década de 1970 trouxe críticas à abordagem reducionista e à
classificação das crianças na psicologia escolar brasileira.

Anos 80: Nessa época, houve uma análise da atuação do psicólogo escolar no Brasil, com um
desafio para superar a visão técnica/clínica, criando espaços de reflexão, pesquisando temas e
estabelecendo parcerias com outros profissionais.

Anos 90: Foi marcado pelo surgimento do I Congresso Nacional de Psicologia Escolar e pela
fundação da Associação Brasileira de Psicologia Escolar e Educacional (ABRAPEE). Essas
iniciativas visavam à divulgação de reflexões sobre a identidade do psicólogo escolar, os
conhecimentos psicológicos e as possibilidades de atuação.

Tendências Atuais da Psicologia Escolar no Brasil: Atualmente, há uma necessidade de


ressignificação da psicologia escolar no Brasil, saindo de sua abordagem remediativa e
classificatória do passado. A profissão enfrenta o desafio de se adaptar às mudanças no meio
social e se concentra na identificação e no tratamento das dificuldades educacionais, além de
implementar programas que abordem testes e métodos de forma equilibrada e contextualizada.

A psicologia escolar, tanto no mundo como no Brasil, evoluiu significativamente ao longo dos
anos, adaptando-se às mudanças nas teorias de aprendizagem, nas políticas educacionais e nas
necessidades das crianças e dos sistemas de ensino.

4.Escreva sobre o papel do psicólogo escolar “crítico”.


O papel do psicólogo escolar "crítico" é uma abordagem que ganhou destaque a
partir da década de 1980, quando começou a se desenvolver uma análise crítica da
atuação desse profissional no contexto educacional. Nesse período, a compreensão dos
"problemas de aprendizagem" passou a ser vista como um assunto complexo, indo além
de uma abordagem técnica e clínica.

O desafio era superar a visão tradicional do psicólogo escolar, que muitas vezes
atuava de forma isolada, focado no diagnóstico e tratamento de problemas individuais
de aprendizagem. Em vez disso, o psicólogo escolar "crítico" foi concebido como um
agente de mudanças dentro da instituição escolar, desempenhando o papel de um
elemento catalisador de reflexões e um conscientizador dos papéis representando vários
grupos que compõem a instituição, conforme destacado por Andaló em 1984.

Nesse contexto, a identidade da psicologia escolar começou a se consolidar de


maneira mais específica. No entanto, ainda persistiam questões problemáticas
relacionadas à função do sistema educacional brasileiro e à formação profissional do
psicólogo escolar. O foco de atuação desse profissional passou a ser a solução de
problemas, com ênfase em abordagens preventivas e na promoção da saúde emocional e
acadêmica dos alunos. Para isso, era necessário que o psicólogo escolar conhecesse
profundamente os indivíduos com os quais trabalhava, bem como os contextos em que
atuava, levando em consideração suas histórias, culturas e especificidades. A preparação
do psicólogo escolar "crítico" tornou-se mais ampla e diversificada, não se restringindo
apenas a técnicas de avaliação e diagnóstico, mas também englobando habilidades de
intervenção, mediação de conflitos, promoção de práticas inclusivas e desenvolvimento
de estratégias de apoio emocional aos estudantes.

Além disso, esse profissional passou a ser visto como um indivíduo inserido no
contexto mais amplo da organização escolar. Um trabalho eficiente na linha do
psicólogo escolar "crítico" requer uma análise profunda da instituição, compreendendo
suas políticas, práticas pedagógicas, dinâmicas sociais e culturais. Nesse sentido, a
psicologia escolar passou a adotar um novo paradigma, reforçando que não existe um
único modelo de explicação para os desafios educacionais, e que abordagens
multidisciplinares e contextualizadas são essenciais para promover transformações
significativas no ambiente escolar.
Em resumo, o psicólogo escolar "crítico" desafia as abordagens tradicionais e
busca ser um agente de mudanças dentro das instituições de ensino, participando de
forma mais ampla e consciente, com foco na promoção da saúde e no desenvolvimento
de soluções para os problemas educacionais, levando em consideração a complexidade
dos contextos em que atua.

O principal objetivo:

- contribuir para a otimização dos processos educativos que acontecem na


instituição escolar entendidos de forma ampla e também complexa pelos
múltiplos fatores que neles intervêm.

- Aumentar a qualidade e a eficiência do processo educacional.

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