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UNIRP - CENTRO UNIVERSITÁRIO DE RIO PRETO

TRABALHO SEMESTRAL: AS IMPLICAÇÕES DAS BASES


FILÓSOFICAS E TEÓRICAS NA PRÁTICA DO PSICÓLOGO.

Disciplina: Teorias Sociocognitivas


Docente: Patrícia Lopes da Silva
Dicentes:
Gabriel Eduardo da Silva ‐ RA: 20232365

Maria Eduarda Rocha – RA: 20212941

Octávio Augusto de Almeida Carneiro – RA: 20224518

Rebeca Vitória Garcia – RA: 20224374

São José do Rio Preto - 2023


AS IMPLICAÇÕES DAS BASES FILÓSOFICAS E TEÓRICAS NA PRÁTICA DO
PSICÓLOGO.

Os fundamentos filosóficos e teóricos desempenham um papel fundamental na


prática do psicólogo, uma vez que moldam a sua abordagem e perspetiva no campo
da psicologia.

Antes da psicologia surgir como uma ciência, ela começou como parte da
filosofia e continuou por cerca de milhares de anos antes de surgir, emergir como
uma ciência no século XIX.

Os primeiros estudos sobre a psiquismo e a alma foram realizados pela


filosofia, que observou cuidadosamente as atividades humanas e a manifestação da
alma e relacionava acontecimentos com o misticismo. O termo psicologia é composto
por duas palavras gregas: "psyché" (alma) e "logos" (estudo de).

A psicologia procura, portanto, estudar a pessoa humana, especialmente a sua


dimensão interior. Do mesmo modo que o pensamento filosófico: "No domínio
filosófico, a questão do homem tornou-se o tema dominante na época da sofística
antiga (século V a.C.) e, a partir de então, acompanhou todo o desenvolvimento
histórico da filosofia ocidental..." (VAZ, 2010, p. 3)

As implicações das bases filosóficas e teóricas na prática do psicólogo, com


ênfase na teoria histórico-cultural, são significativas. A teoria histórico-cultural,
desenvolvida por Lev Vigotski, destaca a influência do ambiente social e cultural no
desenvolvimento humano.

Com ênfase no contexto cultural, a teoria histórico-cultural enfatiza a


importância de compreender o contexto cultural do indivíduo. Os psicólogos que
aplicam essa teoria consideram as influências culturais ao avaliar e tratar seus
pacientes, visando uma mediação social. Vigotski destacou a mediação social no
aprendizado e desenvolvimento. Isso significa que os psicólogos podem usar
estratégias de ensino/aprendizado que envolvam interações sociais para ajudar os
pacientes a superar desafios.

Essa teoria também sugere que a avaliação do desenvolvimento deve


considerar o contexto cultural do indivíduo. Isso significa que os psicólogos precisam
adaptar instrumentos de avaliação para garantir que sejam culturalmente relevantes
para os pacientes.

Em resumo, as bases filosóficas e teóricas, como a teoria histórico-cultural,


moldam a forma como os psicólogos compreendem o desenvolvimento humano e
orientam suas práticas. São fundamentais para orientar a prática do psicólogo,
afetando as suas abordagens terapêuticas, a compreensão do comportamento
humano, a tomada de decisões éticas, a investigação e as intervenções clínicas.

As implicações das bases filosóficas e teóricas para a prática do psicólogo, com


ênfase na teoria histórico-cultural, são significativas. A teoria histórico-cultural,
desenvolvida por Lev Vigotski, destaca a influência do ambiente social e cultural no
desenvolvimento humano.

Com a sua ênfase no contexto cultural, a teoria histórico-cultural realça a


importância de compreender o contexto cultural do indivíduo. Os psicólogos que
aplicam esta teoria têm em conta as influências culturais quando avaliam e tratam os
seus pacientes, visando a mediação social. Vigotski destacou a mediação social na
aprendizagem e no desenvolvimento. Isto significa que os psicólogos podem utilizar
estratégias de ensino/aprendizagem que envolvam interações sociais para ajudar os
pacientes a ultrapassar desafios.

Esta teoria também sugere que a avaliação do desenvolvimento deve ter em


conta o contexto cultural do indivíduo. Isto significa que os psicólogos precisam de
adaptar os instrumentos de avaliação para garantir que são culturalmente relevantes
para os pacientes.

Em resumo, os fundamentos filosóficos e teóricos, como a teoria histórico-


cultural, moldam a forma como os psicólogos compreendem o desenvolvimento
humano e orientam a sua prática. São fundamentais para orientar a prática dos
psicólogos, afetando as suas abordagens terapêuticas, a compreensão do
comportamento humano, a tomada de decisões éticas, a investigação e as
intervenções clínicas.
EPISTEMOLOGIA GENÉTICA E TEORIA HISTÓRICO-CULTURAL

A epistemologia genética sustenta que os indivíduos passam por vários


estágios de desenvolvimento durante sua vida. O desenvolvimento é observado
através do equilíbrio sobreposto entre assimilação e acomodação, levando à
adaptação. Então, nesta formulação, o ser humano absorve os dados que obtém de
fora, mas como já possui uma estrutura mental que não está “vazia”, precisa adaptar
esses dados à estrutura mental já existente. O processo de mudança é chamado de
adaptação. Este esquema sugere que qualquer conhecimento que venha de fora está
sujeito à transformação pessoal e que tudo o que é aprendido é afetado pelo que já
foi aprendido. A assimilação ocorre quando a informação é incorporada em estruturas
pré-existentes dentro desta arquitetura cognitiva dinâmica, enquanto a adaptação
ocorre quando o organismo muda de alguma forma para incorporar dinamicamente
novas informações.

Por fim, no que diz respeito a um pensamento moderno que procura uma
síntese inusitada entre biologia e lógico-matemática, que parece encontrar os seus
limites na tendência sistemática de todo o pensamento contemporâneo para uma
desconstrução ainda mais inusitada: uma autoconstrução essencialmente
esclarecida.

A prática da psicologia é profundamente influenciada pelas bases filosóficas e


teóricas que os psicólogos escolhem seguir. Duas abordagens notáveis que moldam
essa prática são a Epistemologia Genética, proposta por Jean Piaget, e a Teoria
Histórico-Cultural, desenvolvida por Lev Vigotski

A Epistemologia Genética enfatiza a construção ativa do conhecimento pelo


indivíduo ao longo de estágios de desenvolvimento cognitivo. Para um psicólogo que
adota essa perspectiva, a compreensão do desenvolvimento em estágios e a análise
das formas como o cliente construiu sua compreensão do mundo são cruciais.
Considerar a idade e o estágio de desenvolvimento do cliente é fundamental.

Por outro lado, a Teoria Histórico-Cultural destaca a influência do ambiente


social e cultural no desenvolvimento humano. Um psicólogo que segue essa
abordagem presta atenção ao contexto cultural e às interações sociais que moldam o
comportamento e a cognição do cliente. Além disso, a mediação cultural, ou seja, o
papel das ferramentas culturais como linguagem e símbolos na aprendizagem e no
desenvolvimento, é fundamental nessa perspectiva.

A Epistemologia Genética apresenta implicações para inúmeros campos da


psicologia, tanto teóricos quanto aplicadas, tais como a compreensão de aspectos
variados sobre o desenvolvimento humano e sobre processos de aprendizagem
sendo à compreensão da moralidade, da vida afetiva, cognitiva e simbólica dos
sujeitos.

A escolha entre essas bases filosóficas e teóricas é crucial, pois molda a forma
como um psicólogo entende seus clientes e suas necessidades. A Epistemologia
Genética concentra-se no desenvolvimento cognitivo individual e na construção do
conhecimento, enquanto a Teoria Histórico-Cultural enfoca a influência do ambiente
social e cultural, bem como a mediação cultural. A seleção da abordagem certa
depende das características do cliente e da visão do psicólogo sobre o processo de
crescimento e mudança. Portanto, essas bases são fundamentais para a prática da
psicologia.

O MÉTODO DE INVESTIGAÇÃO NA PSICOLOGIA HISTÓRICO-CULTURAL

O objetivo deste estudo teórico é explicar os pressupostos do método teórico


da composição da psicologia humana e do estudo do desenvolvimento histórico com
base nos métodos da psicologia histórica cultural e do materialismo histórico dialético.
São introduzidos os elementos básicos da composição e do desenvolvimento histórico
da psicologia humana, explicada a base metodológica implícita na abordagem da
pesquisa e discutido o papel mediador da composição da personalidade humana. Os
resultados nos levam a argumentar que a superação da compreensão da existência
individual pressupõe a compreensão do universal, que não pode ser visto
simplesmente como produto de condições específicas próprias do processo de
culturalização que medeia a condição humana, mas ocorre por meio da apropriação.
História e cultura constituem a condição humana.
Acredita-se que compreender esse fenômeno a partir de suas dimensões
históricas e culturais exige a adoção de uma postura ética e política na ação
organizacional, criando possibilidades de superação das condições de alienação
estabelecidas na sociedade contemporânea.
REFERÊNCIAS:

LA TAILLE, Yves de. Piaget, Vygotsky, Wallon: teorias psicogenéticas em discussão.


27. Ed.

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Moro, Maria Lucia Faria. A epistemologia genética e a interação social de crianças.


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Freitas, Joanneliese de Lucas. A Noção de Estrutura na|Gestaltpsychologiee na


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Disponível em: <https://doi.org/10.1590/0102-37722015042414443449>. ISSN 1806-
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