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Eli Reis - Psicanalista Clínico SOBRAPP - 10019

Licenciado para - Eliobaldo dos Reis gois - 10555934705 - Protegido por Eduzz.com
Eli Reis - Psicanalista Clínico SOBRAPP - 10019

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Sumário
Prefácio ......................................................................................................................... 4
Capítulo 1 ...................................................................................................................... 7
Por que me apeguei tanto?....................................................................................... 7
Capítulo 2 .................................................................................................................... 11
Amor, apego e paixão ............................................................................................. 11
Capítulo 3 .................................................................................................................... 14
Aceite a dor ............................................................................................................. 14
Capítulo 4 .................................................................................................................... 18
Somos eternos solitários ......................................................................................... 18
Capítulo 5 .................................................................................................................... 22
Negação da perda ................................................................................................... 22
Capítulo 6 .................................................................................................................... 25
Raiva ........................................................................................................................ 25
Capítulo 7 .................................................................................................................... 27
A barganha .............................................................................................................. 27
Capítulo 8 .................................................................................................................... 30
Evite querer iniciar um novo relacionamento ........................................................ 30
Capítulo 9 .................................................................................................................... 32
Tenho medo de ver ele com outra .......................................................................... 32
Capítulo 10 .................................................................................................................. 33
Negociação .............................................................................................................. 33
Capítulo 11 .................................................................................................................. 34
Tire lembranças do seu campo de visão ................................................................. 34
Capítulo 12 .................................................................................................................. 36
Tristeza profunda .................................................................................................... 36
Capítulo 13 .................................................................................................................. 37
Aceitação ................................................................................................................. 37
Conselhos.................................................................................................................... 39

Eli Reis - Psicanalista Clínico SOBRAPP - 10019

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Prefácio

Não adianta fingir que não dói; postar fotos sorrindo com as amigas,
viajando, em uma balada, mandar indiretas em redes sociais, “ficar”
com outros. Eu sempre digo que ninguém supera um término
tentando mostrar que superou; o silêncio cura mais que o barulho,
não adianta insistir em tentar mostrar que ele não faz falta; aliás,
esse último acredito que seja pra "esquecer alguém", a pior forma.
Fugir do que está dentro de você? Tentar dizer que não dói é meio
sem sentido, porque dói sim, e muito.

Dói sim; perder alguém que a gente gostava, dói. É interessante


aceitar a dor, sentir a dor e esperar passar. Tudo passa. Acredite em
mim.

Funciona mais ou menos assim: Dói tanto, que a pessoa pensa que o
mundo acabou pra ela, depois começa a caminhar pra mais longe e
se torna algo comum e libertador.

Muitos dos meus pacientes ao chegarem no consultório, chegam


dizendo que não conseguem enxergar a vida sem o outro; e no fim
do acompanhamento, com o tempo até riem de tudo que sofreu.

Acredito que nesse momento você pense assim também; eu não te


julgo, porque você entrou na relação de verdade e queria que tudo
desse certo, mas, é bom admitir que a vida tem suas falhas e
costuma destruir o que planejamos e fantasiamos.

Não quero ser pessimista, mas sim realista, as coisas dão errado sim.

Partimos do princípio, que todos nós fugimos da dor e desejamos


que todos nossos prazeres se realizem.
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Nesse momento você pode estar chorando por que queria que algo
desse certo, mas não deu; então, é importante encarar a vida com
um pouco mais de realidade.

Coloque os pés no chão e diga, mesmo que doa muito: “Meu


relacionamento acabou, eu preciso encarar essa realidade."

A realidade é libertadora ao mesmo tempo que é cruel; dói, mas


cura, machuca, mas liberta. Sinto muito que precisamos ser
honestos antes de passarmos para as próximas páginas deste livro.

Neste livro vamos falar de fatos do meu consultório sobre términos


de relacionamento.

Te garanto caro leitor, foram muitas pessoas que eu conheci todos


os dias, para mostrar que o ser humano é capaz de superar tudo
todos os dias.

Viaje comigo! Você vai aprender muito, e com certeza irei te ajudar
a sair dessa.

Irei te oferecer alguns passos adiante, que devem ser necessários


para sair desse momento de lágrimas e de dor.

O choque é muito forte dentro dos que se separam; e por isso,


começamos a sentir coisas não antes sentidas.

Entenda algo muito importante: O campo das emoções é complexo


demais, existem situações que você domina com facilidade, já
outras, você vai patinar como um aprendiz na vida.

Existem emoções que até esse escritor ainda irá viver e não saberá
sair sozinho delas; irá precisar segurar as mãos de alguém que um
dia também sofreu, e juntos sairão delas.

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Então, não se assuste por não saber como fazer e o que decidir nesse
momento de dor que você vive; é só um campo onde você ainda não
domina com maestria. Posso até te garantir que talvez em outras
relações, nunca mais sofrerá tanto quanto sofre agora.

É nesse momento, que você se encontra com um período estranho e


confuso; passa um turbilhão na sua mente e começa um processo
que chamo de “luto”.

Este é o início do “luto”. Nessa fase, a pessoa simplesmente não


acredita, é difícil ter consciência da perda e ver a nova situação.

Emocionalmente, na fase de impacto ou choque, se observa a


ausência de reação e a pessoa age como se não tivesse acontecido
nada, e como se tudo estivesse igual.

A fase de negação é mais marcada nas pessoas que foram


“deixadas” e se nota menos nas que “deixaram”. O que acontece é
que quem decidiu terminar o relacionamento e colocar um ponto
final, já passou anteriormente pela fase de negação e choque. E, por
isso, quem dá o passo para terminar o relacionamento já trabalhou
a nova situação e não mostra negação.

Assim que a pessoa tomar consciência do término e conseguir


visualizar o que está por vir, chega a fase seguinte, a de negação da
perda.

“A fase de negação é mais marcada nas pessoas que foram


‘deixadas’ e se nota menos nas que deixaram”.

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Capítulo 1

P or que me apeguei tanto?

Primeiro é interessante entender o porquê nos apegamos.


Às vezes, achamos que essa pessoa veio do “céu”, e temos tanta
certeza, que achamos que foi amor à primeira vista, e de fato não
foi, foi somente a fome com a vontade de comer, se é que me
entendeu.
Uma pausa aqui pra falar de amor à primeira vista.
Eu acredito que não exista amor à primeira vista; pode acontecer
tudo à primeira vista, menos amor; acho que surge uma atração à
primeira vista, mas não um amor.
Amor é com o tempo, sempre é assim; o amor vai surgindo com as
experiências, convivência e com o conhecimento de ambos. Li uma
frase antiga de uma monja, que dizia: “Somente um por cento da
população mundial realmente amou alguém.” Acho que ela
exagerou, mas nem tanto.
Vou reservar um capítulo neste livro pra deixar claro o que é amor,
apego e paixão; identificar vai ajudar bastante nessa superação.
Voltemos.
Eu acrescento que, quanto mais certeza você tiver que foram feitos
um para o outro, mais difícil você sai dessa.

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Lutar contra uma certeza é muito difícil, sendo que a mente já
construiu uma estrutura fantasiosa em cima daquele romance, e
desmontar isso é muito complicado.
Quem nunca ouviu a famosa frase: Fomos feitos um para o outro.
Pois é, essa frase atrapalha muito no fim de um relacionamento.
Devemos entender que não se deve criar tanta certeza em cima de
alguém; infelizmente, uma relação não depende somente do que
queremos e sim, do que o outro quer também.
Ter certezas em cima do que o outro quer é suicídio emocional, é
decepção na certa.
E tem aqueles que dizem que o outro foi um sonho realizado.
Quando enxergamos alguém como um sonho, dificilmente vamos
abrir mão, não é verdade?
Aqueles que acreditam que sua relação é um sonho realizado, terão
ainda mais dificuldade de superar um término.
Acredito que relacionamento é definido por dois seres individuais,
que resolvem viver e compartilhar suas individualidades; quando
enxergamos o relacionamento assim, ele fica leve e vivemos para
compartilhar e não criar expectativas em cima do outro.
Um relacionamento em cima de expectativas, cansa e sobrecarrega
a relação, fica chata e pesada, e tende a fracassar a qualquer
mudança de atitude do outro que foi já pré-definida por você.
O apego funciona como um hábito ou uma espécie de "vício" que
nosso cérebro tem pela pessoa.
Imagine: Você está sozinha, sem ter com quem conversar, ou até
desabafar de sua vida pessoal e partilhar de companhia diferente
das quais você já tem.
Uma curtida nas redes sociais, uma solicitação, ou algo do tipo já
aproxima a pessoa da outra.
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E, de repente, essa pessoa aparece todo dia lhe dando um bom dia
inusitado; começa agradando, se aproximando, oferecendo ao seu
cérebro, necessitado de atenção e companheirismo, tudo que ele
quer; impossível não se apegar; e se tem ainda os requisitos físicos
que você deseja, se torna mais fácil ainda.
E daí, eu começo a entender porque muitas pessoas se submetem a
viver relacionamentos tóxicos e abusivos; ou seja, não deixam o
outro porque estão tão apegadas que preferem a dor da relação, do
que a perda daquilo que passa ser uma parte delas.
Pense comigo: Não tinha alegria, o outro me dá; não tinha
companhia, o outro passa ser, e por aí adiante; ou seja, perder
aquela pessoa, embora ela seja tóxica, é perder uma parte de mim; é
perder a “minha” alegria, e então, a pessoa aceita a violência
psicológica e até agressões físicas para sustentar uma relação desse
nível.
Estudos dizem que o elogio libera substâncias químicas em nosso
cérebro como o efeito de uma droga. Sim, nos viciamos no outro, e
por apegarmos tanto, isso resulta no término da relação; algo difícil
de se superar; no fundo não temos somente um desapego, mas, uma
abstinência de alguém que éramos "viciados" a ter.
Você ficará sem o "bom dia" ou "você está linda" e outros mimos
que te fez "viciar".
Daí, o cérebro não aceita e começa esperar esses agrados; como não
depende apenas de você e sim do outro, o cérebro não entende e
começa a gerar neuroses, como: ansiedade, angústia, insônia, medo,
e outros sintomas ruins.
Entendeu por que muitas pessoas se humilham e se sujeitam a
qualquer coisa pra não perder alguém? Por isso, que o drogado
mente e rouba para matar sua vontade. Atitudes semelhantes, e
outras por demais prejudiciais, acontecem com o “viciado”
emocionalmente.
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Lembro-me de uma mulher casada, em meu consultório dizendo que
no seu trabalho, todas as manhãs era recebida por um colega com
um lindo e simples elogio, e claro, quando ele esquecia, ela dizia:
Hoje você não disse que meu cabelo estava lindo!!

Pode imaginar o que aconteceu?


Eles se apegaram e tiveram um caso de alguns meses que levou a
paciente a quase uma depressão severa, após ter mudado de
trabalho e de cidade.
Nos apegamos porque somos feitos para ter alguém, para viver em
sociedade. Um dos primeiros sintomas de depressão é o isolamento;
viver com alguém é uma necessidade às vezes, e quando isso se
encaixa, fica cada dia mais intenso.
Quanto mais intenso for a convivência, mais difícil sair; funciona o
mesmo com a droga e com relações.
É possível que nesse momento, você deve estar sendo vítima de uma
abstinência emocional.
Tomar consciência disso, já é um começo pra aceitar que precisa
seguir em frente, e entender que tudo na vida passa, e que cada dia
é um passo pra frente rumo à liberdade.
Procure mudar sua rotina, incluir em seu dia a dia novas amizades,
dedique-se a algo que há dias não fazia; uma boa caminhada ou
uma academia vai ajudar você a sair dessa abstinência logo.

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Capítulo 2

A mor, apego e paixão

Muitos sofrem no término de suas relações e nem sabem o que


realmente sentiam pela pessoa, e geralmente, costumam dizer que a
amava muito, e talvez não era amor, e sim uma paixão ou um apego
intenso.

Tem muita gente chamando apego de amor, e isso é nítido nas redes
sociais.

Amar é muito diferente de outros sentimentos.

O que é Amor:

Amor é um sentimento de carinho e demonstração de afeto que se


desenvolve entre seres que possuem a capacidade de o demonstrar.

O amor motiva a necessidade de proteção e pode se manifestar de


diferentes formas: amor materno ou paterno, amor entre irmãos
(fraterno), amor físico, amor platônico, amor à vida, amor pela
natureza, amor pelos animais, amor altruísta, amor próprio, etc.

O amor nas relações é algo leve, sadio, bom e gostoso; não é esse
tipo de relacionamento pesado, agressivo, ciumento e violento que
vemos hoje em dia.

Quando amamos de verdade parece absurdo o que vou lhe dizer,


mas, somos capazes de deixar ir por amar e não conseguir fazer
alguém feliz.

Não confunda esse sentimento lindo com paixão louca, e apego


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desesperado.

O que é então, o apego:

O apego emocional vem de compensações afetivas; ou seja, em


fases ruins, no fim de relacionamento conturbado, essa pessoa surge
como o salvador da pátria, e daí dá início ao super perigoso APEGO.

A gente pensa que no meio à tempestade achamos o nosso arco íris,


daí surge as dependências emocionais.

Analise se essa pessoa não entrou num espaço vácuo de sua vida.

Cuide de sua saúde emocional antes de se relacionar.

Apego é achar que a pessoa tem a solução para todos os problemas


de sua vida, então, nos entregamos e nos apegamos.

O apego está relacionado à possessão, porque a pessoa é a solução


de tudo, e quem quer deixar a solução ir embora?

Se apegar é quando você já não se imagina sem aquela pessoa na


sua vida. É quando a pessoa passa a ser o foco de tudo, onde então
virá a possessão, ciúmes, e por fim, dependência e apego violentos.

Aí, como você não se vê sem ela, você diz: Ah, é o amor!

Não, mil vezes não; não é o amor, o amor como eu já disse lá em


cima, é leve e não é tão violento assim.

Por isso digo que tem gente apegado demais achando que é amor
demais.

Intensidade demais, ciúmes exagerados, inseguranças absurdas,


expressões exageradas e declarações exageradas estão quase
sempre ligadas ao apego.

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Claro, faço tudo isso porque não quero perder aquilo que me
apeguei e me tornei dependente, entendeu?

E a paixão, o que é?

A paixão é química pura. Lembra do famoso frio na barriga? Pois é,


adrenalina pura, química, atração física e desejo carnal de ter o
outro.

O cérebro acostuma na química e deseja a todo custo ardentemente


o outro.

A paixão acaba com o tempo; o cérebro sempre vai querer mais e


por um tempo essa química já não surte mais tanto efeito.

Por isso vemos relacionamentos que começam com tanto “fogo” se


apagarem com o tempo, você deve conhecer alguém assim.

A paixão é momentânea e passa logo, e as relações em cima de


paixão se apagam, e acabam com o tempo o interesse.

Possivelmente ele mudou do nada porque a paixão acabou. Pense


nessa hipótese.

Em resumo meu caro leitor, é preciso identificar os seus sentimentos;


talvez, esteja sofrendo não um amor que se foi, mas sim, um apego
ou uma paixão que hora ou outra ia de fato acabar.

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Capítulo 3

A ceite a dor

Você já deve ter ouvido a frase: Aceita, que dói menos. Realmente,
essa frase tem um sentido enorme nesse momento que você está
passando.

Claro que dói; aceitar a dor e querer senti-la é um ato corajoso e


invejável que você precisa desejar.

Esteja a fim de sentir essa dor por um tempo. Não fuja dela. Encare
de frente, você vai descobrir o quanto você é forte!

Chore o que for preciso por isso; porém, depois que chorar, se
levante e nunca mais chore; mas, precisa chorar, precisa sentir,
precisa conversar sim, com quem quiser, mas aceite essa dor.

Lembre-se: Só pessoas fortes encaram suas dores, e homens fracos


machucam sim pessoas fortes, e sim, você é forte e pode passar por
isso.

O namoro ou casamento acabou ou não? Se acabou, te resta outra


coisa? A resposta é não; sinto muito, essa dor você precisa aceitar.

Você tem noção quantos casamentos e namoros terminam por dia?


O seu é só mais um, vai logo entendendo isso.

Essa dor não mata, embora pareça que sim, mas não mata; é
somente uma abstinência que logo é desaparecida por uma vida
preenchida de novas ocupações.
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Mudar a rotina ou criar uma rotina nesse momento, é bom pra lidar
com a dor; não evite não pensar, pense sim, entenda sim, e supere
sim.

Eu digo que temos duas formas de superar essa dor; fugindo de uma
maneira mais dolorosa ou enfrentando com consciência.

Fugindo, eu digo que seria bloqueando de tudo e sentindo a dor sem


medo de sofrer; evitando ver, falar e conversar com o dito cujo, vai
doer sim, e vai passar também.

Mas, enfrentar com consciência é diferente; é procurar entender o


que há de errado e por que deu errado, e aceitar que talvez, não era
mesmo pra dar certo como você pensava que ia dar certo; é tendo
consciência que foi tentando de tudo, que você se esforçou e até
perdoou talvez.

Lembro-me de um paciente que me procurou porque havia


terminado um namoro de nove anos com uma linda mulher; ele me
dizia que sabia que não daria certo, porque já eram nove anos de
tentativa, mas que não suportaria ver ela com outro homem, e que
ele era capaz de se submeter a dor da relação do que enfrentar essa
dor.

Lembro-me também, que nas análises pessoais, ele a enxergava


como um troféu, e não apenas como uma namorada; ele descobriu
que na verdade, não tinha somente medo de vê-la com outro, e sim,
tinha ela como um troféu que alimentava sua autoestima; quando
ele teve consciência disso, e começou a encarar sua autoestima, não
teve mais o medo.

A consciência é uma forma sábia de encarar a dor.

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Essa dor não mata.

Você deve conhecer alguém que depois de anos casado, terminou;


não foi? Ela morreu? Não.

Então, entenda que isso acontece a cada segundo numa sociedade


que cada vez está mais egoísta, e com dificuldade de convivência.

O que eu faço? Aceite que dói, aceite que vai sentir falta, aceite que
tudo tem um final, aceite que não era pra ser, aceite que a dor vai
diminuindo todo dia.

Mas, é claro que vai doer, meu cérebro vai perguntar: Onde está
aquele bom dia? Por que sexta à noite você está em casa? Por que
aquele rapaz não te liga mais? Então, ele vai reagir com a dor da
falta.

Muitos pacientes me dizem, mas, como posso aceitar? essa dor é


muito ruim; então, lhes questiono: Tem outro jeito? Não. É só
esperar.

O tempo passa. Aproveite pra visitar quem não visitava, pra ler,
aprender algo que precisava aprender, se ocupe até essa dor chegar
ao momento que não te incomode mais.

Mas, o período de luto demora por uns 7 meses, até sua mente
entender que ele já foi embora e pode não voltar mais; quando o
cérebro perceber, ele para de machucar você.

Existem fatos que pessoas que perdem um membro do corpo, elas


sentem ele ainda por alguns meses; imaginem essa pessoa que você
conviveu intensamente?

Em resumo de nosso tema, é simplesmente que aceitar a dor, faz ela


doer menos.
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Tenho que chorar mesmo, tenho que sentir mesmo, tenho que
aceitar essa dor.
Ah! estou torcendo por você!

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Capítulo 4

S omos eternos solitários

Quando me formei em psicanálise, tive que passar por algumas


análises com meu mentor, e ele em uma terapia disse algo que
mudou totalmente minha vida, ele me disse: Caro Eli, somos todos
eternos solitários. Eu não entendi nada, até que ele me fez algumas
perguntas.

Essas perguntas entraram em minha mente como uma broca que


fura grandes rochas, e que com certeza, vai mexer com as estruturas
da sua mente nesse capítulo.

Sim; isso mesmo, somos sozinhos. A maioria da parte do tempo,


você fala com quem? Óbvio que é com você.

Quantas pessoas já juraram não saírem de sua vida e já saíram?


Quem ficou? Só você restou.

Se você observar, talvez não é seu primeiro término; já teve outro


que passou em sua vida e que você teve que superar; e só você
continuou.

Caro leitor, vivemos como se fosse em ilhas; até trocamos conversas,


mas, quando vamos dormir, cada um é em seu lugar; ou não?!

São poucas, ou quase ninguém começa e termina a vida com a


gente, o que nos traz vazios e lacunas a serem preenchidas.

Pense comigo: Passamos nove meses no ventre de nossa mãe


sozinhos. Fomos amparados por mãe, pai, tios ou irmãos mais
velhos; crescemos e amparamos filhos e netos e; logo depois
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morremos. E aí? Vamos com alguém depois da morte? Não. Claro
que não, iremos sozinhos; ou seja, viemos sozinhos e iremos embora
sozinhos. Na vida, somos eternos solitários, todas as mãos que
lutamos pra segurar hoje, no fundo, um dia teremos que soltar.

Lembra no tempo da escola primária por exemplo? Quantos amigos


diziam que nunca iriam deixar de ser seus amigos e hoje são capazes
de ter ver na rua e nem olhar pra você; você vai parecer um
estranho.

Aceitar que sou sozinho, na verdade faz minha vida se tornar mais
leve e suave sem criar nas pessoas uma dependência emocional,
nem em mim, uma expectativa irracional.

Lembre-se do que eu disse no capítulo anterior, que somos seres


individuais e que somente compartilhamos dessa individualidade.

Por isso, quando alguém vai embora de nossa vida, nada além do
comum está acontecendo. Esses são os processos naturais da vida.
Eu sei que agora você não entende isso, porque ainda dói; mas, não
desista! Continue lendo.

Se conheça, se ame, se valorize, e veja o quanto você é única e forte.

Acredite que, quem foi embora, foi quem perdeu alguém lindo e
especial como você.

Se você não se valorizar, vai ficar sempre à mercê dos afetos dos
outros, como “mendigos emocionais”, esperando que alguém lhe
diga que ama e que está linda. Acho que esse fim está querendo te
dar uma lição linda de vida.

Talvez você chore hoje não porque ele ou ela era especial e sim,
porque você acha que precisa daqueles afetos e mimos. Tire o olho
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de lá, e olhe para você agora, e veja o quanto você precisa de você
agora.

Aí, você me pergunta: Mas, Eli, você disse lá em cima que


precisamos estar com pessoas!? Sim, precisamos, e não dependemos
delas pra viver; é muito pra quem recebe essa dependência e pior
pra quem depende.

A palavra SOLTEIRO no original, significa "por inteiro" ou seja, se


somos sozinhos, estamos completos.

Em meus atendimentos no consultório, encontro muito esse tipo de


argumento: Poxa Eli! Ele ou ela me completava. Eu respondo: aí está
o nosso grande erro. Ninguém pode nos completar, pois se
completar, quando essa pessoa precisar ir, vai deixar um vazio
enorme em nós, elas devem agregar, mas nunca completar.

Antes de se relacionar, as pessoas precisariam primeiro fazer


terapia. Eu queria que isso fosse uma lei, porque muitos entram em
relacionamentos com um vazio enorme e deixam pessoas
completarem esse vazio, e quando acabam a relação, esse buraco
fica sangrando por dias.

Se nos relacionarmos dependendo do outro, haverá cobranças


demais, e o outro, nunca, mas nunca mesmo, será o que você
espera.

A cobrança é um típico e clássico sentimento de quem sente falta


dela mesma e a anda procurando nos outros.

Falando um pouco de casamento, sou um pouco radical nisso; eu


penso que ninguém deve casar pra ser feliz, e sim, para fazer o outro
feliz; porque quando entramos numa relação para ser feliz,

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começamos uma cobrança incansável para que o outro supra tudo
que precisamos. Coitado! Não vai aguentar suprir a necessidade
afetiva de um carente. É um ato impossível.

Sim, sinto muito; você é sozinha e eu também sou, mas escolhi


compartilhar de uma vida com alguém e tenho sido feliz.

Quando você descobre que é sozinha, você olha pro outro com
menos dependência.

Aproveite sua solitude agora.

Sim, solitude é um bem estar na solidão. É possível estar só, e feliz


também; tem pessoas que escolheram isso, e são super felizes.

Experimente estar só; aproveite esse momento e invista em você, no


seu corpo, na sua beleza, em seus conhecimentos, e seja muito feliz.
Estarei aqui torcendo por você.

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Capítulo 5

N egação da perda

Dentro da famosa fase do luto, surge a tal da negação; sim, ela é


cruel, porque a mente tenta convencer que você estava errada e
tinha que até ter tentado mais um pouco.

Nesse período, ouço muito dentro do consultório frases como:

Podiamos ter tentado mais.

Fomos feitos um para o outro.

Ele me amava muito e eu também.

Nós combinavamos.

Tinhamos tantos planos juntos.

Ele prometeu ficar velhinho comigo.

Era de Deus essa união.

Conseguiram nos separar.

Frases como estas, são ditas repetidas vezes dentro de um processo


de negação; a mente nega porque quer de volta tudo que ela tinha.

É preciso entender que não é do nosso jeito. Às vezes, é aceitar. Eu


sempre repito, aceitar é a cura.

Negar só aumenta sua dor, só aumenta a vontade de correr atrás e


tentar consertar algo que talvez, não tenha mais jeito.

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É nesse momento de negação que muitos se humilham pra que o
outro volte. O nosso cérebro nesse momento chega a ser covarde
com a gente.

A mente começa a buscar respostas para entender o fim; e nesse


período de busca por respostas, a pessoa para de comer, de dormir e
de viver. Como se aquela resposta fosse o remédio que cura a alma
aflita e ansiosa.

É triste ver isso; mas, eu quero que entenda que existem respostas
que você nunca terá. Você pode até me ver como um cara grosseiro,
mas eu prefiro ser visto como um realista.

Certa vez, atendi um casal que brigou com socos dentro do meu
consultório no momento de terapia. Foi horrível ver duas pessoas
que um dia foram unidas pelo amor, parecerem dois inimigos dentro
de uma sala. Eu me lembro que a única pergunta que a mulher fazia
depois da confusão era: “Porque ele virou esse monstro?” Eu
simplesmente disse pra ela: “Porque sim!! Nenhuma resposta
mudaria a ideia dele de seguir em frente.” Na verdade ela precisava
procurar outra reposta; o porquê ela se sujeitava a um monstro
daquele.

Buscamos nas terapias e achamos a causa. Ela tinha uma baixa


autoestima e achava que era aquilo que ela merecia. Hoje ela é
completamente feliz com outro homem que realmente a faz feliz e
dá a ela tudo que não encontrou em sua vida.

Nesse período de negação, a pessoa se torna consciente do que


perdeu, mas não quer aceitar, se nega a aceitar que o
relacionamento terminou e fantasia com a volta. Um exemplo
característico dessa fase, é representado pela ideia de que o término

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pode ter sido um erro ou um acesso de raiva que saiu do controle.

Na fase de negação, a mente se concentra em buscar maneiras de


solucionar os problemas, e assim, poder retomar o relacionamento.

Esta fase tem uma função adaptativa, a qual permite ganhar tempo
para “digerir” a perda e poder continuar cumprindo com a rotina e
obrigações e, aos poucos, tomar consciência das mudanças que já
ocorreram e que ocorrerão.

Aí, vem a pergunta: Como vou superar algo que me nego aceitar que
se foi? Nunca vou superar, não é verdade?

Por isso eu digo: O tempo só cura o que está decidido dentro de


você.

Diga agora pra você mesma: “Eu aceito que não era pra ser e decido
ser feliz sem essa pessoa” (diga o nome dela).

Espero que você tenha aprendido essa lição!

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Capítulo 6

R aiva

Depois de parar de sentir que tudo foi sua culpa, e você conseguir
repartir a responsabilidade pelo que aconteceu, você começará a
sentir raiva. Dentro das fases no término entre casais, a fase de raiva
é a mais “benéfica” ou “positiva”, porque se algo ou alguém nos
causa raiva, evitamos e procuramos removê-lo de nossa vida. E isso
em um término… é ótimo!

Eu me lembro de um paciente de 19 anos que, infelizmente, viu seu


pai ser assassinado em sua frente com vários tiros; e esse menino só
tinha 8 anos quando viu tudo isso. E depois desse acontecimento, ele
tinha uma raiva tão forte dentro dele, que qualquer palavra mal
colocada, gerava nele um surto de agressão muito forte que até em
sua mãe ele já tinha batido.

Na escola brigava tanto que era expulso, sua tia por amor a ele, me
trouxe esse rapaz que eu confesso que tive um pouco de medo. Ele
era forte e alto, mas, enfrentei assim mesmo esse desafio.

Quando ele começou a falar, eu percebia que era um menino de


ouro e não queria ser aquilo; e até se achava louco por ser tão
agressivo. Ele sofria muito por isso. Em determinada sessão, eu parei
a fala dele e disse: Que desperdício tirar isso de você! Ele assustado
me disse: Como assim, doutor? Isso me faz mal demais. Eu disse a
ele: faz mal porque está sendo canalizado nos lugares errados; já
pensou se essa energia toda fosse colocada na sua profissão, ou em
um projeto pra mudar a vida de outras pessoas? Ele pensou e disse:

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Como isso? Eu olhei nos olhos dele e respondi: Transforme a cor
desse ódio negro e faça ele ser branco

Use essa energia negativa em positiva e use-a pra ser feliz; crescer
na vida e prosperar muito. Desejo que você nunca perca esse “ódio”,
e transforme-o em coisas boas. A última vez que soube dele é que
era evangélico e ajudava jovens a seguirem o caminho da fé que ele
tinha. Confesso que me emocionei ao ouvir o testemunho de sua
própria mãe me dizendo isso.

É disso que estou falando caro leitor. Use esse poder da raiva pro seu
bem, use pra virar a página da sua vida, e decidir nunca mais sofrer.

Confesso que estou nesse momento desejando que essas palavras


entrem em seu coração como uma espada e mude tudo aí agora.

Por que a raiva é a melhor coisa que pode acontecer com você no
luto pelo término do relacionamento? Porque a raiva, quando bem
conduzida, é um motor muito poderoso. Em primeiro lugar, ela te
mantém longe daquela pessoa que você perdeu e, isso é
fundamental para a superação. Ter contato com um “ex” durante as
fases de luto faz com que as pessoas fiquem presas na fase de culpa
ou tristeza, dificilmente deixando-as avançar.

No futuro, vocês podem ser amigos, mas não durante o luto.


Portanto, a raiva ajuda a pessoa a ficar bem longe daqueles que o
machucaram. Use sua raiva para melhorar a nível pessoal; para
pensar mais em você e cuidar de si mesmo.

Mas… cuidado! Não fique preso nessa fase. Se você fizer isso, a
mesma raiva que que te protege hoje pode se voltar contra você
amanhã.

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Capítulo 7

A barganha

Depois que a ficha cai e você entendeu que o relação acabou


mesmo, você continua relutando e começa a fase de barganhar. A
sua mente tenta fazer acordos para você ter de volta esse
relacionamento.
Esses acordos chegam a ser humilhantes em alguns casos, e a
pessoa acaba esquecendo seu potencial e seu real valor na vida.
Chegam a fazer promessas, declarações; chegam a serem apelativas
para terem em troca a atenção e quem sabe a presença do outro.
Nessa fase, nós apelamos para tudo quanto é santo, padre,
cartomante, amigos, parentes; enfim, você promete qualquer
mudança no seu comportamento só para ter a pessoa amada de
volta.
Lembro-me de uma paciente que mudou de cidade, de gosto, de
estilo de roupa; ou seja, deixou de ser ela mesma só pra voltar para
o ex, e por fim, foi traída novamente.
Deixou de ser ela pra barganhar em uma relação que já era
fracassada. Não cometa o mesmo erro; encontre alguém que te
aceite como você é.

Nesse período, vemos pessoas irem para todos tipos de orações em


busca de um troca milagrosa da mudança do outro pra que se sinta
recompensada, fazem promessas e tudo que for preciso pra ter uma

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vida com o outro a todo custo; não sabendo ela, que pode já estar
sendo livre de alguém que fazia até mal.
Geralmente, o que acontece é que, por medo de ficar sozinha ou de
enfrentar a dor do fim do relacionamento, as pessoas acabam
voltando pelos motivos errados e não pelos certos.
Voltar pro ex é uma pendência que, às vezes, temos com a gente
mesmo e tentamos acertar isso voltando pra quem já foi.
Realmente, o medo de ficar só deixa a pessoa frágil, mas é
contraditório porque já lemos lá em cima, que somos eternos
solitários, e no final da vida acabaremos sozinho e sem levar com a
gente pra outra vida, as pessoas que amamos.
Ter medo da solidão é o medo mais desnecessário que podemos ter.
A maior parte do tempo já estamos sozinhos; quando deitamos na
cama com alguém por exemplo, ao chegar a hora de dormir, por
mais que nos divertimos com o outro durante o dia, você viaja
sozinha na sua própria mente, e é ali que vemos que somos sozinhos.
Não tenha medo de estar só. De onde vem esse medo? Porque você
não consegue estar com sua própria companhia, ela e tão ruim
assim?
Porém, não há motivos para ter medo da solidão, muito pelo
contrário, é nesse momento que devemos nos conhecer e nos cuidar
com mais carinho.
Neste momento de solidão é que devemos escutá-la; ela sempre
quer nos dizer algo; escute mais o silêncio, ele sempre tem algo
sábio a nos contar.
Ele esta tentando de dizer algo lindo, acredite em mim.
O filósofo Arthur Schopenhauer, tem uma frase que diz: “Quem,
portanto, não ama a solidão, também não ama a liberdade: apenas
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quando se está só é que se está livre *…+ Cada um fugirá, suportará
ou amará a solidão na proporção exata do valor da sua
personalidade. Pois, na solidão, o indivíduo mesquinho sente toda a
sua mesquinhez, o grande espírito, toda a sua grandeza; numa
palavra: cada um sente o que é”.
Saiba que você é muito mais do que imagina, pois, se você está aqui,
lendo este livro, está buscando o melhor caminho para aliviar a dor
que está sentindo e transformá-la em um aprendizado.

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Capítulo 8

E vite querer iniciar um novo relacionamento

Lembro-me de uma frase que dizia: quer esquecer alguém, beije um


poste. Coitado do poste se envolver numa briga que não era dele.
Seja responsável com a vida dos outros; sair de relacionamento e
envolvendo alguém em sua carência é maldade com elas e com
você.
Você envolve alguém que não tem nenhuma intenção de estar nessa
briga.
Lembro-me também, de um paciente que sofria com uma namorada
que, a qualquer briga que tinham, ela ia para um aplicativo de
relacionamento rápido desses que tem aí, e se envolvia e já não
bastasse, ainda mandava fotos das conversas para ferir e ameaçar o
seu namorado. Vendo isso, vejo o quanto ela foi irresponsável com
ela e com os outros.
Pessoas assim, sempre terminarão a vida sozinhas e sofrendo
porque não sabem lidar com dores.
Saber lidar com a dor é sábio e inteligente; o que cura um fim de um
relacionamento não é a boca, e sim, a mente e a inteligência.
Pessoas, que são envolvidas na carência do outro e depois são
descartadas quando o casal resolve voltar.
Seja responsável com seus sentimentos e com os sentimentos dos
outros.
E tem algumas pessoas que, quando terminam um namoro e
percebem que não há a outra chance de reconciliação, querem logo

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iniciar outro, como uma forma de esquecer o que passou. É daí que
vem aquela famosa expressão que diz, que não há nada melhor do
que um novo amor para esquecer o antigo. A verdade é que isso não
é muito saudável, pois seria como preencher um vazio com outra
pessoa. Prefira aproveitar essa fase para se conhecer e deixe que as
coisas aconteçam naturalmente, sem pressão.

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Capítulo 9

T enho medo de ver ele com outra

Dos pacientes que chegam em meu consultório após um término, 99


por cento, temem a mesma coisa.
Claro que se eu ainda não superei aquela pessoa, esse medo vai sim
ser forte dentro de mim, é natural que sinta isso.
Mas, vamos levantar algumas questões: Se esse homem era tão
bom, por que vocês terminaram? Não tem algo contraditório aí? Ou
seja, se você ver ele com alguém, você não está transferindo algo
bom, e sim ruim.
A outra será apenas mais uma vítima desse cara que te fez sofrer;
acho que sua ótica está te fazendo mal.
Tudo é como vemos as coisas; você vê como perda de algo porque
nós temos a sensação que somos donos do outro, e não somos. E
nada que é nosso, é bom ver nos braços de alguém. Mas, veja que
não era bom pra você e pode ser que não seja bom pro outro.
Não se machuque mais do que já está machucada, seja forte nesse
momento.
É claro, nós sabemos que você nunca terá controle do que ele vai
fazer depois do fim, por isso, não procure saber de nada dele;
somente deixe passar pra frente o que não te serviu e não foi capaz
de te fazer feliz.

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Capítulo 10

N egociação

Aos poucos, a raiva vai passando e surge uma vontade incontrolável


de tentar de novo ou de, pelo menos, conversar com o ex-par. Nesta
fase, é comum apresentar comportamentos, como: Enviar
mensagens, pedir para voltar, dizer que está com saudade, entre
outras.
Essa reaproximação é perigosa e prejudicial, principalmente se você
tem certeza que não vale mais a pena ter essa relação.
Em alguns casos como já foi dito, nem amizade é interessante ter
nos primeiros meses do término; quem sabe até depois, mas no
período de luto não é interessante.
Tenha amigos nesse momento. É interessante ter perto de você
amigos de verdade que sempre terão palavras boas pra te oferecer.
Dificilmente você sai sozinha dessa, é muito bom ter amigos fiéis que
fiquem do seu lado nesse período.
A solidão sempre será um terror pra quem está saindo de uma
relação. Evite ficar só, e pare de tentar negociar uma
reaproximação, se realmente sabe que não tem mais tentativas que
dê certo essa relação.

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Capítulo 11

T ire lembranças do seu campo de visão

Manter porta-retratos com fotografias do casal ou objetos que


tenham sido dados pela outra pessoa apenas fará com que se
lembre dela com maior frequência.
Fotos que foram armazenados em seu celular podem servir para que
machuque mais ainda a ferida deixada pelo fim da relação tenha a
coragem de apagar.
Excluir e bloquear das redes sociais não é imaturidade, é
sobrevivência; não é ser infantil, é poupar-se da dor e isso é
maturidade.
Não tem nada de interessante nas redes sociais dele que possa
ajudar. Nesse período, você deve evitar ter qualquer contato que
possa mexer novamente com seus sentimentos.
Lembro-me de um paciente que sofria muito quando via a sua ex na
redes sociais sorrindo enquanto ele sofria; essa comparação é uma
violência que você comete com você. Uma foto foi um segundo de
um momento, não significa nada.
Evite sim, ver algo que traga lembranças a você e seu coração.
Fim de relacionamento é um momento ótimo para se descobrir e
não ir atrás daquilo que já sabemos que dói.
O que os olhos não veem o coração não sente.
É momento de fato, virar a página e seguir em frente.
Conto sempre uma história aos meus pacientes; nessa história está
claro qual e o sentido da vida.
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Conta-se que um jovem rapaz procurou um velho sábio e perguntou:
Mestre, qual o sentindo da vida? O velho sábio olhando em seus
olhos disse: O sentido da vida filho, é pra frente.
Lendo isso, vejo que ir atrás de fotos, ver se ele está online ou não, é
andar pra trás; retroceder na vida e no processo natural da vida.
Aconselho que bloqueie de tudo agora, e resolva de fato ser feliz.

Por isso, procure retirar tudo isso, talvez mudar a decoração da casa,
renovar. Isso não é fugir do sofrimento e sim evitar se chatear em
momentos nos quais não estava pensando no ocorrido.

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Capítulo 12

T risteza profunda

Nesta fase, a pessoa começa a assumir e a viver na própria pele o


que o término representa. Ela começa a ter consciência de como sua
vida mudou e vai continuar mudando. E tudo isso, todas essas
consequências da perda, são as que geram uma tristeza profunda
junto com uma visão negativa do mundo, do futuro e dela mesma.
A vida caro leitor, é uma eterna mudança, tudo muda e você
também precisa mudar. Transforme essa tristeza da mudança em
combustível pra uma mudança perfeita em sua vida.
Portanto, esta fase é caracterizada por um funcionamento
psicológico seguindo a Tríade Cognitiva de Beck. A partir daí, por um
estado de tristeza profunda e sintomas de depressão. A tristeza é
uma emoção necessária para que você possa realmente enfrentar a
perda, e isso irá ajudá-lo a se conectar com o que aconteceu e
começar, pouco a pouco, a superar o sofrimento.

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Capítulo 13

A ceitação

Começo esse texto dizendo algo que mudou minha vida: "O que eu
não posso mudar, eu aceito."

Chegamos no momento talvez mais especial deste livro; onde você


precisa sim ou sim aceitar que acabou.

Aceitar o que já tinha sido fantasiado é realmente horrível e


doloroso.

Numa relação, não depende só de mim. Então, se não posso mudar


a mente do outro que volte, ou me aceite, o que me resta fazer?
Aceitar. Sim, isso mesmo, aceitar.

Se você viveu e utilizou a raiva adequadamente, já poderá passar


para a fase da aceitação. As emoções nesta fase não são
completamente positivas ou gratificantes, são emoções que lhe
permitem ver o ocorrido como uma experiência na história da sua
vida, com seus pontos negativos e positivos.

As pessoas na fase de aceitação começam a assumir o que


aconteceu, a pensar em si mesmas e a direcionar sua mente para o
futuro e não para o passado ou a perda. A aceitação é a maneira
definitiva de superar o término, e nos ajuda a pensar em construir
um futuro para nós e por nós.

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Finalmente, é importante ter em mente que as fases do luto no
término de um relacionamento não são lineares ou correlativas, algo
que é especialmente notável no início do luto; ou seja, quanto mais
recente for a perda, mais mutantes são as fases do sofrimento. Você
pode passar da fase 1 à 3 e, em seguida, para a 2 e depois para a 4.
À medida que você lida com a perda e vive o luto, verá que o
retrocesso se torna mais raro e você avança com mais frequência.
Você não se sente mais tão inseguro e começa a olhar para o futuro
com outros olhos.

Ei menina, você tinha vida antes dele! Ei rapaz, você tinha vida antes
dela! Você vai amar essa nova fase de sua vida.

Ah, até nosso livro teve um fim! (risos)

Espero que minhas palavras tenham lhe feito bem; pra você levantar
essa cabeça e voltar a viver; invista em você. Vá estudar, faça novos
amigos, e até no momento certo conhecer alguém mais
interessante.

Abraços.

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Conselhos
Espero que cada palavra que digitei nesse ebook chegue ao seu
coração como uma chave que abre as portas, e deixe sair toda a dor
que você sente nesse momento.
Sei que não é nada fácil, sei das boas lembranças que ainda
permanecem na sua mente e o quanto você está sendo forte pra sair
disso tudo.
Entenda, é melhor sofrer agora de uma vez, do que sangrar a vida
toda dentro de uma relação, que no fundo você sabe que não daria
certo.
Se ame, se poupe de dor; aceitando, é a cura de tudo isso. Desejo
que seus olhos abram e você de fato, encontre não agora, mas, lá na
frente, uma pessoa que consiga curar seu coração e fazer você feliz
como realmente você merece.
Os medos são grandes nesse momento mesmo, mas até com os
medos, a gente aprende. A solidão é terrível, mas ela também pode
nos ensinar muitas coisas.
Um filósofo Nietzsche disse: Tome cuidado ao se refugiar na solidão,
porque ela é tão viciante que pode nunca mais sair dela.
Desejo que você ao terminar esse ebook, se levante e seja a pessoa
mais feliz do mundo.
Em meu instagram, @psicanalistaelireis, alimento pessoas
diariamente com informações para superar e enfrentar crises como
essa que você está passando.
Abra a mente e o coração pra novas coisas. É incrível o que nós
podemos fazer com as tragédias de nossa vida.

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Não transforme uma tragédia em outra tragédia, pelo contrário,
transforme essa dor em combustível para você se tornar a pessoa
mais realizada da terra, e que essa realização não venha somente de
alguém, mas principalmente de você.
Esse momento tem muita coisa pra dizer; somente escute esse
silencio.
Um beijo. Que tudo dê certo pra você.

Eli Reis- Psicanalista Clínico


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