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Cabe explicar que o texto escrito é um recorte de um dos capítulos que compuseram uma
Psicologia no Brasil. Esse resultado aponta para a necessita de mais discussões sobre essas
compreender sua função social e como irão atuar com as demandas de nossa sociedade?
Entendo que a Psicologia social vislumbra a relação entre Psicologia e Sociedade, é relevante
Psicologia. Por isso, elegeu-se a revista Psicologia & Sociedade para a ampla divulgação
devido a sua relevância acadêmica e seu escopo. Buscamos por meio da revista difundir
investigação.
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Resumo
Este ensaio teórico busca apresentar a história da Psicologia por meio da explanação das
realizou-se uma revisão bibliográfica de autorias de renome que discutem esta temática. Com
complexidade que compõe essa área do saber, além das concepções e práticas
conteúdos que debatam criticamente a história da Psicologia, mostrando como essa área do
Abstract
In this theoretical essay, the history of Psychology will be presented through the explanation
of psychological ideas and scientific Psychology, aiming at its relevance to the theoretical
bibliographic review of renowned authors who discuss this theme was carried out. With the
data collection, it was observed that the elements, relationships, knowledge and social
institutions that structure Psychology sometimes influence the concepts and practices of
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psychologists in contemporary times. In order to avoid forgetting the complexity that makes
important that the psychologist receives in his initial training contents that critically debate
the history of Psychology, showing how this area of knowledge is constituted and
Resumen
teórico y práctico del a/del psicóloga/o en Brasil. Para lograr este propósito, se realizó una
revisión bibliográfica de autorías consagradas que abordan este tema. Con la recolección de
datos, se observó que los elementos, relaciones, saberes e instituciones sociales que
importante que la/el psicóloga/o reciba en su formación inicial contenidos que debatan
críticamente la historia de la Psicología, mostrando cómo esta área del saber se constituye y
1. Introdução
esquecimento, a negligência e a censura de certos fatos sociais. Esse tipo de fonte permite a
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são, normalmente, interpretados por meio de uma fonte histórica, tal como colocam Carolina
das ciências, como bem pontuam Marina Massimi, Regina Campos e Josef Brozek (2008).
Salienta-se ainda que os dois domínios são atravessados pelas contradições inerentes aos
seres humanos, por se engendrarem nas relações de classe, como demonstra Mitsuko Antunes
(2012).
A reflexão sobre o que é a Psicologia, de onde vem, para que serve e para quem serve
Martins & Mazzolini, 2011; Massimi, Campos & Brozek, 2008). O desconhecimento sobre a
isso faria com que o profissional passasse a reproduzir uma prática de forma
automática e pouco produtiva tendo em vista que perderia o olhar crítico tão
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prática profissional.
Nesse sentido, esta investigação buscou contribuir, dentro daquilo que lhe cabe, para
aceitar que uma narrativa histórica é, como lembra Domenico Hur (2019), parcial e
histórico realizado mostra-se como uma possibilidade, dentre várias, no tocante à história da
Psicologia. Por fim, seguindo a cronologia dos fatos históricos, este artigo se iniciará com a
2. As ideias psicológicas
longo do tempo, nas mais diversas culturas, representando uma reconstrução dos
Campos & Brozek, 2008). Por isso, as ideias psicológicas estão presentes desde a antiguidade
clássica, posto que, na Grécia antiga, as/os filósofas/os já pensavam sobre os fatores que
Tomar-se-á, como exemplo, a doutrina aristotélica que acreditava que a alma era o ato
são diferentes das que promovem as funções psíquicas. A primeira não se relaciona
diretamente com os fenômenos externos, como acontece nas funções psíquicas, firmando
2001).
e na teologia, tendo como foco a compreensão do ser humano enquanto objeto da catequese
restritos aos eruditos, professores e jesuítas, como nos aponta Ana Jacó-Vilela (2012). Em
suma, essas pessoas consideravam as características psicológicas dos índios brasileiros como
2005).
cura das emoções e solucionando problemas de ordem moral, enfrentados pela colonização
(Antunes, 2012). No que diz respeito especificamente à história das ideias psicológicas,
humano [era] muito relevante para a definição dos alicerces conceituais que
individual e social.
Império (Antunes, 2014). A vinda da família real, no século XIX, estimulou a criação da
2005).
no Brasil (Massimi, 2008). O discurso da classe média era orientado, basicamente, por três
2012).
a propagação de estudos científicos da sociedade brasileira (Massimi, 2005). Por causa desse
3. Psicologia científica
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psique, no âmbito individual e coletivo (Antunes, 2014). Nesse panorama, quando comparada
à Física, à Química e à Fisiologia, a Psicologia é considerada uma ciência nova, composta por
social. Portanto, como descrevem Ana Bock, Odair Furtado e Maria Teixeira (1988/2018) a
humanos como máquina, na história da Psicologia. Essa compreensão surgiu entre os séculos
XVIII e XIX, como efeito da revolução industrial. Várias/os cientistas, como Johannes
Kepler, Robert Boyle e René Descartes, pensavam nas problemáticas de suas áreas, partindo
desse conceito e modificando a imagem sobre a natureza humana, ao proporem que o corpo e
É nesse cenário que o filósofo escocês James Mill (1773-1836), norteado pela
mecanicista. Para ele, havia uma relação mecânica entre as sensações e as ideias, como
também reafirma Arthur Ferreira (2005). Por essa razão, as sensações reproduziam
Sob outra perspectiva, Auguste Comte (1798-1857) afirmava que a mente estudava
todos os fenômenos, menos os que pertenciam a ela mesma (Hothersall, 2019). Segundo a
doutrina positivista de Comte, a ciência da mente não seria passível de existir, porque não
observação da mente, mas não de uma ciência da mente, pois, para ele, esse objeto fazia parte
tange aos estados da mente e, embora houvesse várias investigações a respeito, foi apenas
com os estudos do alemão Wilhelm Wundt (1832-1920) que a Psicologia alcançou autonomia
como ciência (Figueiredo & Santi, 2018). O psicólogo Wundt é tido como o precursor na
O Laboratório de Leipzig nada mais era que um pequeno auditório, o qual se foi
ampliando para outras salas, conforme os projetos evoluíam. Esse laboratório estava inserido
mentais em Psicofisiologia, justificando o fato das investigações de Wundt terem como foco
Por meio do jornal alemão Philosophische Studien, criado por Wundt, em 1883,
Schultz, 2014). A propalação dos estudos de Wundt ocorreu, porque, na época, a mente era
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que caracterizam a vida mental. Além disso, James inseriu no seu curso de Fisiologia, em
(Figueiredo & Santi, 2018). Outro psicólogo americano que se sobressaiu, nessa época, foi
Stanley Hall, o qual é conhecido por difundir a Psicanálise nos Estados Unidos e por criar,
profissionalizando essa área, no país. Por fim, Hall defendia a importância da Psicologia na
porque, até 1880, não havia revistas ou universidades que estudassem e publicassem nos
intercâmbio de pessoas dos Estados Unidos para a Alemanha, em 1900, os EUA já haviam
das publicações, em inglês, a respeito da Psicologia científica (Schultz & Schultz, 2014).
surgimento de três revistas científicas psicológicas, de maneira que The American Journal of
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Phsycology, criado em 1887, por Hall, permanece publicando pesquisas na área da Psicologia
XX, sua independência da Filosofia e da Fisiologia, sendo descrita, em 1908, como a ciência
do comportamento e não somente da mente (Schultz & Schultz, 2014). Por outro lado, as/os
pesquisadoras/es americanas/os notaram que seus projetos recebiam mais apoio financeiro do
1890 e 1918, houve um aumento de mais de 700% nas matrículas na educação básica,
época. Frente aos gastos com a educação, as/os psicóloga/os americanas/os motivaram-se a
Outra área que também ganhou a atenção das/os psicóloga/os foi a militar, com a
testes. Esse tipo de avaliação visava à classificação das pessoas, separando as aptas das não
problemáticas cotidianas (Schultz & Schultz, 2014). Na França, o médico Jean Charcot
influenciaram grandes pensadores, como Alfred Binet, Sigmund Freud e Pierre Janet.
(Campos, 2016).
Outro exemplo da utilização da Psicologia para a seleção biológica da raça foi quando
inglesa, criando a Eugenia. Essa ciência, respaldada pela teoria da herança mental, buscava
aprimorar as qualidades das espécies, posto que pessoas talentosas tendiam a nascer
pessoas com sinais patológicos, fossem físicos e/ou psíquicos, deveriam abster-se da
revelando a razão pela qual a Psicologia esteve presente em grande parte dos trabalhos
sociedade exclui historicamente (Jacó-Vilela; Mello, 2018). Observa-se como essa perversa
lógica do ajuste científico ampara questões de cunho social, mediante as ânsias do governo e
governo com a utilização do saber científico, nos séculos XIX e XX, devido ao processo de
1900 até 1920, porque essas/es profissionais, preocupadas/os com as questões de higiene
médicas/os higienistas ligadas/os à Sociedade de Medicina (Figueiredo & Santi, 2018). Com
isso, a Psicologia Experimental de Wundt emerge pela primeira vez, no país, em 1901, por
meio da Tese de Doutorado do médico Henrique Belford Roxo, sobre a duração dos atos
primeiro brasileiro a aplicar testes de inteligência para mensurar a capacidade mental dos
específica para a Psicologia, pois somente o rigor científico traria o respaldo e a visibilidade
necessária, para que a Psicologia pudesse atuar sobre as questões da população brasileira.
Guiado pela mesma premissa, o médico psiquiatra Plínio Olinto apresenta, em 1910, na
Faculdade de Medicina do Rio de Janeiro, sua Tese a respeito da associação livre das ideias.
Assim, influenciado pelos estudos de Binet, em 1911, Olinto criou, a partir do Instituto de
engenheiro Teodoro Sampaio e o governo de São Paulo, Rocha fundou, em 1898, o primeiro
hospital para o tratamento de distúrbios psíquicos, na região, podendo aplicar a fundo suas
século XIX, por causa das epidemias de cólera e febre amarela, abrangendo questões de
Psicologia (IP) pelo país (Soares, 2010). Logo, pode-se notar que, no começo do século XX,
avaliação dos sujeitos e a construção de instituições para o tratamento das mais variadas
demandas, quer crianças, quer adultas/os ou idosas/os, como nos coloca Jurandir Costa
(2007).
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à Psicologia e suas práticas, nos hospícios, nas escolas, nas fábricas, com as famílias e,
principalmente, com a infância (Foucault, 2011). Nas décadas seguintes, sob a influência do
questões sociais que o atravessavam (Antunes, 2014). Dessa maneira, a Medicina abriu
espaço para que, entre 1920 e 1960, a Psicologia exercesse uma função social relevante, ao
Psicologia, durante dez anos (Soares, 2010). A ideologia da Liga era fundamentada na
como instrumento de controle social e adaptação dos indivíduos (Figueiredo & Santi, 2018).
maneira, apropriado para ingressar na modernidade (Gualtieri, 2008). Por esse motivo, a
instituição escolar, mas, por outro lado, possibilitou a elaboração de técnicas fundamentais
para a compreensão dos processos de ensino e aprendizagem (Soares, 2010). Desse modo,
e Orientação Profissional (Soares, 2010). Guiado pelas práticas desenvolvidas com testes
psicológicos nos Estados Unidos, Ulisses propôs, em 1924, a aplicação de testes para a
Ainda sobre a inserção das teorias psicológicas na educação, em 1927, Lourenço Filho
Medicina nos estudos psicológicos para o âmbito educacional (Soares, 2010). Cabe lembrar
modernização do país, no século XX, os quais influenciaram, assim como em outros países,
brasileira, como coloca Maria Gonçalves (2010), pois suas características promoveram o
desenvolvimento de teorias e práticas, sendo a principal base sobre a qual ela emergiu, na
tornou-se uma pessoa especialista que incorporava, nas instituições sociais, conhecimentos
colaborar para a atuação de outros profissionais como, por exemplo, dos professores.
absoluto da natureza humana. Tal visão fomentou que consolidadas áreas do saber
para dar resolutivas a pontos específicos de suas áreas, ou seja, a difusão da Psicologia
estimulou que profissionais nela buscassem elementos para incrementar suas práticas. Dentre
dimensão das influências psicológicas nessa área, assim como a dimensão da Medicina sobre
Benilton Bezerra Júnior e Jurandir Costa (2014), sendo um contraponto, nesse tipo de
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sintomas, não considerando, muitas vezes, o contexto social para construir um diagnóstico, a
Psicologia alcançaria, por meio de uma atuação implicada e voltada para a escuta do sujeito,
o rompimento com a dualidade orgânico versus psíquico (Zorzanelli, Bezerra Júnior & Costa,
2014). A estruturação de técnicas de escuta do sujeito, na sociedade, fez com que a Psicologia
Por isso, a Avaliação Psicológica (AP) configura-se como uma atividade complexa, que tem
Gomes (2019).
Viana & Gomes, 2019). Nesse tipo de avaliação, há a coleta de informações visando ao
buscando compor seu caráter científico, sendo esse desejo suprido em 1920, com o
âmbito individual e grupal (Jacó-Vilela & Mello, 2018). Em 1940, a evolução da Avaliação
Psicológica aconteceu através da análise fatorial, quando foram produzidos testes projetivos
19
Ribeiro (2010).
Nos anos 80, com o advento da Neuropsicologia, houve uma diminuição da Avaliação
específicas (Jacó-Vilela & Mello, 2018). Ainda, nesse momento, houve também a criação de
personalidade, para sua utilização em versões digitais (Ribeiro, 2010). Nos dias de hoje,
elaboração de uma vasta variedade de instrumentos, sendo o mais comum deles os testes
construiu ao longo dos anos uma relevância desses testes no meio científico (Andrade, 2018).
Por isso, a ampla utilização de testes tem sido foco de debates no meio acadêmico porque,
Psicologia sobre alguns testes psicológicos ou, quando o sabem, há uma dificuldade no
questão, é comum encontrar certos erros, como xerocopiarem de testes, aplicação equivocada
teste, como colocam Célia Vectore, Marilene Rebello, Thaís Pavanin e Ana Silva (2018).
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Apesar dos esforços do CFP, a temática a propósito dos testes psicológicos ainda é um
assunto espinhoso, para a Psicologia brasileira. Primeiramente, por revelar uma defasagem na
formação das/os psicóloga/os e, igualmente, por expor os erros nas aplicações dos
instrumentos psicológicos por profissionais dessa área (Asbahr, Martins & Mazzolini, 2011).
As discussões sobre a AP realizada via testes precisam ser mantidas e estimuladas, pois,
al., 2018).
contudo, mesmo antes de sua regulamentação, já era requisita para atuar em situações sociais
contempla, normalmente, nas redes de ensino públicas e privadas, o atendimento das queixas
escolares (Asbahr, Martins & Mazzolini, 2011, Maluf & Cruces, 2008). O marco da inserção
Cruces, 2008).
aprendizagem da/e estudante com dificuldades escolares. A despeito dos esforços e das
Por outro lado, a incessante procura da Psicologia por respostas aos problemas de
seja, a presença de um distúrbio orgânico seria a causa para muitos estudantes não
seus métodos de ensino, colaborando para a aplicação de um ensino tradicional, onde todos
aprendem no mesmo tempo e da mesma forma, como coloca Maria Helena Patto (2015).
Educação ocultou a presença de graves problemas sociais que atingem essa instituição, até
hoje (Maluf & Cruces, 2008). Por isso, nos anos 80, observam-se duras críticas a esse tipo de
Surgem, a partir dos anos 2000, iniciativas voltadas para uma melhor qualificação do
inapropriadas para a realidade brasileira. Essa mudança de paradigma foi, em grande parte,
criança, não incluindo as questões institucionais que podem estar entrelaçadas às dificuldades
métodos que podem ser usados em questões escolares. (Asbahr, Martins & Mazzolini, 2011).
Outra área da Psicologia que também foi duramente criticada, na década de 80, foi a
Psicologia clínica. Grande parte das críticas originava-se do caráter de uma formação e
atuação elitista (Asbahr, Martins & Mazzolini, 2011). O nascimento da clínica psicológica
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como uma prática burguesa se dá pela sua estruturação, no Brasil. Esse campo nasceu com os
estudos dos médicos franceses Jean-Martin Charcot (1825-1893) e Pierre Janet (1859-1947)
Conforme apontado anteriormente, a palavra clínica remete à prática médica à beira do leito
da/o paciente (Foucault, 2011). A influência do modelo médico na atuação clínica faz com
que a/o psicóloga/o, muitas vezes, direcione sua atuação para o tratamento de doenças, ao
invés da escuta do sofrimento do sujeito, como aponta Vladimir Safatle (2018). Esse
emergindo a Psicoterapia brasileira nos hospícios. Por causa disso, grande parte da população
brasileira ainda acredita que a/o psicóloga/o clínica/o é aquela/e que trata as/os “anormais” ou
atendimento psicológico, uma vez que muitas/os entendem que não precisam dessa/e
profissional, porque “não estão doentes” (Asbahr, Martins & Mazzolini, 2011).
Outro ponto que gera grande distanciamento da população com a Psicologia clínica é
o seu custo. O valor cobrado por uma consulta psicológica, quando comparada com a renda
da família brasileira, torna-se uma terapêutica para poucos, por consequência, elitizada.
Assim, a existente relação dessa área com a ideologia da elite brasileira é desvendada quando,
Observa-se, nesse sentido, que a Psicologia no campo clínico manteve sua atuação
vinculada, fielmente, às práticas médicas, estendendo seu olhar avaliativo para as instituições
8. Considerações Finais
contemporâneo, uma vez que a retomada de fatos históricos pode auxiliar no entendimento
das práticas individualizantes e elitistas que compuseram a Psicologia e que, por vezes, se
apresentam nas práticas atuais do profissional dessa área. É nesse contexto que se
estruturam diagnósticos que podem estar descontextualizados das vivências dos sujeitos, em
alguns contextos brasileiros, como, por exemplo, o clínico e o escolar. A presença de ideias
desconhece a diversidade de métodos avaliativos que compõem sua prática. Logo, se, por um
por outro lado, muitas vezes, há uma defasagem teórica e prática que dificulta que a/o
técnicos que seriam mais adequados para determinado caso, em uma avaliação psicológica,
sinaliza a necessidade de mais debates acerca dessa temática. Perante isso, a retomada
histórica emerge como uma via de esclarecimento sobre os meios avaliativos que estruturam
hoje em dia.
médicas/biológicas.
olhar da Psicologia a respeito da sociedade e dos sujeitos viabiliza que profissionais da área
possam subverter esse olhar que atravessa e restringe a existência humana. Cabe ressaltar que
singular ao sujeito, o qual consiga romper com as práticas normatizantes que ainda permeiam
a nossa sociedade.
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