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PSICOLOGO NO SUS
O psicólogo que atua na Saúde Pública deve inventar novas práticas, produzir novos
conhecimentos, voltados para as demandas da comunidade. Para isso é importante
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79.822. A profissão nasce com o status elitizado, para atender demandas clínicas,
especialmente em consultórios particulares e com atendimento individualizado.
De acordo com Brigagão et al. (2011, p. 199), “os psicólogos têm se aproximado do
campo das políticas públicas por meio das ações desenvolvidas no cotidiano
profissional, em diversas áreas, e têm construído diferentes modos de reinvenção da
prática a partir da interpretação das políticas”. Entende-se por política pública a ação
intencional, que tenha objetivos claros, com impactos no curto prazo, mesmo sendo
uma ação a longo prazo e que envolva processos decisórios nas ações de
implementação, execução e avaliação.
Oliveira e Amorim (2012), relatam que a inserção dos psicólogos nas políticas públicas
está ligada ao aumento das oportunidades de emprego nas instituições públicas e em
locais, onde o foco da intervenção está ligado às questões sociais. A intervenção dos
psicólogos nestes espaços, deve levar em conta determinantes como as condições
estruturais e sociais, bem como o capitalismo, uma vez que a profissão historicamente
esteve voltada para a manutenção da burguesia, ao se inserir nas políticas sociais,
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encaminhados por outros profissionais e muitas vezes suas demandas eram urgentes,
fazendo-os procurarem por soluções mais rápidas (Bruscato, 2012).
Saúde mental é um tema cada vez mais presente no nosso dia a dia. Se por um lado
conseguimos ampliar o debate sobre esse tema, por outro, o contato com serviços de
saúde mental como psicoterapia e consultas psiquiátricas ainda está longe de ser
acessível a todos.
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RAPS
O SUS conta com uma estrutura voltada exclusivamente para a Atenção Psicossocial,
a RAPS, instituída em 2017, fruto da luta antimanicomial e da Política Nacional de
Saúde Mental, estabelecida há mais de 20 anos. Um dos principais objetivos da RAPS
é consolidar um modelo de atenção aberto e de base comunitária, em que a pessoa
com transtornos mentais (incluindo o abuso de substâncias psicoativas) recebe um
tratamento humanizado e é incentivada a criar vínculos com a sua comunidade, indo
contra a ideia de isolar essas pessoas em hospitais psiquiátricos e tirá-las do convívio
social.
UBS
Por regra, a UBS costuma ser o primeiro contato com o atendimento de saúde mental
gratuito.
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Primeiro, é preciso marcar uma consulta com o clínico geral. No dia da consulta,
converse com o médico e diga como está se sentindo para pedir um encaminhamento
para o psicólogo.
Caso o próprio clínico ou o psicólogo identifique que o seu sofrimento se encaixa num
quadro moderado ou grave, ele pode realizar o encaminhamento para uma unidade
do CAPS.
CAPS
Não se preocupe, pois o médico responsável pela sua avaliação na UBS fará o
encaminhamento já de acordo com a sua necessidade e a disponibilidade de CAPS
na sua região.
Não tenha vergonha e fale tudo o que lhe incomoda e o que está acontecendo com
você. O profissional não está ali para julgá-lo, mas para acolhê-lo e definir, juntamente
com você, as melhores estratégias de tratamento.
As(Os) psicóloga(os), em seu trabalho, devem visar à garantia dos direitos das
pessoas com deficiência, de modo a romper com práticas do isolamento, seja em
ambientes segregados dentro de instituições comuns, seja em instituições exclusivas,
ou mesmo na própria família. Além disso, no que se refere a inserção familiar,
comunitária e social da pessoa com deficiência, é fundamental que o trabalho da(o)
psicóloga(o) tenha como objetivo a articulação com as famílias e os serviços, a fim de
favorecer a autonomia, a liberdade de ir e vir, a participação em decisões e espaços
frequentados pela pessoa com deficiência.
A Lei Brasileira de Inclusão dispõe sobre princípios relativos à garantia de direitos das
pessoas com deficiência, mesmo em situações em que não há plena e constante
capacidade decisional. Sendo assim, cabe afirmar que a(o) psicóloga(o), em qualquer
prática psicológica prestada a essas pessoas, há de garantir o direito à tomada de
decisão, à promoção de sua acessibilidade e apoios necessários para a efetivação da
liberdade de escolha e de sua expressão. O Decreto nº 7.612, de 17 de novembro de
2011, que institui o Plano Nacional dos Direitos da Pessoa com Deficiência, organiza
a atenção às pessoas com deficiência a partir de quatro eixos: o acesso à educação,
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Ainda nesse contexto, faz-se necessário que a(o) psicóloga(o) realize intervenções
práticas que proporcionem as condições para o desenvolvimento da autonomia, do
protagonismo da pessoa com deficiência em suas atividades diárias, além da
participação social e comunitária, com vistas à sua reintegração. No que diz respeito
ao direito à Saúde, a(o) psicóloga(o) em conformidade com a LBI, deve viabilizar
atenção integral à saúde da pessoa com deficiência em todos os níveis de
complexidade, garantindo seu acesso universal e igualitário à saúde. Quanto ao direito
à Educação, a Convenção sobre os Direitos das Pessoas com Deficiência, normatiza
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Nesse aspecto, a(o) psicóloga(o) deve pautar suas intervenções de modo a não
estigmatizar, não individualizar e/ou culpabilizar a pessoa com deficiência. A(O)
psicóloga(o), em seu exercício profissional, precisará ter posicionamento crítico e
realizar sua prática pensando na lógica inversa, ou seja, o contexto educacional é que
possui limitações que, costumeiramente, são atribuídas à pessoa com deficiência. Por
fim, o CRP SP afirma seu compromisso social para com as pessoas com deficiência,
de modo a reconhecê-las em seus direitos, de maneira digna e em condições de
equidade e liberdade de decisão e escolhas. Da mesma forma, as(os) psicólogas(os),
em seus diferentes campos e áreas de atuação, devem alinhar suas práticas
profissionais na perspectiva da desinstitucionalização, na promoção de um cuidado
integral e não conivente com possíveis violações contra os direitos da pessoa com
deficiência.
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BIBLIOGRAFIA
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https://npd.uem.br/eventos/assets/uploads/files/evt/12/trabalhos/12_2130_15404787
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https://uniesp.edu.br/sites/_biblioteca/revistas/20201222112757.pdf
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Nacional de Promoção dos Direitos da Pessoa com Deficiência (SNPD) • VIVER SEM
LIMITE – Plano Nacional dos Direitos da Pessoa com Deficiência: SDHPR/SNPD,
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atuaA%CC%81%E2%80%9Eo-de-psicU%CC%82logxs-no-atendimento-de-
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