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BACHARELADO EM PSICOLOGIA

PSICOLOGIA SOCIAL e HOSPITALAR: TEORIA E PRÁTICA

Ana Clara Pereira de Albuquerque

Joyce Kethelen Alves Dias

Maria Cecília Amorim

Sarah Carollyne Bezerra da Rocha Silva

Sulamita Juliana Mendes da Silva

RECIFE, 2023
Relatório das visitas técnicas da disciplina Prática Integrativa I,
apresentado ao Prof. Anderson Freire, para nota da AV2.

Introdução

O presente relatório é referente à avaliação da disciplina de Prática


Integrativa I, onde foram abordados tipos de prática psicológica. Para a nota da
AV2, tratamos da psicologia social e da atuação do profissional no CAPS, e da
psicologia hospitalar e a atuação do profissional na saúde.

Foram vistos conteúdos em sala de aula referentes aos temas


abordados, e realizadas duas visitas técnicas – a primeira em uma unidade de
CAPS (Centro de Atenção Psicossocial) e a segunda em um hospital de rede
privada do Recife.

O objetivo da disciplina é o de trazer o aluno as noções de prática


profissional e relacioná-las com o conteúdo estudado em sala de aula, numa
junção de teoria e prática.

No âmbito social, abordaremos o papel do psicólogo na saúde pública e


na promoção da saúde, mais especificamente sobre sua atuação no CAPS,
que é o órgão que presta serviços de saúde de forma multidisciplinar para a
comunidade.

Já no âmbito hospitalar, buscaremos discorrer sobre a atuação do


psicólogo nos hospitais, que busca o acolhimento e o entendimento dos
aspectos psicológicos em torno do fenômeno do adoecimento, entre outras
variáveis.
Psicologia Social – A atuação do profissional de psicologia no CAPS.

Referencial Teórico

A visão da psicologia voltada à sua atuação clínica é algo que muitas


vezes dificulta o entendimento do que seja o aspecto social da psicologia,
separado da ideia de consultório e da prática curativa do saber médico.

Os seres humanos são seres sociais e a eles são conferidos direitos


básicos e inalienáveis assegurados pela legislação. Para que tais direitos
legais sejam garantidos e colocados em prática, o estado utiliza-se de políticas
públicas, que são ações e programas desenvolvidos para tal fim. Configurando-
se as políticas públicas como importantes espaços para garantia dos direitos
humanos, entende-se que o profissional de psicologia possui um forte papel de
contribuição neste processo. (Gesser, 2013)

De acordo com Gama e Koda, a 1ª Conferência Internacional sobre


Atenção Primária em Saúde, realizada em 1978, tinha o objetivo de “implantar
um programa nacional de serviços básicos de saúde que funcionaria como
porta de entrada de um sistema unificado e hierarquizado de saúde” (2008, p.
420). Diversas ações foram tomadas e, dez anos depois, com a promulgação
da nova Constituição brasileira, o SUS (Sistema Único de Saúde) foi
implantado. A partir daí, abrem-se oportunidades para que profissões de saúde
se insiram na saúde pública, com diversos programas sendo desenvolvidos.
Tais programas vêm configurando, nas últimas décadas, um campo de trabalho
para o profissional de psicologia.

Essa abertura acaba por desencadear um afastamento da figura curativa


do médico e um fortalecimento de ações preventivas e equipes
multidisciplinares atuando em Unidades Básicas de Saúde (UBS) e em
ambulatórios de saúde mental. Porém, há uma dificuldade de compreensão do
papel de cada profissional dentro deste novo sistema, principalmente pela
formação em psicologia estar pautada primordialmente em atendimentos
clínicos privados.

Esta nova realidade apresenta demandas diferentes daquelas para os


quais o profissional se preparou em sua formação e que são muito mais ligadas
às condições econômicas e sociais da nova clientela. As políticas públicas em
saúde mental vão se delineando aos poucos

com a criação dos chamados equipamentos substitutivos, formados


pelos Centros de Atenção Psicossocial (CAPS), as residências
terapêuticas, os centros de convivência, as oficinas abrigadas de
trabalho e as enfermarias psiquiátricas em hospital geral. Abre-se ao
psicólogo um novo campo de trabalho, que coloca novamente o
desafio de transformação de sua própria prática. (Gama e Koda,
2008, p. 421)

Dentro desse contexto, surge o Programa Saúde da Família (PSF) que


busca a promoção de saúde e prevenção de doenças, além de fortalecer a
relação da população com as equipes de saúde. Tais equipes são
multidisciplinares e compostas por médicos generalistas, enfermeiros,
auxiliares de enfermagem e agentes comunitários, além de outros profissionais
que podem ser incorporados à equipe, como os psicólogos.

É importante, neste ponto, a reflexão acerca das diferentes realidades


sociais observadas em nosso país. Alguns locais possuem populações vivendo
em situações extremamente precárias e que acabam por ser um desafio para
profissionais de saúde mental, que atuam em frentes muito diferentes daquelas
para os quais se prepararam para atuar. Pessoas que muitas vezes não têm o
que comer e até mesmo lhes falta um local de moradia, dificilmente exigirão do
profissional um atendimento que fuja do objetivo de ter suas necessidades
básicas atendidas. No entanto, é possível trabalhar de forma a alcançar um
acolhimento psicológico e possibilidades de ação que estejam a seu alcance.
(Gama e Koda, 2008)

Diferente do atendimento clínico tradicional privado, que na maioria das


vezes é individualizado e com uma aproximação estritamente definida através
de contrato, em situações de atendimento dentro dos programas sociais há um
acercamento entre paciente e profissional, que muitas vezes chega a fazer,
inclusive, visitas domiciliares.

Sendo assim, é preciso, como profissionais, entendermos a necessidade


de nos libertarmos das “amarras que prendem a atuação do psicólogo a uma
única ação” (Cintra e Bernardo, 2017, p.886), e entender que a área de
trabalho vai muito além da clínica. A prática curativa individualizante alia-se a
demais ações que promovem autonomia, prevenção, saúde pública e direitos
humanos, nas mais diversas modalidades, seja no SUS, nas escolas, hospitais,
fóruns e tribunais e salas de aula.

Descrição da Visita / Ambiente

Falar sobre as impressões do ambiente visitado

Análise da prática

Fazer uma análise relacionando teoria e prática na atuação do


profissional
Psicologia Hospitalar

Referencial Teórico

De acordo com Castro e Bornholdt (2004), o termo psicologia hospitalar,


utilizado com exclusividade no Brasil, confunde-se com a psicologia da saúde
em outros países. Tais termos, porém, não são equivalentes, sendo o hospital
entendido como o local de tratamento de doenças, distante do termo saúde.

Neste ponto, ao falar da prática profissional na saúde, é importante citar


as intervenções:

 Primária: Promoção e educação para a saúde, antes de instalação de


doenças.
 Secundária: Já existe uma demanda, onde o profissional atua para
prevenir efeitos adversos.
 Terciária: Trabalho com pessoas com problemas de saúde já instalados,
atuando para minimizar o sofrimento (Castro e Bornholdt, 2004).

De acordo com a resolução 02/01, o psicólogo hospitalar

atua em instituições de saúde, participando da prestação de serviços


de nível secundário ou terciário da atenção a saúde; (...) Atende a
pacientes, familiares e/ou responsáveis pelo paciente; membros da
comunidade dentro de sua área de atuação; membros da equipe
multiprofissional e eventualmente administrativa, visando o bem estar
físico e emocional do paciente; (...) Oferece e desenvolve atividades
em diferentes níveis de tratamento, tendo como sua principal tarefa a
avaliação e acompanhamento de intercorrências psíquicas dos
pacientes que estão ou serão submetidos a procedimentos médicos,
visando basicamente a promoção e/ou a recuperação da saúde física
e mental. Promove intervenções direcionadas à relação
médico/paciente, paciente/família, e paciente/paciente e do paciente
em relação ao processo do adoecer, hospitalização e repercussões
emocionais que emergem neste processo. (2001, p. 13)

Segundo Simonetti, a psicologia hospitalar é o “campo de entendimento


e tratamento dos aspectos psicológicos em torno do adoecimento” (2016, p.
15). Ou seja, a psicologia não é responsável por cuidar apenas de doenças
psicossomáticas, mas todo tipo de adoecimento, que afeta a vida e,
consequentemente, a psique do doente.
Ainda segundo o mesmo autor, há um objetivo na psicologia hospitalar
de buscar a subjetividade do paciente adoecido. Subjetividade essa que
encontra-se mexida por conta do processo de adoecimento.

A psicologia ocupa um lugar de fundamental importância em um


hospital. Ao adoecer, uma pessoa precisa lidar com diversos sentimentos e
emoções, em diversos graus diferentes, além de precisar lidar com fato do
adoecimento em si. São muitas variáveis de mudança de rotina, relação
familiar e social e até de capacidade física.

Descrição da visita / ambiente

Falar sobre as impressões do ambiente visitado

Análise da prática

Fazer uma análise relacionando teoria e prática na atuação do


profissional
Referências Bibliográficas

CASTRO, E. K. de; BORNHOLDT, E. (2004). Psicologia da saúde x


psicologia hospitalar: definições e possibilidades de inserção
profissional. Psicologia: Ciência E Profissão, 24(3), 48–57. Disponível em:
https://doi.org/10.1590/S1414-98932004000300007. Acesso em: 19/11/2023

CFP – Conselho Federal de Psicologia. Página oficial da instituição, 2001.


Disponível em
https://site.cfp.org.br/wp-content/uploads/2006/01/resolucao2001_2.pdf. Acesso
em 18/11/2023.

CINTRA, Marcela Spinardi; BERNARDO, Márcia Hespanhol. Atuação do


Psicólogo na Atenção Básica do SUS e a Psicologia Social. Psicologia:
Ciência e Profissão. Pontifícia Universidade Católica de Campinas, São Paulo,
2017.

GAMA, Carlos Alberto Pegolo; KODA, Mirna Yamazato. Psicologia


Comunitária e Programa de Saúde da Família: Relato de uma Experiência
de Estágio. Psicologia Ciência e Profissão. Universidade São Francisco,
Itatiba, 2008.

GESSER, Marivete. Políticas Públicas e Direitos Humanos: Desafios à


atuação do psicólogo. Psicologia Ciência e Profissão. Conselho Federal de
Psicologia, Brasília, 2013.

SIMONETTI, Alfredo. Manual de psicologia hospitalar: o mapa da doença.


São Paulo: Casa do Psicólogo, 2016.
Apêndices

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