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Do Sintoma à Síndrome (Cap.

27)

- Transfundos ou ancoragens (Pano de fundo geral):

1) estáveis: 1.1) personalidade: passividade, dependência, agitação, etc

1.2) inteligência : delírios mais ricos e complexos caso o paciente apresente um QI


elevado; pacientes com inteligência reduzida, temos delírios com poucos detalhes e
elaboração.

2) mutáveis: afetam as funções psíquicas elementares como a consciência, atenção, humor,


etc. Estas ancoragens são mais circunstanciais

- Sintomas específicos ou emergentes: são manifestações perceptíveis e delimitáveis; são as


vivências e os fenômenos clínicos.

Fenômenos - função psíquica:

Alucinação – senso percepção

Tristeza – afetividade

Delírio – juízo de realidade

Obsessão – pensamento

Paramnésia – memória

Os fatores predisponentes e precipitantes:

Predisponentes: genéticos, a infância e adolescência, assim a formação e história do indivíduo.


Isto gera um vulnerabilidade constitucional. (história remota)

Precipitantes: situações ou acontecimentos que desencadeiam o sintoma e a síndrome. No


caso, um stress, um trauma, uma perda. Em geral são fatos recentes.

Os fatores patogênico, patoplástico e psicoplástico:

Patogênico: sintomas produzidos de acordo com o transtorno mental de base (TMB), ex.:
depressão (TMB), sintoma, humor triste; esquizofrênica (TMB), sintoma, alucinação e delírio.

Patoplástico: são fatores externos e prévios ao processo de adoecer, prévios ao processo


patológico de base. Inclui as manifestações do comportamento no seu ambiente social e
famililar.

psicoplástico: eventos e reações posteriores ao adoecer (conflitos, abandono, estigma social,


etc)

A EVOLUÇÃO TEMPORAL DOS TRANSTORNOS MENTAIS (TM) ( K. JASPER E K. SCHEINDER)

DIMENSÃO TEMPORAL:

Crônico: Processo: transformação lenta e insidiosa, irreversível e causa uma ruptura e uma
mudança drástica na personalidade. Ex. surto psicótico.

Desenvolvimento: evolução compreensível quer dizer, esperável pois há uma certa


continuidade. EX. ansiedade vir a desenvolver crise de pânico
Agudo:

1) Crise: tem um começo e fim abrupto com duração de segundos ou minutos. Ex. crise
de pânico, ataque epilético, crise dissociativa.
2) Reação vivencial anormal: fenômenos psicologicamente compreensíveis após eventos
vitais dramáticos, como a perda de um familiar, de um emprego, etc.
3) Fase: diz respeitos ao transtorno de humor que envolve a depressão e a mania, que
são as 2 fases do transtorno bipolar. Uma fase pode durar semanas ou meses
4) Surto: começo abrupto e faz surgir uma doença de base endógena. Causa ruptura com
sequelas irreversíveis, prejudicando a cognição e afetividade do indivíduo (Ex. déficit
pós-esquizofrênico)

Os episódios na literatura psiquiatra costumam ser divididos em 4 tipos:


1) Remissão: retorno ao estado normal (remissão de sintomas, remissão espontânea)
2) Recuperação: retorno e manutenção do estado normal (ao menos 1 ano sem recaída)
3) Recaída: retorno dos sintomas após melhora parcial ou melhora recente.
4) Recorrência: novo episódio após período de tempo igual ou superior a um ano.

AS SÍNDROMES DA PSICOPATOLOGIA (CAPÍTULO 28)

DEFINIÇÃO DE SÍNDROME: Conjunto de sintomas que se agrupam de modo recorrente.


Identificar as síndromes é o primeiro passo para ordenar a observação psicopatológica e
permitir o diagnóstico.

Teoria das Síndromes: 1) sintomas nucleares, como no delirium afeta nível da consciência e
atenção e como na depressão afeta humor e ritmo mental. Aqui temos as alterações das
funções psíquicas.
2) sintomas periféricos se organizam em torno dos sintomas nucleares e
do modo acessório ou periférico em relação a eles. Ex. fadiga, irritabilidade, insônia.

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