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Psicopatogia dos Transtornos

de Humor
TRANSTORNO AFETIVO BIPOLAR
DEPRESSÃO
TRANSTORNO DE PERSONALIDADE BORDERLINE
Meu nome é Angela

Evelyn Moreira
Silva
Psicóloga CRP 11/17512

FORMAÇÃO
FORMADA EM DIREITOS HUMANOS, DIVERSIDADES E
INCLUSÃO SOCIAL - USP
FORMADA EM NEUROPSICOFARMACOLOGIA - UFF
FORMADA EM DEPRESSÃO E SUICÍDIO NA INFÂNCIA -
UFC
FORMADA PSICOPATOLOGIA - CENTRO UNIVERSITÁRIO
ESTÁCIO DO CEARÁ
PÓS-GRADUANDA EM SAÚDE MENTAL
PÓS-GRADUANDA EM NEUROAPRENDIZAGEM
01 COMO PODEMOS DEFINIR A
PSICOPATOLOGIA?

PSICOPATOLOGIA 02 CONCEITO DE
NORMALIDADE

03 QUAIS CRITÉRIOS PODEMOS


USAR PARA A NORMALIDADE?
COMO PODEMOS DEFINIR A PSICOPATOLOGIA?
Psicopatologia pode ser definida como ramo da ciência que visa compreender o estado
essencial, tais como suas: origens genéticas, biológicas, psicológicas e sociais, mudanças
estruturais e funcionais e as formas de manifestação dos transtornos mentais. (Campbell,
1986).
As classificações são fundamentais, para que as intervenções, diagnósticos e tratamento
possam ser eficazes, e para que o curso e as diversas formas de manifestação dos transtornos
mentais sejam melhor compreendido.

R M AL?
N O
É
E Carga valorativa
QU

Normal (Desejável)
O

Anormal (Indesejado)
Separação do bom e Ruim
Exclusão
QUAIS CRITÉRIOS PODEMOS USAR PARA A
NORMALIDADE?

1. Normalidade como ausência de doença.


2. Normalidade ideal.
3. Normalidade estatística.
4. Normalidade como bem-estar.
5. Normalidade funcional.
6. Normalidade como processo.
7. Normalidade subjetiva.
8. Normalidade como liberdade.
9. Normalidade operacional.
Diagnóstico e suas
repercussões

Cada pessoa tem sua Rotulação e Exclusão Controle Social


realidade única e
inclassificável

Tratamento Adequado Políticas Públicas Compreensão e


inclusão
ef

Transtorno Bipolar
(TB)
TRANSTORNO MENTAL CRÔNICO, GRAVE E CARACTERIZADO
POR EPISÓDIOS AGUDOS DEPRESSIVOS E (HIPO) MANÍACOS,
QUE PODEM SEGUIR COM SINTOMAS MISTOS.
PERÍODOS ASSINTOMÁTICOS SÃO DENOMINADOS DE
EUTIMIA.
Contexto Histórico do TB
Hipócrates (450-370 a.C.), através da sua teoria humoral, afirmava que existiam 4 humores
no corpo: Sangue, fleuma, bílis amarela e bílis negra. Desta maneira, se bílis negra fosse
predominante, o individuo seria melancólico (depressivo), enquanto a mania simbolizava a
loucura, portanto, segundo Hipócrates, não poderia ter relação com a melancolia.

Arateus da Capadócia (médico do séc. I d.C.), a mania surgia à medida que melancolia
findava, entendo que não se tratava da mudança de uma doença para outra.

No séc. XIX, Jean-Pierre Falret, descreveu o TB como uma Loucura Circular, em que o
paciente tinha ep. de mania e depressão e entre eles um intervalo de lucidez. Em
contrapartida surgir através de Jules Baillarger a teoria que contrapõe Falret, em que, um
ep. seria consequência do outro, de tal modo que os intervalos não existiriam.
Contexto Histórico do TB

Em 1919, Emil Kraepelim (pai da psiquiatria), apresentou as diferenciações entre as


psicoses. Até então, todos os transtornos mentais eram conduzidos para psicoses. A partir
da Insanidade maníaco-depressiva (antigo nome do TB), foi diferenciada da esquizofrenia.

Ele percebeu que o curso da TB era mais estável e estava relacionada com a história
familiar. Contexto Histórico do TB

Ele incluiu aos conceitos de TB as formas mais brandas do transtorno, como as formas
limítrofes dos temperamentos, que culminou na origem do que vem sendo chamado de
Espectro Bipolar.

Em 1979, Karl Leonhard, publicou a versão traduzida para o inglês, o seu livro: A
classificação das psicoses endógenas, em que caracteriza as psicoses fásicas em formas
polares e bipolares, o que levou alguns de seus conceitos entrarem no DSM-III, a partir
disso, no DSM-IV novos subtipos de TB foram descritos, o que culminou na inclusão do TB
como um espectro no DSM-V
Epidemiologia do Transtorno
Bipolar
Envolve fatores genéticos, psicológicos, sociais e ambientais.

Transtorno bipolar I: definido como a presença de pelo menos um episódio maniáco completo
(comprometendo a função ocupacional e social normal) e, quase sempre, episódios depressivos A
incidência é praticamente igual em homens e mulheres.

Transtorno bipolar II: definido pela presença de episódios depressivos maiores com pelo menos
um episódio hipomaníaco, mas sem episódios maníacos evidentes. A incidência é relativamente
mais alta em mulheres.

Transtorno bipolar inespecífico: transtornos com características bipolares claras, porém que não
preenchem os critérios específicos para outros transtornos bipolares

No transtorno ciclotímico, os pacientes têm períodos prolongados (> 2 anos) que incluem tanto
episódios hipomaníacos como depressivos; contudo, esses episódios não atendem aos critérios

específicos para transtorno bipolar ou transtorno depressivo maior.


Epidemiologia do Transtorno Bipolar

A prevalência do TB na população mundial é, em média, de 1% para o tipo I e 1,1% para o tipo II.
Ao considerá-lo como espectro a média se torna 2,4%, chegando 4,4% no EUA, e 0,1% na Índia.
No Brasil, TB tipo I e tipo II tem prevalência geral de 2%, considerando-o como espectro, chega a 8%.
De acordo com OMS, o TB ocupa o 9º lugar na lista das principais causas de incapacidade em
indivíduos entre 15 e 44 anos.

O transtorno bipolar surge a partir dos 10 a 14 anos, tendo maior incidência dos 15 aos 40 anos.
Sinais e Sintomas

Os transtornos bipolares se iniciam com uma fase aguda de sintomas a que se segue um curso de
recaídas e remissões repetidas.

Os episódios duram de algumas semanas até 3 a 6 meses; episódios depressivos têm maior duração
do que aqueles maníacos ou hipomaníacos.

Os ciclos — o tempo a partir do início de um episódio até o início do próximo — variam em duração
entre os pacientes. Alguns pacientes apresentam episódios infrequentes, talvez, apenas alguns ao
longo de toda a vida, enquanto outros manifestam formas de ciclagem rápida
Sinais e Sintomas: Mania
Define-se um episódio maníaco como ≥ 1 semana de humor persistentemente elevado, expansivo ou irritável e
atividade direcionada a um objetivo persistentemente aumentada ou aumento perceptível da energia mais ≥ 3
sintomas adicionais:

Autoestima inflada ou grandiosidade


Diminuição da necessidade de sono
Falar mais do que o habitual
Fuga de ideias ou pensamentos acelerados
Facilidade em se distrair
Aumento das atividades direcionadas a objetivos
Envolvimento excessivo em atividades com alto potencial para consequências negativas (p. ex., gastar em
festanças, investimentos financeiros tolos)

Mania psicótica é a manifestação mais extrema, com sintomas psicóticos que podem ser difíceis de distinguir da
esquizofrenia . Os pacientes podem ter delírios extremamente grandiosos ou persecutórios (p. ex., de ser
presidente, de ser perseguido por Et's).
Sinais e Sintomas: Hipomania

Um episódio hipomaníaco não é extrema como a da mania representado por um episódio evidente que
dura ≥ 4 dias com um comportamento claramente diferente do comportamento habitual do paciente
quando não está deprimido com ≥ 3 dos sinais e sintomas adicionais listados anteriormente.

Durante o período hipomaníaco, o humor melhora, a necessidade de sono diminui à medida que a
energia aumenta visivelmente e a atividade psicomotora acelera. Para alguns pacientes, períodos
hipomaníacos são adaptativos, pois produzem alta energia, criatividade, confiança e funcionamento
social supernormal. Alguns funcionam muito bem e a produtividade não está notavelmente
comprometida.
Sinais e Sintomas: Misto

Um episódio de mania ou hipomania é designado como tendo características mistas se ≥ 3 sintomas


depressivos estão presentes quase em todos os dias do episódio. Essa condição é muitas vezes difícil de
diagnosticar e pode se ocultar em um estado cíclico contínuo;

o prognóstico é pior do que em um estado puro de mania ou hipomania.


O risco de suicídio durante episódios mistos é particularmente alto.


Tratamento do
Transtorno Bipolar
ALIMENTAÇÃO
ATIVIDADE FÍSICA
PSICOTERAPIA
FARMACOLOGIA
TRATAMENTOS
ALTERNATIVOS
PSICOTERAPIA
Terapia de Grupo ou
Individual.
Grupos de Suporte

FARMACOLOGIA
Estabilizadores do humor: lítio e certos anticonvulsivantes, especialmente carbamazepina e lamotrigina.
Os antipsicóticos de 2ª geração incluem aripiprazol, lurasidona, olanzapina, quetiapina
Esses fármacos são usadas isoladamente ou em combinação em todas as fases do tratamento, ainda que em
dosagens diferentes

Algumas vezes, adicionam-se antidepressivos específicos [p. ex., inibidores seletivos de recaptação de serotonina
(ISRSs)] para a depressão grave, mas sua eficácia é controversa; estes medicamentos não são recomendados como
terapia única para episódios depressivos.

TRATAMENTOS ALTERNATIVOS
A ECT (Eletroconvulsioterapia) é usada algumas vezes para depressão refratária ao tratamento e também é eficaz
na mania.
Estimulação magnética transcraniana repetitiva (EMTr)
Transtornos
Depressivos
Caracterizam-se por tristeza grave ou
persistente que interfere no funcionamento e,
muitas vezes, diminuir o interesse ou o prazer
nas atividades
isteza vs Depressã
Tr o

A tristeza pode ser considerada uma resposta humana universal motivada, ou seja,
uma reação às situações do cotidiano.

A depressão é um transtorno psiquiátrico caracterizado por desregulação do humor em


que o paciente apresenta alteração de humor transitório sem motivações ou
desproporcionais às causas, além de alterações cognitivas, psicomotoras e que trazem
prejuízos para os pacientes.
Aspectos Psicopatológicos
das Síndromes Depressivas
Funções cognitivas:
Funções Afetivo-volitiva:
Atenção
Exaltação afetiva ou embotamento afetivo.
Sensopercepção Rigidez afetiva
Memória Hiperbulia ou abulia
Fala e linguagem o, Insônia ou hipersonia
Ideias delirantes de ruína ou culpa. Diminuição da libido
Inteligência (baixo desempenho) Negativismo
Imaginação (diminuição da criatividade) Ideação suicida.
Transtornos Depressivos:
quais são eles?
Transtorno depressivo maior
Transtorno disruptivo da desregulação do humor
Transtorno depressivo persistente (distimia)
Transtorno disfórico pré-menstrual
Transtorno depressivo induzido por substância/medicamento
Transtorno depressivo devido a outra condição médica, outro transtorno
depressivo especificado
Transtorno depressivo não especificado.
Transtorno Depressivo Maior
Para diagnosticar a depressão maior deve ter ≥ 5 dos seguintes devem estar presentes quase todos
os dias durante o mesmo período de 2 semanas, e um deles deve ser humor deprimido ou perda de
interesse ou prazer:
Humor deprimido durante a maior parte do dia
Diminuição acentuada do interesse ou prazer em todas ou quase todas as atividades durante a
maior parte do dia
Ganho ou perda de peso significativo (> 5%) ou diminuição ou aumento do apetite
Insônia (muitas vezes insônia de manutenção do sono) ou hipersonia
Agitação ou atraso psicomotor observado por outros (não autorrelatado)
Fadiga ou perda de energia
Sentimentos de inutilidade ou culpa excessiva ou inapropriada
Capacidade diminuída de pensar, concentrar-se ou indecisão
Pensamentos recorrentes de morte ou suicídio, tentativa de suicídio ou um plano específico para
cometer suicídio
Transtorno Disruptivo da
Desregulação do Humor

A característica central é a irritabilidade crônica grave.


O diagnóstico é desconsiderado antes dos 6 anos ou após os 18 anos de idade.
Essa irritabilidade apresenta duas manifestações clínicas proeminentes:

Frequentes explosões de raiva. Elas ocorrem em resposta à frustração e podem ser verbais ou
comportamentais (na forma de agressão contra propriedade, si mesmo ou outros).
Irritabilidade grave consiste em humor persistentemente irritável ou zangado, presente entre as explosões
de raiva.
Esse humor deve ser característico da criança, estando presente na maior parte do dia.
prevalência geral de seis meses a um ano do TDDH entre crianças e adolescentes está dentro de uma
variação de 2 a 5%.
Taxas mais elevadas em crianças do sexo masculino e em idade escolar.
Transtorno Depressivo Persistente
(Distimia)

Sintomas depressivos que persistem por ≥ 2 anos sem remissão são classificados como transtorno
depressivo persistente (TDP).
Os sintomas tipicamente começam na adolescência e podem persistir por muito anos ou década.
O transtorno depressivo persistente, os pacientes devem ter tido humor deprimido na maior parte do
dia por um número maior de dias do que os dias sem sintomas durante ≥ 2 anos, e ≥ 2 dos seguintes:

Baixo apetite ou comer em excesso


Insônia ou hipersonia
Baixa energia ou fadiga
Baixa autoestima
Falta de concentração ou dificuldade em tomar decisões
Sentimentos de desespero
Transtorno Disfórico Pré-menstrual
Manifestações são semelhantes àquelas da síndrome pré-menstrual, mas são mais graves, causando sofrimento
clinicamente significativo e/ou prejuízo acentuado no funcionamento social ou ocupacional.

As pacientes devem ter ≥ 5 sintomas na semana antes da Além disso, ≥ 1 dos seguintes deve estar presente:
menstruação. Os sintomas devem começar a diminuir em alguns
dias após o início da menstruação e tornam-se mínimos ou Interesse diminuído em atividades habituais
inexistentes na semana após a menstruação. Sintomas devem Dificuldade de concentração
incluir ≥ 1 dos seguintes: Baixa energia ou fadiga
Alteração significativa no apetite, comer em excesso ou
Oscilações de humor acentuadas (p. ex., sentir-se de repente desejos por alimentos específicos
triste ou chorosa) Hipersonia ou insônia
Irritabilidade ou raiva acentuada ou conflitos interpessoais
Sensação de opressão ou de falta de controle
intensificados
Sintomas físicos como dor à palpação ou edma de mamas,
Depressão acentuada, sensação de desesperança ou
artralgia ou mialgia
pensamentos de autodepreciação
sensação de estar empanturrado e ganho de peso
Ansiedade acentuada, tensão ou sensação de nervos à flor da
pele
Tratamento para Psicoterapia Alimentação Atividade Física

os transtornos
depressivos
Fármacos Rede de apoio
Farmacologia
Inibidores seletivos de recaptação de serotonina: citalopram, escitalopram, fluoxetina,
fluvoxamina, paroxetina, sertralina.
Moduladores da serotonina (Atípicos): Trazodona, Mirtazapina
Inibidores de recaptação de serotonina e noradrenalina: desvenlafaxina, venlafaxina.
Inibidor de recaptação de dopamina e noradrenalina: bupropiona
Antidepressivos tricíclico: amitriptilina e imipramina
Inibidores da monoaminoxidase (IMAOs): fenelzina
Antidepressivo melatonérgico: Usados somente para episódios de depressão maior
Fármacos do tipo cetamina: escetamina e só pode ser utilizado no ambiente hospitalar e com
monitoramento. (uso nasal)
rapia de física
ote a

d
Ativi
Psic
tação e apoio
en d

Rede
Alim
ef

O que entendemos como


personalidade?

ef
» Construção das diversas percepções de Personalidade
pelas Psicologias;

» Individualidade.

» São características, conjuntos de comportamentos que


falam sobre esse sujeito.

ef
O que entendemos como
transtorno de
personalidade ?

ef
Um transtorno da personalidade é um padrão persistente de
experiência interna e comportamento que se desvia acentuadamente
das expectativas da cultura do indivíduo, é difuso e inflexível, começa
na adolescência ou no início da fase adulta, é estável ao longo do
tempo e leva a sofrimento ou prejuízo.

(DSM-V, 2014).
ef
TRANSTORNO DE
PERSONALIDADE SEGUNDO
DSM V
A. Um padrão persistente de experiência interna e comportamento que se
desvia acentuadamente das expectativas da cultura do indivíduo. Esse padrão
manifesta-se em duas (ou mais) das seguintes áreas:
1. Cognição (i.e., formas de perceber e interpretar a si mesmo, outras pessoas e
eventos).
Critérios: 2. Afetividade (i.e., variação, intensidade, labilidade e adequação da resposta
emocional).
3. Funcionamento interpessoal.
4. Controle de impulsos.
B. O padrão persistente é inflexível e abrange uma faixa ampla de situações
pessoais e sociais.
C. O padrão persistente provoca sofrimento clinicamente significativo e
prejuízo no funcionamento social, profissional ou em outras áreas importantes
da vida do indivíduo.
D. O padrão é estável e de longa duração, e seu surgimento ocorre pelo menos a
partir da adolescência ou do início da fase adulta.
E. O padrão persistente não é mais bem explicado como uma manifestação ou
consequência de outro transtorno mental.
F. O padrão persistente não é atribuível aos efeitos fisiológicos de uma
substância (p. ex., droga de abuso, medicamento) ou a outra condição médica
(p. ex., traumatismo craniencefálico).
GRUPO A
É caracterizado por parecer estranho ou excêntrico.

ef
Transtorno da personalidade paranoide é um padrão de
desconfiança e de suspeita tamanhas que as motivações dos
outros são interpretadas como malévolas.
Transtorno da personalidade esquizoide é um padrão de
distanciamento das relações sociais e uma faixa restrita de
expressão emocional.
Transtorno da personalidade esquizotípica é um padrão de
desconforto agudo nas relações íntimas, distorções cognitivas ou
perceptivas e excentricidades do comportamento.
GRUPO B
É caracterizado por parecer dramático, emocional ou errático.

ef
•Transtorno da personalidade antissocial é um padrão de desrespeito e
violação dos direitos dos outros.
•Transtorno da personalidade borderline é um padrão de instabilidade
nas relações interpessoais, na autoimagem e nos afetos, com
impulsividade acentuada.
•Transtorno da personalidade histriônica é um padrão de
emocionalidade e busca de atenção em excesso.
•Transtorno da personalidade narcisista é um padrão de grandiosidade,
necessidade de admiração e falta de empatia.
GRUPO C
É caracterizado por parecer ansioso ou apreensivo.

ef
•Transtorno da personalidade evitativa é um padrão de inibição social, sentimentos
de inadequação e hipersensibilidade a avaliação negativa.
•Transtorno da personalidade dependente é um padrão de comportamento
submisso e apegado relacionado a uma necessidade excessiva de ser cuidado.
• Transtorno da personalidade obsessivo-compulsiva é um padrão de preocupação
com ordem, perfeccionismo e controle.
• Mudança de personalidade devido a outra condição médica;
•Outro transtorno da personalidade especificado e transtorno da personalidade
não especificado
Transtorno de
personalidade
Borderline
O transtorno de personalidade borderline é
caracterizado por um padrão generalizado de
instabilidade e hipersensibilidade nos
relacionamentos interpessoais, instabilidade
na autoimagem, flutuações extremas de
humor e impulsividade
Transtorno de Personalidade Borderline (TPB)
ef
O Transtorno de Personalidade Borderline (TPB) segundo o Manual Diagnostico
e Estatístico de Transtornos Mentais 5 (DSM-5) tem como principais
características: um padrão de instabilidade nas relações e nos afetos sociais, na
autoimagem, com padrão de impulsividade ressaltante presente em variados
contextos e com seu surgimento na adolescência ou no início da idade adulta,
tendo a sua manifestação de modo repentino, por seu surgimento se dar em
variados contextos não se há um estimulo padrão e/ou gatilho para o início da
emissão.
(LEITE E CAMPOS,2016; APA,2014)
História do TPB
ef
Inicialmente o Transtorno de Personalidade Borderline estava enquadrado dentro do espectro
da psicose, sendo o mesmo considerada pelo CID-9 e no DSM-II, como uma forma de
esquizofrenia latente.

Com a publicação do DMS-III em 1980 ocorreram mudanças significativa nesse sistema de


diagnóstico. O DMS III veio se propondo a ser uma visão ateórica e realizando uma grande
mudança em relação ao quadro, se faz assim uma divisão desta antes denominada esquizofrenia
latente, em transtorno de personalidade esquizoide e Transtorno de personalidade borderline
colocando ambos como transtornos de personalidade
Etiologia do TPB
Segundo Pastore e Lisboa (2014), ef
Para O’Donohue e Cucciare (2007) fatores que
contribuem para uma explicação etiológica dos TPB são: a genética, experiências de
separação e perda, ambiente conturbado e caótico.
O TPB tende também está associado a um histórico de separação precoce ou ausência
da alguma figura paterna, abandono e separações problemáticas, um ambiente de
criação problemático e caótico, relacionamentos e vínculos problemáticos. (PASTORE E
LISBOA, 2014)
Leites e Campos (2016) discorre acerca de estudos que investigam aspectos relacionado
a predisposição biológica associados ao TPB. Alguns achados resultantes destas
pesquisas trazem apontamentos favoráveis acerca de sua biologia.
Diagnóstico do transtorno de personalidade
borderline
ef os pacientes devem ter: Instabilidade persistente
Para o diagnóstico do transtorno de personalidade limítrofe,
nos relacionamentos, na autoimagem e nas emoções (desequilíbrio emocional), bem como acentuada
impulsividade.
Esse padrão é caracterizado por ≥ 5 dos seguintes:
Esforços desesperados para evitar o abandono (real ou imaginado)
Relacionamentos intensos e instáveis que se alternam entre idealização e desvalorização da outra pessoa
Autoimagem ou senso do eu instável
Impulsividade em ≥ 2 áreas que pode prejudicá-los (p. ex., sexo inseguro, compulsão alimentar, dirigir de
forma imprudente)
Comportamentos, gestos e/ou ameaças repetidos de suicídio ou automutilação
Mudanças rápidas no humor, normalmente durando apenas algumas horas e raramente mais do que
alguns dias
Sentimentos persistentes de vazio
Raiva inadequadamente intensa ou problemas para controlar a raiva
Pensamentos paranoicos temporários ou sintomas dissociativos graves desencadeados por estresse
Além disso, os sintomas devem ter acontecido no início da idade adulta, mas também podem ocorrer
durante a adolescência.
A IMPULSIVIDADE

A impulsividade característica do TPB podeefocorrer através de comportamentos como:


gastos financeiros extremos, uso e abuso de drogas, compulsões alimentares, compulsão
e abuso sexual, entre outros.
A impulsividade proeminente indivíduos com TPB estão associadas a mudanças
repentinas e drástica de humor e de auto percepção decorrente de instabilidade
características desse transtorno, podendo também ocorrer mudanças repentinas no
comportamento e em diversas contextos onde o comportamento será emitido: trabalho,
carreira, relacionamentos, social, entre outras.

(FINKLER, SCHAFER E WESNER,2017; APA,2014; DALGALARRONDO E VILELA, 1999)


HUMOR
A Raiva e Ira também podem está presente no quadro ef afetivas da personalidade
borderline, com manifestações de raivas voltadas tanto para o outro, quanto para si
mesmo e as vezes direcionadas a objetos.
Raiva intensa e inapropriada ou dificuldade em controlá-la.
Explosão de sentimentos e sensações que não podem ser controladas

AUTOIMAGEM
Perturbação da identidade instabilidade acentuada e persistente da
autoimagem ou da percepção de si mesmo

(FINKLER, SCHAFER E WESNER,2017; NECSIU ; LINEHAN, 2016; LEITE E CAMPOS,2016; PASTORE E LISBOA,2014;
DALGALARRONDO E VILELA, 1999)
MEDO DE ABANDONO

ef

Indivíduos com TPB tem receio de ser abandonado, podem vim a se sentir fútil, rejeitado
ou vazio, tais medos o levam a se esforçar de forma excessiva para manter determinados
relacionamentos como meio de evitar o abandono seja ele real ou imaginário. Tais
estratégias tendem a levar a sofrimento.
Esse receio por abandono muitas vezes leva ao indivíduo a permanecer em
relacionamentos abusivos e/ou danosos, ou até buscar formas lesivas para suprir o
sentimento de vazio.
(FINKLER, SCHAFER E WESNER,2017; CUNHA E VANDENBERGHE,2016; APA,2014; DALGALARRONDO E
VILELA, 1999)
AUTOMUTILAÇÃO E COMPORTAMENTOS
SUICIDAS
ef
Aproximadamente 10% de indivíduos com TPB cometem suicídio, e em
torno de 7% a 8% tentam suicídio. Os comportamentos suicidas podem
estar associados a impulsividade e a desregulação dos afetos e da
emoção.
Considerando as ideações e pensamentos suicidas, e a probabilidade de
comportamentos auto lesivos nos casos de TPB requer uma atenção
dobrada e um maior nível de manejo clinico e estratégias de
intervenções para com indivíduos com TPB que apresentem discursos
ou indícios suicidas
Comorbidades
ef
O TPB pode vim associadas a comorbidades dificultando assim o diagnóstico e sua
detecção, levando a um diagnóstico tardio que influência a efetividade e o sucesso da
intervenção
Alguns comportamentos característicos de depressão e ansiedade estão presente como
comorbidade. Os indivíduos se sentem intensamente um vazio e as vezes sem objetivos
de vida ou propósitos, esses sofrimentos podem levar a desenvolver pensamentos ou
ideações suicidas.
TPB, HOJE !!

ef
Segundo pesquisas o transtorno de Personalidade borderline está presente em cerca
de 1,6% da população podendo chegar a 5,9% dependendo de sua variabilidade
(LEITE; CAMPOS, 2016).
Em sua maioria são sujeitos do gênero feminino em sua maior parte da adolescência
a fase adulta, vindo a minimizar os casos após essa fase (LEITE; CAMPOS, 2016).
Em relação relacionados a crescente nos casos Sousa e Vandenberghe (2005) faz
apontamentos sobre as mudanças ocorridas na sociedade como uma das possíveis
influencias para o aumento de casos de TPB, em meio aos novos modelos sociais e os
desarranjos da vida sociais que tem papeis primordiais nas angustias e podendo
assim ser estimulo para que indivíduos se comportem de forma impulsiva e
autodestrutiva. (SOUSA E VANDERNBERGHE,2005; LEITE & CAMPOS,2016).
TRATAMENTO

APIA ef PSICOFARMA
ER CO
T L
O
PSIC

ÓG
Psicoterapia focada em transferência Estabilizadores de humor: para

IC
concentra-se na interação entre paciente e depressão, ansiedade, instabilidade de

O;
terapeuta. O terapeuta faz perguntas e ajuda humor e impulsividade.
os pacientes a pensar sobre suas reações de
tal modo que possam examinar suas imagens Antipsicóticos atípicos (de 2ª geração):
distorcidas, exageradas e irrealistas do eu para ansiedade, raiva, instabilidade do
durante a sessão. humor e sintomas cognitivos, incluindo
distorções cognitivas transitórias
Terapia focada em esquema: é uma relacionadas com o estresse (p. ex.,
terapia integrativa que combina a terapia pensamentos paranoides, desorganização
cognitivo-comportamental, teoria do apego, cognitiva grave)
conceitos psicodinâmicos e terapias
focalizadas em emoções
Referências bibliográficas
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