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CURSO DE PSICOLOGIA
Nova Iguaçu
2019
INTRODUÇÃO
De acordo com o com a Biblioteca Virtual de Saúde (BVS) em 2019, cerca
de 3% da população brasileira sofre com o TAB ou cerca de 140 milhões de
pessoas ao redor do globo. A causa exata do transtorno afetivo bipolar é
desconhecida. No entanto, estudos sugerem que o problema pode estar
associado a alterações em certas áreas do cérebro e nos níveis de vários
neurotransmissores, como noradrenalina e serotonina.
O transtorno afetivo bipolar (TAB), é um transtorno crônico de longa
duração, episódico e potencialmente grave que tem como principal característica
as oscilações do humor que intercalam entre a euforia (mania) e a depressão,
além disso faz parte dos Transtornos de Humor e pode ser encontrado no DSM-
IV sob o tipo I, quando há pelo menos um episódio de mania, e tipo II, quando
há pelo menos um episódio de hipomania (SUPPES; DENNEHY, 2009). A
Classificação de Doenças Internacionais (CID) por outro lado, descreve esses
transtornos nos quais a perturbação fundamental é uma alteração do humor ou
do afeto, no sentido de uma depressão (com ou sem ansiedade associada) ou
de uma elação.
Neste trabalho acadêmico investigaremos quais as faixas etárias mais
afetadas, como possível se adquiri o transtorno, fazer um comparativo entre o
atendimento em nosso Sistema Único de Saúde (SUS) e em uma clínica privada
em um município da baixada fluminense, além dos medicamentos mais
utilizados e a importância da psicoterapia.
Figura 1 - Episódios de humor no TAB: O curso da doença de um paciente pode ser registrado em um
gráfico de humor. Podemos perceber os episódios maníacos, a eutimia (humor normal) e os episódios
depressivos. (Adaptado de Stahl, 2013)
D. O episódio não é atribuível a aos efeitos fisiológicos de uma substância (exemplo: droga de
abuso, medicamento, outro tratamento) ou a outra condição médica.
Nota: Um episódio maníaco completo que surge durante tratamento antidepressivo (exemplo:
medicamento, eletroconvulsoterapia), mas que persiste em um nível de sinais e sintomas além
do efeito fisiológico desse tratamento é evidência suficiente para um episódio maníaco.
EPISTEMOLOGIA
A última grande pesquisa feita pela Organização Mundial da Saúde (OMS)
(2019) afirma que o TAB atinge aproximadamente 30 milhões de pessoas em
todo o mundo, estando entre as maiores causas de incapacidade.
Os primeiros casos foram descritos com outros nomes, 460 anos a.C., pelo
Grego Hipócrates que era considerado “o pai da medicina”.
O diagnóstico ainda é considerado demorado, levando de 8 a 10 anos para ser
tratado de forma correta, pois a doença se confunde só com a depressão, pois
na fase de mania, euforia, o paciente sente-se tão bem que não relata o quadro
vivido ao médico, e cada vez mais a doença vem de forma mais forte, de difícil
tratamento, seja ele medicamentoso e psicoterápico.
A doença geralmente surge na adolescência, cerca de 60% dos casos tem
origem genética e somente 20% dos casos dizem respeito a um ambiente
estressor. Ela tem sintomas específicos e a evolução é um ciclo, entre a fase
depressiva e a fase eufórica. Na fase depressiva o paciente sente fadiga,
cansaço, falta de apetite ou come demais, sono ou falta de sono, falta de
atenção, concentração e dentre outros sintomas.
Ferreira (2019) afirma que o transtorno afetivo bipolar I tem uma predisposição
hereditária explicada principalmente por variáveis dos alelos mais comuns. Sua
expressão fenotípica é resultado da interação de fatores genéticos e ambientais.
O abuso físico ou sexual na infância é quase duas vezes mais frequente do que
em pessoas saudáveis e está associado ao início precoce da doença e a uma
maior gravidade. Eventos vitais e fatores de estresse crônico são importantes
gatilhos dos episódios.
Outros problemas psiquiátricos associados são comuns no transtorno afetivo
bipolar, os transtornos de ansiedade são especiais. Mais de um terço dos casos,
especialmente aqueles com distúrbio de início precoce, também têm problemas
com álcool ou drogas, como gatilhos ou como complicação secundária.
A falta de reconhecimento de sua doença e a recusa de ajuda são mais
frequentes na mania aguda do que em outras fases da doença. Isso pode tornar
o tratamento compulsivo necessário.
DIAGNÓSTICO
As drogas são a base do tratamento dos transtornos bipolares I e II, mas seu
papel nos transtornos mais leves não está bem comprovado. Psicoterapias
específicas são suplementos importantes para reduzir recaídas, tratar a
depressão e melhorar a função. Outros elementos essenciais são manter a
continuidade dos cuidados médicos e lidar com distúrbios e fatores de risco
associados à recaída, como álcool, drogas e alteração dos ritmos circadianos.
Em geral, o humor é estabilizado primeiro e depois são tratados distúrbios
psiquiátricos específicos.
Muitos medicamentos são mais eficazes para um dos pólos da doença; portanto,
pacientes com "estabilizadores de humor" (geralmente lítio ou
anticonvulsivantes) podem não ser tratados da mesma maneira para os dois
pólos.
Para mania e estados mistos, há boas evidências da eficácia de antipsicóticos,
como classe, valproato, lítio e a combinação de antipsicóticos + lítio ou valproato.
Como tratamento complementar, recomenda-se um ambiente com baixo nível
de estímulos. Tratamentos curtos com benzodiazepínicos são usados para tratar
agitação e insônia
METODOLOGIA