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TERAPIA COGNITIVO-
COMPORTAMENTAL PARA
DEPRESSÃO E TRANSTORNOS
DE HUMOR
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1.1 Transtornos bipolares e diretrizes diagnósticas segundo o DSM-V
Episódio depressivo: nesse caso, o manual destaca que cinco dos sintomas
descritos devem estar presentes durante o período de duas semanas,
sendo que o humor deprimido ou a diminuição do interesse e prazer são
indispensáveis: humor deprimido, acentuada diminuição de interesse ou
prazer, alterações significativas no peso, alterações no sono, agitação ou
retardo psicomotor, fadiga ou perda de energia, falta de concentração e
indecisão, sentimentos de inutilidade ou culpa excessiva ou inapropriada e
pensamentos recorrentes de morte (APA, 2014, p. 125).
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1.1.2 Transtorno bipolar tipo II
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1.1.4 Transtorno bipolar e transtorno relacionado induzido por
substância/medicamento
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F31.5 Transtorno afetivo bipolar, episódio atual depressivo grave com
sintomas psicóticos;
F31.6 Transtorno afetivo bipolar, episódio atual misto;
F31.7 Transtorno afetivo bipolar, atualmente em remissão.
TEMA 2 – EPIDEMIOLOGIA
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o suicídio foram história prévia de tentativa e o histórico de dias deprimidos no
último ano.
TEMA 3 – ETIOLOGIA
TEMA 4 – TRATAMENTO
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Uma dificuldade que é importante característica do portador desse
transtorno é a não aderência ao tratamento, bem como a sua interrupção precoce.
Em um estudo, Colom et al. (2000) apontaram que 60% dos pacientes eutímicos
aderiam totalmente ao tratamento, o que pode ser a princípio justificado pela falta
de informação, estigmas relacionados à doença e à própria apresentação do
transtorno, com recorrentes episódios e períodos de remissão.
Por ser um transtorno com base biológica importante, crônico e
caracterizado por altos índices de recaídas e internações, o TB é uma condição
particularmente difícil de tratar, mesmo quando exposto a um tratamento
medicamentoso adequado. Nesse sentido, Knapp e Isolan (2005) apontam que
apenas 40% dos pacientes que aderem às medicações apresentam uma melhora
quanto aos sintomas no período de seguimento de 2 a 3 anos, o que tem levado
ao aprimoramento das intervenções psicoterapêuticas para esse quadro,
sabendo-se que o curso da doença pode ser modificado com esse instrumento.
Assim, a psicoterapia, que por muito tempo foi considerada coadjuvante no
tratamento medicamentoso, atualmente se apresenta como fundamental, em
diversos aspectos, no tratamento desse transtorno (Fountoulakis; Vieta, 2008).
Dessa forma, destaca-se a importância do tratamento combinado para a obtenção
de resultados mais efetivos.
Algumas abordagens psicoterápicas clinicamente baseadas têm se
mostrado úteis no tratamento do transtorno bipolar. Dentre elas, a psicoeducação,
a terapia cognitivo-comportamental, a terapia focada na família, a psicoeducação
em grupo e a terapia psicodinâmica, porém a psicoeducação e a terapia cognitivo-
comportamental abrangem de forma mais completa o transtorno, apresentam
evidências mais consistentes e são as técnicas mais amplamente estudadas
(Knapp; Isolan, 2005).
Segundo os mesmos autores, essas intervenções apresentam vários
benefícios, dentre eles: a diminuição na frequência e na duração dos episódios de
humor, o aumento da adesão à medicação, a diminuição das recaídas e
impressões clínicas de melhoras gerais (Knapp; Isolan, 2005).
Nesse contexto, o que irá diferenciar a TCC das demais abordagens é o
foco dado às interpretações e às estruturas cognitivas apresentadas pelo paciente
durante o decurso da doença (Miklowitz; Scott, 2009).
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TEMA 5 – TERAPIA COGNITIVO-COMPORTAMENTAL E O TRANSTORNO
BIPOLAR
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5. Oferecer técnicas não farmacológicas para lidar com pensamentos,
emoções e comportamentos disfuncionais;
6. Ajudar a enfrentar fatores de estresse que podem interferir no tratamento
ou precipitar episódios de mania ou depressão;
7. Estimular a aceitação do paciente quanto à doença;
8. Diminuir trauma e estigmas associados;
9. Aumentar o efeito protetor da família;
10. Ensinar estratégias de manejo de problemas e sintomas.
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REFERÊNCIAS
LAM, D.; BRIGHT, J.; JONES, S. et al. Cognitive therapy for bipolar illness – a pilot
study relapse prevention. Cognitive Therapy Research, v. 24, p. 503-520, 2000.
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LAM, D.; HAYWARD, P.; WATKINS, E. et al. Relapse prevention in patients with
bipolar disorder: cognitive therapy outcome after 2 years. American Journal
Psychiatry, v. 162, p. 324-329, 2005.
LOUZÃ NETO, M. R.; ELKIS, H. Psiquiatria básica. Porto Alegre: Artmed, 2009.
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YATHAM, L. N. et al. Canadian network for mood and anxiety treatments
(CANMAT) guidelines for the management of patients with bipolar disorder:
consensus and controversies. Bipolar Disorder, v. 7, suppl. 3, p. 5-69. 2005.
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