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FACULDADE DE IMPERATRIZ WYDEN

CURSO DE GRADUAÇÃO EM PSICOLOGIA

SUNAMITA FREITAS DE OLIVEIRA SOUSA

RELATÓRIO DA DISCIPLINA DE PSICODIAGNÓSTICO-


ANAMNESE

Imperatriz-MA
2023
SUMÁRIO
1.INTRODUÇÃO 3

2. OBJETIVOS 4

2.1 Objetivo Geral 4

2.2 Objetivo Específico 4

3. METODOLOGIA 5

4. RESULTADOS E DISCUSSÕES 6

5. CONCLUSÃO 9

REFERÊNCIAS 10

ANEXOS 11

Anexo A – Ficha de Triagem Psicológica 12

Anexo B - Roteiro de Entrevistas Inicias no Psicodiagnóstico 15


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1. INTRODUÇÃO

A entrevista psicológica, de acordo com Bleger (1991), corresponde a uma fonte


de investigação fundamental sob uma avaliação psicológica para a realização do
psicodiagnóstico, ao qual pode ser realizada com diferentes finalidades e objetivos. em
relação à finalidade da entrevista, esta pode ser definida como: triagem, anamnese,
diagnóstica e devolutiva, onde todos os psicólogos, independente da sua abordagem,
podem realizar estes tipos de entrevistas.
De acordo com isso, dentre os instrumentos usados para a realização da
entrevista psicológica temos a Tomada de Dados (Triagem), onde é obtido as
informações preliminares do indivíduo, a Anamnese que tem como objetivo investigar
os aspectos da vida do paciente que são considerados relevantes para o entendimento da
queixa, a História de Caso, que tem o objetivo de investigar os períodos críticos,
antecedentes e os eventos desencadeantes que o levaram a procura da psicoterapia, o
Exame de Estado Mental, determinando o nível do detrimento mental, a Pré-testagem e
Pós-testagem, onde se discute os aspectos administrativos e se é dado o feedback da
entrevista psicológica, o Desligamento, que tem por objetivo conhecer o ponto de vista
do paciente sobre o tratamento e os discutir os planos pós-alta, e a Pesquisa, onde é
preciso os dados específicos para a natureza da pesquisa desenvolvida, e a necessidade
da utilização do Termo de Consentimento Livre e Esclarecido (TCLE), (HUTZ, 2016).
De acordo com Cunha (2000), a Entrevista de Anamnese possui caráter
investigativo, priorizando o levantamento de informações cronologicamente
organizadas e que guiam a tomada de decisão sobre como prosseguir com a avaliação.
Logo, a mesma visa investigar fatos e coleta informações, trazendo ao psicólogo uma
posição mais ativa nos questionamentos. A anamnese geralmente é feita em forma de
entrevista semiestruturada, ou seja, há um roteiro prévio contendo aspectos essenciais a
serem abordados para orientar algumas perguntas, e esse roteiro vai sofrendo adaptações
durante a entrevista, no qual o psicólogo precisa ter habilidades para perguntar, escutar,
prestar atenção no informante e anotar o que ele diz. O relatório a seguir se objetifica
em apresentar a Entrevista de Anamnese no grupo etário de adultos de meia-idade e
idosos, no qual é importante considerar aspectos do envelhecimento e perdas ocorridas
ao longo da vida que possam estar relacionadas à queixa (HUTZ, 2016).
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2. OBJETIVOS

2.1 Objetivo Geral


A Anamnese tem o objetivo de eles coletar informações sobre o indivíduo
avaliado, focando nas áreas com maior importância em sua vida e os motivos ao qual o
direcionou ao atendimento psicológico, utilizando instrumentos e técnicas de avaliação
psicológicas.

2.2 Objetivo Específico


● Coleta de dados sobre a queixa principal;

● Estabelecimento de vínculo de confiança com o paciente;

● Levantamento de questionamentos sobre a conexão entre os aspectos da vida do

paciente e a demanda apresentada.


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3. METODOLOGIA

Tal relatório se trata de um relato de experiência sobre a Entrevista de


Anamnese, da disciplina de Psicodiagnóstico, ao qual foi realizado na Faculdade de
Imperatriz- FACIMP Wyden, no segundo semestre do ano letivo de 2023, dos meses de
agosto à novembro. O relatório tem o propósito de apresentar os conteúdos aprendidos
em sala de aula, onde tiveram diversas atividades desenvolvidas, como debates, roda de
perguntas, estudos sobre artigos, apresentação de seminários, atividades avaliativas e
role plaiyng.
Partindo disto, o processo de ensino-aprendizagem utilizado na disciplina de
“Psicodiagnóstico”, consiste no modelo de sala de aula invertida, no qual os alunos
estudam os conteúdos previamente das aulas, por meio de artigos orientado pela
professora, como pelo SAVA (sala de aula disponível no portal do aluno), o que
objetiva o desenvolvimento da autonomia dos alunos e sua participação ativa nas aulas e
atividades propostas.
Por meio das aulas realizadas em sala de aula, a docente Isabela Thalia Araújo
Oliveira, orientou aos acadêmicos da disciplina que realizassem uma atividade prática
sobre Entrevista de Anamnese com crianças, adultos e idosos, no qual contia a
elaboração de Roteiro de Entrevista, encenação (role plaiyng) e a ficha de Triagem. Foi
realizado um sorteio com a turma para divisão dos grupos, e o meu grupo foi composto
pelos discentes: Alan Simon Batista Silva, Alexandre Cal Marques, Francisca Lima
Souza, Laryssa Chaves Mota, Letícia Gomes Vieira, Maria Vitória Rodrigues de
Macedo, Rafaela da Silva Borges e Sunamita Freitas de Oliveira Sousa.
Logo, a atividade prática foi realizada e apresentada a turma em forma de role
plaiyng, no dia 04 de outubro de 2023, no qual foi apresentado uma Entrevista de
Anamnese com idoso. No estudo de caso montado e no roteiro de entrevista, cada
acadêmico ficou responsável por partes distintas do trabalho:

● Alexandre Cal Marques (1): contato telefônico entre Filho 1 e secretária da

clínica (encaminhamento da neurologista);

● Rafaela da Silva Borges (2): Contato telefônico entre o psicólogo e a

neurologista (entendimento da demanda e do objetivo do psicodiagnóstico);


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● Rafaela Borges e Laryssa Chaves (3): Entrevista com a idosa;

● Sunamita Freitas e Letícia Gomes (4): Entrevista com a secretária do lar;

● Alan Simon Batista e Francisca Lima Souza (5): Entrevista com os filhos e o

neto.

4. RESULTADOS E DISCUSSÕES

Por meio do que foi dito anteriormente, a atividade foi dividida entre a
elaboração de Roteiro de Entrevista, a encenação (role plaiyng) e a ficha de Triagem.
De acordo com isso, o Roteiro de Entrevista foi realizado em grupo, onde foi montado
um estudo de caso, no qual a paciente se chamava Barbara, de 62 anos, divorciada e
atuava como professora de língua portuguesa, sua queixa principal apresentava lapsos
de memória que causam um estado de confusão no cotidiano, dificultando a sua
autonomia e independência, sentimento de solidão e cansaço, falta de ânimo para fazer
coisas que antes gostava de fazer, perda de apetite e sentimento de tristeza profunda.
Ademais, a ficha de Triagem foi realizada, contendo a identificação pessoal, a
queixa principal, que consiste no motivo para a busca de tratamento psicológico, a
evolução da queixa, que contém as seguintes perguntas: Quando começou? Como
começou? Foi de forma repentina ou gradual? Quais mudanças ocorreram previamente?
(fator desencadeante). Contém também os sintomas/sinais do paciente; a frequência,
intensidade e duração dos sintomas; como o paciente lida com o problema; o que outras
pessoas dizem sobre o problema; e quais são as expectativas do paciente sobre a
psicoterapia. Outras informações que são coletadas na Triagem psicológica é o histórico
clínico do indivíduo, no qual possui questionamentos sobre doença crônica; uso de
medicamentos controlados; uso de álcool/substâncias; uso de álcool/substâncias.
Partindo disso, as informações coletadas na ficha de Triagem, respectivamente:
Queixa principal: Apresenta lapsos de memória que além de causar um estado de
confusão no cotidiano, dificultando a sua autonomia e independência, têm causado
prejuízos em outros âmbitos da vida, como o familiar. Além disso, relata se sentir muito
solitária e cansada, sem ânimo para fazer coisas que antes gostava de fazer, como cuidar
de sua horta e seu jardim. Evolução da Queixa:

● Quando começou - Há cerca de sete meses.


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● Como começou - Começou com pequenos lapsos, como o esquecimento de

onde havia guardado certos objetos e a incerteza sobre ter feito algo. Além disso,
a paciente relata ter começado a se sentir menos disposta para realizar as
atividades rotineiras.

● Repentino ou gradual - Foi um processo gradual, que se agravou com o passar

dos meses.

● Quais mudanças ocorreram previamente (fator desencadeante): A paciente

menciona ter percebido o surgimento dos lapsos de memória algumas semanas


após a partida de seu neto para outro estado, onde ele iniciou seus estudos
universitários. Eles são muito próximos, e anteriormente, quando residiam na
mesma cidade, o jovem tinha o hábito de visitá-la regularmente, encontrando-a
ao menos três vezes por semana, sendo uma presença constante e significativa
em sua vida.

● Sintomas/Sinais - A paciente compartilhou que tem estado constantemente triste,

o que impacta o seu apetite, levando-a a pular refeições. Além disso, ela se sente
sempre cansada e desanimada, o que a impede de realizar as atividades que
costumavam ser fonte de alegria e prazer. Também tem tido lapsos de memória e
dificuldades para se concentrar em tarefas simples do dia a dia, e relata enfrentar
episódios recorrentes de insônia.

● Frequência/Intensidade/Duração - Quase diariamente, os sintomas se

manifestam de forma intensa, gerando sofrimento acentuado e impactando


consideravelmente sua funcionalidade diária e suas interações sociais com
familiares e amigos. A paciente tem experimentado esses sintomas por
aproximadamente sete meses, com um notável agravamento nos últimos dois
meses.

● Como a paciente lida com o problema - Na tentativa de contornar os lapsos de

memória, a paciente experimentou registrar anotações como uma estratégia para


recordar suas atividades diárias e realizá-las com eficiência.

● O que as outras pessoas dizem sobre o problema - A secretária do lar mencionou

que a paciente vem enfrentando dificuldades para realizar atividades simples e


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rotineiras, que se abstém de seus hobbies, nos quais antes tinha prazer, como
costurar, cozinhar e cultivar hortaliças, e há muito tempo não entra em contato
com sua família, fatores que afetam o seu humor, culminando em estresse,
tristeza e isolamento. Os filhos da paciente relatam não receberem mais ligações
da mãe, que essa ausência é devida à mudança do neto para outro estado, e que
por consequência do trabalho não conseguem reservar um tempo para visitá-la.
Seu neto afirma não ser tão assíduo em suas ligações pela demanda da
faculdade, mas que nas últimas vezes em que falou com a vó, a percebeu
desanimada e notou sua voz embargada.
Em relação à outras informações coletadas durante a entrevista, temos: Mora
sozinha desde o divórcio, que aconteceu há 15 anos. Há alguns anos contratou uma
secretária do lar para auxiliá-la nos afazeres domésticos, que vai à casa quatro vezes na
semana. A interação com os filhos se dá principalmente por meio de ligações telefônicas
e trocas de mensagens via WhatsApp, apesar de todos residirem na mesma cidade.
Segundo os filhos, essa forma de comunicação tornou-se predominante devido às
exigências intensas de suas vidas agitadas, dificultando uma presença mais constante e
diária ao lado da mãe. Acrescentando a isso, eles ressaltam que a autonomia e
independência sempre foram características marcantes em sua mãe, o que lhes
proporcionava uma sensação de tranquilidade em relação a não se fazerem muito
presentes em sua vida.
Em resumo, o roteiro da entrevista de anamnese foi realizado em um processo
grupal, onde cada um dos acadêmicos tiveram as suas “falas” pré-estabelecidas (Anexo-
B), pois durante a formulação do processo, alguns alunos não participaram, não tendo
assim, um ensaio prévio para a elaboração da encenação (role plaiyng).
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5. CONCLUSÃO

Com base no que foi apresentado, é de suma importância relembrar que, de


acordo com Hutz (20016), no início do processo de psicodiagnóstico, é fundamental a
coleta de informações aprofundadas sobre o avaliando, focando as áreas mais
importantes de sua vida e os motivos que o levaram a buscar atendimento. No qual a
anamnese está caracterizada como o passo mais importante de uma avaliação
psicológica.
Dessa maneira, a disciplina de Psicodiagnóstico possui grande destaque ao
aprendizado dos alunos sobre avaliação psicológica, onde segundo Hutz (2016), é
realizada com objetivos clínicos, que permite descrever e compreender a pessoa em suas
diferentes características, investigando tanto aspectos da personalidade quanto aspectos
cognitivos, abordando possíveis sintomas, questões do desenvolvimento, questões
neuropsicológicas, características adaptativas e desadaptativas, entre outros, permitindo,
assim, que se chegue a um prognóstico e à melhor estratégia e/ou à abordagem
terapêutica necessária, compreendendo as forças e as fraquezas do funcionamento
psicológico de um indivíduo, tendo foco na existência ou não de uma psicopatologia
(Cunha, 2000).
Concluo tal relatório com o propósito de clareza e apresentação de informações
que serão utilizadas durante a minha jornada como Psicóloga, no qual, de acordo com o
Código de Ética Profissional (IV), atuando com responsabilidade, por meio do contínuo
aprimoramento profissional, contribuindo para o desenvolvimento da Psicologia como
campo científico de conhecimento e de prática.
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REFERÊNCIAS

Código de Ética Profissional do Psicólogo. Conselho Federal de Psicologia, Brasília,


agosto de 2005.

CUNHA, J. A . Psicodiagnóstico-V. Porto Alegre: Artes Médicas, 2000.

ENTREVISTA PSICOLÓGICA NO PSICODIAGNÓSTICO. In: HUTZ, C. S.; et al.


Psicodiagnóstico. 1. Porto Alegre: Artmed, 2016.

A ENTREVISTA DE ANAMNESE. In: HUTZ, C. S.; et al. Psicodiagnóstico. 1. Porto


Alegre: Artmed, 2016.
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ANEXOS
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Anexo A – Ficha de Triagem Psicológica


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Anexo B - Roteiro de Entrevistas Inicias no Psicodiagnóstico


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