Você está na página 1de 12

TRANSTORNO CICLOTÍMICO - F 34.

PSICOPATOLOGIA DESCRITIVA

ACADÊMICOS: JAIRTON ORTIZ DA CRUZ


NELLY ADRIANA HUTTON IOCHINS

PROFESSORA: SARA PUTHIN


Histórico
Segundo João Pedro Santos Teixeira de Sousa (2016), relata que a
ciclotimia foi usada pela primeira vez por Ludwig Kahlbaum e pelo
seu colaborador Ewald Hecker, por volta de 1880, estes que
trabalhavam em universidades e instituições públicas mentais no

período.
Sendo assim, a partir de suas experiências clínicas e observações,
produziram uma definição de ciclotimia que se aprendia por: períodos
recorrentes de depressão ou distimia e períodos de hipomania ou
hipertimia com fases mistas depressivas-hipomaníacas, que devido à
sua forma branda não necessitavam de tratamento.

I
DEFINIÇÃO:

A ciclotimia, ou transtorno ciclotímico, é um transtorno psiquiátrico


caracterizado por uma apresentação crônica de sintomas depressivos
e hipomaníacos leves, que não são capazes de atender aos critérios
diagnósticos para um episódio depressivo ou hipomaníaco completo.

Nos últimos anos, a ciclotimia tem sido conceitualizada desde um


subtipo do TB, ou um tipo de temperamento afetivo, ou até mesmo um
estilo de personalidade.
Estudo de caso:
Larry é caixa de banco, tem 32 anos e buscou tratamento para suas variações
de humor, que começaram quando tinha 26 anos.
Por vários anos, colegas de trabalho, família e amigos lhe repetiram que é muito
mal humorado. Ele reconhece que seu humor nunca é muito estável, embora às
vezes lhe digam que parece mais calmo e agradável do que o habitual.
Infelizmente, esses intervalos são bastante breves, durando algumas semanas e
, em geral, terminando de modo repentino. Sem aviso, ele pode vivenciar ou um
humor um pouco deprimido ou um período de exaltação. Durante os períodos
depressivos, sua confiança, sua energia e sua motivação são muito baixas. Nos
períodos hipomaníacos, ele se oferece de boa vontade para estender seu dia de
trabalho e empreender desafios profissionais irrealistas. Nos finais de semana,
age de maneira promíscua e provocativa, frequentemente se sentando ao lado,
de fora do seu edifício, fazendo comentários e gestos sedutores para as
mulheres que passam. Larry desconsidera os pedidos de seus familiares para
procurar ajuda profissional, insistindo ser a sua natureza ser um pouco
imprevisível. Também afirma que não quer qualquer “Dr. Freud” privando-o dos
períodos em que se sente fantástico.
CRITÉRIOS DIAGNÓSTICOS

CRITÉRIO - A CRITÉRIO - B CRITÉRIO - C


Mais de dois anos com Sintomas estiveram Os critérios para um episódio
episódios de sintomas presentes na metade do de depressão maior,
hipomaniacos e depressivos. tempo, sem intervalo de maníaco ou hipomaníaco
2 meses. nunca foram sarisfeitos.

CRITÉRIO - D CRITÉRIO - E
Os sintomas não são Os sintomas causam sofrimento ou
atribuíves aos efeitos prejuízo clinicamente significativo no
fisiológicos de uma substância funcionamento social, profissional ou em
ou a outra condição médica. outras áreas importantes da vida do
indivíduo.
PREVALÊNCIA

A prevalência ao logo da vida é de 0,4 a 1%


A prevalência em clinicas de humor pode variar de 3 a 5%
O Tc parenta ser igualmente comum em ambos os sexos.
Porém na clínica mais mulheres procuram por atendimento.
DESENVOLVIMENTO E CURSO
O TC costuma ter início na adolescência ou no início da vida adulta.
Pode predispor temperamento de outros transtornos.
Tem início insidioso e curso persistente.
Risco entre 15 e 50 % de desenvolver posteriormente TB I ou II.
O início dos sintomas hipomaníacos e depressivos no final da vida adulta,
precisa ser claramente diferenciado do TB e transtorno relacionado
devido a outra condição médica, transtorno depressivo a outra condição
médica antes de ser dado o diagnóstico.
Em crianças o início do sintomas em média é por volta dos 5 ou 6 anos.
FATORES DE RISCO E
PROGNÓSTICO
FATORES GENÉTICOS E FISIOLÓGICOS - TRANSTORNO DEPRESSVO
MAIOR , TB TIPO I E II, SÃO MAIS COMUNS ENTRE PARENTES
BIOLÓGICOS DE PRIMEIRO GRAU DE PESSOAS COM TC.
RISCO FAMILIAR AUMENTADO EM TRANSTORNOS RELACIONADOS A
SUBSTÂNCIA.
O TC PODE SER MAIS COMUM EM PARENTES BIOLÓGICOS DE
PRIMEIRO GRAU EM INDIVÍDUOS COM TB TIPO I DO QUE NA
POPULAÇÃO GERAL.
DIAGNÓSTICO DIFERENCIAL
Transtorno Bipolar e transtorno relacionado devido a outra condição
médica e Transtorno Depressivo devido a outra condição médica.

Transtorno Bipolar e Transtorno Relacionado induzido por


substância/medicamento e Transtorno Depressivo induzido por
substância/medicamento.

Transtorno Bipolar tipo I, com ciclagem rápida, e Transtorno Bipolar tipo II,
com ciclagem rápida.

Transtorno da Personalidade Borderline.


COMORBIDADES

Transtornos Relacionados a substâncias e Transtornos do Sono


(dificuldades para iniciar e manter o sono) podem estar presentes em
pessoas com transtorno ciclotímico.

A maior parte das crianças com transtorno ciclotímico tratadas em


ambulatórios psiquiátricos tem transtornos mentais comórbidos e
apresenta mais propensão do que outros pacientes pediátricos com
transtornos mentais para ter comorbidade com transtorno de déficit de
atenção/hiperatividade.
Muito Obrigado!
Referências bibliográficas

AMERICAN PSYCHIATRIC ASSOCIATION et al. DSM-5: Manual diagnóstico e


estatístico de transtornos mentais. Artmed Editora, 2014.

MOTA, Maria de Fátima Fernandes. Meu Deus, por que eu fiz isto? Um estudo de
caso sobre transtorno bipolar. 2005.
SOUSA, João Pedro Santos Teixeira de. Ciclotimia, estudo e revisão
monográfica. Tese de Doutorado.

WHITBOURNE, Susan Krauss; HALGIN, Richard P. Psicopatologia: perspectivas


clínicas dos transtornos psicológicos. Porto Alegre: AMGH, 2015.

Você também pode gostar