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Pessoas que possuem o transtorno bipolar também são mais propensas a apresentar outros
problemas psicológicos, muitas vezes, fazendo com que o diagnóstico se torne mais difícil.
Transtornos psicológicos que geralmente são comórbidos com o bipolar são os transtornos de
ansiedade, abuso de substância e os transtornos de personalidade também são frequentes.Os
pacientes com transtorno bipolar raramente procuram tratamento quando estão apresentando
os sintomas mania, que é quando ocorre uma elevação na agitação e na energia. Muitos
pacientes bipolares são diagnosticados como tendo somente depressão - ou seja, como tendo
somente episódios depressivos sem história de sintomas de mania. Ocorre também que
muitos episódios maníacos "evoluem" rapidamente para um episódio misto, que é
caracterizado por sintomas tanto maníacos como depressivos, destacando aqui a
irritabilidade.
Durante um episódio misto as pessoas podem se sentir agitadas, ter o pensamento acelerado e
dificuldade de ficarem quietas, como na mania; mas se sentem deprimidas, sem esperança e
propensas ao suicídio, como na depressão.
Observe aqui algumas dificuldades para se chegar a um diagnóstico definitivo e preciso. É
por isso que qualquer paciente com histórico de depressão deve ser avaliado e verificada a
existência de um possível transtorno bipolar. Em muitos casos, os membros da família podem
ser melhores que o próprio paciente para relatar os sintomas e o histórico apurado da
flutuação do humor do paciente.
As taxas mais elevadas de transtorno bipolar são encontradas em pacientes com transtorno de
personalidade borderline.
Pacientes bipolares que fazem uso abusivo de álcool possuem taxas maiores de alternância
dos ciclos de mania e depressão, os sintomas são mais graves, há uma maior taxa de suicídio,
agressividade e impulsividade nesses pacientes. Trata-se de uma doença grave, complicada e
crônica e muitas vezes com risco de vida, por conta das altas taxas de suicídio. É necessário a
construção de uma rede social de suporte para o paciente, por meio de familiares,
profissionais de saúde mental, ou qualquer outra pessoa que apoie as necessidades do
paciente.
Outro aspecto que vale a pena destacar é que o transtorno bipolar possui uma elevada
determinação genética. Esse dado é importante porque ajuda na medicalização da doença,
tirando parte do estigma moral que esses indivíduos vivenciam. Esse dado genético também
ajuda o paciente a entender a relevância e necessidade da medicação. É essencial que os
familiares também compreendam a natureza biológica dos transtornos de humor.