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São Paulo,
2021
O Manejo da Agressividade em Terapias Comportamentais de Terceira Onda: Uma
Revisão Sistemática
RESUMO
*
Autor para correspondência
Endereço de e-mail: kaiqux@gmail.com
1. INTRODUÇÃO
O comportamento agressivo pode ser entendido como uma das variáveis que é, ao
mesmo tempo, precedente e dependente da violência. Precedente, na medida em que foi
filogeneticamente selecionada ao longo da história evolutiva. Dependente, enquanto reação à
violência generalizada que, por sua vez, pode ser dependente de situações políticas e
econômicas adversas, conflitos religiosos e étnicos, dentre outros contextos. Ao contrário da
raiva e hostilidade, outros importantes construtos no estudo da violência, a agressividade é
muitas vezes apresentada como o meio pelo qual se atinge o fim: ferir ou prejudicar outros
(Berkout, Tinsley & Flynn, 2019). Na operacionalização e definição do que pode ser
considerado um comportamento agressivo, pressupõe-se também que o indivíduo-alvo deve
estar motivado para evitar o ato de agressão (Baron & Richardson, 1993; Bushman & Anderson,
2001).
3
observação (Brown, Gaudiano & Miller, 2011). Além disso, o papel das cognições foi
importante para o entender o desenvolvimento e tratamento dos transtornos mentais (Longmore
& Warell, 2007). Por fim, as terapias de terceira geração surgiram por três fatores: diminuição
do papel contextual, os questionamentos relacionados à eficácia das estratégias cognitivas e a
classificação do cognitivo como uma categoria à parte (Cullen, 2008; Barraca, 2012).
4
Bilich & Godsell, 2010). A flexibilidade psicológica pode ser aplicada à agressão, que é vista
em termos de sua função e não como algo problemático (Eifert & Forsyth, 2011).
5
intervenções clínicas com terapias comportamentais de terceira onda no manejo de
comportamentos agressivos. Por este motivo, justifica-se a condução de uma análise feita a
partir dos resultados de estudos empíricos.
2. MÉTODO
Elaborou-se a pergunta de pesquisa com base na estratégia PICO. A sigla significa (P)
= população alvo, problema ou contexto; (I) = intervenções; (C) = comparações e (O)
outcomes/desfechos possíveis. A partir desta estratégia, formulou-se que: (P) = indivíduos de
ambos os sexos, com comportamentos agressivos; (I) = Terapia Analítico-Comportamental
(TAC), Terapia de Aceitação e Compromisso (ACT); Terapia de Ativação Comportamental
(BA); Terapia Comportamental Dialética (DBT); e Psicoterapia Analítica Funcional (FAP); (C)
= outra terapia ou nenhuma terapia; e (O) = diminuição ou aumento da frequência da resposta,
variação da resposta, variação da topografia da resposta. Por fim, extraiu-se a pergunta de
pesquisa, formulada da seguinte forma: Em indivíduos com comportamentos agressivos, como
é que as terapias comportamentais de terceira onda, comparadas com outras terapias ou
nenhuma intervenção psicoterápica, afetam a apresentação destes comportamentos?
Optou-se pelas bases de dados PUBMED, PsycINFO e Scopus, bem como pela Coleção
do Índice Regional da BVS (que abrange as bases de dados LILACS, IBECS, MEDCARIB,
dentre outras). Justifica-se a escolha das bases de dados pela relevância empírica apresentada
nas produções dos diversos âmbitos da saúde.
6
O Medical Subject Headings (MeSH) foi base para a elaboração da estratégia de busca
na base de dados PUBMED, sendo obtidos os seguintes descritores: "applied behavior
analysis"; "behavior therapy"; "conditioning behavior"; "behavior modification"; "dialectical
behavior therapy"; "acceptance and commitment therapy"; e "aggression".
A estratégia de busca na base de dados Scopus se deu por meio de descritores não-
controlados, já que esta base não possui seus próprios termos indexados, sendo que, além dos
já citados, foram incluídos: "behaviorism"; "Behavioral Activation Therapy"; "Behavioral
Activation"; "Functional Analytic Psychotherapy"; "Clinical Behavior Analysis"; "Third-
Generation Behavior Therapy"; "Functional Analysis"; e "aggressiveness". Uma revisão
exploratória nesta base mostrou que termos em outros idiomas, que não o inglês, não se faziam
necessários.
Por fim, os descritores controlados usados na busca da BVS foram obtidos do Banco de
Descritores em Ciências da Saúde (DeCS), sendo: "Análise do Comportamento Aplicada";
"Controle Comportamental"; "Terapia Comportamental"; "Terapia do Comportamento
Dialético"; "Terapia de Aceitação e Compromisso"; e "agressão". Como descritores não-
controlados, usou-se "Ativação Comportamental"; "Terapia de Ativação Comportamental";
"Psicoterapia Analítico Funcional"; "Análise do Comportamento Clínica"; e "Clínica Analítico-
Comportamental". Usou-se os respectivos descritores controlados e não-controlados nos
idiomas inglês e espanhol. Em cada uma das bases de dados (PUBMED, PsycINFO, Scopus e
BVS), aplicou-se filtros temporais correspondentes a um período de tempo de dez anos, de 2011
até 2021. As estratégias de busca constam no Apêndice.
Com a leitura na íntegra dos artigos, pôde-se constatar que havia um número satisfatório
de estudos conduzidos com adultos. Assim sendo, trabalhos com amostras compostas
exclusivamente por crianças e adolescentes foram excluídos, assim como estudos com amostras
mistas que não apresentassem os resultados divididos por faixa etária. Estudos que não
apresentaram os resultados do construto agressividade separadamente de outros construtos
também foram excluídos.
8
Figura 1 – Fluxograma representativo da seleção de artigos de acordo com os Principais Itens
para Análises Sistemáticas e Meta-análises (PRISMA Statement), (Moher et al., 2009).
A avaliação de qualidade dos artigos foi feita por meio do Quality Assessment Tool, um
instrumento padronizado de avaliação de estudos quantitativos, desenvolvido pelo Effective
Public Health Practice Project (EPHPP). O Quality Assessment Tool contribui na análise de
possíveis vieses nos estudos de forma a minimizar inferências que poderiam ser feitas durante
a leitura. O instrumento é divido em seis seções de avaliação que vão de A até F, sendo: A)
Viés de Seleção; B) Delineamento de Estudo; C) Variáveis de Confusão; D) Controle Duplo
Cego; E) Métodos de Coleta de Dados; e F) Desistências e Abandonos. Cada seção possui seus
respectivos questionários fechados e são avaliadas com uma pontuação que varia de 1 a 3, sendo
1= Forte, 2=Moderada e 3=Fraca. Ao final da avaliação de cada uma das seções, todas as seis
são levadas em conta na avaliação geral do artigo, sendo que, ao se avaliar pelo menos duas
seções com pontuação 3, o estudo recebe a classificação de evidência Fraca; se no máximo uma
seção receber a avaliação 3, o estudo é classificado como evidência Moderada; e, na ausência
9
de seções com avaliações 3, o estudo é classificado como evidência Forte. O Quality
Assessment Tool é um instrumento que demonstra validade de construto e conteúdo, além de
ser adequado para o uso de revisões sistemáticas de efetividade (Armijo-Olivo, 2012), podendo
ser utilizado para a análise de RCTs, coortes, casos-controle e outros delineamentos. Duas
pessoas fizeram a avaliação de qualidade de cada estudo de forma independente e conflitos
foram solucionados ao discutirem entre si as avaliações.
3. RESULTADOS
A síntese qualitativa é composta por seis artigos, encontrando-se a metade indexada pela
base de dados PsycINFO. A soma das amostras compreende 239 indivíduos (154 em
intervenções ACT e 85 em DBT) de ambos os sexos, sendo que em quatro estudos, diagnósticos
pré-existentes de transtornos mentais foram um critério de inclusão e, entre estes estudos,
apenas um foi composto por população forense, com média de 2,58 diagnósticos por
participante (Tomlinson & Hoaken, 2017). Grupos controle foram utilizados em três estudos,
enquanto que outros se utilizaram de diferentes delineamentos de grupo único, como o estudo
de Wetterbord et al. (2018), definido como um “ensaio clínico pragmático”. Informações acerca
do delineamento de estudo, tamanho e características da amostra são apresentadas na Tabela 1.
10
Tabela 1. Informações demográficas dos artigos incluídos na revisão.
11
Tabela 2. Dados clínicos dos artigos incluídos na revisão.
12
3.3 Principais desfechos: visão geral
Os trabalhos de Brown et al. (2013) e Wetterbord et al. (2018) foram os únicos a serem
classificados com alto risco de viés na seção “delineamento de estudo”: o primeiro por não
descrever de forma apropriada o delineamento, e o segundo por optar por um “ensaio clínico
pragmático”, delineamento este não considerado pelo Quality Assessment Tool. No entanto,
cabe destacar que ambos são estudos pré e pós teste com grupo único.
No Controle Duplo Cego, com exceção de Brown et al. (2013), todos os estudos
apresentaram moderado risco de viés. Isto pode ser compreendido como uma limitação de
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natureza metodológica, visto que ainda que seja possível garantir o cegamento da amostra,
como ocorrido com Zarling et al. (2015), que deixaram claro não ter revelado a pergunta de
pesquisa aos participantes, há uma carência de estratégias que visem também o cegamento dos
avaliadores.
Com exceção de Ghouchani et al. (2018), todos os outros autores não controlaram ou
não deixaram claro ter controlado variáveis de confusão que poderiam afetar a interpretação
dos resultados. Ghouchani et al. (2018) não relataram, entretanto, se houve desistências ou
abandonos além dos participantes excluídos do estudo por uso de metanfetamina durante a
intervenção para que se chegasse a uma amostra de 30 participantes. Zarling et al. (2015)
também receberam a classificação “Fraca” na seção Desistências e Abandonos pois, ainda que
tenham descrito as desistências em termos de número e motivos, e a porcentagem total de
participantes que completaram o estudo tenha sido de 62%, considerando-se grupo controle
(59%) e grupo experimental (64%), o Quality Assessment Tool orienta que seja considerada a
porcentagem mais baixa na avaliação, sendo que uma porcentagem abaixo de 60% em um dos
grupos é indicativa de alto risco de viés.
Na Tabela 3, são apresentadas as avaliações dos artigos em cada uma das seções.
Método de
Viés de Desenho de Variáveis de Desistências Avaliação
Autores e ano Cegamento Coleta de
seleção estudo confusão e Abandonos Global
Dados
Brown et al.
Moderada Fraca Fraca Fraca Fraca Fraca Fraca
(2013).
Donahue et al.
Moderada Moderada Fraca Moderada Forte Moderada Moderada
(2017).
Ghouchani et al.
Moderada Forte Forte Moderada Forte Fraca Moderada
(2018).
Tomlinson et al.
Moderada Forte Fraca Moderada Moderada Forte Moderada
(2017).
Wetterborg et al.
Moderada Fraca Fraca Moderada Forte Moderada Fraca
(2018).
Zarling et al.
Moderada Forte Fraca Moderada Forte Fraca Fraca
(2015).
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3.5 Terapia de Aceitação e Compromisso (ACT)
As intervenções que utilizaram a ACT foram mais curtas, variando de seis a doze
sessões. Todos aplicaram a avaliação por meio de instrumentos pré e pós-tratamento e somente
Ghouchani et al. (2018) não realizaram follow-up. Donahue et al. (2017) realizaram uma
avaliação de seguimento após seis semanas do tratamento e Zarling et al. (2015) após três e seis
meses. O tempo das sessões variou de 90 a 120 minutos, destacando-se que Ghouchani et al.
(2018) não informaram a duração das seis sessões. Os autores do último estudo também não
especificaram por quem o tratamento foi conduzido, informando somente que os pesquisadores
receberam supervisão durante o estudo e participaram de workshops relacionados ao tema;
Donahue et al. (2017) informaram que o tratamento foi realizado por psicólogos pós-
doutorandos com treinamento e supervisão em ACT; e, segundo Zarling et al. (2015), o
tratamento de seu estudo foi realizado por três psicólogas doutorandas com experiência de no
mínimo dois anos em terapia de grupo, terapia individual e aplicação de ACT.
Zarling et al. (2015) dividiram os grupos ACT e placebo em quatro, cada um composto
por oito a dez participantes, com um total de oito grupos, liderados por dois facilitadores cada
um. Donahue et al. (2017) se utilizaram de um grupo único de intervenção em ACT composto
por 23 participantes, dos quais 7 abandonaram a intervenção entre as três primeiras sessões,
enquanto que Ghouchani et al. (2018) dividiram os 30 participantes entre dois grupos iguais de
(1) intervenção em ACT e psicoeducação e (2) somente psicoeducação.
As sessões de DBT tiveram maior duração em relação ao tempo, variando de seis meses
a quatro anos, e em relação à frequência. Brown et al. (2013) se utilizaram da observação para
categorizar o comportamento dos participantes em três diferentes níveis de intensidade,
considerando o padrão comportamental de cada participante, que iam de gritos e ofensas verbais
a agressão física e autoagressão. Ao longo de quatro anos, as frequências destes
comportamentos observados foram registradas, mas os autores não mencionaram um período
de follow-up. Tomlinson et al. (2017) avaliaram os participantes no início do tratamento, ao
completar seis meses e com um ano passado desde o início, enquanto que Wetterborg et al.
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(2018) realizaram a avaliação no pré-tratamento, no meio do tratamento e no pós-tratamento,
além de terem realizado após seis meses e um ano do fim do tratamento.
Brown et al. (2013) informaram que a equipe de pesquisadores era composta pela
diretora do instituto onde a intervenção foi realizada, sendo esta treinadora de DBT no
Behavioral Tech, LLC, e dois psicólogos clínicos com grau de mestre treinados em DBT
também pelo Behavioral Tech. Tomlinson et al. (2017) relataram que três facilitadores
conduziram os dois grupos de DBT e que todos foram treinados no Behavioral Tech,
acrescentando que a coleta de dados foi feita por um graduando em psicologia clínica, não
estando este relacionado com a realização da intervenção em DBT, e que o tratamento usual
(TAU) foi realizado por um psiquiatra e por supervisão de enfermagem durante 24 horas por
dia. Wetterborg et al. (2018) relataram que as intervenções foram realizadas por três psicólogos
clínicos com treinamento especializado em DBT e uma enfermeira psiquiátrica com
treinamento básico em DBT.
4. DISCUSSÃO
16
correspondem a ensaios clínicos randomizados e três estudos pré e pós-teste dentro do grupo.
Dos estudos analisados, cinco apresentaram redução significativa de comportamentos
agressivos em diferentes fases dos tratamentos, mas conclusões acerca da efetividade destas
intervenções a longo prazo são limitadas, considerando-se a predominante ausência da redução
da agressividade no período de follow-up, considerando estudos que o realizaram.
Nenhum dos estudos selecionados para a presente revisão havia sido incluído no recente
trabalho de Visdómine-Lozano (2020) que, mesmo apresentando uma maior diversidade de
comportamentos antissociais e intervenções de terceira onda nos achados, destacou uma
considerável parcela de estudos com adolescentes e, dentre os estudos que abordavam
propriamente a agressividade em adultos, nenhum considerava a mesma faixa de tempo de
publicação ou o delineamento de estudo que os achados desta revisão. Uma tese de doutorado
e um estudo com amostra composta por adolescentes, critérios de exclusão desta revisão, foram
os únicos dois estudos envolvendo comportamento agressivo que entraram na revisão
sistemática de Byrne e Ghráda (2019). Três artigos que se enquadram nos critérios desta revisão
foram apresentados na de Berkout et al. (2018): o estudo de Donahue et al. (2017), incluído
nesta revisão, e os de Harvey et al. (2017) e Razzaque (2012), que não foram incluídos. O
primeiro foi excluído ainda na fase de leitura de títulos e resumos, sem ter necessitado da
decisão de um terceiro juiz, porque provavelmente o componente agressividade passou
despercebido ao estar ofuscado por outras variáveis destacadas, como a raiva, o estresse, a
ansiedade, o uso de álcool e a regulação da emoção. O segundo não foi recuperado por nenhuma
das bases de dados utilizadas neste estudo. A revisão de Frazier e Vela (2014), por fim, que
identificou 21 intervenções em DBT para o comportamento agressivo e a raiva, diferiu deste
estudo na medida em que, dos trabalhos que investigaram o primeiro construto, apenas o de
Brown (2013) atendia aos critérios de inclusão da presente revisão sistemática sendo, portanto,
incluído.
Nenhum dos trabalhos analisados apresentou baixo risco de viés, sendo três
classificados como “Moderado” e três como “Fraco” no que tange à qualidade da evidência
avaliada com o uso do Quality Assessment Tool. No entanto, a escassez de ferramentas que
avaliem a qualidade de estudos do campo da psicologia pode comprometer a validade da
avaliação e não considerar diversas peculiaridades características deste campo de pesquisa
(Protogerou & Hagger, 2020). Ainda assim, destaca-se uma importante consideração acerca da
metodologia dos estudos incluídos nesta revisão: em geral, variáveis importantes que podem
influenciar a interpretação dos resultados, tais quais gênero, etnia, situação socioeconômica
17
e/ou escolaridade não foram controladas (Brown et al., 2013; Donahue et al., 2017; Tomlinson
et al., 2017; Wetterborg et al., 2018; Zarling et al., 2015). Esse controle por si só já seria o
suficiente para elevar a qualidade da evidência de quatro dos cinco estudos citados, sendo que
dois estariam classificados com Avaliação Global “Forte” com o uso do Quality Assessment
Tool.
4.1 Limitações
18
científica, são altamente recomendados na tentativa de minimizar possíveis inconsistências na
avaliação de características intrínsecas ao estudo do comportamento humano.
5. CONCLUSÃO
Terapias de terceira onda, também chamadas terapias contextuais, não foram concebidas
para o tratamento de comportamentos agressivos. No entanto, a tradição da primeira e segunda
ondas comportamentais no estudo e manejo destes comportamentos, ainda que com poucas
produções científicas, é uma sinalização de que terapias de terceira onda podem se debruçar
sobre este aspecto também, para além de quadros clínicos nas quais estas já possuem o patamar
de intervenção eficaz.
A violência, bem como todos os fatores que a circundam, precisa ser analisada pela ótica
da Prática Baseada em Evidência (PBE), especialmente no âmbito da saúde mental,
considerando os avanços já feitos em outros tópicos de estudo na busca por intervenções
eficazes. O comportamento agressivo, componente da violência, ao ser abordado por
intervenções de terceira onda, pode se aproximar de uma compreensão deste fenômeno em
bases sólidas. No entanto, a escassez de estudos empíricos, e a consequente falta de revisões na
literatura científica sobre este tópico, destacam a importância da realização desta revisão
sistemática, e espera-se que futuros pesquisadores compreendam este atual cenário como
oportunidade para explorar este campo de estudo promissor, na tentativa de que se identifiquem
evidências fortes.
19
Declaração de conflito de interesse
20
6. REFERÊNCIAS
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APÊNDICE
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ANEXO
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