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Terapia Cognitivo Comportamental

(TCC)

1) Histórico da TCC.
2) Proposta da TCC.
3) Princípios da TCC.

Isabela Vitoria – Estágio Profissional Supervisionado II


Histórico da TCC

Desenvolvida por Aaron T. Beck, no início da década
de 60, cuja principal atuação era a psicoterapia breve,
estruturada, direcionada para o presente, objetivando
a resolução de problemas atuais e a modificação dos
pensamentos e dos comportamentos disfuncionais
(Beck, 1964 apud Beck, 2007, p.17).

Segundo Beck (2007, p.18), o tratamento baseia-se
tanto em uma em uma formulação cognitiva de um
determinado transtorno como também pode ser
aplicado à conceituação ou entendimento do paciente
individual.
Histórico da TCC

Range, Falcone e Sardinha (2007, p.3) postulam que o
surgimento das terapias cognitivas também foi decorrente
de uma rejeição aos modelos psicodinâmicos e ao
questionamento de sua eficácia.

Segundo Knapp apud Range, Falcone e Sardinha (2007,
p.4), as abordagens cognitivas partem de um pressuposto
de que um processo interno e oculto da cognição media o
comportamento. Um mesmo evento pode ser considerado
como agradável para uma pessoa, gerando um
comportamento de aproximação, ou aversivo para outra,
provocando ansiedade e esquiva. Dessa forma, é a
interpretação do evento que gera emoções e
comportamentos e não o evento em si.
Histórico da TCC

De acordo Range, Falcone e Sardinha (2007,
p.5), os modelos cognitivo-comportamentais
têm origem mais clara nas terapias
comportamentais, que incluem as estratégias
de solução de problemas. Foram
desenvolvidas por teóricos com treinamento
comportamental, os quais conceituam o
pensamento de forma mais concreta, isto é,
como um conjunto de autoenunciados que
também podem ser influenciados pelas
mesmas leis do condicionamento.
A proposta da TCC

Beck (2007, p.18) postula que o terapeuta
buscará produzir a mudança cognitiva no
paciente – mudanças no sistema de crenças e
no pensamento –, objetivando promover uma
mudança a nível emocional e comportamental
perdurável.

Princípios da TCC

Princípio Nº 1.

A terapia cognitiva, como Beck (2007, p. 20) pontua, é
baseada numa formulação em contínuo desenvolvimento
do paciente e de seus problemas em termos cognitivos. O
cerne do modelo cognitivo é que o pensamento distorcido
ou disfuncional seja comum a todos os distúrbios
psicológicos.

1º Pensamento atual => comportamentos problemáticos.

2º Fatores precipitantes => influenciam as percepções.

3º Eventos desenvolvimentais chaves => padrões
duradouros de interpretação desses eventos.
Princípios da TCC

Princípio Nº 2.

De acordo com Beck (2007, p.21), a terapia
cognitiva requer uma aliança terapêutica
segura (rapport), uma vez que o paciente
precisa sentir-se seguro na relação terapêutica.

Cordialidade, empatia, atenção, respeito
genuíno e competência.

Feedback do paciente ao final de cada sessão.
Princípios da TCC

Princípio Nº 3.

Segundo Beck (2007, p.21), a terapia cognitiva
dá ênfase à colaboração e à participação ativa
do paciente; isto é, o paciente deve ter
compromisso com o processo terapêutico.

O terapeuta é mais ativo na sugestão de uma
direção para as sessões de terapia e
resumindo o que eles discutiram durante uma
sessão.
Princípios da TCC

Princípio Nº 4.

Beck (2007, p.22) postula que a terapia
cognitiva é orientada em meta e focalizada em
problemas, para que o paciente possa
perceber sua progressão. É preciso que se
estabeleça metas.

Problema inicial => meta em termos
comportamentais.
Princípios da TCC

Princípio Nº 5.

De acordo com Beck (2007, p.22), a terapia
cognitiva inicialmente enfatiza o presente. Ou
seja, o foco envolve os problemas atuais e as
situações que são aflitivas para o paciente.

Resolução e/ou uma avaliação mais realista
das situações angustiantes => redução de
sintomas.
Princípios da TCC

Princípio Nº 6.

Beck (2007, p.23) pontua que a terapia
cognitiva é educativa, uma vez que visa
ensinar o paciente a ser seu próprio terapeuta
e enfatiza a prevenção de recaída. Tais
posturas vão conduzir o paciente a um estado
de maior autonomia.

Pensamentos => emoções e comportamentos /
Metas => identificar e avaliar pensamentos e
crenças => planejar mudança comportamental
(COMO?)
Princípios da TCC

Princípio Nº 7.

Segundo Beck (2207, p.23), a terapia cognitiva
visa ter um tempo limitado, isto é, não é
objetivo desta terapia prender o paciente, e sim
torná-lo mais autônomo a cada sessão.

Exemplo: sessões semanais => sessões
quinzenais => sessões mensais => sessões
“de encorajamento” trimestrais durante um ano.
Princípios da TCC

Princípio Nº 8.


De acordo com Beck (2007, p.23), as sessões de terapia
cognitiva são estruturadas, o terapeuta deve aderir a uma
estrutura estabelecida em cada sessão (“plano de aula”).


Verificação do humor / breve revisão da semana / agenda
colaborativa para a sessão / feedback sobre a sessão
anterior / revisão da tarefa de casa / discussão dos itens
da agenda / estabelecimento de nova tarefa de casa /
resume e busca frequentemente o feedback no final de
cada sessão.
Princípios da TCC

Princípio Nº 9.

Segundo Beck (2007, p.24), a terapia cognitiva
ensina os pacientes a identificar, avaliar e
responder a seus pensamentos e crenças
disfuncionais.

=> Questionamento socrático (entendimento
sem desafiar ou persuadir o paciente);

=> Descoberta orientada (descobrir o sentido
dos pensamentos para revelar suas crenças
subjacentes).
Princípios da TCC

Princípio Nº 10.

Beck (2007, p.24) postula que a terapia
cognitiva utiliza uma variedade de técnicas
para mudar o pensamento, o humor e o
comportamento.

O foco do tratamento depende do(s)
transtorno(s) do paciente.
Referências

BECK, Judith S. Terapia Cognitiva. Teoria e
Prática. Porto Alegre: Artmed, 2007.

RANGE, Bernard Pimentel; FALCONE, Eliane
Mary de Oliveira; SARDINHA, Aline. História e
panorama atual das terapias cognitivas no
Brasil. Rev. Bras. ter. cogn., Rio de Janeiro ,
v. 3, n. 2, dez. 2007 . Disponível em
<http://pepsic.bvsalud.org/scielo.php?
script=sci_arttext&pid=S1808-
56872007000200006&lng=pt&nrm=iso>.

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