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Resolução de Problemas: Um estudo de caso clínico na abordagem da Terapia

Cognitiva-Comportamental
Problem Solving: A clinical case study in the approach of Cognitive-Behavioral
Therapy

Késia Souza Silva1

Paula Sanders Pereira Pinto2

RESUMO

Verificou-se na literatura que as emoções são ferramentas muito importantes no processo da


terapia Cognitiva-Comportamental, ela interfere nos pensamentos e comportamentos dos
pacientes. Porém, quando essas emoções são negativas e dolorosas, podem ativar os pensamentos
e crenças disfuncionais. Nesse sentido, o artigo tem como objetivo descrever um relato de caso
com intervenções de resolução de problemas em um paciente de 12 anos. A terapia foi estruturada
com 6 sessões individuais, com um plano de tratamento envolvendo técnicas da TCC em resolução
de problemas. Como resultado, observou-se a melhora no comportamento, na identificação dos
pensamentos disfuncionais, e na autodefesa. Apontando-se eficácia no tratamento de paciente com
dificuldades de resolução de problemas.
Palavras-chaves: Terapia Cognitiva-Comportamental; Resolução de problemas; agressividade

ABSTRACT

It has been found in the literature that emotions are very important tools in the process of
Cognitive-Behavioral therapy, it interferes in the thoughts and behaviors of the patients. But when
these emotions are negative and painful, they can activate dysfunctional thoughts and beliefs. In
this sense, the article aims to describe a case report with problem solving interventions in a 12-
year-old patient. The therapy was structured with 6 individual sessions, with a treatment plan
involving CBT techniques in problem solving. As a result, improvement in behavior, identification
of dysfunctional thoughts, and self-defense were observed. Aiming to be effective in the
treatment of patients with problem solving problems.
Key-words: Cognitive-Behavioral Therapy; Troubleshooting; aggressiveness

1
Graduanda em Psicologia. Universidade Salvador- UNIFACS. Email: kesiareb@gmail.com
2
Doutora em Psicologia. Universidade Federal da Bahia -UFBA. Professora e orientadora (UNIFACS)
1
Cognitiva-Comportamental, pois uma
INTRODUÇÃO
emoção quando ela é negativa e
disfuncional “interfere na capacidade do
Segundo Knapp e Beck (2008), o
paciente de pensar claramente e resolver
termo Cognitivo-Comportamental (TCC), é
problemas [...]”. (BECK, 1997, p.105).
utilizado para designar um conjunto de
Muito dos comportamentos e pensamentos
técnicas cognitivas com os procedimentos
automáticos são direcionados pelas
comportamentais.
emoções do paciente, o terapeuta, no
A terapia cognitiva originou através
entanto, ajuda o paciente a identificar essas
das pesquisas de Aaron Beck sobre a
emoções, avaliando os pensamentos e
depressão. Durante suas pesquisas com
crenças disfuncionais para minimizar o
pacientes deprimidos, observou
problema (BECK, 1997).
representações negativas de si mesmo ao
De acordo com Wright, Basco e
invés de hostilidade e raiva. No entanto, ele
Thase (2008, p. 115), “minimizar a
propôs uma tríade cognitiva (visão de si
intensidade da emoção também pode
mesmo, visão do mundo e visão do futuro)
facilitar a solução de problemas”. Para os
para explicar os processos cognitivos dos
autores, existem obstáculos que interferem
pacientes deprimidos (KNAPP; BECK,
na solução de problemas, como as
2008).
distorções cognitivas (pensamentos
“A TCC, é uma abordagem
negativos e crenças disfuncionais), fatores
estruturada, de curta duração, voltada para
sociais (críticas, falta de apoio) e fatores
o presente, direcionada para resolução de
estratégicos (tentar encontrar uma solução
problemas atuais, modificações de
geral e certa para resolver os problemas).
pensamentos e comportamentos
Quando o paciente tem experiências
disfuncionais” (1964, BECK apud BECK,
dolorosas e/ou ausência de apoio durante a
2013, p.22). Além disso, a terapia requer
infância, pode gerar déficits nas habilidades
uma aliança terapêutica, colaboração e
de resolução de problemas. Nesse sentido, a
participação ativa do paciente, utilizando a
TCC auxilia os pacientes a encontrar
psicoeducação para que o paciente seja seu
estratégias para enfrentar/lidar com os
próprio terapeuta para ajudar na
problemas de uma forma mais eficaz,
identificação dos pensamentos e na
ajudando a organizar seus pensamentos,
prevenção de recaídas (BECK, 2013).
identificando suas emoções negativas e
As emoções são ferramentas muito
problemas, gerando soluções mais viável e
importante no processo da terapia
2
assim executar o plano de tratamento Victor já foi submetido a tratamento
(WRIGHT; BASCO; THASE, 2008). psicoterapêutico anteriormente, com a
Diante do que foi apresentado, o mesma queixa sobre o seu comportamento
artigo teve por objetivo mostrar o agressivo.
tratamento feito em um paciente Em relação a área familiar, Victor
adolescente com dificuldades em resolver relatou ter uma boa relação com sua mãe e
problemas. sua avó, mas em relação ao seu avô, dizia
que não gostava muito do seu avô, porque
DESENVOLVIMENTO
apanhava muito dele, afirmando ainda que
Relato de caso o seu avô também não gostava dele. A mãe
relatou que Victor não tinha
A prática clínica foi realizada em
comportamento agressivo dentro de casa,
uma clínica-escola de uma universidade de
era um adolescente carinhoso, porém
Salvador-Ba. A responsável legal do
mentia muito. Afirmava que ele não tinha
paciente foi assegurada do sigilo
malícia e não deixava ficar sozinho na rua.
profissional, assinando um termo de
Victor não via seu pai há mais de 6 anos. A
consentimento livre e esclarecido.
mãe ainda relatou que, quando ele era
Victor (nome fictício), era um
pequeno, seu pai entregou um presente
adolescente de 12 anos, filho único, morava
usado e quebrado, Victor ficou muito triste
com sua mãe e os avós. Há um ano, mudou-
e decepcionado, desde então, dizia que o seu
se para uma escola pública. A mãe
pai estava morto.
trabalhava a maior parte do dia, deixando
Em relação à escola, Victor
Victor aos cuidados dos avós. Durante a
apresentou um baixo desempenho, tinha
gestação, a mãe alegou ter tido anemia,
perdido em muitas matérias. Quando
porém não teve nenhum problema após o
estudava em sua antiga escola, Victor tinha
parto. Victor gostava de jogar videogames
um bom rendimento escolar (tirava boas
no tempo livre e não gostava de estudar ao
notas) mas, com a mudança para a nova
chegar em casa, pois sentia muito sono,
escola, estava tendo muitas dificuldades
normalmente ele estudava nos intervalos
para estudar e de se concentrar durante as
das aulas.
aulas, queixava-se do barulho e das
Procuraram a terapia a pedido da
provocações dos colegas. Victor não tinha
coordenação da escola, alegando
muitos amigos e não gostava da nova
comportamentos agressivos com seus
escola.
colegas, professores e funcionários.
3
apresentava comportamento agressivo,
sendo sua queixa principal na busca por
Formulação do caso
terapia.
Com a descrição do caso, Victor Na figura 1, está representado o
mostra-se resistente a mudança para a nova diagrama de conceituação cognitiva do
escola. Desde a sua antiga escola, já paciente:

Figura 1: Diagrama de conceituação cognitiva de Victor.

De acordo com a figura 1, Victor ou reagindo de forma agressivas a esses


tem um esquema de vulnerabilidade, com abusos.
pensamentos disfuncionais como: “eu sou Nas situações em que o professor
novato na escola, por isso eu sou um alvo está ausente na sala de aula, os seus colegas
fácil”, fortalecendo a crença de que ele é começam a provocá-lo, Victor sente raiva,
vulnerável às provocações dos colegas, com porém ignora as provocações dos colegas.
isso ele reage como autodefesa: ignorando Mas, quando os seus colegas não param de
os colegas para que não o perturbem mais provocar ou quando vê uma garota sendo
4
agredida pelos colegas, ou quando xingam cadeira da frente.
sua família, ele reage com muita O objetivo do tratamento é ajudar o
agressividade. paciente a reconhecer seus pensamentos e
Victor não conseguia resolver os crenças disfuncionais, aprender a lidar com
problemas sem usar a violência, dizia que “é suas emoções e ajudar a encontrar formas
preciso usar a violência para se defender”. mais seguras e saudáveis para resolver os
Com isso, estava tendo muita dificuldade problemas.
em estabelecer novas amizades na escola,
Metodologia
pois afirmava que “todos da escola são
falsos e que os colegas só falam coisas de Instrumentos
adulto”.
Foram realizadas 6 sessões com o
A ausência do pai trouxe uma
paciente. Algumas técnicas cognitivas e
consequência enorme para o paciente, pois
comportamentais da TCC foram utilizadas
a falta da figura paterna fez com que Victor
para o tratamento do paciente: identificação
pensasse que o seu pai o abandonou, o que
do problema, registro de pensamento,
fortalece o discurso de que o seu pai está
conceituação cognitiva, reestruturação
morto.
cognitiva, psicoeducação, treino de
Na escola, Victor se sentia
habilidade sociais, Role-Play, técnicas de
“injustiçado” por sempre levar a culpa e que
solução de problemas, prevenção de recaída
ninguém acreditava nele, tornando-se
e feedbacks.
gatilhos que fortalecia suas crenças e
As sessões foram estruturadas da
pensamentos disfuncionais.
seguinte forma: a) sessão 1: lista de
Plano de Tratamento problemas e metas; b) sessões 2: avaliar os
pontos negativos e positivos da nova e
Foi realizada durante a sessão uma
antiga escola; c) sessão 3: questionamento
lista de problemas e metas do paciente: não
sobre as formas e possibilidades de soluções
gosto da escola nova; não gosto quando eles
para resolver os problemas; d) sessão 4:
me provocam ou falam coisas de adultos;
Role-Play e roda de escolha; e) sessão 5:
não quero fazer amizades; não consigo me
hora do jogo e manejo das emoções; f)
concentrar na aula. Metas e submetas:
sessão 6: sessão com a mãe do paciente e
aprender a lidar com a escola nova; saber
entrega do Book.
lidar com as provocações de forma
A estrutura das sessões também teve
saudável; interagir com a turma; sentar na
como temática a cartilha de resolução de
5
problemas da revista Educação Emocional apresentado a roda de escolha (figura 2),
Positiva, de Rodrigues (2017). A partir uma das atividades da cartilha de Rodrigues
dessa cartilha, foi criado um Book para o (2017).
paciente levar para casa com o foco na
prevenção de recaída, contendo atividades e
figuras da cartilha, com o objetivo de ajudar
na resolução dos problemas do dia-a-dia.

RESULTADOS

Ao longo da terapia, foi estabelecido


uma boa relação terapêutica. A realização
dos feedbacks no final de cada sessão,
mostrou-se aberto e passivo e sentia-se bem
fazendo terapia, pois naquele ambiente
oferecia a escuta. Figura 2. Roda de escolha

A partir da lista de problemas e


Nessa atividade, Victor mostrou-se
metas, foi feita uma análise das vantagens e
um pouco de resistência para buscar novas
desvantagens da nova escola e ao avaliar os
formas de resolver os problemas ao invés de
pontos positivos e negativos, ele percebeu
usar a violência. Após a realização da
que nem tudo em sua escola nova é ruim e
psicoeducação e da reestruturação cognitiva
que os pontos negativos poderiam mudar.
dos pensamentos disfuncionais, Victor
Sendo capaz de buscar alternativas e
mostrou-se colaborativo. Ao final da
soluções que pudessem melhorar o seu
sessão, o paciente relatou que tinha entrado
ambiente escolar, assim como suas notas e
no time de futebol, como técnico, e que os
a visão do outro (colegas, professores e
colegas não o perturbavam tanto quanto
diretores).
antes, tendo mais controle de suas ações
A técnica do Role-Play, foi uma
(agressividade).
ferramenta muito importante na resolução
A hora do jogo é uma atividade que
de problemas. A dramatização fez com que
ao mesmo tempo que diverte, causam
Victor tivesse uma nova percepção de suas
relaxamento para o paciente. Victor
reações diante dos problemas e de como
demostrou-se bem interessado e
suas reações eram maiores que os seus
colaborativo. Após a hora do jogo, foram
problemas. Durante a dramatização, foi
apresentados os 5 passos para manejar as
6
emoções intensas (RODRIGUES, 2017). Thase (2008, p. 120), “é outro método
Victor desenhou uma de suas mãos e em comportamental básico para ajudar os
cada dedo escreveu as 5 regrinhas básicas pacientes a enfrentar seus estressores”. Para
para manejar suas emoções intensas, com o os autores, quando o paciente não consegue
objetivo de lembrá-lo toda vez que ele lidar com os problemas de uma forma
estiver diante de um problema. eficaz, utiliza-se nas sessões modelos de
A família tem um papel crucial no estratégicas para solução de problemas
desenvolvimento da terapia do paciente, (BECK, 1997; WRIGHT; BASCO;
principalmente se for com criança e com THASE, 2008).
adolescente. A sessão com a mãe do A primeira etapa, é pedir para o
paciente foi essencial para o fechamento da paciente que faça uma lista de problemas
terapia, para que ela possa ajudá-lo no que mais está lhe incomodando. Para
crescimento saudável e na prevenção de Dobson e Dobson (2011, p. 40), “a
recaída. Deixando claro, as possibilidades organização da Lista de Problemas é uma
de apoio e como ela pode contribuir nas das razões para uma boa avaliação”. O
escolhas eficazes de Victor. segundo passo, é o estabelecimento de
Logo em seguida, foi apresentado o metas para a construção do plano
Book contendo atividades que foram terapêutico, sendo importante destacar que
realizados ao longo da terapia, com o as metas e submetas precisam ser claras e
objetivo de ajudar o paciente a quando possíveis (DOBSON; DOBSON, 2011).
surgirem alguma dificuldade, ele possa A segunda etapa, buscar soluções
revisar o material e poder avaliar as seguras e eficazes. Conforme Wright,
possíveis escolhas saudáveis e seguras para Basco e Thase (2008, p. 119), “há muitas
resolver os problemas. formas diferentes de resolver qualquer
problema”, porém quando há resistências e
DISCUSSÃO
crenças disfuncionais dificultam o processo
A partir dos resultados do de mudança e podem até desistir de tentar
tratamento, mostrou-se a eficácia das achar outras formas de soluções. Nesse
técnicas da Terapia Cognitiva- aspecto, Miller e Rollnick (2012) apud
Comportamental na resolução de Dobson e Dobson (2011), pede que o
problemas. terapeuta não discuta com paciente, em vez
A técnica de Resolução de disso, ajude o paciente a escolher suas
Problemas, de acordo com Wright, Basco e próprias soluções para diminuir a tensão no

7
setting terapêutico. Em seguida, Wright, socialização do paciente (GIVIGI;
Basco e Thase (2008), destacam a SANTOS; RAMOS, 2011).
importância do terapeuta em utilizar
CONCLUSÃO
técnicas criativas para ajudar o paciente a
identificar ou buscar soluções viáveis para A técnica de Resolução de
os seus problemas. Problemas foi um grande aliado no
A técnica de Role-Play, é também tratamento com o paciente, pois tiveram
um método comportamental essencial para impactos positivos como na identificação
a modificação de pensamentos automáticos dos pensamentos e crenças disfuncionais,
(WRIGHT; BASCO; THASE, 2008). Para na capacidade de perceber novas formas de
Souza, Orti e Silva (2012), a técnica é soluções, nas possibilidades de lidar com a
sugerida como uma forma de encenação da nova escola e também a lidar com as
situação-problema. Na resolução de emoções intensas.
problema, sua eficácia está em perceber os Nesse sentido, o fator crucial no
seus pensamentos e comportamentos diante sucesso da terapia na abordagem da TCC é
as situações estressoras. a aliança terapêutica. Para que aja impactos
Nesse sentido, a roda de escolha positivos é preciso que o terapeuta tenha a
como um instrumento para ajudar na capacidade de gerar confiança e empatia
resolução de problema, foi de grande com o paciente.
importância para o processo da terapia. Logo, entende-se que a eficácia nos
Nela, o paciente tem a possibilidade de resultados das técnicas da TCC envolve
escolher a solução que ele acredita ser mais grandes pesquisas. Portanto, é necessário
viável para ele. Utilizando outros recursos buscar outros métodos e ferramentas de
para resolução de problemas, o desenho da Resolução de Problemas para ajudar os
mão que ajuda o paciente a lembrar dos 5 pacientes com dificuldades em resolver os
passos para manejar suas emoções intensas problemas.
e ajuda na prevenção de recaídas.
REFERÊNCIAS
É importante ressaltar o papel da
BECK, J. Terapia Cognitiva: Teoria e
família e da escola no processo terapêutico,
Prática. Porto Alegre: Artmed, 1997.
pois a família e a escola são as primeiras
redes que interferem diretamente no BECK, J. Terapia Cognitiva: Teoria e
Prática. Porto Alegre: Artmed, 2013.
desenvolvimento da identidade e na
DOBSON, Deborah; DOBSON, Keith S. A
terapia cognitivo-comportamental
8
baseada em evidências. Porto Alegre:
Artmed, 2011.

GIVIGI, R. C. N.; SANTOS, A. S.;


RAMOS, G. O. Um novo olhar sobre
participação da família no processo
terapêutico. Rev. Ter. Ocup. Univ. São
Paulo, v. 22, n. 3, p. 221-228, set./dez.
2011. Disponível em:
<https://www.revistas.usp.br/rto/article/do
wnload/46389/50146/0>. Acesso em 22 de
nov 2018.

KNAPP, Paulo; BECK, Aaron T.


Fundamentos, modelos conceituais,
aplicações e pesquisa da terapia cognitiva.
Rev Bras Psiquiatr. 2008;30 (Supl II):
S54-64. Disponível em:<
http://www.scielo.br/pdf/rbp/v30s2/a02v30
s2.pdf>. Acesso em 05 de out 2018.

RODRIGUES, Miriam. Resolução de


Problemas: Guia prático. Rev. Educação
Emocional Positiva, 2017. Disponível
em:<http://ebook.educacaoemocionalpositi
va.com.br/.

SOUZA, V.; ORTI, N.; BOLSONI-SILVA,


A. Role-playing como estratégia
facilitadora da análise funcional em
contexto clínico. Revista Brasileira de
Terapia Comportamental e Cognitiva, v.
14, n. 3, p. 102-122, 2 abr. 2013. Disponível
em:<www.usp.br/rbtcc/index.php/RBTCC/
article/view/551>. Acesso em 22 de nov.
2018

WRIGHT, Jesse H.; BASCO, Mônica


Ramirez; THASE, Michael E.
Aprendendo Terapia Cognitivo-
comportamental - Um Guia Ilustrado.
Porto Alegre: Artmed, 2008, p. 22.

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