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Princípios Fundamentais da Terapia

Cognitiva

Professora: Ana Paula Ferreira


Especialista em Terapia Cognitiva Comportamental;

Mestre e Doutora em Psicologia Cognitiva;

anamfx@facho.br
Princípios Fundamentais da Terapia Cognitiva

“O QUE PERTUBA O SER HUMANO NÃO SÃO OS


FATOS, MAS A INTERPRETAÇÃO QUE ELE FAZ DOS
FATOS”
(EPITETO)
Princípios Fundamentais da Terapia Cognitiva

 Terapia Cognitivo-comportamental é um termo


genérico que abrange uma variedade de mais de
20 abordagens dentro do modelo cognitivo e
cognitivo-comportamental;
 Três proposições definem as características que
estão no núcleo das TCC´s (Dobson, 2001):
1. A atividade cognitiva influencia o
comportamento;
2. A atividade cognitiva pode ser monitorada e
alterada;
3. O comportamento desejado pode ser
influenciado mediante a mudança cognitiva;
MODELO BÁSICO TCC
Princípios Fundamentais da Terapia Cognitiva

 Momento histórico do desenvolvimento da TC:


abordagens dominantes → psicanálise,
behaviorismo e em menor escala o humanismo;
 Premissas fundamentais:
 A inter-relação entre cognição, emoção e
comportamento está implicada no
funcionamento normal do ser humano e, em
especial, na psicopatologia;
 Não é o evento em si que gera as emoções e os
comportamentos, mas sim o que nós pensamos
sobre os eventos. Os eventos ativam os
pensamentos, os quais geram, como
consequencias, as emoções e comportamentos;
Princípios Fundamentais da Terapia Cognitiva
Exemplo: fóbico social interpreta um evento social
como uma ameaça: “não saberei o que falar e serei
humilhado” (PA) → Emoções (ansiedade, medo) → (fuga
do evento) → Reações físicas ( aumento dos batimentos
cardíacos).
Modelo Cognitivo
Situação → → Pensamentos
→ → →→ → Reações
Evento social Automáticos (PA)
“não saberei o Emocional:
que falar e serei ansiedade e medo
humilhado”
Comportamental
Fuga do evento

Físicas
Taquicardia
Princípios Fundamentais da Terapia Cognitiva
Exemplo: fóbico social interpreta um evento social
como uma ameaça: “não saberei o que falar e serei
humilhado” (PA) → Emoções (ansiedade, medo) → (fuga
do evento) → Reações físicas ( aumento dos batimentos
cardíacos).
Modelo Cognitivo
Situação → → Pensamentos
→ → →→ → Reações
Evento social Automáticos (PA)
“não saberei o Emocional:
que falar e serei ansiedade e medo
humilhado”
Comportamental
Fuga do evento

Físicas
Taquicardia
Princípios Fundamentais da Terapia Cognitiva
 Há uma interação recíproca de pensamentos,
sentimentos, comportamentos, fisiologia e
ambiente;
 A mudança em qualquer um dos componentes
pode iniciar modificações nos demais;
 As distorções cognitivas ou de pensamento
são bastante prevalentes na forma do indivíduo
avaliar a si mesmo, ao mundo e ao futuro.
 Distorções Cognitivas são vieses sistemáticos na
forma como indivíduos interpretam suas
vivências; Eu tenho que, eu devia...
 Um dos objetivos da TC é corrigir as distorções
cognitivas, promovendo a reestruturação
Princípios Básicos da TCC (Beck, 1997)
 Aliança terapêutica segura/empirismo
colaborativo;
 Participação e colaboração ativa;
Psicoeducação;
 Orientação para metas e foco no problema;
 Ênfase inicial no presente (aqui e agora);
 Ensino e foco na prevenção da recaída;
 Execução em tempo limitado (focal);
 Estruturação da sessão;
 Treino para identificação, avaliação e repostas
aos pensamentos e crenças disfuncionais;
 Utilização de técnicas diversas;
MODELO COGNITIVO/NÍVEIS DE
COGNIÇÃO
1. CRENÇAS NUCLEARES
 São as ideias e conceitos mais enraizados e
fundamentais acerca de nós mesmos, das
pessoas e do mundo;
 Nível mais aprofundado de representação do
pensamento, mais abstrato e geral;
 É só uma ideia, não necessariamente uma
verdade;
 São incondicionais e se constroem através de
experiências na infância e se fortalecem ao longo
da vida; Ex: “Eu sou fraco”;”Eu sou um
desastre”;
 Molda a percepção e a interpretação dos
eventos, modelando nosso jeito psicológico de
CRENÇAS NUCLEARES
 Cristalizadas como verdades absolutas e
imutáveis;
 A crença pode ser em grande parte ou
inteiramente não verdadeira;
 O objetivo último da último da TCC é modificar
as crenças nucleares disfuncionais;
 A modificação das crenças centrais exige
trabalho consistente, de longa duração e
demanda as seguintes metas: (BECK, 2007).
a) Enfraquecer o poder das crenças centrais
reduzindo a freqüência das suas ativações;
CRENÇAS NUCLEARES
b) Reduzir a angústia e buscar pensamentos mais
adequados quando da ativação das crenças;
c) Desenvolver e reforçar crenças reais e
funcionais, mais realistas;
 As crenças nucleares disfuncionais podem
permanecer latentes, sendo ativadas nos
transtornos emocionais;
 Com a ativação, o processamento de
informações torna-se tendencioso

DISTORÇÕES COGNITIVAS
CRENÇAS NUCLEARES
 O Terapeuta procura ajudar o indivíduo a identificar os pensamentos que são
disfuncionais, ou seja, os que distorcem a realidade, que causam aflição e/ou
interferem no seu comportamento;
 Com a ativação, o processamento de informações torna-se tendencioso, pois o
indivíduo extraí da realidade, apenas as informações que confirmam a crença
disfuncional, negligenciando ou minimizando as evidências contrárias;
 Nos transtornos de personalidade, essas crenças disfuncionais são ativadas na
maior parte do tempo;
CRENÇAS NUCLEARES
 Segundo Beck (1995), as crenças nucleares
disfuncionais podem ser classificadas em:
a) Crenças nucleares de desamparo: crenças
sobre ser impotente, frágil, vulnerável, carente,
desamparado e necessitado;”Não posso
enfrentar o mundo”; “eu sou desamparado”;
b) Crenças nucleares de desamor: crenças sobre
ser rejeitado, abandonado; sozinho. “Eu não sou
capaz de ser amado”; “Ninguém liga para mim”;
c) Crenças nucleares de desvalor: crenças sobre
ser incapaz, incompetente; ineficiente. “Eu não
tenho valor”, “sou um fracassado”.
CRENÇAS NUCLEARES
Crenças centrais de desamparo:

 “Eu sou desamparado”


 “Eu estou fora de controle”
 “Eu sou vulnerável”
 “Eu sou carente”
 “Eu sou inadequado”
 “Eu sou desrespeitado”
 “Estou sem saída”
 “Não posso enfrentar o mundo”
CRENÇAS NUCLEARES
 Crenças centrais de desamor:
 “Eu não sou capaz de ser amado”
 “Eu não sou capaz de ser querido”
 “Eu sou indesejável”
 “Eu não sou atraente”
 “Ninguém me quer”
 “Ninguém liga para mim”
 “Eu sou mau”
 “Eu estou a ponto de ser rejeitado”
 “Eu estou condenado a ser abandonado”
 “Eu estou a ponto de ficar sozinho”
CRENÇAS NUCLEARES
 Crenças centrais de desvalor:
 “Eu sou impotente”
 “Eu não tenho valor”
 “Eu sou diferente”
 “Eu sou defeituoso” (ou seja, eu não chego à
altura dos outros)
 “Eu não sou bom o suficiente” (em termos de
conquistas)
 “Eu sou ineficiente”
 “Eu sou incompetente”
 “Eu sou um fracasso”
 “Eu sou imperfeito” (ou seja, então os outros não
irão me amar).
CRENÇAS NUCLEARES
Crenças centrais de desvalor:

 “Eu sou fraco”


 “Eu sou imperfeito” (ou seja, então os outros não
irão me amar)
 “Eu não sou bom o suficiente” (para ser amado
pelos outros)
 “Eu sou burro”
 “Eu sou feio”
ESQUEMAS E CRENÇAS INTERMEDIÁRIAS
 Na literatura, os conceitos de crenças nucleares e
esquemas são usados indistintamente;
 Esquemas são estruturas cognitivas com
conteúdos (crenças);
2. Crenças intermediárias ou subjacentes:
 São regras, padrões, normas, premissas e
atitudes que adotamos e que guiam a nossa
conduta;
 São construções cognitivas disfuncionais,
subjacentes (implícitos) aos pensamentos
automáticos;
CRENÇAS INTERMEDIÁRIAS
 São identificadas na forma condicional:
Se...então ;
 Pressupõe que se determinadas regras ou
normas sejam cumpridas, o indivíduo se manterá
estável e produtivo: Ex. “Se eu atender ás
expectativas dos outros, então irão gostar de
mim”;
 As regras são expressas na forma de afirmações
do tipo: “tenho que”; “devo”. Ex: “Tenho que ser
perfeito em tudo que faço”;
 São tentativas de lidar com as crenças nucleares
disfuncionais, no entanto, acabam confirmando e
reforçando essas crenças (estratégias de
CRENÇAS INTERMEDIÁRIAS

 Estratégias de enfrentamento ou
compensatórias: são comportamentos que o
indivíduo utiliza na tentativa de lidar com suas
crenças disfuncionais;

 Tem relação direta com as regras e pressupostos


subjacentes;

 Acabam reforçando ainda mais as crenças


nucleares disfuncionais;
Crenças Nucleares e Intermediárias
Pensamentos
Situação automáticos
Nunca serei capaz de
Novos Compreender este assunto. Emoção
conteúdos tristeza
Isto é muito difícil.

Crenças intermediárias
Atitude: É terrível ser incompetente.
Regra: Tenho que trabalhar o máximo que puder todo o tempo.
Pressuposição: Se eu trabalho o máximo que posso, então
eu possa fazer coisas que outros fazem facilmente

Crenças
nucleares Sou incompetente

Ativação

Sou incompetente
PENSAMENTOS AUTOMÁTICOS
(PA)
 São os pensamentos particulares do indivíduo
sobre determinada situação;
 Podem ser ativados por eventos externos ou
internos (uma lembrança);
 Ocorrem de forma rápida, involuntária e
automática;
 coexistem com outros pensamentos;
 são espontâneos;
 não são baseados na reflexão;
 passam geralmente desapercebidos;
 são breves, telegráficos;
 aceitos geralmente como verdadeiros, sem reflexão
PENSAMENTOS AUTOMÁTICOS
(PA)
 pode- se aprender a identificar e checar sua
validade e utilidade;
 Cognição ou pensamentos quentes:
carregados de conteúdo emocional;
 Ajudam a definir os estados de humor que
experimentamos (associados a emoções
específicas);
 Moldam tanto as emoções como as ações dos
indivíduos;
 Podem ocorrer em forma de imagens mentais;
 São as cognições mais fáceis de acessar ou
modificar (1º nível da terapia);
PENSAMENTOS AUTOMÁTICOS
(PA)
 Para identificar pensamentos automáticos,
observe o que se passa em sua mente
quando você experimenta um sentimento ou
uma reação forte a alguma coisa;
 A modificação dos PA melhora o humor,
modificando os comportamentos do paciente;
 Na TCC, o indivíduo aprende a:
1. Identificar e modificar seus pensamentos
disfuncionais;
2. Identificar e modificar as emoções que esses
pensamentos provocam;
3. Identificar e modificar os comportamentos,
consequencias desses pensamentos e emoções;
PENSAMENTOS AUTOMÁTICOS
(PA)
Reestruturação de crenças nucleares

reestruturação cognitiva

Flexibilidade mental
4. Solução de problemas;
5. Estratégias de enfrentamento;
6. Prevenção de recaída.
CONCEITUALIZAÇÃO COGNITIVA
 É a formulação do caso, baseada na concepção
cognitiva dos transtornos emocionais do cliente;
 Tem como objetivo principal melhorar o resultado
do tratamento, auxiliando terapeuta e cliente no
entendimento dos mecanismos cognitivos e
comportamentais do cliente;
 É a habilidade clínica mais importante que o
terapeuta cognitivo precisa dominar;
 Auxilia o terapeuta na escolha das intervenções
terapêuticas e das tarefas a serem realizadas;
 Ajuda a entender e lidar com potenciais
problemas e fracassos do tratamento.
CONCEITUALIZAÇÃO COGNITIVA

 É uma hipótese de trabalho, para cada caso, com


estratégias de tratamento individualizado, tendo
como base o entendimento cognitivo do cliente;

 Para Beck e colabradores (1979), terapeuta e


paciente trabalham como dois cientistas,
levantando hipóteses e testando empiricamente
cada uma delas;

 Modelo de Conceitualização Cognitiva;


ESTRUTURA DA ENTREVISTA INICIAL

1. Avaliação das dificuldades atuais;


2. Definição de metas;
3. Apresentação dos fundamentos lógicos do
tratamento/ Psicoeducação;
4. Início do tratamento;
5. Contrato terapêutico;

Metas gerais:
 Estabelecer empatia / evocar esperança;

 Apresentação do modelo cognitivo-


comportamental;

 Estabelecer um esquema/plano de
trabalho/tratamento;
PROGRAMA DE TRATAMENTO
 Avaliação cognitivo-comportamental

 Inventários de depressão, desesperança,


ansiedade ...

 Psicoeducação
 Modelo cognitivo-comportamental
 Pensamentos Automáticos Negativos /
Distorções Cognitivas / Crença Básica.

 Estratégias cognitivas e comportamentais -


correção - pensamentos e comportamentos
disfuncionais

 Sessões de seguimento
Estrutura das Sessões
1. Revisão do humor e da semana: “Como você está
se sentindo essa semana”?
2. Ponte com a última sessão: “o que você lembra
de importante da nossa última sessão”?
3. Caderno terapêutico; (descobertas da sessão;
resumo da semana);
4. Revisão das tarefas (se houver): consolidação do
aprendizado; engajamento ao tratamento;
5. Fazer a agenda (focar nos problemas e nas
possíveis soluções);
Estrutura das Sessões
6. Trabalhar itens da agenda: “o que vamos
trabalhar na sessão hoje”?
7. Resumos periódicos e resumo final: entender o
que foi descoberto e fortalecer a memória do que
foi aprendido: “o que você está levando da sessão
hoje?”
8. Feedback da sessão: O que foi trabalhado na
sessão hoje fez sentido para você? Alguma
questão ou dúvida?(opinião do cliente acerca do
processo e progresso terapêutico);
Tarefa de Casa/Experimentos
Comportamentais
 São exercícios acordados em sessão
de terapia cognitiva em prol do
objetivo terapêutico.
Preparando-se para uma sessão
de Terapia Cognitiva
1. Em qual problema eu quero trabalhar hoje?
2. Como estou me sentindo esta semana, em
comparação com as outras semanas?
3. O que aconteceu esta semana que meu terapeuta
deveria saber?
4. O que trabalhamos na última sessão? O que eu
aprendi?
5. Alguma questão ficou em aberto?
6. Alguma coisa me incomodou na última sessão?
7. Estou com dificuldade de contar alguma coisa ao
terapeuta?
8. O que eu fiz como exercício? O que eu aprendi com
o exercício?
Preparando-se para uma sessão
de Terapia Cognitiva
 Cliente preencher antes das sessões;
 Útil para aqueles que evitam pensar entre as
sessões ou que tem dificuldades em retomar a
temática da semana;
A UTILIZAÇÃO DE TÉCNICAS NA
TCC
 O psicoterapeuta seleciona/formula a (s)
técnica(s) a serem utilizadas com base
na conceitualização de casos e seus
objetivos, em sessões específicas;

 As técnicas da TCC ensinam os pacientes


a identificar, avaliar e responder a seus
pensamentos e crenças disfuncionais.
A TCC utiliza uma variedade de técnicas
para modificar o pensamento, humor e
comportamento.

Estratégias cognitivas:

 Seta Descendente; (slide 47)


 Descoberta Orientada;
 Teste de Realidade (Exame das evidências);
 Definição dos termos;
 Entre outras.
E UTILIZAMOS TAMBÉM
Estratégias comportamentais

 Exposição Imaginaria;
 Treino de assertividade;
 Role Play;
 Entre outras.
Psicoeducação: filmes, cartilhas, biblioterapia...
Referências
Referências
Referências
REGISTRO DE PENSAMENTOS (RPD)
 O processo de registro chama atenção do paciente
para as cognições importantes;
 Frequentemente estimula a indagação sobre a
validade dos padrões de pensamento;
 O fato de ver os pensamentos escritos geralmente,
da inicio ao empenho espontâneo de rever as
cognições desadaptativas.
ROLE PLAY

 Nessa técnica o terapeuta faz o papel de


uma pessoa importante na situação a ser
trabalhada para promover um diálogo e/ou
troca de papeis
IDENTIFICAÇÃO DOS ERROS /DISTORÇÕES
COGNITIVAS
 são armadilhas mentais que frequentemente
levam o indivíduo a ter pensamentos automáticos
disfuncionais;
 VÍCIO SISTEMÁTICO NA FORMA COMO
PACIENTES INTERPRETAM EXPERIÊNCIAS
ESPECÍFICAS (Beck et al, 1979):
 CATASTROFIZAÇÃO: predizer o futuro
negativamente, sem levar em consideração
outros resultados mais prováveis.
Ex.: Estou tão ansioso que não vou conseguir
trabalhar. Vai dar tudo errado.
IDENTIFICAÇÃO DOS ERROS
/DISTORÇÕES COGNITIVAS
 OBRIGATORIEDADE: ter uma idéia precisa e fixa de
como você e os outros devem comportar-se,
superestimando os efeitos negativos de quando as
expectativas não são satisfeitas. Ex.: É terrível eu ter
errado. Eu sempre devo fazer o melhor.
 ROTULAÇÃO: fixar um rótulo em si mesmo ou nos
outros ou em determinadas situações, sem considerar
que as evidências podem levar a conclusões menos
desastrosas. Ex.: Ele é mau. Eu sou uma farsa.
 VISÃO EM TÚNEL: enxergar apenas determinados
aspectos em uma situação. Ex.: Meu filho não faz
nada certo, está sempre perdendo suas coisas. Minha
mulher está sempre reclamando de mim.
EXAME DAS EVIDÊNCIAS
CARTÕES DE ENFRENTAMENTO

 O uso dos cartões pode ser uma maneira


produtiva de ajudar ao paciente a
praticarem as principais intervenções
aprendidas na TCC;

 Nos cartões, deve-se escrever instruções


que os pacientes gostariam de dar a si
mesmos para ajudá-los a enfrentar
questões ou situações importantes
CARTÕES DE ENFRENTAMENTO
SETA DESCENDENTE
 Um dos métodos,
mais populares da
TCC para descobrir
esquemas/crenças é
a Técnica da Seta
Descendente;
 Envolve uma série de
perguntas que
revelam níveis cada
vez mais profundos
de pensamento.
DICAS PARA APLICAÇÃO
 Essa técnica deve ser aplicada após ter
sido estabelecido um bom relacionamento
terapêutico e ter obtido sucesso anterior
na modificação de cognições
desadaptativas;
O processo de descobrir esquemas
desadaptativos geralmente gera
sentimentos dolorosos;
 Pode levar algum tempo de prática para
que você se torne proficiente na utilização
da técnica
SETA DESCENDENTE
A maioria das perguntas segue esse
formato:
 “Se esse pensamento que você tem sobre si
mesmo é verdadeiro, o que isso diz sobre você?”
 “O que aconteceria, então, se isso fosse
verdade?”
 “O que isso significa para você?”
 “Se seu pensamento fosse verdadeiro, porque
isso o incomodaria?”
 “O que aconteceria a seguir?”
SETA DESCENDENTE
Psi: Descreva seus pensamentos automáticos sobre
romper com sua esposa.
Ed. Eu estraguei tudo... Nunca faço nada certo... Nunca vou
conseguir ficar com ninguém.
Psi: O que aconteceria, então, se isso fosse verdade?
Ed: Vou estragar tudo. Simplesmente não sou capaz de dar
certo nessa coisa de relacionamento íntimo.
PSi: O que isso diz sobre você?
Ed: Não sou bom em nada... Sou um inútil... Sou cheio de
defeitos.
Psi: E se por acaso isso for verdade, o que isso
significaria em relação a seu futuro?
Ed: Nunca vou ser capaz de fazer nada certo. Vou acabar
sozinho.
CICLO

“Tratando , o terapeuta se trata, ensinando o


terapeuta aprende, supervisionando o
terapeuta teoriza sua própria experiência”
(DIAS, 1987)

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