Você está na página 1de 2

ENTREVISTA LÚDICA DIAGNÓSTICA.

Segundo Tavares 2000, p. 45:


É um conjunto de técnicas de investigação, de tempo delimitado, dirigido por um entrevistador treinado,
que utiliza conhecimentos psicológicos, em uma relação profissional, com o objetivo de descrever e avaliar
aspectos pessoais, relacionais ou sistêmicos (indivíduo, casal, família, rede social), em um processo que
visa a fazer recomendações, encaminhamentos ou propor algum tipo de investigação em benefício das
pessoas entrevistadas.

Aspectos gerais.
Avaliação Psicológica e sua importância; possibilita compreensão das estruturas da personalidade;
Entrevista Lúdica Diagnóstica; uso de brinquedos, jogos e instrumentos lúdicos como mediadores da
comunicação entre o avaliador e o avaliando.
Utilização da Técnica refere a coleta, a analise objetiva e detalhada das informações.

Vertentes:
Primeira Vertente Psicológica: Avaliação Psicológica; realização de múltiplas técnicas de avaliação, em
conjunção com a entrevista lúdica, uso de instrumentos como possibilidade de ampliar a compreensão
diagnóstica.
Segunda Vertente Psicológica: Perspectiva diferente, priorizando a Entrevista Lúdica; entrevista com os
pais, outras fontes que fizerem necessárias, que possibilite encaminhamentos.

DEFININDO ENTREVISTA LÚDICA DIAGNÓSTICA.

Entrevista realizada com a criança em um contexto psicodiagnóstico; procedimento técnico, com objetivo
de conhecer e compreender a realidade da criança em processo de avaliação.
Entrevista inicial, primeira etapa diagnóstica; não significa que deva ser a primeira ou o único
procedimento e tampouco ocorrer em apenas um encontro.
Sua potencialização; análise dos resultados, outras técnicas comumente empregadas, durante o
psicodiagnóstico com crianças, entrevista com os pais ou responsáveis, entrevista familiar e os testes
projetivos e psicométricos.

FLEXIBILIDADE DOS PROCEDIMENTOS TÉCNICOS ADOTADOS DURANTE A ENTREVISTA LÚDICA


DIAGÓSTICA.
Técnicas; deve estar no lugar de correspondência sendo uma aplicação de teoria, de forma alguma devem
ser desenvolvidos separados.
Características; inclui quantidade, frequência, pagamento das sessões e o sigilo das informações.
Sigilo das Informações; devemos refletir o que pode e o que não pode ser dito aos pais, as informações
reveladas aos pais dizem respeito à compreensão do funcionamento psicológico da criança e o que a faz
sofrer.

CUIDADOS TÉCNICOS NO INÍCIO DO PROCESSO AVALIATIVO DE CRIANÇAS.


Começa antes do contato com o paciente; momento que o psicólogo recebe a ligação.
Contato telefônico; se atentar ao interlocutor
Marcação da entrevista; a maioria dos profissionais optam por marcar as primeiras entrevistas apenas com
os pais, juntos ou separados, para somente depois conhecer a criança pessoalmente.

VINHETA CLÍNICA 8.1


Recebimento da ligação;
Hipóteses breves do profissional, sobre a situação clínica da criança e as características da mãe.

Materiais.
De uso individual: caixa ou gaveta.
Associa-se da seguinte maneira: Para alguns profissionais somente quando a criança se encontra em
terapia. Outros, utilizam para guardar as produções ou brinquedos trazidos.
É trabalhado conteúdos como: Sigilo, relação criança e psicólogo (vínculo).
De uso coletivo: caixas, gavetas, estantes, armários, baús e mesas.
Avaliar: ciúmes, inveja, capacidade de reparação, entre outros.
Os materiais coletivos precisam ser preservados.

Estruturados/ não estruturados.


Estruturados: família de bonecos ou família terapêutica. Ex: super heróis, bonecos de pano, barbie, etc.
Jogos: jogo da vida, dominó, etc (regras, normas coletivas, agressividade, competição).
Associa-se a criação de histórias e à manifestação de sentimentos personificados nos bonecos.
Constante atualização do profissional.
Não estruturados: folhas, lápis, canetinhas, giz de cera, borracha, apontador e quadros para desenho.

Procedimentos de realização da entrevista lúdica diagnóstica.


Antes é necessário refletir a necessidade do procedimento.
Só deve ser realizada quando se consta nas primeiras entrevistas com os responsáveis.
A importância do profissional não se contaminar em demasia com as informações colhidas.
Após definir a necessidade de encontro com a criança, o profissional pode solicitar que os pais levem ao
seu consultório.
Gerar um ambiente de acolhimento e estar aberto para o novo.
Características, singularidade, idade (próprio de cada paciente) são questões importantes que deve-se
levar em consideração no procedimento da entrevista.

Entrada na sala de atendimento.


A primeira entrevista serve para nortear o processo avaliativo, a análise inicia-se a partir da entrada da
criança na sala de atendimento.
Avalia-se as condições da criança de entrar sozinha e estimula-se que ela ingresse no setting sem os pais.
Momento de apresentação: Nome, profissão, o que farão naquela sala e por que foi levada pelos pais até
lá.
Momento inicial do encontro entre o psicólogo e a criança: rapport, definição de papéis, limitação do
tempo e espaço, o material a ser utilizado e os objetivos esperados. Os profissionais realizam esse
procedimento de maneiras distintas.
Trabalhar usando brinquedos e jogos.
Contrato de trabalho: é feito no início durante ou final da entrevista, depende dos primeiros movimentos
do paciente.
Tudo que é dito no setting não é repassado a mais ninguém.
Brincar, desenhar e jogar livre: associação livre como principal método de trabalho.

Intervenções durante a entrevista.


‘’Interpretação lúdica’’ : O psicólogo o interpreta a criança por meio dos brinquedos, dando voz aos
personagens.
Interpretar adequadamente a criança faz ela se sentir compreendida, o que pode resultar em maior
motivação no processo avaliativo.
Finalização do processo avaliativo: Após a coleta de todas as informações ao longo do processo de
avaliação, costuma-se agendar devolutivas com os pais e com a criança.

Você também pode gostar