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p s ic ote Patrí
im e n to Psicó cia Si
a t end il n a lo g a – erpin
O infa n t a n a CRP ska
en tra d 0 3 /1 2
g e m C 4 51
d a
Abor Pessoa
ADICIONAR UM
2
RODAPÉ
Vamos responder a essa questão tomando como
base os princípios da Abordagem Centrada na
Pessoa que foi desenvolvida por Carl Rogers a
partir da década de 1940 e em se tratando de
atendimento infantil, também vamos nos apoiar
nos princípios da ludoterapia proposta por Virgínia
Axline.
3
do te ra pi a
ACP e Lu
Ludoterapia
• O objetivo, é levar a criança
à autossuficiência, a
adquirir independência e
capacidade de autodireção.
5
MATTAR, 2010, p. 82).
l Ro g er s
Car
ACP
• A Abordagem Centrada na
Pessoa (ACP) valoriza a
aceitação, acolhimento e a
autenticidade, ou seja, o
terapeuta dentro da sua
autenticidade partilha dos
princípios centrados na
pessoa
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Conexão Formativa
Iniciar um processo psicoterápico com criança nessa perspectiva , é mergulhar no mundo
dela e no que ela vivencia de significativo no encontro com o psicólogo.
Não é um processo fácil. Se na clínica com o adulto é imprescindível estabelecer uma
relação de confiança, o trabalho com a criança requer muito mais cuidados para que essa
relação aconteça. Demanda paciência e persistência. E demanda também o exercício da
epochè que é a “suspensão fenomenológica”, um dos elementos fundamentais da clínica
fenomenológica proposto por Husserl. Colocar entre parênteses as hipóteses, os conceitos
e pré-conceitos, os sintomas expostos pela criança, as queixas e rótulos que os adultos
inferem acerca da criança é o primeiro passo para o início do processo. Só assim o
psicólogo consegue se conectar com seu pequeno cliente , estabelecendo de fato uma
relação terapêutica.
Então, o método aplicado nesse contexto é o método fenomenológico.
7
ét o d o
O m óg ico
eno m e no l
f
Na psicoterapia fenomenológico-existencial, o
discurso constitui a essência do processo
psicoterápico e ocorre na relação entre duas ou mais
linguagens.
É nesta relação de intersubjetividade que o
psicoterapeuta vai buscar, na vivência conflitiva do
cliente a coerência entre as condições do existir.
O psicólogo vai desenvolver o processo psicoterápico
através de seu recurso básico de atuação: a
linguagem.
8
(FEIJOO, 1997)
Em se falando em linguagem, precisamos entender que pode
ocorrer sobre diferentes formas. No trabalho com crianças, a
forma lúdica é a mais indicada. Por isso, o psicólogo infantil
precisa de recursos como jogos, brinquedos, papel, tinta, etc.
9
inf a ntil
A clínica
O atendimento psicoterápico com crianças requer o recurso da ludoterapia que é uma
psicoterapia realizada através do lúdico, do brincar, que tem como objetivo facilitar a
expressão da criança.
É através do brincar que a criança tem maior possibilidade de expressar seus
sentimentos e conflitos e buscar melhores alternativas para lidar com suas demandas.
A Ludoterapia é baseada no fato de que o jogo é o meio natural de autoexpressão da
criança.
É uma oportunidade dada à criança de se libertar de seus sentimentos confusos e d sus
problemas,através do brincar.
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Pr inc ípio s
d a A C P
básicos
Consideração positiva incondicional
Compreensão empática
Autenticidade ou congruência
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s b á s ic o s
Princípio p ia
o te r a
da lud
1. Vínculo
2. Aceitar a criança completamente;
3. Estabelecer um sentimento de permissividade;
4. Reconhecer e refletir os sentimentos;
5. Manter o respeito pela criança;
6. A criança indica o caminho;
7. A terapia não pode ser apressada;
8. O valor dos limites
ADICIONAR UM
14
RODAPÉ
Vínculo
É importante que o terapeuta deseje trabalhar com crianças para que consiga
de forma natural e congruente desenvolver um ambiente de acolhida.
16
Ac eit a ç ã o
Para Axline, não é somente através de
palavras que a criança se sente aceita, mas
também através de atitudes que o
terapeuta expressa, ou não, no
relacionamento.
A aceitação é ameaçada quando o
terapeuta, mesmo que de maneira sutil ou
indireta, critica, desaprova, recompensa
ou aprova as atitudes e sentimentos da
criança.
É fundamental que a criança confie que é
aceita por ser uma pessoa e não por 17 ter
feito algo que a torne melhor ou pior.
sivid ad e
Permis
19
Por exemplo, quando acriança está expressando
através dos brinquedos o seu medo, ou a sua
agressividade, o terapeuta acompanha a criança e
interage utilizando os mesmos símbolos por ela
trazidos, ou seja, “o boneco está triste”, “o carro
está irritado”.
20
i t o / a
s p e it i v
e o s
5 . R çã o p
e r a
s i d
C on
O terapeuta mantém profundo respeito pela capacidade da criança
em resolver seus próprios problemas, dando-lhe oportunidade para
isso.
A responsabilidade de escolher e de fazer mudanças é deixada à
criança, que tem capacidade para tal.
Este respeito e confiança na criança devem ser experimentados desde
as questões mais simples como, por exemplo, encontrar uma
alternativa frente à falta de uma peça no jogo, até as questões mais
significativas da sua vida.
21
ão
. N de
6 v i da
e t i
d ir
O terapeuta não deve, nem precisa, dirigir ações ou conversas da criança.
Assim como Rogers, Axline também entende que é o cliente quem indica o
caminho e o terapeuta o segue. O terapeuta não oferece sugestões, nem faz
perguntas de sondagem. Não faz elogios de forma a não induzir a criança a agir
de maneira a obter mais elogios. Não oferece críticas ao que a criança faz,
assim a criança não se sente desencorajada nem inadequada, e mais facilmente
pode encontrar novas alternativas.
A sala de brinquedos e os materiais estão à disposição da criança, esperando
por sua decisão.
22
e i t o
e s p
s a / R
p r es s oa l
e m p e s
S
7 . o ri t m o
a
O terapeuta não tenta abreviar a duração da terapia.
Deve-se dispor a aceitar o ritmo que a criança escolher, sem tentar
apressar ou retardar nenhum aspecto do processo terapêutico.
O processo deve ser reconhecido como gradativo. Desta forma, a
criança percebe que a hora terapêutica lhe pertence e assim se sente
suficientemente segura para relaxar suas defesas e experienciar a
sensação de atuar sem elas.
O terapeuta confia que quando a criança estiver pronta para
expressar seus sentimentos ela o fará.
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Nem sempre o trabalho com crianças é simples. Muito pelo contrário.
Os pais cobram o tempo todo respostas. E dificilmente entendem que o
respeito ao tempo da criança é importante.
24
d os
l o r
v a s
8.O limite
25
Agora que já entendemos quais são as diretrizes
do atendimento psicoterápico com crianças,
vamos responder à questão montando um plano
de atendimento.
26
p ro ce s s o
O
e r á p ic o
ludot
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OUVIR OS PAIS
Os pais são os primeiros a serem trabalhados no processo
psicoterápico da criança.
Ouvir a posição deles já dá um norte sobre a criança. E a partir dessa
escuta, orientá-los sobre como falar com as crianças sobre a
psicoterapia. Sobre como esse processo de consultas e conversas deve
ser introduzido, para evitar que a criança crie fantasias e resistências a
respeito”.“
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ESTABELECER O vÌNCULO COM A CRIançA
Colocar para a criança como Eu me sinto atendendo ela e o que
percebi sobre ela.
Perguntar se ela sabe o que está fazendo ali.
Me apresentar e falar sobre o que era a psicoterapia e o que ela
poderia fazer ali. Apresentar o espaço e dizer que ela poderia escolher
coisas para fazer e também me contar o que quisesse, inclusive
segredos. E que esses segredos ficariam entre mim e ela.
Ler junto com a criança, o livro O Primeiro Livro da Criança Sobre
Psicoterapia , de autoria de Jane Annunziata e Marc A. Nemiroff
30
Livro
https://
www.youtube.com/watch?v=NwG9hkfmNCY
31
gr a s e o
As re
sigilo
Estabelecer as regras é importante.
Não quebrar os brinquedos, não agredir e não se agredir.
Importante frisar eu tudo o que será conversado ou brincado durante as sessões estará em
segredo.
Sobre o sigilo, parte importante do estabelecimento do contrato terapêutico, assim como na
clínica com adultos, na clínica com crianças ele também vai ser mantido .
O compromisso com o sigilo na psicoterapia infantil é muito importante para que a criança
adquira confiança no psicoterapeuta além de ser um fator que possibilita a construção do vínculo
de confiança, que é de natureza afetiva.
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ç õ e s n a
As emo a
crianç
O fato da criança apresentar experiências vividas, impossibilitadas
de serem simbolizadas, ou simbolizadas de forma inadequada por
distorção ou negação, parece ser crucial para o estabelecimento de
um estado geral de ansiedade e insegurança.
O mais diverso leque de problemas pode ser gerado por estados
como estes, como por exemplo: comportamentos agressivos, birras,
dificuldades de concentração, dificuldades no estabelecimento de
relações humanas. Quando há a falta de simbolização adequada, ou
seja, que se dê como uma extensão natural do vivido, há uma
necessidade de que esta simbolização ocorra.
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e rê n c i a s
Re f
BRITO, Rosa Angela Cortez & PAIVA, Vilma Maria Barreto. Psicoterapia de Rogers e
ludoterapia de Axline: convergências e divergências. Rev. NUFEN [online]. v.4, n.1,
janeiro-junho, 102-114, 2012.