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Psicologia do Desenvolvimento
Desde os primórdios das civilizações, o ser humano manifestou curiosidade sobre seu processo de
desenvolvimento, comparando sua visão a respeito de um assunto em diferentes etapas da vida.
Gestalt
Conhecida como Psicologia da Forma, a Gestalt prega que o todo (por exemplo, uma figura completa)
não corresponde somente à soma de suas partes, tendo significados que vão além delas.
A Gestalt acredita que pequenos gestos ou respostas superficiais dão pistas sobre sentimentos latentes,
o que a torna um instrumento terapêutico que contribui para a saúde mental.
Segundo essa teoria, as pessoas se desenvolvem conforme aprendem a usar estruturas biológicas que já
nascem com elas, ou seja, apenas descobrem sua capacidade cerebral, aos poucos.
Apesar de colaborar para o estudo do comportamento humano, essa ideia foi superada mais tarde,
quando cientistas descobriram que é possível ampliar a capacidade de aprendizado.
Em 1923, a obra “O ego e o id” formalizou sua teoria de divisão para a mente, composta por id, ego e
superego.
O id ou inconsciente é definido como uma força propulsora, não socializada e que busca pelo prazer
incondicional da pessoa, sendo movido pela libido ou energia da pulsão sexual.
O ego seria a parte mais superficial, responsável pelas interações entre indivíduo e meio, enquanto o
superego atua como controlador dos impulsos do id e intenções do ego.
Segundo a psicanálise, o desenvolvimento ocorre em resposta à procura por satisfação, direcionada pela
libido desde que o ser humano nasce.
Assim, a cada etapa do desenvolvimento, o indivíduo se concentra em uma parte do corpo e em ações
que lhe dão mais prazer.
Um exemplo é a fase oral, na qual os bebês concentram a libido na região da boca, já que a alimentação
e o contato com chupetas, mordedores, etc., os deixa satisfeitos.
Behaviorismo
“Teoria e método de investigação psicológica que procura examinar de modo mais objetivo o
comportamento humano e dos animais, com ênfase nos fatos objetivos (estímulos e reações), sem fazer
recurso à introspecção.”
O behaviorismo acredita, então, que os comportamentos mudam a partir de alterações ambientais,
sendo o estímulo uma mudança no ambiente, e a reação, uma mudança realizada pelo indivíduo.
Lev Vygotsky
Um dos principais representantes da teoria cognitiva, Vygotsky tem uma visão diferenciada do
desenvolvimento humano, considerando as pessoas como construtoras de sua realidade ou
representação interna do mundo em que vivem.
Um dos destaques de seus estudos é a perspectiva de que, para construir seus conhecimentos, o
indivíduo interage com o meio e o momento histórico em que se insere.
Psicologia do Desenvolvimento
Como mencionamos nos tópicos anteriores, um dos teóricos mais lembrados quando se fala em
Psicologia do Desenvolvimento é Jean Piaget.
Para responder a essa questão, o autor estudou a fundo o comportamento durante as primeiras fases
da vida humana, chegando a quatro estágios de desenvolvimento cognitivo, desde o nascimento até a
adolescência.
De acordo com sua tese, o conhecimento é construído a partir de um sistema que busca se equilibrar,
assimilando e acomodando novidades de maneira cíclica.
Na assimilação, a pessoa entra em contato com o mundo exterior e aprende informações novas, que
serão agregadas ao seu repertório.
Em seguida, ocorre a acomodação, na qual essas informações são confrontadas com o que a pessoa já
sabia e, a partir desse confronto, ocorre uma mudança na estrutura de seu pensamento – a construção
de um novo conhecimento e consequente avanço cognitivo.
Período sensório-motor
No início da vida, os bebês se restringem a desempenhar movimentos reflexos, como a sucção, para que
consigam se alimentar.
Mas, com o tempo, aprimoram seus movimentos e incorporam outros objetos, além do seio materno, à
sua rotina de sucção, indicando diferenciação entre seu corpo e o mundo exterior.
Período pré-operatório
Esse é um marco muito importante, pois permite que meninos e meninas expressem seus pensamentos
e emoções, embora ainda vejam o mundo de modo egocêntrico.
Época em que se inicia a adolescência, é nesse período que o indivíduo se torna capaz de exercitar a
reflexão, criar hipóteses e deduções.
Também amplia sua capacidade de raciocínio, solucionando equações com muitas variáveis ou
analisando temas complexos com sucesso.
Psicologia do Desenvolvimento
As teorias e estudiosos que comentamos acima permitiram a descoberta de quatro fatores principais
que influenciam a maturação do indivíduo
São eles:
Hereditariedade: consiste em genes repassados pelos pais, que determinam o desenvolvimento de cada
um. Dependendo das experiências e do ambiente, eles podem, ou não, se manifestar
Crescimento orgânico: a maturidade física dá ao adolescente/adulto possibilidades que ele não tinha
quando criança
Ambiente: reúne todos os estímulos externos, tanto do local onde o indivíduo vive quanto das pessoas
de sua convivência.
Conclusão
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