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Desenvolvimento de Crianças e

Jovens – U9635
Formadora: Elisabete Araújo
“O que é um adulto? Uma criança de idade.”
(Simone de Beauvoir)

O que é o
desenvolvimento?
• O desenvolvimento é o conjunto de processos ativos e
contínuos que ocorrem no Ser Humano, desde que
nasce até que morre, e que deriva da interação entre o
sistema nervoso, o sistema neuromuscular, o sistema
endócrino e o meio que rodeia o indivíduo ao longo da
sua vida

• O desenvolvimento é concebido como a interação entre


a hereditariedade e o meio ao longo do tempo.
Identificar e caracterizar os diferentes estádios do
desenvolvimento de crianças e jovens tendo em conta os fatores
condicionantes do desenvolvimento

A teoria do
Desenvolvimento Humano
A teoria do Desenvolvimento Humano

A Psicologia do Desenvolvimento Humano, estuda o


desenvolvimento do ser humano nos aspetos: intelectual,
social, físico, emocional, desde o nascimento até a idade
adulta.
Ela estuda como a cognição se desenvolve e como o
comportamento muda durante a fase de crescimento,
trazendo uma multiplicidade de conhecimentos para o
campo da psicologia aplicada.
A teoria do Desenvolvimento Humano

O desenvolvimento humano é o processo pelo qual o ser


humano se forma enquanto ser, desde o momento da
conceção, até à sua morte.

Este processo dá-se como uma interação constante entre o


indivíduo (as suas estruturas biológicas e mentais) e o meio
em que se encontra inserido.
Desenvolvimento da criança

O desenvolvimento do ser humano é ininterrupto e gradativo

Isto significa que:

• O processo se efetua por etapas (fases/estágios);

• As etapas do desenvolvimento seguem uma sequência;

• Essa sequência é invariável (o individuo não pode “saltar” etapas, embora possa passar por
certas etapas mais depressa, ou mais devagar que os outros);

• O processo de desenvolvimento ocorre ao longo de toda a vida do indivíduo.


Desenvolvimento da criança

Desde a conceção até à maturidade há um paralelo no desenvolvimento do


organismo, do cérebro e do comportamento.

ISTO É:

As capacidades mentais e comportamentais só surgem com base na


maturação do sistema nervoso (em que inclui o cérebro) e de todo o
organismo.
As aquisições necessárias à transição de um estádio de desenvolvimento para
outro não são feitas instantaneamente, ocorrem ao longo do tempo.
Desenvolvimento da criança e a sua continuidade
Uma fase da vida influência as outras fases posteriores

Isto significa que:

• O que ocorre em cada fase do desenvolvimento influencia as outras.

• Um trauma na infância pode levar a que um adulto exiba determinados comportamentos resultantes
desse trauma.

• A não aquisição de competências das fases do desenvolvimento que lhes são propícias pode
comprometer seriamente as fases seguintes.

• A velocidade e a intensidade do processo de desenvolvimento não são as mesmas ao longo de todo o


processo.
Teorias do desenvolvimento cognitivo

Jean Piaget – “O interacionista”

O desenvolvimento intelectual é resultado de um intercâmbio dinâmico e ativo


entre uma criança e seu ambiente

Segundo Piaget, as mudanças estão relacionadas à formação da identidade de


um indivíduo, o seu entendimento, habilidades físicas e intelectuais, percepção
de conceitos, desenvolvimento dos aspectos emocionais e sociais, entre
outros.
Teorias do desenvolvimento cognitivo

Jean Piaget – “O interacionista”

Estas alterações são divididas em quatro estágios do desenvolvimento


humano.

Os quatro estágios são muito diferentes uns dos outros, cada um revela
uma maneira diferente na qual um indivíduo reage ao seu ambiente
Teorias do desenvolvimento cognitivo

4 estágios teóricos do desenvolvimento de Piaget:

• Sensório-Motor (0 a 2 anos)

• Pré-Operatório (2 a 7 anos)

• Operações Concretas (7 a 12)

• Operações Formais (12 anos em diante)


Teorias do desenvolvimento cognitivo

4 estágios teóricos do desenvolvimento de Piaget:

Sensório-Motor (0 a 2 anos)

A criança adquire controle motor, perceção das coisas, cria laços afetivos e
demonstração dos primeiros movimentos e reflexos. Esse período refere-se a
um estágio anterior à linguagem, ou seja, a criança controla suas ações por
meio de informações sensoriais.
Desenvolvimento motor da criança (primeiro ano de vida)
Teorias do desenvolvimento cognitivo

4 estágios teóricos do desenvolvimento de Piaget:

Pré-Operatório (2 a 7 anos)

Além de aprimorar os comportamentos anteriores, a criança começa a usar a


linguagem, os símbolos e desenvolve a fala e habilidades físicas, porém ainda
não é capaz de realizar operações concretas. Nessa fase, ela ainda não
consegue se colocar no lugar do outro e ter empatia, e por conta disso, o
egocentrismo ainda é predominante.
Teorias do desenvolvimento cognitivo

4 estágios teóricos do desenvolvimento de Piaget:

Operações Concretas (7 a 12)

Nesse período ocorre o aprimoramento das habilidades anteriores e também o


desenvolvimento da capacidade de raciocinar e de decidir algumas questões
mais simples. Essa fase é marcada pelo aprimoramento do pensamento, ou
seja, a criança começa a raciocinar de forma lógica, a solucionar problemas e
dominar tempo e números.
Teorias do desenvolvimento cognitivo

4 estágios teóricos do desenvolvimento de Piaget:

Operações Formais (12 anos em diante)

Na última fase, as capacidades e competências estão totalmente


desenvolvidas. Nesse período, a pessoa consegue dominar o pensamento
lógico, agregar valores morais à sua conduta, além de iniciar a transição do
pensamento para o modo adulto e tomar decisões mais complexas.
Teorias do desenvolvimento cognitivo

As mudanças, vão acontecendo devido à influência 4 aspetos:

1. Hereditariedade

A carga genética, ou seja, o que a pessoa herda dos pais, é o que define o seu
potencial. Entretanto, ele pode ou não ser desenvolvido, tudo depende dos
estímulos que o indivíduo recebe do ambiente.
Teorias do desenvolvimento cognitivo

As mudanças, vão acontecendo devido à influência 4 aspetos:

2. Crescimento orgânico

1. Aspeto físico da pessoa - A partir do momento que o indivíduo adquiri


estabilização corporal ela consegue desenvolver novos comportamentos e
ações que antes não eram possíveis.
Teorias do desenvolvimento cognitivo

As mudanças, vão acontecendo devido à influência 4 aspetos:

3. Maturação neurofisiológica

A pessoa desenvolve padrões de comportamentos de acordo com as funções


cognitivas adquiridas e seu desenvolvimento neurológico.

É nessa fase também, que o indivíduo abandona de forma gradativa o


egocentrismo.
Teorias do desenvolvimento cognitivo

As mudanças, vão acontecendo devido à influência 4 aspetos:

4. Meio

O comportamento do ser humano se modifica e é incentivado, seja de forma


negativa ou positiva, de acordo com os estímulos que ele recebe do meio em
que ele vive e frequenta.
Teorias do desenvolvimento cognitivo

Freud e a sexualidade

Segundo este autor, a sexualidade molda determinados comportamentos e que isso ocorre
desde a infância.

No entanto Freud referia-se à relação da criança com seu próprio corpo e não da relação com
outra pessoa.

Freud dizia que a busca do prazer é uma forte motivação para o comportamento das pessoas.
O foco dessa fonte de prazer muda de acordo com a fase em que a criança está.
Teorias do desenvolvimento cognitivo

Freud e a sexualidade

Segundo Freud, as etapas do desenvolvimento psicossexual são:

Fase Oral dos 0 a 1 ano, aproximadamente

Características principais: a região do corpo que proporciona maior prazer à criança é a


boca. É pela boca que entra em contacto com o mundo, é por esta razão que a criança
pequena tende a levar tudo o que pega à boca.
O principal objeto de desejo nesta fase é o seio da mãe, que além de a alimentar proporciona
satisfação ao bebé. É a fase de reconhecimento do externo. Cores primárias e vibrantes
despertam a atenção das crianças nessa fase.
Teorias do desenvolvimento cognitivo

Freud e a sexualidade

Segundo Freud, as etapas do desenvolvimento psicossexual são:

Fase Anal dos 2 aos 4 anos aproximadamente

Características: Neste período a criança passa a adquirir o controle dos esfíncteres e a zona
de maior satisfação é a região do ânus. Descobre que pode controlar as fezes que saem de
seu interior.
É nesta etapa que a criança começa a ter noção de higiene. Ela começa a ter noção de posse
e quer pegar os objetos, tocá-los e ver que aquilo faz parte de algo fora do limite do seu corpo.
Teorias do desenvolvimento cognitivo
Freud e a sexualidade

Segundo Freud, as etapas do desenvolvimento psicossexual são:

Fase Fálica dos 4 a 6 anos, aproximadamente.

Características: A atenção da criança volta-se para a região genital e ela apresenta um forte
comportamento narcisista, de representação de si, onde cria uma grandiosa imagem de si
mesma.
Ao serem defrontadas com as diferenças anatómicas entre os sexos, criam as chamadas
"teorias sexuais infantis", imaginando que as meninas não tem pénis porque este órgão lhe foi
arrancado (complexo de castração). As meninas vêem-se incompletas (por causa da ausência
e consequente inveja do pénis).
Teorias do desenvolvimento cognitivo

Freud e a sexualidade

Segundo Freud, as etapas do desenvolvimento psicossexual são:

Fase de Latência dos 6 a 11 anos, aproximadamente.

Características: este período tem por característica principal um deslocamento da libido da


sexualidade para atividades socialmente aceitas, ou seja, a criança passa a gastar sua energia
em atividades sociais e escolares.

É o investimento no outro, em coisas do exterior.


Teorias do desenvolvimento cognitivo

Freud e a sexualidade

Segundo Freud, as etapas do desenvolvimento psicossexual são:

Fase Genital a partir dos 11 anos, aproximadamente.

Características: neste período, que tem início com a adolescência, há uma retomada dos
impulsos sexuais, o adolescente passa a buscar, em pessoas fora de seu grupo familiar, um
objeto de amor. Período de mudanças no qual o jovem tem que elaborar a perda da identidade
infantil e dos pais, da infância, para que pouco a pouco possa assumir uma identidade adulta.
Outros autores concluíram que o desenvolvimento da criança passa por
diversos estádios quer ao nível físico, social, emocional e moral.

Segundo eles o desenvolvimento humano é um processo de crescimento


e mudança a nível físico, do comportamento, cognitivo e emocional ao
longo da vida. Em cada fase surgem características específicas.

No entanto, cada criança é um indivíduo e pode atingir estas fases de


desenvolvimento mais cedo ou mais tarde do que outras crianças da
mesma idade, sem se falar, propriamente, de problemáticas.
Estágios\ fases do desenvolvimento Humano
Estágios\ fases do desenvolvimento Humano- Crianças
e jovens- ab. Global

PRIMEIRA INFANCIA

Etapa da infância dos 0 – 18 meses

O bebé é totalmente dependente de terceiros (geralmente, dos pais) para quaisquer coisas
como locomoção, alimentação ou higiene. Neste período, o bebé aprende a sentar-se, a
gatinhar, a andar.
Neste estágio da vida, a criança cresce muito rapidamente. Os primeiros cabelos, bem como
os primeiros dentes, aparecem neste estágio. Aos 18 meses de vida, a maioria dos bebés já
soltaram as primeiras palavras.
Estágios\ fases do desenvolvimento Humano- Crianças
e jovens- ab. Global

PRIMEIRA INFANCIA

Etapa da infância dos 18 meses – 3 anos

Cresce menos do que durante os primeiros 18 meses de vida. Pode correr uma curta
distância por si mesma, comer sem a ajuda de terceiros, e falar algumas palavras que têm
significado (por exemplo, mamã, papá, bola, etc.), e a expectativa é que a criança continue a
melhorar estas habilidades.

Aos três anos de idade, a criança já pode formar algumas frases completas (e corretas
gramaticalmente) usando palavras já aprendidas, e possui um vocabulário de
aproximadamente 800 a mil palavras.
Estágios\ fases do desenvolvimento Humano- Crianças
e jovens- ab. Global

SEGUNDA INFANCIA

Etapa da segunda infância entre 3 a 4 anos

Começam a desenvolver os aspetos básicos de responsabilidade e de independência.


São altamente ativas constantemente explorando o mundo à sua volta.

Passam a aprender que na sociedade existem coisas que eles podem ou não fazer.

As crianças passam a identificar-se com outra pessoa por causa de vários motivos, incluindo
laços de amizade (um amigo ou uma pessoa próxima como outro parente, por exemplo) e
semelhanças físicas e psicológicas.
Estágios\ fases do desenvolvimento Humano- Crianças
e jovens- ab. Global

SEGUNDA INFANCIA

Etapa da segunda infância entre 4 a 6 anos

Este período é marcado pelo desenvolvimento psicológico da criança. Esta continua a


desenvolver-se fisicamente, de uma forma lenta e gradual, mas acima de tudo, elas
desenvolvem-se e crescem a nível social, emocional e mental.

A vida social da criança passa a ser cada vez mais importante, e é comum nesta faixa etária o
que se chama de o(a) melhor amigo(a).
Estágios\ fases do desenvolvimento Humano- Crianças
e jovens- ab. Global

TERCEIRA INFANCIA

Etapa da terceira infância entre 6 a 8 anos

Por volta dos sete ou oito anos de idade, as crianças passam a racionalizar os seus
pensamentos e as suas crenças, procurando as razões, os porquês por detrás de um
problema ou de um facto.

A partir dos seis anos de idade, as crianças passam a comparar-se com outras crianças da
mesma faixa etária. O crescimento de peso e altura é pequeno e semelhante entre meninos e
meninas, que continuam a ter peso e altura semelhantes.
Estágios\ fases do desenvolvimento Humano- Crianças
e jovens- ab. Global

TERCEIRA INFANCIA

Etapa da terceira infância entre 10 a Pré-adolescência

A partir dos 10 anos de idade, as crianças passam a dar mais importância a um grupo de
amigos que possuem gostos semelhantes.

Época de intensas mudanças físicas e psicológicas: é a chamada pré-adolescência.

Passam a ter mais responsabilidades, ao mesmo tempo em que passam a querer e a exigir
mais respeito de outras pessoas – particularmente dos adultos. A criança nesta faixa etária
passa a compreender mais a sociedade, ordens sociais e grupos, o que torna esta faixa etária
uma área instável de desenvolvimento psicológico.
Estágios\ fases do desenvolvimento Humano- Crianças
e jovens- ab. Global

TERCEIRA INFANCIA

A pré-adolescência

Muitas vezes, sentem-se rejeitados pela sociedade, podendo desencadear problemas


psicológicos tais como a depressão ou a anorexia, por exemplo.

A pré-adolescência é marcada pelo início das intensas transformações físicas que


transformam a criança num adulto; é o início da puberdade, marcada principalmente pelo
aumento do ritmo de crescimento corporal e pelo amadurecimento dos órgãos sexuais.
Especificidades do desenvolvimento de crianças e
jovens

VINCULAÇÃO: a criança e o adulto de referência

É o nome dado à ligação afetiva primordial, reciproca e duradoura entre o bebé e a figura
parental, em cada um assume o seu papel para contribuir para a qualidade da relação.

A vinculação tem um valor adaptativo para o bebé, assegurando as suas necessidades


fisiológicas e psicossociais não satisfeitas.

A vinculação é um tipo particular de ligação afetiva da qual faz parte integrante o sentimento
de segurança.
Especificidades do desenvolvimento de crianças e
jovens

Quando esta ligação é construída, manifesta-se um sentimento de segurança e bem-estar na


presença de outra pessoa. Este sentimento serve de “base de segurança” a partir da qual a
criança pode explorara o mundo.

A existência desta ligação e a sua qualidade é avaliada através da análise dos


comportamentos de vinculação.

- Estes comportamentos permitem ao adulto e à criança manter uma proximidade física e


afetiva.
Especificidades do desenvolvimento de crianças e
jovens

Estas ligações permitem assegurar a sobrevivência da criança e do seu bem-estar.

- Este sistema é composto por um repertorio de comportamentos que mantem proximidade


entre os pais e o bebé.

- Praticamente qualquer atividade levada a cabo pelo bebé - que provoque uma resposta do
cuidador - poderá ser um comportamento de vinculação: chupar, chorar, sorrir, abraçar fazer
um barulhinho e olhar para a figura parental
Especificidades do desenvolvimento de crianças e
jovens

Na 8ª semana de vida, os bebés dirigem alguns desses comportamentos mais ao cuidador


principal do que a qualquer outra pessoa. Estas aproximações são bem-sucedidas quando a
mãe/ o pai responde de forma eficaz e calorosa.

Vinculação desorganizada

Vinculação segura- pais responsivos, constantes e calorosos

Vinculação ansiosa-ambivalente- pais inconstantes e imprevisíveis, criança insegura que


oscila entre a procura e o afastamento dos pais

Vinculação evitante- pais negligentes, criança com padrões de afastamento emocional e


físico, aparente “desligamento”.
Especificidades do desenvolvimento de crianças e
jovens

A Vinculação é uma das bases que vai definir a personalidade da


criança ela tem o poder de arquitetar o cérebro.

Todos os bebés naturalmente se ligam a um cuidador primário


(normalmente a mãe) e esta ligação é aquilo que vai fazer com que o
bebé sinta a segurança suficiente para poder explorar depois o mundo.

Esta relação é um processo que começa durante a gravidez, quando as


mães começam a sentir os movimentos do bebé a dar os pontapés e
essa ligação vai crescendo a partir daí. É importante os pais serem
responsivos a todos os sinais que o bebé vai dando.
Especificidades do desenvolvimento de crianças e
jovens

Ao contrário do que por vezes se diz os bebés não são


manipuladores, não choram porque querem mimo…e o colo
não lhes vai fazer mal. Os bebés têm de ser respondidos,
quando choram é a única forma que têm de mostrar as suas
necessidades e veem “desenhados” para que alguém lhe
responda às suas necessidades.

É extremamente importante a existência de afeto, resposta


à necessidade do bebé.
Especificidades do desenvolvimento de crianças e
jovens

Por exemplo, vamos ao shopping e o bebé chora porque fez


xixi e sente o rabinho molhado isso o incomoda. Ser
responsivo não significa fazer tudo o que o bebé quer,
significa também ser capaz de colocar limites, acima de tudo
compreender a angustia que o bebé está a sentir naquele
momento, e

por exemplo…ir dizendo através de discurso “eu sei que é


mau estarmos aqui, não é bom ter o rabinho molhado, a
seguir vamos sair daqui e vamos brincar”
Especificidades do desenvolvimento de crianças e
jovens

…um bebé com 6 meses não vai perceber nada do que se


está a dizer, mas vai gravar todo o tom emocional e acima
de tudo vai gravar que quando ele se sente mal, quando não
sabe o que fazer, há alguém que vem e o ajuda, e isso é a
parte mais essencial.
Especificidades do desenvolvimento de crianças e
jovens

É muito importante existir esta capacidade de responder ao


bebé, logo após o nascimento, ter máximo possível contacto
com o bebé, a amamentação também é uma coisa
importante porque liberta muitas hormonas que promovem
esta relação, mas quando isso não é possível (amamentar) a
vinculação também se pode transmitir pelo biberão…
Especificidades do desenvolvimento de crianças e
jovens

Quando não existe esta transmissão de vinculação


segura o que pode acontecer?

Todos os bebés se vinculam mesmo a pais que não sejam


tão responsivos, a vinculação pode ser insegura ou segura,
quando é insegura os bebés à partida tentam todos
promover a ligação e conexão de todas as formas, mas
chegam a uma altura que desistem, e ou se tornam
demasiado dependentes, uma espécie de “cola emocional”.
Especificidades do desenvolvimento de crianças e
jovens

Isto pode levar à revolta, raiva, dificuldade em gerir as suas


emoções, em termos cognitivos também pode ficar afetado,
e mais tarde na adolescência desenvolver problemas ligados
à delinquência, por exemplo.
Especificidades do desenvolvimento de crianças e
jovens

A criação de vínculo é extremamente importante nos 3


primeiros anos de vida. Obviamente que mais tarde há
forma de compensar alguma vinculação insegura que tenha
acontecido, como por exemplo, situação de adoção. É
possível a criança vincular-se a uma nova pessoa e esta
nova relação ser capaz de compensar a vinculação insegura
que existiu.
As crianças que não eram amadas

ERA UMA
VEZ…
As crianças que não eram amadas
Em 1966, o presidente Nicolae Ceausescu criou uma política para aumentar a
população do país. Para cumprir a meta mirabolante, ele tornou a conceção
uma preocupação do estado. Em primeiro lugar, proibiu todos os métodos
contracetivos. Em seguida, criminalizou o aborto. Criou leis que obrigavam
todas as mulheres a serem examinadas por médicos estatais, orientados a fazer
perguntas do tipo “com que frequência você faz sexo?” ou “por que você não
consegue engravidar?”. Esses profissionais eram conhecidos na boca pequena
como a “polícia da menstruação”.
As mulheres que não engravidavam (ou que tinham menos de cinco filhos!)
eram obrigadas a pagar um “imposto do celibato” e os médicos responsáveis
pelos bairros com casos de morte infantil eram punidos com cortes de 10 a 25%
em seus salários.
As crianças que não eram amadas
O plano do líder romeno foi um sucesso. Bastaram alguns meses para que a
taxa de natalidade do país explodisse: passou de 1,9 nascimentos por mulher
em 1966 para 3,6 em 1967.

A outra face…
Com uma situação precária, a mortalidade infantil alcançou 83 mortes a cada
mil nascimentos (a média da Europa estava em 10 mortes à época). Cerca de
10% dos bebês nasciam abaixo do peso — as crianças com menos de 1,5 quilo
eram simplesmente ignoradas a ponto de não receberem qualquer tratamento
médico para conseguir sobreviver.
As crianças que não eram amadas
Com pouco dinheiro para manter a família, mães e pais começaram a
abandonar seus filhos. O governo criou, então, orfanatos para abrigar essas
crianças largadas na rua.

Os funcionários desses abrigos eram orientados a não demonstrar qualquer


tipo de afeto pelos bebês. Se eles chorassem, deveriam ser ignorados até
aprenderem que não receberiam atenção. Todos dormiam em berços
semelhantes, enfileirados em grandes galpões. O corte de cabelo era igual. A
roupa era a mesma. Quando estavam um pouquinho maiores, eram obrigados
a enfrentar filas para esvaziar os penicos ou retirar a refeição na cozinha. Nada
de abraços, brincadeiras ou carinho.
As crianças que não eram amadas
A situação agravou-se tanto que, em 1989, ano em que Nicolae Ceausescu foi
deposto, a Romênia tinha 170 mil crianças a viver nessas condições. E a
esmagadora maioria delas desenvolveu sérios problemas neurológicos.

Estudo…

O pediatra Charles Nelson, do Hospital de Crianças de Boston, nos Estados


Unidos, foi visitar um desses internatos no final dos anos 1990. Ao chegar lá,
ficou chocado, e no regresso a casa resolveu lançar o “Projeto de Intervenção
Precoce de Bucareste”, em que avaliou qual o impacto da falta de amor nos
primeiros anos de vida.
As crianças que não eram amadas
O grupo de cientistas investigou 136 daqueles sujeitos aos 2, 4, 6, 8 e 12 anos
de idade. Em média, eles apresentavam um quociente de inteligência (o
popular QI) na casa dos 60, enquanto o esperado para a faixa etária é de 100
pontos. Além disso, os exames mostraram déficits no desenvolvimento cerebral,
linguagem atrasada e atividade neural reduzida.

Hoje, já se sabe que a interação dos bebês com indivíduos mais velhos é
primordial para a formação de um cérebro saudável. Quando essa criança emite
algum estímulo de comunicação (um balbuciar, um sorriso, um barulho…),
espera um retorno de seu pai, da sua mãe ou de quem estiver por perto.
Primeira Infância: O estabelecimento do vínculo
O afeto do adulto influência não apenas o temperamento e a
personalidade da criança, mas também impacta o seu crescimento
cognitivo. É importante saber articular as relações afetivas com outros
aspetos do desenvolvimento infantil, como o físico, o cognitivo e o
social.

É por meio das trocas de afeto que a criança desenvolve as suas


primeiras relações, aprende a interagir, a se comunicar e também inicia a
capacidade de desenvolver empatia.
É importante lembrar de algumas coisas:

• Carinho e afeto nunca são demais!


• As crianças crescem rápido e em breve não vão querer mais o colo
ou dormir na cama dos pais;
• Vinculo seguro na primeira infância é igual a crianças mais seguras e
autónomas.

O importante é garantir que compreendemos as fases e necessidades


que cada etapa de desenvolvimento demanda e dar o melhor que
pudermos para garantir que os nossos meninos e meninas tenham o seu
pleno desenvolvimento e proteção.
A criança e a creche

A creche é uma estrutura que recebe crianças para cuidar. A faixa etária
que recebe é desde os 3 meses até ao 3 anos, altura em que a criança
passa a outro tipo de estrutura, adaptada às suas necessidades
educacionais e recreativas.

Na Creche o educador deve proporcionar às crianças as condições


para elas poderem desenvolver todos os aspetos da sua personalidade,
nomeadamente nos campos social, intelectual, físico e emocional,
não obstante a consciência de que existem ritmos diferentes de
desenvolvimento em cada criança que importa respeitar.
É da sua missão estimular a criança para:

• Adquirir a sua independência e desenvolver o respeito por si e pelos


outros;

• Socializar-se, reconhecendo a individualidade de cada um;

• Desenvolver a capacidade de expressão através do diálogo e da


criatividade;

• Desenvolver a curiosidade e a compreensão;


É da sua missão estimular a criança para:

• Facilitar em tudo o que seja possível o dia a dia dos pais, sem nunca
pretender substitui-los;

• Dar confiança e tranquilidade aos pais para que estes possam


desempenhar eficazmente as suas tarefas profissionais;

• Colaborar com os pais, sempre que possível, no lançamento de


novos serviços e opções que vão ao encontro das suas
necessidades.
Como estimular?  Área de Expressão e Comunicação
Domínio das Expressões
• Realizar trabalhos de desenho, pintura e colagem;
• Realizar trabalhos de plástica;
• Cantar canções;
• Dançar ao som de canções conhecidas;
• Jogos de expressão corporal;

Domínio da Linguagem
• Contar histórias; lengas- lengas; adivinhas;
• Realizar diálogos entre criança e adulto;
• Realizar desenhos/ pinturas;
• Fazer sequências de imagens do quotidiano;
• Realizar jogos de semelhanças/ diferenças simples;
Como estimular?  Área de Expressão e Comunicação
Domínio da Matemática
• Jogos com círculos e triângulos;
• Jogos de cores;
• Comparar tamanhos e comprimentos;
• Jogos de espaço/tempo;
• Jogos com materiais da casinha;

Conhecimento do Mundo
• Desenhar os membros da família;
• Jogos sobre os meios de transporte;
• Jogos de encaixe entre meios de transporte e lugares onde circulam;
• Jogos de relação entre profissões e locais;
• Realização de enfeites de Natal; Carnaval e Páscoa.
O desenvolvimento da afetividade

Um ambiente descontraído, acolhedor, quente e afetuoso, no qual as


demonstrações de carinho e aceitação sejam constantemente vividas no
meio em que a criança se movimenta, contribuirá para desenvolver a
afetividade de forma equilibrada.

Estas demonstrações serão vividas através de contato físico, gestos,


expressões verbais positivas, atitudes de ajuda e compreensão.
A importância da afetividade na creche

Afetividade é:

• Respeitar a individualidade de cada criança;


• Estabelecer uma boa relação com a criança;
• Proporcionar um ambiente calmo e seguro;
• Desenvolver o respeito pelo outro (fazer com que saiba esperar pela sua
vez);
• Dar resposta à curiosidade da criança;
• Dar liberdade de escolha;
• Promover a aquisição de regras simples;
• Instruir para que tenha hábitos de cortesia;
• Desenvolver a autoconfiança e a autonomia;
A importância da afetividade na creche

Estratégias a utilizar para promover a afetividade da criança:

• Ajudar a criança a tolerar as ausências da mãe, permitindo-lhe os objetos


transitivos (chucha, fralda, boneco, …)
• Estimular as palavras de cortesia: Olá, Bom Dia, Adeus, …
• Deixar que a criança realize ações que a divirtam: encher, esvaziar,
desmanchar, …
• Criar espaços variados e seguros para que a criança brinque;
• Contar histórias, canções e lenga-lengas
Manifestação afetiva – O papel do cuidador

Acariciar

• O educador deverá acariciar a face das crianças com suavidade e


estimular a que se acariciem entre si, formulando frases como:
«Gostamos tanto de ti!» «Que bem que nos sentimos juntos...!».

• Noutros momentos serão as crianças que acariciam o educador e lhe


demonstram afeto.
Manifestação afetiva

Sorrir

• O educador deve sorrir às crianças e estimula-as a responder-lhe,


igualmente, sorrindo.

• Deve incitar a que, aos pares, sorriam umas para as outras, enquanto
o educador as anima, dizendo-lhes: «Que bem!», «Que contentes que
estamos...!».
Manifestação afetiva

Ajudar a ordenar os brinquedos depois de usados

• A criança deve brincar nos «espaços» que o educador tenha


preparado para o efeito. Depois de cada sessão de brincadeiras, o
educador deve levá-las a reunir os brinquedos e a colocá-los no baú
ou caixa destinada ao efeito.

• De início, possivelmente, apenas ajudarão o educador, mas o objetivo


é conseguir que elas sozinhas realizem a tarefa quando são
solicitadas a fazê-lo, socializando-se.
Perigos dos maus-tratos infantis
Perigos dos maus-tratos infantis
Prevenção dos maus-tratos infantis e experiências adversas na
infância

3 tipos:

• Abuso

• Negligência

• Disfunções Familiares
Perigos dos maus-tratos infantis
São exemplos:

• violência física, sexual ou emocional;


• negligência física ou emocional;
• separação/divórcio parental;
• viver com um familiar que sofre de doença mental não compensada ou com
perturbação aditiva;
• familiar próximo preso;

A exposição a violência doméstica, por sinal, uma experiência adversa pode ter
impacto duradouros na saúde destas crianças até à sua idade adulta.
Perigos dos maus-tratos infantis

Foram também reconhecidas como experiências traumáticas o bullying,


o casamento forçado, a pobreza, a violência comunitária e a
discriminação (racial, género, orientação sexual), entre outras…
Importância do papel do adulto como modelo de
referência

A partir da observação das atitudes, escolhas e respostas emocionais


dos mais velhos, os pequenos encontram modelos de como
comportar-se e expressar-se, mas mais do que isso, compreendem
que reações devem apresentar em cada situação.
Um adulto que demonstra uma braveza excessiva lidando com
situações em que não há gravidade para isso, confundirá a criança,
dando a entender que o mundo é um lugar frustrante.
Da mesma maneira, a imposição de limites em excesso também
poderá originar insegurança em adulto.
Importância do papel do adulto como modelo de
referência
Primeiros Comportamentos Sociais da
Criança

Fase da Pré-Socialização
Primeiros Comportamentos Sociais – O que é mais
adequado?

Uma criança incentivada a brincar durante muito tempo sozinha,


tende a apresentar comportamentos de isolamento

E se for estimulada a somente estar em grupos, tende, com o


passar do tempo, a apresentar problemas de concentração
• É importante, os pais permitirem tanto que seus filhos tenham
seus momentos dedicados a brinquedos individuais como
massinhas, jogos de memória, quebra-cabeças, entre outros
como também momentos de convívio com os colegas, inclusive
até mesmo usando os brinquedos que utilizam nas suas
brincadeiras solitárias.

• A observação que as crianças fazem das pessoas e das situações


é de fundamental importância para o comportamento social delas
• Depois de adquirirem um certo conhecimento do mundo, aos 3
anos, elas já têm iniciativas de falar de si mesmas ou das
pessoas que estão ao redor delas, iniciando as trocas de ideias.

• A partir desta idade, contar histórias, desenvolver a imaginação


das crianças ouvindo as histórias que elas inventam e
desenvolver atividades teatrais com elas é o reconhecimento de
que as crianças já estão caminhando para se tornarem
indivíduos na sociedade.
VIDA SOCIAL: A Criança
Brincadeiras

• Brincar é fazer amigos. A brincar, a criança desenvolve a sua


capacidade criativa, integra-se no mundo e aprende a viver.

• Saber relacionar-se com outras pessoas de forma saudável


requer um longo aprendizado. Em cada fase do seu
desenvolvimento, a criança prepara-se um pouco mais para ser
um adulto bem integrado socialmente.
• Através dos brincadeiras e jogos, a criança aprende desde cedo a relacionar-se
com o mundo, com seus semelhantes, a incorporar novas conceções e padrões
de comportamento.

• Realiza, uma aprendizagem social. E isso é indispensável para que ela cresça
física e, sobretudo, mentalmente.

• Durante todo o primeiro ano de vida, os adultos dominam o interesse do bebe.


Mas, a partir daí, as outras crianças, antes olhadas com indiferença, vão ter um
papel cada vez mais importante na sua socialização.
• Nesse período, a criança já briga com outra na disputa de um objeto e
aparecem indícios do uso social dos brinquedos. Dois meninos conseguem, por
exemplo, brincar em conjunto com uma bola, rolando-a de um para outro.
Primeira infância - Primeiros Comportamentos sociais

• Se este período incluir suporte para o crescimento cognitivo,


desenvolvimento da linguagem, habilidades motoras, adaptativas e
aspetos sócio-emocionais, a criança terá uma vida escolar bem-sucedida e
relações sociais fortalecidas.

• No inicio da segunda infância as crianças começam a se comportar


socialmente de maneira mais rude. Forma que precede o seus
comportamentos sociais
Primeiros Comportamentos sociais
Muitos desses comportamentos apresentam um excesso de qualidades
que são virtudes quando mantido em moderação.
• Negativismo
• Rivalidade
• Zombar e Maltratar
• Ciúme
• Grupos ( gangues )
A importância de cada um no grupo e o respeito
Construção da identidade

• A identidade é um conceito que encerra a ideia de distinção, de marca de


diferença entre as pessoas, a começar pelo nome, seguido de todas as
caraterísticas físicas, emocionais, de modo de agir e de pensar, da
personalidade e da história pessoal.

• As respostas às perguntas “Quem sou eu?” e “Como sou?” são essenciais


para a construção da personalidade.
Construção da identidade
• Logo nos 1ºs meses de vida, o bebé começa a perceber-se enquanto sujeito e
adquire consciência corporal para se desenvolver e se organizar no espaço.
- Ao nascer o bebe está totalmente ligado à mãe e não compreende os limites
que os separam, (ou seja, não tem qualquer noção da sua identidade).

• Durante o 1º ano de vida o bebé explora o mundo à sua volta, vivencia


sensações, perceções, e por volta dos 7 meses, fica fascinado com a
experiencia de ver a sua imagem refletida no espelho.
Construção da identidade
• Na imitação, a criança desenvolve a capacidade de observar, aprender
com os outros e identificar-se com eles, ser aceite e diferenciar-se. As
crianças começam por observar e imitar as pessoas e coisas existentes à sua
volta, principalmente as pessoas do seu círculo afetivo.
• Nas brincadeiras, a criança interage com o outro, desenvolve a sua
imaginação, a sua capacidade de representação, atenção. Imitação,
memória…
A linguagem corporal é outro veículo importante no desenvolvimento global da
criança. Por meio de explorações, da música, do contato físico com outras
pessoas, das observações que faz do mundo…
Construção da identidade – Atividade de Identidade
Importância da pré-escola e Escola para o
desenvolvimento saudável do individuo

O sistema escolar, além de envolver uma gama de pessoas, com características


diferenciadas, inclui um número significativo de interações contínuas e complexas, em
função dos estágios de desenvolvimento do aluno. Trata-se de um ambiente
multicultural que abrange também a construção de laços afetivos e preparo para
inserção na sociedade.

Uma de suas tarefas mais importantes, embora difícil de ser implementada, é


preparar tanto alunos como professores e pais para viverem e superarem as
dificuldades num mundo de mudanças rápidas e de conflitos interpessoais,
contribuindo para o processo de desenvolvimento do indivíduo.
Importância da pré-escola e Escola para o
desenvolvimento saudável do individuo

• Por exemplo, na escola, o aluno tem rotinas como hora do intervalo e do lanche,
em que os objetivos educacionais se dirigem à convivência em grupo e à inserção
na coletividade.

• Uma boa educação pré-escolar tem reflexos positivos no futuro. Há uma melhor
transição para a escolaridade, há mais facilidade na socialização e a longo prazo
reduz-se a taxa de abandono escolar e de exclusão social, prevenindo-se assim
uma juventude de delitos ou o abuso de drogas, por exemplo.
Importância da pré-escola e Escola para o
desenvolvimento saudável do individuo

• O que nos diz a legislação portuguesa sobre a importância da


educação pré-escolar?

De acordo com a Lei Quadro da Educação Pré-Escolar, a educação pré-


escolar deve ser considerada como a primeira etapa do processo educativo
das crianças, complementar ao familiar, favorecendo um desenvolvimento
pessoal equilibrado e uma inserção saudável na sociedade.
As características próprias da educação pré-escolar
A educação pré-escolar funciona como um contexto educativo facilitador do
desenvolvimento de competências fundamentais para uma integração plena
e de sucesso das crianças no 1º ciclo. É ainda um espaço único de novas
vivências e diferentes experiências! No jardim-de-infância a criança cresce e
aprende sem pressões curriculares!

É por isso que a educação pré-escolar tem uma terminologia muito própria:

• Em vez de ensino usa-se a palavra educação!


• Não há professores, mas sim educadores!
• Os facilitadores das aprendizagens não dão aulas, antes organizam atividades!
Valorização da diversidade étnica e racial na educação infantil
Aprender as vogais. atividades para educação infantil
O que é Cyberbullying?

Cyberbullying é o bullying realizado por meio das tecnologias digitais. Pode ocorrer nas
redes sociais, plataformas de mensagens, plataformas de jogos e telemóveis. É o
comportamento repetido, com intuito de assustar, enfurecer ou envergonhar aqueles que
são vítimas. Exemplos incluem:

• Espalhar mentiras ou compartilhar fotos constrangedoras de alguém nas redes sociais;


• Enviar mensagens ou ameaças que humilham pelas plataformas de mensagens;
• Se passar por outra pessoa e enviar mensagens maldosas aos outros em seu nome.

O bullying presencial e o virtual acontecem lado a lado com frequência. Porém, o


cyberbullying deixa um rastro digital – um registro que pode se tornar útil e fornecer
indícios para ajudar a dar fim ao abuso.
Quais são os efeitos do cyberbullying?

Quando o bullying ocorre online, pode parecer que você está sendo atacado por todos os
lados, inclusive dentro da sua própria casa. Parece que não há como escapar.

Possíveis efeitos:

Psicologicamente — sente-se chateada, constrangida, incapaz, até mesmo com raiva;


Emocionalmente — sente-se envergonhada ou perde o interesse pelas coisas que ama;
Fisicamente — sente-se cansada (ou perde o sono), ou tem sintomas como dor de
barriga e de cabeça

Em casos extremos, o cyberbullying pode levar as pessoas ao suicídio.


Internet e Cyberbulling Sabe com quem está a falar?

“Da mesma forma que não falamos com estranhos na rua também não o devemos fazer na internet”
Roubo de identidade

Vídeo animado adaptado pela GNR para abordar junto dos jovens os perigos do roubo de identidade
online
Internet e Cyberbulling – Perigos e controlo parental

O QUE NUNCA DEVE FAZER:


•Fornecer dados pessoais (do próprio, de membros da família ou de amigos)
a pessoas que conhece na internet - nome completo, número do documento
de identificação (bilhete de identidade, cartão de cidadão), número de
telefone/telemóvel, morada, número/informações das contas bancárias ou
das dos pais.
•Preencher informação com dados pessoais, sem verificar anteriormente o
endereço do website que os solicitou, o motivo do pedido e a credibilidade da
entidade que o regula.
• Expor demasiada informação sobre em blogues ou redes sociais.
•Abrir ou responder a emails de destinatários que não conhece.
INTERNET - E CYBERBULLING – PERIGOS E
CONTROLO PARENTAL

O QUE NUNCA DEVE FAZER:


• Abrir links ou consultar páginas que pareçam duvidosas ou com conteúdos
estranhos.
• Partilhar a password com alguém (mesmo com alguém em quem confie
totalmente).
• Fazer compras online, sem o consentimento e ajuda dos pais.
• Combinar encontros com pessoas que conheceu online.
• Responder a mensagens ou contactos desagradáveis, humilhantes ou
provocadores (mesmo que sejam de uma pessoa que conhece).
• Usar a internet para magoar, prejudicar ou humilhar alguém.
INTERNET - E CYBERBULLING – PERIGOS E
CONTROLO PARENTAL

O QUE DEVE SEMPRE FAZER:


• Fornecer o email apenas a pessoas que conhece e a entidades que sejam
legítimas.
• Atualizar regularmente o antivírus do computador.
• Proteger o email com um filtro de spam/lixo eletrónico, para evitar receber emails
ou publicidade indesejada ou de destinatários que não interessam.
• Alterar regularmente as passwords.
• Efetuar sempre logout quando quer sair do email ou de uma página da web em que
tenha efetuado login.
INTERNET - E CYBERBULLING – PERIGOS E
CONTROLO PARENTAL

•Falar com um adulto em quem confie quando tiver acontecido alguma coisa que
tenha incomodado ou quando tem alguma dúvida.
•Contactar o administrador da página da web em que está, se perceber que o
conteúdo do website é inadequado ou impróprio.
•Não responder a qualquer mensagem provocatória ou desagradável e guardar essa
informação para a enviar ao administrador do website ou fórum.
INTERNET - E CYBERBULLING – PERIGOS E
CONTROLO PARENTAL

Educadores
Os educadores podem contribuir para a prevenção deste tipo de agressões das
seguintes formas:
•Alertando para as consequências destas práticas, tanto para a vítima como para o
agressor;
•Promovendo a ética na utilização das Tecnologias de Informação;
•Apoiando e educando as vítimas para que estas respondam positivamente a este
tipo de ações;
•Estando alerta para comportamentos estranhos ou anormais no grupo.
VIOLÊNCIA DOMÉSTICA

Todos podemos ser vítimas de violência doméstica.


As vítimas podem ser ricas ou pobres, de qualquer idade, sexo,
religião, cultura, grupo étnico, orientação sexual, formação ou estado
civil.

O QUE É?
Para a APAV o Crime de Violência Doméstica deve abranger todos os
atos que sejam crime e que sejam praticados neste âmbito.
VIOLÊNCIA DOMÉSTICA

Qualquer acção ou omissão de natureza criminal, entre pessoas que


residam no mesmo espaço doméstico ou, não residindo, sejam ex-
cônjuges, ex-companheiro/a, ex-namorado/a, progenitor de
descendente comum, ascendente ou descendente, e que inflija
sofrimentos:
• Físicos
• Sexuais
• Psicológicos
• Económicos
TIPOS DE VIOLÊNCIA

A VIOLÊNCIA DOMÉSTICA ENGLOBA DIFERENTES TIPOS DE


ABUSO, TAIS COMO:
violência emocional: qualquer comportamento do(a) companheiro(a)
que visa fazer o outro sentir medo ou inútil. Usualmente inclui
comportamentos como: ameaçar os filhos; magoar os animais de
estimação; humilhar o outro na presença de amigos, familiares ou em
público, entre outros.
violência social: qualquer comportamento que intenta controlar a vida
social do(a) companheiro(a), através de, por exemplo, impedir que
este(a) visite familiares ou amigos, cortar o telefone ou controlar as
chamadas e as contas telefónicas, trancar o outro em casa.
TIPOS DE VIOLÊNCIA

A VIOLÊNCIA DOMÉSTICA ENGLOBA DIFERENTES TIPOS DE ABUSO,


TAIS COMO:
violência financeira: qualquer comportamento que intente controlar o
dinheiro do(a) companheiro(a) sem que este o deseje. Alguns destes
comportamentos podem ser: controlar o ordenado do outro; recusar dar
dinheiro ao outro ou forçá-lo a justificar qualquer gasto; ameaçar retirar o
apoio financeiro como forma de controlo.

Perseguição: qualquer comportamento que visa intimidar ou atemorizar o


outro. Por exemplo: seguir o(a) companheiro(a) para o seu local de trabalho
ou quando este(a) sai sozinho(a); controlar constantemente os movimentos
do outro, quer esteja ou não em casa.

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