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Filogénese – evolução da espécie ao longo do tempo, incluindo todas as transformações até chegar aos
dias de hoje, diferenciando-nos das outras espécies, incluindo os primadas (existem 2 – 3% de diferenças
entre o Homem e os primatas).
1) Maturacionista – Gesell
O desenvolvimento como fruto da conjugação da maturação e da atualização do potencial genético do
indivíduo, enquanto membro de uma espécie;
O envolvimento intervém apenas moderadamente no desenvolvimento das sequências
desenvolvimentistas - variações muito limitadas relativamente ao desenvolvimento do programa genético;
Descrição precisa das principais características comportamentais de cada idade - avaliação
quantitativa do desenvolvimento nos primeiros anos de vida.
3) Psicanalítica – Freud
Abordagem que tal como a Psicologia Genética, considera que é a criança que explica o adulto;
No desenvolvimento, o papel do envolvimento torna-se preponderante relativamente ao da maturação.
O indivíduo é moldado pelas suas experiências pessoais e interpessoais, em particular durante a infância;
Todos os acontecimentos vividos na infância, eventualmente aparentemente esquecidos (recalcados
no inconsciente), determinam o funcionamento psíquico do adulto.
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Ontogénese e Psicomotricidade 2º Semestre
Atribui à maturação um papel necessário, mas não suficiente para explicar o desenvolvimento, dado
que são essenciais outros fatores como:
a)Experiência oferecida pelo envolvimento para atualizar as potencialidades proporcionadas pela
maturação; b) A transmissão social; c) O equilíbrio das estruturas cognitivas.
6) Psicossocial – Wallon
Estudo do desenvolvimento integrado dos processos cognitivos, afetivos e sociais da personalidade
da criança;
A criança é um ser social, que constrói progressivamente a sua identidade através das relações com
o outro;
O envolvimento permite atualizar as potencialidades do programa genético, proporcionando-lhe
ocasiões para exercer as novas capacidades;
Os conceitos centrais desta perspetiva, residem na importância primordial atribuída à emoção, ao
movimento, à imitação e à evolução dialética da personalidade.
Da ação à operação
Objeto só fará parte da criança quando for assimilado nos seus esquemas de ação; Assimilar um
objeto a um esquema é conferir uma estrutura cognitiva à ação.
Perceção e Aprendizagem:
Aspeto interior CRIANÇA + OBJETO Aspeto exterior
Assimilação CRIANÇA + OBJETO Acomodação
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Formas de conhecimento
Empírico Lógico-matemático
- perceção e aprendizagem - relacionada com a linguagem
- garantida pela experiência - baseada na coordenação das ações
Do movimento ao pensamento
- Múltiplas coordenações de atos e movimentos que contêm uma estrutura lógica LINGUAGEM
RESUMINDO…
A TEORIA PIAGETIANA
- A inteligência como um meio de ADAPTAÇÃO que é o resultado de um equilíbrio permanente entre dois
processos associados:
- Assimilação – é funcional quando a inteligência integra os dados novos da experiência, aos esquemas
de ação pré-existentes (modos de reações suscetíveis de se reproduzir e de se generalizar)
Formas de assimilação:
1. Funcional ou reprodutora – necessidade crescente de repetição de uma ação – consolidação do
esquema correspondente
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3.Recognitiva – discriminação dos diferentes objetos aos quais foi aplicado o mesmo esquema, por
discriminação dos efeitos (seio, dedo, objeto)
4.Recíproca – processo pelo qual cada esquema se torna capaz de integrar o domínio de outro
(coordenação de esquemas de visão e de preensão pegar o que vê e olhar o que pegou)
- Acomodação – após a assimilação aos esquemas do sujeito, a inteligência modifica esses esquemas,
para os ajustar aos novos dados.
ESTÁDIOS DE DESENVOLVIMENTO:
Objeto permanente – mesmo sem que o bebé esteja a ver o objeto sabe que ele existe na mesma
Estádio Pré-Operatório. Por exemplo, quando a mãe deixa o bebé no infantário ele sabe que ela volta para
o vir buscar.
Conclusão:
Não é necessário visualizar ou agir diretamente sobre o objeto para saber que existe esta consciência
vem através da noção que a criança tem do seu corpo e da sua representação no espaço.
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Sub-estádios
Evolução progressiva no sentido de uma descentração do sujeito relativamente a si mesmo:
3º Repetições intencionais de descobertas fortuitas, mas sem que o laço de causalidade seja claramente
percebido (por exº puxar um fio e acionar um guizo). Este estádio surge aos 4 meses e meio, com o
aparecimento da coordenação óculo-manual.
4º No final do primeiro ano - utilização de um meio já conhecido para um objetivo novo: por exº, a criança
que sabe já elevar um objeto, utiliza esse comportamento para desviar um obstáculo entre ele e um objeto.
5º Dos 12 aos 18 meses - procura ativa de meios novos, de esquemas para atingir um dado objetivo, por
combinação de vários esquemas, mas sempre por tentativas.
6º Combinação imediata de esquemas sem tentativas. A criança descobriu de forma experimental, as leis
que regem o deslocamento de um objeto. (aquilo a que Piaget chamou os agrupamentos de
deslocamentos, e que vai permitir o acesso da criança à "permanência do objeto".
C) PERÍODO OPERATÓRIO
Ideias Principais:
A maturação do sistema nervoso é a base do desenvolvimento (integração das experiências);
Hierarquia das funções nervosas (desde as automáticas e reflexas até às voluntárias);
A Evolução da inteligência (diferenciação que parte do pensamento sincrético no qual a criança
confunde a sua imaginação com a realidade exterior, para o pensamento objetivo, graças à
diferenciação entre o sujeito e o objeto).
SOCIOMOTRICIDADE
Imitar é:
- repetir-se a si próprio;
- repetir os outros
ecolália – repetição/imitação de vocalizações
ecopraxia – repetição/imitação de ações
• A imitação;
DE UMA INTELIGÊNCIA PRÁTICA
PARA UMA INTELIGÊNCIA DISCURSIVA • Os processos de identificação social –
CONCEPTUAL (pela interiorização representativa perceber o outro vs. Perceção do EU
do ato surge o pensamento interior) psicocorporal;
• A comunicação baseada na motricidade
– o diálogo tónico que exprime as
emoções e prepara o aparecimento da
linguagem.
O DESENVOLVIMENTO DO
PENSAMENTO CATEGORIAL • As descobertas intelectuais passam por
jogos de oposição qualitativos, antes de
serem quantitativo (grande/pequenos,
muito/pouco, etc..)
Centrífugos
Estádios:
Centrípetos
Estádios:
ESTÀDIOS:
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Tipos de deslocamentos:
- Deslocamentos passivos ou endógenos – a criança ainda depende do outro para se desenvolver;
incapacidade para motricidade autónoma (imperícia neo-natal) Introceptiva
Incapacidade para motricidade autónoma (imperícia neo-natal);
• Simbiose fisiológica e afetiva;
• Integração sensorial básicamente interoceptiva;
• Atividade de relação impulsiva;
• Diálogo tónico vinculativo – contágio emocional;
• Hipotonicidade axial inicial. Interação social com impacto tónico-postural promove:
- da posição de deitado à de sentado (3 a 6 meses);
- reptação, quadrupedia, rolar (6 a 9 meses).
- marcha (até aos 15 meses)
- Deslocamentos práxicos
• Predomínio da integração sensorial exteroceptiva - exploração centrada no exterior;
• Organização da motricidade dependente da interação da função tónica e clónica;
• O tónus como suporte da motricidade, da cognição e da expressão somática da afetividade;
• Aferência e processamento informacional cortical dependentes dos reajustamentos sensório-
tónicos;
• A somatognósia assegura a integração da experiência;
» A perceção pode surgir como uma distorção do real, quando não conectada com a informação
motora
Perceção – ação ou efeito de perceber; capacidade de assimilar através dos sentidos ou da inteligência:
perceção do sofrimento, do clima; capacidade para discernir; juízo consciencioso acerca de algo/alguém.
Sistema Sensorial
Espaço Tempo
DESENVOLVIMENTO PERCEPTIVO-MOTOR
Conceitos de Kephart:
» Aquisição motora – ação com precisão e controlo para um resultado específico/intencionalidade (=
praxia);
» Padrão motor – ação motora com maior disponibilidade na sua adaptação a várias situações – suscetível
de ser dividida em vários movimentos precisos e controlados;
» Generalização motora- conjunto ou combinação de padrões motores em movimentos mais globais e
complexos; versatilidade da adaptação de capacidades psicomotoras a situações-problema.
Não propor movimentos isolados para os braços e pernas, mas sim movimentos de equilibração e de
coordenação;
Aprendizagem Motora envolve a combinação de muitos padrões motores e os movimentos complexos
(praxias) exigem a combinação de capacidades psicomotoras.
SEQUÊNCIA DESENVOLVIMENTAL
1) ESTÁDIO MOTOR
2) ESTÁDIO MOTO-PERCETIVO
3) ESTÁDIO PERCETIVO-MOTOR
4) ESTÁDIO PERCETIVO
5) ESTÁDIO PERCETIVO-CONCEPTUAL
Aquisição dos conceitos a partir das comparações percetivas de múltiplas experiências com
identificação dos elementos comuns (múltiplas bolas - conceito de esfericidade;
O conceito é uma abstração de relações entre múltiplas perceções - a perceção origina a
conceptualização;
A abstração subentende detalhes e pormenores de muitas perceções.
6) ESTÁDIO CONCEPTUAL
7) ESTÁDIO CONCEPTUO-PERCETIVO
2) DIRECIONALIDADE DO CORPO
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» POSTURA:
Padrão motor que suporta toda a motricidade;
Ponto de origem de todas as direções e orientações no espaço;
Controlo neuromuscular do centro de gravidade – contração dos músculos antigravíticos que se
opõem à ação da gravidade;
O centro de gravidade - ponto interceção das três dimensões do espaço euclidiano: vertical,
horizontal e sagital;
Modelo postural como condição de constância antigravítica da atitude;
Integração da postura na imagem do corpo;
Controlo postural como suporte da função de atenção e elaboração e planificação da informação;
Ajustamentos tónico-posturais - consciência da dimensão vertical do corpo (noção de
verticalidade que abre espaço à noção de lateralidade);
Descontrolo postural – alteração na imagem corporal, na orientação espacial tridimensional e
nas aprendizagens escolares.
1) LATERALIDADE:
Capacidade motora que traduz a perceção integrada dos dois lados do corpo
Fundamental para a estruturação do corpo, do espaço e do tempo;
Consciência da simetria anatómica permite assimetria bilateral funcional;
Integração próprio e exteroceptiva dos dois lados do corpo – conceber projeções no espaço
exterior (cima / noção da cabeça - baixo / noção dos pés).
2) DIRECIONALIDADE:
Capacidade de transferir a noção de lateralidade para a discriminação da noção de esquerda
e direita dos objetos no espaço;
Relações espaciais inicialmente egocêntricas e só depois geocêntricas (proximais e distais);
Dependente da integração do controlo motor visual com a informação vestibular e
quinestésica;
Importância da integração da linha média do corpo – organização de movimentos com
cruzamento da linha média (dentro para fora e fora para dentro) – base da reversibilidade
espacial.
» NOÇÃO DO CORPO:
Capacidade de organização neurológica e integrada das capacidades motoras anteriores;
Representa a diferenciação funcional das várias partes do corpo e respetivas relações com os
objetos;
Fornece consciência motora para a organização e exploração das relações externas.
» GENERALIZALÇÕES MOTORAS:
- Necessárias para que a criança esteja disponível para o mundo exterior;
A) EQUILÍBRIO E CONTROLO POSTURAL - Suporte do corpo face à força da gravidade;
B) LOCOMOÇÃO
- Relações entre a criança e os objetos
- Relações entre a criança e o próprio espaço
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C) CONTACTO
- Meio pelo qual a criança se informa dos objetos através da sua manipulação
- Abordagem + Preensão + Libertação
D) RECEPÇÃO e PROPULSÃO - Atividades motoras pelas quais a criança aprende o movimento dos e
com os objetos
Aprendizagem Ativa:
• Estudo global do movimento;
• Importância do movimento no desenvolvimento intelectual;
• O movimento e o jogo devem ter uma importância idêntica às outras disciplinas, na educação da
criança.
Motricidade e Inteligência:
• A precisão do movimento é essencial à expressão da inteligência;
• A situação motora é um ótimo meio para desenvolver os níveis de vigilância e atenção;
• A participação lúdica facilita a aquisição das noções simbólicas fundamentais para a
aprendizagem escolar;
• O movimento facilita as condições de autocontrolo;
• A satisfação inerente à experiência motora contribui bastante para o sentimento de sucesso;
• Os movimentos globais e finos são uma modalidade multissensorial da aprendizagem;
• Através do movimento valoriza-se o pensamento criativo.
2) Capacidades percetivo-motoras
Força estática; Flexibilidade; Tonicidade; Estruturação Espaço -Temporal
Velocidade braço-pernas; Velocidade pulso-dedos; Força do tronco; Precisão pulso-braço;
Força estática; Força balística
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» SOLUÇÕES:
POSTURA – referência; suporte; oposição a gravidade
LATERALIDADE – esquerda/direita; orientação no mundo; estruturação do corpo, espaço e tempo
NOÇÃO DE CORPO – diferenciação das partes do corpo
DIRECIONALIDADE – esquerda/direita; transferência da lateralidade
VISÃO
- Recetor de estímulos espaciais; sentido que permite a compreensão do que não é manipulável;
- Através da qual o espaço é percebido como um todo;
- Capacidade de interpretar e perceber o mundo exterior.
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IMOBILIDADE DINÂMICA
• Fixações (F);
• Pequenos Saltos (S); a visão substituirá a mão na exploração do mundo
• Perseguições (P);
• Rotações (R).
Exemplo:
Desenho de uma árvore ÁRVORE (componente visual, linguagem recetiva) ÁRVORE (componente
auditiva, linguagem expressiva)
Conclusão: Só quando a informação auditiva for integrada e interpretada, é conferida à criança a sua
capacidade de auto-expressão.
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Sistemas de visualização:
- Passado
- RE – rever o que aconteceu
- PRE – prever o que vai acontecer visão Futuro
CONCLUSÃO:
- As aprendizagens escolares só poderão ser concretizadas quando a criança explora todos os sistemas
psicofisiológicos referidos;
- Importância da educação das aprendizagens não-verbais, pois estão presentes em todos os
acontecimentos da vida e de qualquer aprendizagem.
IDADES CAPACIDADES
0-3 anos - sensório-motora: equilíbrio
- percetivo-motora:
» coordenação
3-7 anos » euritmia
» flexibilidade
» velocidade e agilidade
» força e endurance
- cognitivo-motora:
7-11 anos » aumento do vocabulário
» abstrações, pensamentos
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IDEIA-CHAVE: é com base neste programa que Frostig equaciona a aprendizagem percetivo-visual, sem
a qual as aprendizagens escolares como a leitura, a escrita e o cálculo não serão adequadas.
VINCULAÇÃO
*MÃE – “é o ninho e o pai ensina a voar”; primeira figura de vinculação é a mãe, já que este processo se
começa a construir ainda quando o bebé está na barriga da mãe (aproximadamente aos 3 meses).
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TEORIA DO APEGO
Exemplo: Experiência do Macaco, quando se sente ameaçado procura a estrutura fofa que lhe transmite
segurança em vez do alimento.
A exploração antes da locomoção depende da manipulação, isto é, do que tem mais perto. Depois
da locomoção, o bebé já tem maior capacidade de procura do mundo em seu redor.
Exploração: a criança explora o desconhecido, para isso tem de ter segurança para enfrentar os seus
medos/inseguranças.
Quando a criança está a explorar sabe que está segura porque vê o adulto perto e sabe que aquilo
que está a fazer deixa o adulto satisfeito motivação / vinculação
A Construção do Apego
RECÉM-NASCIDO:
Indiferenciação das funções motoras e psíquicas;
Indistinção do corpo próprio e do corpo maternal – sem fronteiras;
Amálgama complexa e indefinida das tensões corporais, sensações, sentimentos e imagens.
» Gestos
» Movimentos expressivos Carregados de emoção
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Hipertonia ou Hipotonia:
PROCESSO DE VINCULAÇÃO
Até aos 3 meses - Orientação e sinais com uma discriminação limitada das figuras
3 aos 6 meses - Orientação e sinais dirigidos para uma (ou mais) figuras) discriminadas
INFLUÊNCIAS NA VINCULAÇÃO
Características da mãe:
Presença de “acessibilidade” e, ausência “inacessibilidade”; (Bowlby (1973, cit in Soares, 2007)
Saúde-psicológica, bem-estar, certas características da personalidade; (Belsky, 1999b, cit in
Soares 2007)
Auto-confiança, independência, a alegria, adaptabilidade e afetividade; (O’Connor (1997, cit in
Soares, 2007)
Ansiedade pré-natal (Del Carmen, Pedersen, Huffman, & Bryan, 1993, cit in Soares, 2007),
depressão (Belsky, 1999b, cit in Soares. 2007), geram uma insegurança na vinculação.
Características do pai:
Em muitos estudos, no primeiro ano, sensibilidade paterna não tem relação com a segurança de
vinculação. (Soares, 2007)
Na primeira infância, o pai tem um papel relevante na exploração do meio, situação de jogo. (Lamb,
1975, cit in Soares, 2007)
Nas intercções sociais com os irmãos e pares, manutenção do seu comportamento social e
emocional, adequados. (Steele & Steele, 1995, cit in soares, 2007)
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A VINCULAÇÃO DESORGANIZADA
» Ausência de uma estratégia organizada ou coerente para lidar com a ativação do sistema de vinculação
numa situação de stress (Ex. situação estranha).
» Exposição repetida a comportamentos assustadores ou dissociativos da figura parental
» Ativação do comportamento de vinculação Figura parental – fonte de segurança ou ameaça ou perigo
» Suscitam o medo e confusão na criança
» Colapso da estratégia para obter conforto e segurança Aproximação vs. Afastamento / Conflito
irresolúvel / Comportamentos disfuncionais
Possíveis Causas:
1. Vivência do cuidador como fonte de ameaça:
Reação parental associada a traumas ou não resolução de perdas
1. Experiências prévias de maus tratos
2. Situações em que a fig. Vinculação parece ficar assustada quando o sistema de
vinculação da criança é ativado;
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VINCULAÇÃO E ADOLESCÊNCIA
Novas capacidades:
» Evolução das capacidades cognitivas permite a organização da vinculação, a partir de padrões
distintos de comportamento perante cada uma das figuras de vinculação;
Satisfação da parceria corrigida quanto ao objetivo – diminuição do recurso aos pais como figura de
vinculação – mas as relações de vinculação continuam importantes para assegurar a sensação de
segurança. É necessário o desenvolvimento da autonomia e exploração e a criação de DISTÂNCIA
Capacidade específica para pensar as relações de vinculação.
Desejo de autonomia face aos pais – impulso para usar os pares como figuras de vinculação
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TONICIDADE
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A TONICIDADE
» O papel da função tónica e da emoção nos progressos da atividade de relação, são processos
básicos de intervenção psicomotora;
» A atividade postural e atividade sensório-motora como pontos de partida da atividade intelectual;
» Para Wallon o movimento é o primeiro instrumento do psiquismo.
LURIA: “ é fácil ver a significação de cada um dos três sistemas do cérebro: o primeiro mantém o tónus
necessário do córtex e do corpo; o segundo recebe e processa a informação; o terceiro atua como
mecanismo de programação e de verificação para assegurar a natureza intencional do comportamento.”
Os fatores psicomotores distribuídos pelas três unidades funcionais são apresentados como
circuitos dinâmicos auto-regulados, construídos segundo o princípio da organização vertical das estruturas
do cérebro e dependentes de uma hierarquização funcional, que ocorre no desenvolvimento da criança.
A cada unidade funcional correspondem vários fatores, psicomotores, que procuram demonstrar a
relação entre o modelo psiconeurológico de Luria e a BPM.
1. TONICIDADE
Função tónica:
» Tónus de atitude
» Tónus de repouso
» Tónus de ação
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Tonicidade:
» Integração sensorial, facilitação / inibição dos impulsos aferentes e eferentes;
» Atividade geral de atenção e de vigilância;
» A formação reticulada: vigilância, ajustamento e integração da postura e da praxia;
» Princípio da Hierarquia Dominante – organização tónico-motora da profundidade para a superfície (função
motora e tónica);
» Respostas adaptativas à gravidade – Lei Céfalo-Caudal e Próximo-Distal;
» Tónus Cortical – suporte da representação;
» Integração Tónica, inervação recíproca e jogo agonista-antagonista.
ATIVIDADE TÓNICA – atividade muscular mantida, que prepara a atividade motora fásica.
TÓNUS – emoções
- tomada de consciência do “EU”
- representação mental
- reações posturais
Crianças hipertónicas:
» pouco extensíveis;
» grande mobilidade;
» posição de pé e marcha precoces;
» exploração do meio sobrepõe-se à exploração de objetos;
» estereótipos espontâneos mais frequentes.
Crianças hipotónicas:
» muito extensíveis;
» menor mobilidade;
» posição de pé e marcha tardias;
» mais calmo e com desenvolvimento postural mais tardio. Prefere a exploração de objetos;
» estereótipos espontâneos menos frequentes.
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2. Motricidade
» postura
» atitudes
» equilibração
» controlo antigravítico
» relaxação
» praxias
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3. Comunicação
» Diade
» Diálogo tónico
» Comunicação não-verbal
» Proxémia
4. Personalidade
» Emoções
» Perturbações
» Necessidades e satisfações
» Prazer – desprazer
» Imaginário
» Inibições
» Instabilidade
5. Cognição
» Atenção
» Memória
» Integração
» Processamento
Atetose
15 a 20% das lesões cerebrais
Lesão nas vias extrapiramidais, nos gânglios basais e no mesencéfalo
Movimentos involuntários ocorrem no início do movimento voluntário (não são inibidos)
Movimento abrupto, disrítmico, e com ruturas, sem transferência progressiva do suporte
tónico do movimento.
Problemas mais visíveis na oro e micromotricidade.
Movimentos irregulares e arrítmicos
Cabeça fletida para trás - sistema extrapiramidal - controlo da postura
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Ataxia
Lesão do cerebelo, que altera a coordenação dos movimentos e o controlo postural
Tremor
Rigidez
Hemiplegia, Paraplegia, Tetraplegia
Hipotonia
A TONICIDADE E A APRENDIZAGEM
Sensações Perceções Linguagem
A – V – TQ A – V – TQ A – V - TQ
Áreas Primárias Áreas Secundárias Áreas Terciárias
A MOTRICIDADE – função integrativa deste sistema polisensorial
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