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Universidade de Lisboa – Faculdade de Motricidade Humana

Licenciatura de Reabilitação Psicomotora – Turma 1

Fundamentos da Psicomotricidade, 1º Semestre

Comunicação Não Verbal


Universidade de Lisboa – Faculdade de Motricidade Humana
Licenciatura de Reabilitação Psicomotora – Turma 1

Fundamentos da Psicomotricidade, 1º Semestre

Docentes:

Paula Lebre

Rui Martins

Discente:
Mª da Assunção Anjos nº22954

Miguel Gonçalves nº22919

Ricardo Brito nº23072

Introdução
No âmbito da unidade curricular de Fundamentos da Psicomotricidade, regida
pela Professora Ana Paula Lebre e pelo Professor Rui Martins, da Faculdade de
Motricidade Humana, do 1º ano do 1º semestre da licenciatura do curso de Reabilitação
Psicomotora no ano letivo de 2017/2018, foi proposto a realização de uma dinamização
sobre “As matáforas do corpo”. Face ao leque abrangente deste tema, este trabalho foca-
se apenas na temática da Comunicação Não Verbal.

Enquadramento Teórico
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Licenciatura de Reabilitação Psicomotora – Turma 1

Fundamentos da Psicomotricidade, 1º Semestre

A linguagem corporal é a principal forma de expressar a comunicação não


verbal. Através de posturas corporais, expressões faciais, gestos e a forma de estar num
meio, é possível evidenciar a expressão corporal de um indivíduo. Estas manifestações
são inconscientes e espontâneas, transmitindo o estado de espírito ou caráter da pessoa.
Considera-se também que todos os tipos de simbologia revelam informações, emoções e
sensações que reforçam este estado.

Desta forma, o que se destaca neste tipo de comunicação é a ausência da fala e


de qualquer transmissão verbal. Por lado, a expressão não verbal não só substitui a
comunicação, como também a complementa. É exemplo levantar o indicador e move-lo
lateralmente quando queremos transmitir um “não”. A maior parte das manifestações
não verbais ocorrem através do corpo. No entanto o timbre, o tom de voz e a respiração
contribuem também para esta forma de comunicação. Todos estes aspetos diferem de
pessoa para pessoa, havendo características mais evidentes que outras.

Para a comunicação não verbal ser possível é necessário haver um emissor, um


código, uma mensagem, um canal e um recetor. O primeiro vai iniciar o processo de
construção daquilo que se pretende transmitir, a mensagem. Esta é constituída por
códigos, ou seja, por vários sinais, que por sua vez vai ser conduzida através do canal.
Por fim o recetor recebe, descodifica e interpreta o significado desta mensagem. Desta
forma a comunicação não verbal engloba o espaço que o indivíduo utiliza para
comunicar, o primeiro impacto que o recetor tem, a paralinguagem e os movimentos
executados.

Dinamização
O foco da dinamização é a entender que existe uma comunicação clara sem a
necessidade de recorrer à fala. Face este objetivo, foi elaborada uma pequena história
que permitisse compreender através de gestos, expressões faciais, posturas corporais e
contato físico, as emoções transmitidas.

Com um pequeno teatro, representou-se a história de um militar que, após ir para


a guerra ficou traumatizado e apresentou perturbações. Começa com a despedido do seu
filho bebé antes de ir para a guerra. Lá, presencia momentos trágicos que
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posteriormente o vão abalar profundamente. Após alguns anos, chega da guerra e


reencontra-se com o seu filho já crescido. Devido a reações invulgares que o pai
demonstrava com o confronto de situações do quotidiano, o filho apercebe-se que algo
não está bem. Desta forma este procura ajuda e leva-o para uma psicomotricista.
Primeiramente existe uma desconfiança e atrito entre o veterano militar e a profissional,
mas com o passar do tempo, as sessões fluem normalmente até que o trauma está
ultrapassado.

Reflexão
O tipo de comunicação abordado neste trabalho é utilizado consciente e
inconscientemente no dia-a-dia, transmitindo diversos tipos de mensagens. Por vezes,
pode ser a mais sincera das comunicações, expressando as verdadeiras emoções das
pessoas. Durante a dinamização, isto foi entendido por quem a realizou e posteriormente
tentou-se passar esta ideia a quem estava a observar.
Então, na realização do trabalho, foi pretendido que os colegas compreendessem
aquilo que foi transmitido na metáfora, sendo que foi apenas utilizada a comunicação
não-verbal. Caso a mensagem fosse devidamente entendida, significava que a
comunicação, privada da fala, foi eficaz.
Para a comunicação foram usados expressões faciais, gestos, diferentes posturas
corporais e contacto físico; com o objetivo de promover a confiança, a empatia e
socialização.

Conclusão
Foi possível concluir que este tipo de comunicação é importante e natural, pois é
algo que todos utilizam diariamente em diversos contextos. No nosso futuro como
psicomotricistas será um recurso fundamental sendo que quando não é possível uma
linguagem verbal, a não verbal toma lugar. É de dar ênfase à constante observação que
o psicomotricista tem de efetuar. Desta forma, todos os sinais transmitidos pelo cliente
são fulcrais no processo de reabilitação.
Quando a transmissão de informação através da comunicação não-verbal não é
eficiente, pode levar a interpretações erradas dessa mesma informação.
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Por fim, conseguiu-se entender a importância e o valor desta forma de


comunicação na perceção da maneira de ser e sentimentos do outro. Por vezes, quando
alguém transmite algo verbalmente com dificuldade, a comunicação não-verbal é o
principal meio de expressão para que essa pessoa seja entendida.

Referencias Bibliográficas
Andreas & Griffin, M. (2013). The Voice. In D. Matsumoto, M. Franck & H. Hwang,
H. (Ed.), Nonverbal communication, Science and Applications (pp. 53-74). Los
Angeles: Sage Publications.

Matsumoto, D., Franck, M. & Hwang, H. (2013). Reading people. Introduction to the
world of non-verbal communication. In D. Matsumoto, M. Franck & H. Hwang, H.
(Ed.), Nonverbal communication, Science and Applications (pp. 1-14). Los Angeles:
Sage Publications

Matsumoto, D. & Hwang, H. (2013). Facial expressions. In D. Matsumoto, M. Franck


& H. Hwang, H. (Ed.), Nonverbal communication, Science and Applications (pp. 15-
52). Los Angeles: Sage Publications.

Matsumoto, D. & Hwang, H. (2013). Body and gestures. In D. Matsumoto, M. Franck


& H. Hwang, H. (Ed.), Nonverbal communication, Science and Applications (pp. 75-
96). Los Angeles: Sage Publications.

Longford, S. (2013). Interpersonal skills and non-verbal communication. In D.


Matsumoto, M. Franck & H. Hwang, H. (Ed.), Nonverbal communication, Science and
Applications (pp. 213-224). Los Angeles: Sage Publications.

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