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PROPÓSITO
Compreender a importância da Psicologia da Educação Comportamentalista para a formação
docente, indicando seus principais representantes e a aplicabilidade dos seus conceitos à
prática pedagógica.
OBJETIVOS
MÓDULO 1
MÓDULO 2
MÓDULO 3
MÓDULO 4
Fonte: Adike/Shutterstock
INTRODUÇÃO
Assista ao vídeo a seguir para conhecer mais sobre as “Psicologias” na vida do professor.
Você deve estar ainda mais motivado para estudar este tema, que aborda um importante
movimento: o comportamentalismo, chamado por muitos de behaviorismo, e que constitui,
juntamente com o humanismo e o cognitivismo, as três grandes escolas teóricas da Psicologia
da Educação.
MÓDULO 1
Reconhecer os aspectos da Psicologia Comportamentalista, seu objeto de estudo e
suas principais características
Fonte: REDPIXEL.PL/Shutterstock
EXPLICAÇÃO
Substantivo feminino;
Fonte: Wavebreakmedia/Shutterstock
A Psicologia da Educação, para Foulin e Mouchon (2000), reivindica para si qualquer estudo
que trate das estruturas e dos mecanismos psicológicos passíveis de intervir em uma situação
educativa, de maneira formal ou informal.
Os processos de ensino e aprendizagem são tão complexos, que é comum a outras ciências,
além da Pedagogia, debruçarem-se sobre eles. Mesmo considerando apenas a Psicologia,
ousamos utilizar, no subtítulo desta introdução, o termo no plural (“Psicologias”).
Ou seja, podemos dizer que a Psicologia da Educação auxilia o professor em duas grandes
tarefas:
DESENVOLVIMENTO INFANTIL
1 Fase Oral
2 Fase Anal
3 Fase Fálica
4 Fase Latência
5 Fase Genital
As três primeiras fases (oral, anal e fálica) são fases infantis fundamentais. Freud explicita a
importância dos primeiros cinco anos de vida como cruciais para a formação da personalidade
adulta. Repare que o alemão não define as maneiras de educar, mas mostra como, nesse
caso, a Psicanálise debruça-se na tentativa de compreender a educação infantil.
Outros olhares sobre o desenvolvimento da educação passaram por fases diversas; temos
contribuições importantes do cognitivismo para a adoção dos modelos atuais.
Daqui por diante buscaremos as referências sobre um dos grandes movimentos que fazem
parte do desenvolvimento de uma Psicologia da Educação.
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CONTRIBUIÇÕES IMPORTANTES DO
COGNITIVISMO
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Fonte: Indagação
COMPORTAMENTALISMO OU
BEHAVIORISMO: COMEÇANDO O ESTUDO
O nome behaviorismo se origina do inglês behavior, que significa comportamento, daí a escola
teórica ser também chamada de comportamentalismo. Como já vimos, o
comportamentalismo compõe, com o humanismo e o cognitivismo, as três grandes escolas
teóricas da Psicologia da Educação. Cada uma dessas escolas tem fundamentos filosóficos,
objetos de estudo e metodologias próprios.
Valoriza as
sensações, os
sentimentos, as
Valoriza as operações
expectativas, as Valoriza a conduta social
mentais, a linguagem, a
relações considerada adequada.
memória e a percepção.
humanas, os
interesses e as
motivações.
Aprendizagem como
Aprendizagem
desenvolvimento Aprendizagem como
como
progressivo do aparato modificação controlada do
desenvolvimento
cognitivo do ser humano, comportamento mediante a
do self,
sendo capaz de resolver repetição e aplicação de
consolidação da
situações-problema cada estímulos.
autoimagem.
vez mais complexas.
O cenário da Psicologia no início do século XX era marcado por uma forte reação ao
mentalismo – doutrina segundo a qual a mente é a realidade fundamental, mas sem explicar os
comportamentos – e pela busca do rigor científico e do purismo metodológico nas pesquisas.
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Auguste Comte | Fonte: Wikipédia
POSITIVISMO
SAIBA MAIS
John Stuart Mill (1806-1873) incorporou ao positivismo elementos políticos com um espoco
moral e ético, reforçando o molde de uma teoria política positivista, fundada na ordem e no
conhecimento para se alcançar o progresso. No caso brasileiro, a teoria encontrou ressonância
na política, mais especificamente no início do período da Primeira República, com o marechal
Deodoro da Fonseca (1827-1892), primeiro presidente do Brasil, e outros políticos que
participaram do governo e que tinham fortes influências positivistas.
Esse era o cenário ideal para o surgimento, em 1913, do texto manifesto escrito por John B.
Watson, autor que estudaremos mais adiante em A Psicologia como um comportamentalista a
vê.
Watson defendia a ideia de que a Psicologia não deveria pesquisar os processos internos da
mente, mas sim o comportamento humano que, por ser observável, visível, deveria ser o objeto
de uma ciência positivista. Mais tarde, em 1914, Watson publicou uma obra intitulada Behavior,
em que abordou mais uma vez o conceito de Psicologia do Comportamento.
RESUMINDO
Watson argumentava que havia pouca precisão nos conceitos utilizados pela Psicologia, além
da necessidade de métodos de pesquisa mais rigorosos. A Psicologia deveria ser uma ciência
aplicada, com resultados práticos na sociedade.
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WATSON
(1878-1958)
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THORNDIKE
(1874-1949)
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PAVLOV
(1849-1936)
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SKINNER
(1904-1990)
Para Watson, era possível conduzir diferentes indivíduos a determinados papéis sociais
controlando o ambiente e estimulando-os por meio de treinamentos. Nesse sentido, a citação a
seguir exprime, de maneira muito polêmica, a essência do comportamentalismo:
EXEMPLO
Já percebeu, quando você era aluno, ou circulando por uma escola, que em muitas salas
normalmente havia o barulho, os diálogos, mas em algumas salas o silêncio dominava? Os
alunos temiam a força do professor e como ele seria capaz de ameaçá-los. A cópia do quadro
se dava em produção industrial, ininterrupta, e caso algum aluno se levantasse contra o
“domínio” de turma do professor, era quase um assombro! De certa forma, esse professor
reproduz a citação anterior: os condicionamentos, a repetição para que o professor impusesse
o seu planejamento e obtivesse o resultado esperado.
VERIFICANDO O APRENDIZADO
A) Condicionamento – Psicanálise.
B) Positivismo – humanismo.
C) Mentalismo – positivismo.
E) Cognitivismo – humanismo.
E) A relação entre o corpo e a mente do indivíduo, que é analisado por meio das formas de
representação do mundo.
GABARITO
MÓDULO 2
A PSICOLOGIA COMO UM
COMPORTAMENTALISTA A VÊ
Ao apresentarmos a biografia mais extensa do teórico, não quer dizer que você precise decorar
os fatos e as datas relacionados à vida dele, mas conhecer esses aspectos ajuda a
compreender o contexto em que viveu e que pode ter influenciado a sua obra.
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John Broadus Wason | Fonte: Wikipédia
Com uma passagem pelo exército e a campanha devido à eclosão da Primeira Guerra Mundial,
em 1914, Watson participou de uma campanha militar na França. Posteriormente, em 1915, foi
nomeado presidente da Associação Psicológica Americana (APA). Em 1918, retornou às suas
investigações, estudando a primeira infância. Em 1920, foi convidado a deixar a Universidade
após vir a público o seu relacionamento com sua assistente Rosalie Rayner.
4
5
APA
O SURGIMENTO DO
COMPORTAMENTALISMO METODOLÓGICO
OU CLÁSSICO
Fonte: Fizkes/Shutterstock
Já dissemos que o manifesto lançado por Watson, em 1913, é tido como o marco zero do
surgimento do comportamentalismo, também chamado de behaviorismo. Nele, Watson
defendeu o abandono dos estudos voltados para os processos psíquicos internos e a adoção
da observação direta do comportamento como o único método possível para uma psicologia
científica.
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Fonte: Gorodenkoff/ Shutterstock
Sua obra também é caracterizada pela preocupação com a metodologia das pesquisas,
trazendo a valorização da Psicologia Experimental, com estudos realizados em laboratório,
as condições de realização e os resultados rigorosamente controlados, sofrendo forte influência
dos trabalhos de Pavlov.
No vídeo a seguir o professor Caio Abitbol Carvalho nos apresenta a relação entre
cientificismo, experiência e Pedagogia.
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Edward Lee Thorndike / Fonte: Wikipédia
Thorndike colocou um gato faminto dentro da caixa e um pedaço de carne do lado de fora. A
seguir, observou e registrou cuidadosamente as tentativas e o tempo que o animal levou para
escapar e obter a comida. De início, o gato apertava a alavanca por simples acaso, saía da
caixa e recebia o alimento. Com a repetição da situação, no entanto, o animal buscava
pressionar a alavanca e, progressivamente, chegava mais rapidamente a abrir a porta da caixa
porque, segundo Thorndike, tinha recebido um prêmio imediatamente após executar a ação.
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Caixa-problema utilizada no experimento de Thorndike
AS LEIS DE THORNDIKE
Com base em seus experimentos, Thorndike enunciou três conhecidas leis da aprendizagem:
LEI DO EFEITO
Para que a conexão entre um estímulo e uma resposta seja efetivamente realizada e a
aprendizagem ocorra, é necessário um estado do organismo que a favoreça.
Quanto mais vezes for realizada a conexão entre um estímulo e uma resposta, mais duradouro
será o comportamento aprendido.
Um segundo depois apresentou o estímulo sonoro de uma campainha (estímulo neutro), que
não provocava a salivação do animal.
RESUMINDO
Pavlov concluiu que o cão “aprendeu”, ou seja, foi condicionado a salivar ao som da
campainha, o que não era seu comportamento natural. Isso era o que ele chamou de
condicionamento clássico ou respondente.
O condicionamento respondente é a forma de aprendizagem que ocorre quando dois estímulos
são realizados de maneira repetida em um período de tempo. O resultado é que o primeiro
estímulo predispõe à ocorrência do segundo estímulo aquele que está aprendendo.
Existe uma grande polêmica sobre a generalização desses resultados obtidos com animais aos
seres humanos, mas é inegável que os princípios do condicionamento clássico são utilizados,
ainda, no adestramento de animais.
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1. Nas escolas com fortes problemas disciplinares, como, por exemplo, nas cadeias e nos
reformatórios, as aulas têm a designação de sujeitos que possuem “notoriedade” e são
nomeados de “xerifes” ou algo afim. Eles têm função de estabelecer ou levar códigos externos
para dentro do espaço de sala em troca de benefícios, como mais acesso a algumas áreas e
até redução de penas ao coletivo se as aulas transcorrerem com “tranquilidade”.
2. Quando o professor deseja que todos façam silêncio, ele é responsável por executar um
gesto repetido, ou um comando reconhecido, e todos devem parar. O condicionamento tem
várias relações com os condicionamentos implementados e a obrigatoriedade de atender
àquela hierarquia.
3. Outro exemplo é o das escolas que exigiam que todos os alunos ficassem de pé quando o
professor entrasse em sala. A ideia de que era o momento de prestar atenção, ou do início da
aula era o objetivo condicionado.
Esses exemplos são simplórios e têm a função de ampliar a observação, sendo mais
complexos se analisarmos individualmente cada uma dessas funções.
VERIFICANDO O APRENDIZADO
D) Aceita como válidos somente os métodos objetivos, rejeita a introspecção e o estudo dos
processos humanos internos.
E) Usa como método somente a análise sistêmica de seres humanos, pois rejeita a
transposição de resultados obtidos com animais para investigar a ação humana.
B) O som da campainha tornou-se um estímulo condicionado pelo cão, pois, quando era
apresentado sem a presença do alimento, o animal reagia com a salivação.
E) Pavlov cria um ambiente em que, por condicionamento, ele pode obrigar os animais, e em
teoria os humanos, a obedecerem à sua vontade por desejo.
GABARITO
Apresentou ao cão os dois estímulos, sucessivas vezes, produzindo uma associação entre os
dois.
Resumindo, Pavlov concluiu que o cão “aprendeu”, ou seja, foi condicionado a salivar ao som
da campainha, o que não era seu comportamento natural.
MÓDULO 3
SKINNER E O SURGIMENTO DO
BEHAVIORISMO RADICAL
PREMISSA
Skinner nasceu na Pensilvânia, nos Estados Unidos, em 1904. Filho de um advogado e de uma
dona de casa, desde cedo teve interesse no comportamento dos animais. Ingressou no
Hamilton College, em Nova York, com o objetivo de se tornar escritor.
3
Em 1928, ingressou no curso de pós-graduação em Psicologia pela Universidade de Harvard,
embora nunca tivesse estudado Psicologia antes. Concluiu o mestrado em 1930 e o doutorado
em 1931, permanecendo, até 1936, como pesquisador na universidade. No mesmo ano,
começou a lecionar na Universidade de Minnesota, onde permaneceu por nove anos.
Skinner, influenciado pela teoria dos reflexos condicionados de Pavlov e pelo estudo do
comportamento de John B. Watson, buscava explicar a conduta dos indivíduos como um
conjunto de respostas fisiológicas condicionadas e se dedicou ao estudo das possibilidades
que ofereciam o controle científico da conduta mediante técnicas de reforço (estímulo do
comportamento desejado). Para ele, a aprendizagem gestava-se na capacidade de estimular
ou reprimir comportamentos, desejáveis ou indesejáveis.
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Experimento de condicionamento, estudantes no laboratório de Psicologia Experimental da
Faculdade de Psicologia (UNMSM) – Lima, Peru, 1999. Fonte: Wikipédia
Sua relação com o behaviorismo de Watson resultou no desenvolvimento de sua própria
versão, o behaviorismo radical. Tal corrente era contra as causas internas (mentais) como
explicação da conduta humana, opondo-se, também, à realidade e à atuação dos elementos
cognitivos – opondo-se à concepção de Watson. Para Skinner, o indivíduo era um ser único,
homogêneo e não um todo construído de corpo e mente.
Skinner escreveu vários livros e artigos sobre a teoria do comportamento, o reforço e a teoria
da aprendizagem. Foi radical ao rejeitar a maioria das teorias no campo da Psicologia e
levantou diversas polêmicas. Sua crítica mais sistêmica foi ao pensamento de Sigmund Freud.
Ele acreditava que examinar os motivos inconscientes dos seres humanos não daria
resultados, pois, em sua análise, a única coisa que valia investigar era o comportamento.
Matos (1995) afirma que o termo radical buscou dar conta de dois sentidos. A princípio, por
negar de maneira radical a existência de algo que escapasse ao mundo físico, que não tivesse
uma existência identificável no espaço e no tempo (a mente, a consciência e a cognição);
depois, por abarcar, radicalmente, todos os fenômenos comportamentais.
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ATENÇÃO
Skinner desenvolveu, então, os estudos que deram origem à nova corrente teórica do
comportamentalismo.
A “CAIXA DE SKINNER”
Assista ao vídeo a seguir para conhecer mais sobre a Caixa de Skinner e outras
experiências de Psicologia Comportamentalista Aplicada.
Agora, vamos conhecer um resumo do procedimento experimental que Skinner utilizou com
ratos:
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imagem 2 – Fonte: Psicoativo
Fonte:Shutterstock
imagem 1 – Fonte: Psicoativo
De acordo com Nunes e Silveira (2008), um ser humano pode apresentar ações similares
quando, por exemplo, aperta um botão de um aparelho para obter água. Em todas as vezes
que sentir sede, havendo no ambiente tal aparelho, sua ação será apertar o botão do
bebedouro e saciar a sede. Cada vez que isso acontece, o indivíduo é reforçado pela saciação
da sede que sentia.
ATENÇÃO
Skinner afirmava que não era necessário condicionar todos os comportamentos, pois uma
aprendizagem condicionada seria generalizada para todas as situações semelhantes.
Condicionamento
Condicionamento operante
clássico
(Skinner)
(Pavlov)
O comportamento desejado é
Simples associação
Estímulos seguido de consequências
entre os estímulos.
agradáveis, positivas (reforço).
Resposta
Involuntária. Voluntária.
emitida
Aprende a
Discriminação das circunstâncias
Aprendizagem associação entre os
(sem o reforço e com o reforço).
estímulos.
Conceito de reforço
REFORÇO POSITIVO
Recompensa pelo comportamento que se deseja condicionar. Como, por exemplo, um cão que
recebe um biscoito (reforço mediante recompensa ou prêmio) sempre que atende à ordem de
sentar (comportamento). Fonte: Gray Kotze/Shutterstock
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REFORÇO NEGATIVO
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PUNIÇÃO
PROBLEMATIZANDO A TEORIA DE
SKINNER
O comportamentalismo em geral, e principalmente Skinner, sofreram muitas críticas e
levantaram grandes polêmicas, não apenas por causa dos seguidores da Psicanálise, do
humanismo e do cognitivismo, mas também pela própria essência das formulações teóricas
apresentadas.
Escolhemos três para que você reflita sobre elas, mas, por uma questão de imparcialidade,
apresentaremos a resposta do comportamentalismo a cada uma.
E se você pudesse perguntar a Skinner sobre as polêmicas acerca de suas teorias? Responda
e compare seu texto com o texto apontado na ilustração abaixo, em que um estudante
pesquisa sobre a obra de Skinner e questiona essas críticas:
RESPOSTA SKINNER
“Como a ciência do comportamento continuará a aumentar o uso eficaz desse controle, é agora
mais importante do que nunca, compreender o processo implicado e prepararmo-nos, nós
mesmos, para os problemas que certamente surgirão.” (SKINNER, 1981).
TEORIA 2: COMO É POSSÍVEL REFORÇAR O
COMPORTAMENTO QUE SE DESEJA
CONDICIONAR O TEMPO TODO, PARA QUE ELE
SEJA MANTIDO?
RESPOSTA SKINNER
“Os resultados experimentais são bastante precisos para sugerir que, em geral, o organismo
desenvolve certo número de respostas para cada resposta reforçada. Nós veremos, entretanto,
que os resultados dos esquemas de reforçamento não são sempre redutíveis a uma equação
simples de input com output.” (SKINNER, 1981)
RESPOSTA SKINNER
Fonte: Wikipédia
Linguagem aprendida (Skinner)
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Autor da “Teoria Gerativa”, Chomsky tem como pressuposto que os seres humanos nascem
geneticamente dotados de uma faculdade da linguagem (uma espécie de módulo mental
específico para a língua), ela não é aprendida (CHOMSKY, 2002).
VERIFICANDO O APRENDIZADO
1. REFORÇO POSITIVO
2. REFORÇO NEGATIVO
3. PUNIÇÃO
A) 3 - 2 - 1
B) 3 - 1 - 2
C) 1 - 3 - 2
D) 1 - 2 - 3
E) 2 - 1 - 3
GABARITO
1. Reforço positivo
2. Reforço negativo
3. Punição
( ) Em uma loja de brinquedos, Bernardo chora e se atira no chão, pedindo que os pais
comprem um carrinho, e os pais compram, satisfazendo a vontade do menino.
( ) Na aula de Educação Física, Mariana fez bagunça, agiu agressivamente com os
colegas e respondeu de maneira pouco educada ao professor. Este a retirou da atividade
e avisou que diminuiria um ponto da nota da prova de Mariana.
( ) Sabendo que, às sextas-feiras, o trânsito no caminho da casa ao trabalho é muito
intenso, Sérgio sai pelo menos meia hora mais cedo, senão chegará atrasado.
Skinner descreveu três tipos de reforço: O reforço positivo ancora-se na recompensa por se
fazer de forma estruturada. A punição é o combate ao comportamento que deve ser
abandonado, aproximando-se de um exercício de constranger o erro. E, por fim, quase como
uma consequência, o reforço negativo, ao mudar o comportamento não desejado e fazer a
suspensão da consequência desagradável se o comportamento for ao caminho
desejado.
MÓDULO 4
A PSICOLOGIA DA EDUCAÇÃO
COMPORTAMENTALISTA E
SUAS CONSEQUÊNCIAS NO ENSINO E NA
APRENDIZAGEM
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A PSICOLOGIA DA EDUCAÇÃO
Enquanto Watson foi considerado fundador dessa escola teórica, criando o behaviorismo
metodológico, Skinner, com os seus experimentos e a proposição do condicionamento
operante, criou o behaviorismo radical.
As principais diferenças entre ambos os behaviorismos podem ser resumidas da seguinte
forma:
BEHAVIORISMO METODOLÓGICO
Watson
Condicionamento clássico.
BEHAVIORISMO RADICAL
Skinner
Comportamento operante.
Condicionamento operante.
A PSICOLOGIA DA EDUCAÇÃO
COMPORTAMENTALISTA
ATENÇÃO
Dos teóricos comportamentalistas que estudamos, sem dúvida foi Skinner o que mais se
preocupou com a Educação e realizou trabalhos nessa área.
Não considera que trate de um “alargamento” no sentido industrial, pois não identifica ser mais
produtivo ao ato de trabalhar mais. Ao contrário, aponta que motiva trabalhar em melhores
condições e a troco de melhores recompensas. (SKINNER, 1975)
1ª ETAPA
2ª ETAPA
3ª ETAPA
Execução do programa de instrução (reforço gradual das respostas corretas).
PRINCÍPIOS DA TEORIA DA
APRENDIZAGEM
DESENVOLVIDA POR SKINNER
Segundo Case e Bereiter (1984), a teoria da aprendizagem de Skinner possui os seguintes os
princípios:
Por meio da prática, reforçada, assegurar que cada comportamento seja bem aprendido
antes de avançar para o passo seguinte.
Duas famosas aplicações das teorias de Skinner à Educação, e que nos autorizam a falar da
existência de uma Psicologia da Educação Comportamentalista, são a instrução programada
e as máquinas de ensinar, que tiveram sucesso na década de 1960 e no início dos anos
1970.
INSTRUÇÃO PROGRAMADA
A instrução programada era um material de ensino, impresso (apostilas e livros), que obedecia
aos princípios elaborados por Skinner para a aprendizagem:
A cada porção de conteúdo apresentada, exige-se uma resposta imediata, uma atividade
por parte do educando;
A porcentagem de erro por parte do aluno deve ser mínima ou igual a zero e, para isso,
podem ser apresentadas pistas da resposta correta, induzindo ao acerto.
Após cada esforço do aluno para dar uma resposta correta, segue-se uma recompensa
imediata;
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Exemplo 2:
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MÁQUINAS DE ENSINAR
Podemos dizer que Skinner foi um precursor da inserção das tecnologias na Educação. Uma
das maneiras de emprego da instrução programada era por meio de máquinas programadas
com um sistema eletrônico, indicando os passos que os estudantes deveriam seguir para
realizar os estudos e apresentando vários exercícios que deveriam ser respondidos
individualmente.
Cada resposta era corrigida na mesma hora e a percepção do acerto era considerada por
Skinner como um reforço positivo. Cada aluno resolvia os exercícios em seu tempo. O
professor atuava como um monitor, tirando dúvidas sobre a utilização das máquinas e
explicando apenas o necessário para cada atividade.
Passos adicionais devem ser introduzidos caso, e onde, os alunos encontrem dificuldades, até
que finalmente o material atinja o ponto em que as respostas do aluno estejam quase sempre
certas. (SKINNER, 1975)
VOCÊ SABIA QUE SKINNER APLICOU OS SEUS
PRINCÍPIOS TEÓRICOS À EDUCAÇÃO DE
JOVENS INFRATORES?
(SKINNER, 1979)
Agora, o professor Caio Abitbol Carvalho fala um pouco mais sobre a experiência de Skinner.
VERIFICANDO O APRENDIZADO
1. EM UMA ESCOLA, A DIREÇÃO CONVIDOU UMA ESPECIALISTA NA
TEORIA DE SKINNER PARA FAZER UMA SESSÃO DE ESTUDOS COM OS
PROFESSORES. UM DOS ASPECTOS QUE MAIS CHAMOU A ATENÇÃO
DOS PROFESSORES FOI:
A) Reforço positivo.
B) Reforço negativo.
C) Punição.
D) Compreensão empática.
E) Condicionamento operante.
GABARITO
1. Em uma escola, a direção convidou uma especialista na teoria de Skinner para fazer
uma sessão de estudos com os professores. Um dos aspectos que mais chamou a
atenção dos professores foi:
Skinner propõe que se evite o uso de punições, utilizando alguns argumentos: os estímulos
aversivos empregados na punição podem se limitar a uma situação imediata e não
obrigatoriamente modificarão o comportamento futuramente; comportamentos severamente
punidos desencadeiam respostas emocionais que podem dificultar o condicionamento.
Alternativa C – Fala apenas do reforço positivo, quando Skinner descreveu mais dois tipos de
reforço: o negativo e a punição.
Alternativa E – Está incorreta, pois Skinner salientou que cada resposta deveria ser corrigida
na mesma hora, e a percepção do acerto era considerada como reforço positivo.
2. Ao voltar da escola, onde teve uma reunião com os professores, uma mãe ficou
preocupada com as notas baixas que o filho teve no bimestre. Em casa, combinou com o
menino que ele seria dispensado de ajudar na limpeza da casa, tarefa doméstica de que
ele menos gosta, caso se dedicasse aos estudos e as notas melhorassem. A liberação
continuaria até o final do ano, se as notas se mantivessem na média.
O menino fez o combinado. No bimestre seguinte, as notas aumentaram
significativamente e a liberação do auxílio na limpeza da casa foi implantada, com a
possibilidade de manutenção até o final do ano.
Essa mãe fez uso de um dos mais importantes conceitos do condicionamento operante,
criado por Skinner, que é:
CONCLUSÃO
CONSIDERAÇÕES FINAIS
Abordamos a Psicologia da Educação Comportamentalista ou Behaviorista e suas principais
bases teóricas. Vimos o surgimento do behaviorismo metodológico e seus precursores:
Watson, Thorndike e Pavlov, bem como seus experimentos de laboratório com animais, cujos
resultados generalizavam aos humanos e construíram o conceito de condicionamento clássico.
Foram muitos os antagonismos com a Psicanálise, o humanismo e o cognitivismo.
Sobre o percurso histórico da Educação, considerava que a escola pública teria sido inventada
com o objetivo primário de oferecer os serviços de um “tutor particular” a um número maior de
estudantes e ao mesmo tempo. Tendo o número de estudantes aumentado, cada um
necessariamente passou a receber menos atenção. Para Skinner, ao atingir a marca de 25 ou
30 alunos, a atenção pessoal tutor-aluno tornou-se esporádica. Os livros teriam sido inventados
para fazer uma parte desse trabalho, mas eles não fazem duas coisas importantes: não
podem, assim como o tutor, avaliar imediatamente o que cada estudante disse, nem dizer-lhes
exatamente o que devem fazer em seguida; as máquinas de ensino e os textos programados
foram inventados para restabelecer essas características importantes da instrução tutorial
(SKINNER, 1991).
AVALIAÇÃO DO TEMA:
REFERÊNCIAS
ALLOWAY, T.; WILSON, G.; GRAHAM, J. Sniffy: o rato virtual. Versão Pro 2.0. São Paulo:
Thomson Learning, 2006.
FOULIN, J-N.; MOUCHON, S. Psicologia da Educação. Porto Alegre: Artes Médicas, 2000.
SKINNER, B. F. Walden II: uma sociedade do futuro. São Paulo: Herder, 1975.
EXPLORE+
Que tal assistir a um vídeo em que o próprio Skinner, de quem falamos tanto no módulo
3, aparece falando sobre a sua obra? Acesse o vídeo B. F. Skinner at the APA Annual
Convention 8/10/1990 no YouTube, legendado.
Você sabia que Skinner escreveu um livro de ficção científica? Conheça um pouco dessa
história neste PDF.
1984, livro publicado pelo escritor britânico George Orwell, em 1949. Critica o
stalinismo e o nazismo, descrevendo uma sociedade futurista para a época,
dominada pelo onipresente Grande Irmão (Big Brother). Na formulação do texto,
recorre aos princípios do comportamentalismo skinneriano enquanto teoria de
aprendizagem. Também foi adaptado para o cinema, em 1984.
CONTEUDISTA
Eloiza da Silva Gomes de Oliveira
CURRÍCULO LATTES