Escolar Documentos
Profissional Documentos
Cultura Documentos
Apresentação
Nessa aula, você analisará as transformações causadas pela chegada do Islamismo na África Subsaariana, identificará as
transformações que a chegada do islamismo causou no reino de Gana e examinará as dinâmicas socioeconômicas
criadas a partir da conformação do comércio transaariano.
Objetivo
Analisar as transformações causadas pela chegada do Islamismo à África Subsaariana;
Reflexão
História do Islamismo
O islamismo ou o islã é uma religião monoteísta que começou a ser pregada do século VII na região da atual Arábia Saudita.
Seu principal profeta foi Maomé, um comerciante da região que um dia começou a receber visitas do anjo Gabriel. Esse anjo
revelava-lhe as palavras divinas de Alá, o Deus único. A partir de então, Maomé passou a transmitir os preceitos que lhe eram
revelados e rapidamente ganhou diversos seguidores. Como Maomé estava revelando não só uma nova religião, mas também
uma nova forma de vida, suas palavras foram anotadas e compiladas em um único livro, Alcorão, que até hoje é considerado o
livro sagrado do islamismo.
Uma das principais atividades do muçulmano era difundir o islamismo por todo mundo. Essa difusão ocorreu de duas formas:
por meio de negociações comerciais e por meio das jihads. As jihads eram guerras santas travadas pelos muçulmanos. Tais
guerras tinham por objetivo converter outros povos ao islamismo e escravizar os “infiéis”, ou seja, aqueles que se recusavam a
crer em Alá.
Império de Gana
Saiba mais
Segundo os viajantes árabes, gana era o nome dado aos reis desse estado. Além de ser chamado de gana (chefe de guerra), o
soberano poderia responder por caia-manga (rei do ouro) e turca. Mas não foi por acaso que Gana ficou conhecido pelo título
atribuído aos seus governantes. O gana ou caia-manga exercia um grande poder sobre os habitantes da região e era considerado
o senhor do ouro.
Poder caia-manga
Saiba mais
O caia-manga usava colares, braceletes e pulseiras de ouro. Quando sua chegada era anunciada, as pessoas que estavam
presentes se ajoelhavam e jogavam pó sobre suas cabeças como forma de reverenciá-lo. Nessas audiências, toda a pompa do
gana podia ser observada. Além de suas ricas vestimentas, o rei era acompanhado por seu exército particular formado por
homens armados e a cavalo, pelos filhos dos chefes de aldeias e pelos ministros que o ajudavam a governar.
O rei e sua corte viviam na capital do reino que era formada
por duas cidades. Kumbi Saleh era um complexo murado
cujo interior tinha um palácio feito de pedras e madeiras
(dentro do qual havia uma enorme pepita de ouro) e por
pequenas cabanas que tinham o teto cônico. Ao redor
dessa cidade havia cabanas e pequenos bosques onde
viviam os feiticeiros, homens responsáveis pelos cultos
religiosos do reino.
A segunda cidade que formava a capital do reino era um grande centro comercial
no qual moravam muitos mercadores ricos (inclusive muçulmanos), artesãos e
pequenos comerciantes.
Além da capital, o reino de Gana abrangia diversas aldeias cuja maior parte dos
moradores era composta por camponeses e criadores de animais. Essas famílias
viviam em casas rodeadas por hortas, plantações de pepinos, palmeiras, figueiras
e pequenos currais onde eram criados carneiros e algumas aves. Parte do que era
produzido por essas famílias era paga como tributo ao caia-manga.
Referências
SILVA, Alberto da Costa e. A manilha e o libambo. A África e a escravidão de 1500 a 1700, Rio de Janeiro, Nova Fronteira:
Fundação Biblioteca Nacional, 2002.
SILVA,A.C. A enxada e a lança. A África antes dos portugueses. Nova Fronteira/EDUSP. São Paulo, 1992.
Próxima aula
Explore mais