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OS 11 IMPERIOS - REINOS AFRICANOS PODEROSOS

Quando se fala de África ao redor do mundo, sempre é associada a pobreza e


principalmente com a escravatura, nas escolas aprendemos mais a respeito da grande
civilização egípcia, esquecendo-se das outras regi ões e povos desse grande e belo
continente, outros até ainda creem que o Egito não faz parte de África ou até mesmo
que desde sempre foi um povo diferente dos demais africanos matando assim a
narrativa africana.
Centenas de pequenos reinos surgiram ao longo da história do continente, com alguns
eventualmente se transformando em impérios poderosos. Estas vastas civilizaç ões
africanas cheias de riqueza e cultura são pouco conhecidas para a maioria de nós. Além
da civilização egípcia, outras civilizações também se desenvolveram ao longo de África e
forma muito prósperas.

IMPERIO DE AXUM

Enquanto uma revolução cristã estava ocorrendo na Europa, um poderoso reino surgiu
no continente africano. Na atual Etiópia, o Império de Axum se tornou um dos maiores
mercados do nordeste da África, com grande força naval.
Axum dominou a costa do Mar Vermelho até o século VII. Além de influenciar outras
superpotências na África, Europa e Ásia, este império criou o Ge’ez, única língua escrita
com um conjunto de sinais utilizados para representar fonemas original de África.
O império tinha uma multidão de visitantes estrangeiros. Um escritor persa saudou
Axum como “uma das quatro maiores potências do mundo”. Ainda assim, pouco se sabe
sobre esta impressionante civilização africana.

IMPERIO DO BENIN

No que é hoje a Nigéria, o Império do Benin começou quando o povo Edo cortou
árvores na floresta tropical do Oeste Africano. Por volta de 1400, o pequeno povoado se
desenvolveu em um poderoso reino. Com um gosto incomum para bronze nos seus
palácios deslumbrantes, Benin também utilizava cobre em suas obras de arte, estátuas e
placas que descrevem cenas de batalha sangrentas. Quanto à negociaç ão, Benin
encontrou sua riqueza no comércio com reinos africanos do norte devido à sua
localização próxima ao rio Níger.

No extremo sul do império ficava o Oceano Atlântico, o que permitiu que seus navios
trocassem mercadorias com outros povos, tais como pedras de coral, pimenta e pele de
leopardo. A civilização chegou ao fim quando os britânicos invadiram a regi ão, tomaram
os recursos de Benin e queimaram o império até o ch ão.

IMPERIO DO GANA

No Gana antigo, assentada sobre uma imensa mina de ouro, havia um reino t ão rico que
até mesmo seus cães usavam colares feitos de metal precioso.
Com planejamento estratégico, líderes poderosos e uma abundância de recursos
naturais, o Império do Gana tinha grande influência. Negociava com europeus e norte-
africanos, importando livros, tecidos e cavalos em troca de ouro e marfim. Comerciantes
árabes muitas vezes passavam meses tentando chegar ao reino para fazer negócios.

Se alguém fosse acusado de violar a lei no Gana, essa pessoa era


forçada a beber uma mistura acre de madeira e água. Se vomitasse a mistura, era
considerada inocente. Caso contrário, era considerada culpada e punida pelo rei.
Apesar de impedir muitas invasões, o império eventualmente entrou em colapso em
1240. Isolado do comércio e enfraquecido por seus rivais, Gana foi absorvido pelo
crescimento do Império do Mali.

IMPERIO DO MALI

O Império do Mali foi uma grande civilização africana que prosperou entre os séculos 13
e 16. Fundado por um homem chamado Sundiata Keita (também conhecido como Rei
Leão), o império estava localizado na região do atual Oeste Africano.
Enquanto o Rei Leão foi um governante impressionante, o império floresceu mais sob o
comando de Mansa Musa, que detém o título de homem mais rico da história. Sua
fortuna era estimada em gritantes US$ 400 bilh ões, um montante que envergonha até
Bill Gates.

Musa criou Timbuktu, a capital do Mali, e principal centro de educaç ão e cultura da


África, permitindo que estudiosos de todo o continente aprendessem ali. Como Benin,
Mali foi bem-sucedida no comércio devido à sua localizaç ão junto ao rio Níger. No
entanto, foi saqueado por invasores do Marrocos em 1593. Isso enfraqueceu o império,
e Mali logo deixou de ser uma entidade política importante.

IMPERIO DO NOk

Os primeiros vestígios dessa misteriosa civilizaç ão foram descobertos em 1928 por um


grupo de mineiros de estanho nigerianos. Conforme os arqueólogos descobriram
fragmentos de cerâmica, pinturas e ferramentas, ficaram chocados ao perceber qu ão
avançada esta cultura previamente desconhecida era.
Durante sua existência, de 900 aC até 200 dC, a cultura Nok criou um complexo sistema
judicial séculos antes dos modernos serem inventados. Usando várias classes diferentes
de tribunais, eles tratavam de assuntos como roubo, assassinato, adultério e disputas
familiares.

O povo Nok também foi o primeiro fabricante de estátuas de terracota em tamanho real.
Suas obras representavam pessoas com cabeças longas, olhos amendoados e lábios
separados. Os Nok também eram avançados no manuseio de metais, forjando pequenas
facas, pontas de lança e braceletes.
No ano 200, a população diminuiu rapidamente, sem motivo aparente. Fome,
dependência excessiva de recursos e mudanças climáticas foram propostas como
explicações para seu desaparecimento.

IMPERIO DE CUXE

Relativamente desconhecido fora de África, o Reino de Cuche ficava localizado no atual


Sudão. Esta civilização era muito semelhante ao Egito e governava como os faraós. Eles
também mumificavam seus mortos, construíram pirâmides como cemitérios e adoravam
vários deuses.
No entanto, havia várias diferenças importantes entre as duas culturas. Ferro havia se
tornado um grande recurso para os cuches, enquanto os egípcios ainda estavam
descobrindo as maravilhas deste metal. As mulheres também desempenhavam um papel
muito maior na sociedade Cuche – rainhas muitas vezes sucediam os reis.

Na verdade, uma das maiores pirâmides do reino foi construído para honrar uma
governante mulher.
Cuche era famoso por seus arqueiros, muitas vezes representados nas obras de arte.
Teoriza-se que o reino tenha enfraquecido após ser invadido pelo povo de Axum e, em
seguida, tomado por uma nova sociedade chamada de Grupo-X ou cultura Ballana.

IMPERIO SONGAI

O Império Songai ocupava milhares de quilômetros em grande parte da África Ocidental.


Com duração de quase 800 anos, foi considerado um dos maiores impérios do mundo
nos séculos 15 a 16.
Tal como acontecia com outras civilizações africanas, Songai derivava a maior parte de
sua riqueza a partir da negociação com outros povos, assegurada por seu exército de
200.000 pessoas posicionadas ao longo de suas províncias.

Milhares de culturas estavam sob seu controle, mantidas juntas pela burocracia de um
governo centralizado. Uma nova moeda também foi criada, o que permitiu que as
diversas culturas se misturassem e unissem. O tamanho deste império foi sua queda,
com o seu enorme território se provando muito difícil de controlar. Songai passou por
uma guerra civil e, lá pelo final do século 16, o império outrora poderoso se fraturou em
pequenos reinos.

IMPERIO DE PUNT

Provavelmente localizado na atual Somália, o Reino de Punt foi considerado a “Atlantis”


de África. Ao contrário da maioria das civilizaç ões africanas, as pessoas desta “terra dos
deuses” eram descritas como tendo tez vermelha escura e cabelos longos, e seus
cidadãos viviam em cabanas de junco suspensas sobre palafitas acima da água.

O comércio entre Egito e Punt era comum, incluindo a primeira troca documentada de
flora, quando a rainha Hatshepsut negociou árvores durante sua famosa expediç ão a
Punt. Vários tipos de produtos eram trocados com Punt, de incenso a marfim a an ões.
Embora a localização exata de Punt ainda seja debatida, o reino foi descrito como sendo
exuberante e verde.

Marinheiros supostamente podiam alcançá-lo viajando através do Mar Vermelho ou


navegando o Nilo em pequenos barcos à vela.
Muitas pessoas acreditam que Punt tinha uma enorme influência sobre a cultura
egípcia, da literatura à religião. Apesar disso, alguns historiadores questionam se Punt
sequer existiu.

IMPERIO ZULU

A ascensão do Império Zulu não teria acontecido sem uma pulada de cerca. O início do
reino foi estimulado por Shaka Zulu, filho ilegítimo do chefe Senzanganoka. Após ter
evitado várias tentativas de assassinato e disputas familiares sangrentas, Shaka se tornou
chefe dos Zulus.

Usando suas inovadoras táticas militares, Shaka deixou o império rico e famoso, além de
torná-lo uma das civilizações africanas mais temidas durante o período colonial. Ele
treinou seus guerreiros tão bem que acabou derrotando a invas ão britânica.
Depois de um período de poder e violência, por volta de 1900, os Zulus foram
absorvidos pela Colônia do Cabo. Hoje, partes do império formam o país moderno da
África do Sul.

IMPERIO DO KONGO

O Reino do Kongo ou Império do Kongo foi um Estado pré-colonial africano no sudoeste


de África no território que hoje corresponde ao noroeste de 𝐀𝐧𝐠𝐨𝐥𝐚 (incluindo Cabinda),
o sudoeste e oeste da 𝐑𝐞𝐩ú𝐛𝐥𝐢𝐜𝐚 𝐝𝐨 𝐂𝐨𝐧𝐠𝐨, a parte oeste da 𝗥𝗲𝗽ú 𝗯𝗹𝗶𝗰𝗮 𝗗𝗲𝗺𝗼𝗰𝗿á𝘁𝗶𝗰𝗮 𝗱𝗼
𝗖𝗼𝗻𝗴𝗼 e a parte centro-sul do 𝐆𝐚𝐛ã𝐨. Na sua máxima dimens ão, estendia-se desde o
oceano Atlântico, a oeste, até ao rio Cuango, a leste, e do Rio Ogoué, no actual 𝐆𝐚𝐛ã𝐨.,
a norte, até ao rio Cuanza, a sul.

O Reino do Kongo foi um dos Estados mais poderosos e influentes da África Central
durante o seu auge. Sua capital era 𝐌𝐛𝐚𝐧𝐳𝐚 𝐊𝐨𝐧𝐠𝐨, localizada no noroeste de Angola. As
tradições verbais sobre os inícios da história do Reino do Kongo, foram estabelecidas por
escrito pela primeira vez no final do século XVI, e a mais abrangente foi registrada em
meados do século XVII, estimasse que o reino do Kongo foi fundado por 𝐍í 𝐦𝐢𝐚 𝐋𝐮𝐪𝐮𝐞𝐧𝐢
no século XIV.
Apesar dos desafios enfrentados ao longo dos séculos, o Reino do Kongo deixou um
legado duradouro na história da África Central. Sua estrutura política, sistema militar,
rica cultura e contribuições para o comércio regional o tornam um exemplo importante
da história e da civilização africana.

IMPERIO CATARGINES

Um assentamento fenício, a antiga cidade-estado de Cartago ficava localizada na atual


Tunísia e cobria boa parte do Mediterrâneo. Sua colocaç ão estratégica e abundância de
comércio permitiram que fosse bastante rica.
A civilização cartaginesa era extremamente qualificada na elaboraç ão de móveis,
almofadas e colchões, e suas camas eram um luxo caro. Em um ponto da história, seus
rivais romanos tentaram copiar seus designs sem sucesso.

Cartago também criou um intrincado sistema governamental, escreveu uma constituiç ão


e possuía uma extensa biblioteca. Infelizmente, a maioria de sua literatura foi destruída
ou dada de presente aos reis da Numídia. Apenas um livro ainda existe – um manual
sobre a técnica agrícola, traduzida para o grego.
Eventualmente, Cartago foi queimada e saqueada pela expans ão do Império Romano.
No entanto, a cidade-estado deixou uma marca indelével como um império comercial
rico e uma força poderosa na África

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