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Prof° ANDRÉ

ÁFRICA
ANTES DOS EUROPEUS
ÁFRICA E AFRICANIDADES
• Antes da chegada dos europeus, os
povos do continente africano estavam
organizados em clãs e reinos.
• Havia grande diversidade entre eles
em aspectos físicos, características
culturais, integrantes, etc.
debate:
Africanos escravizados.
Escravos africanos.
“(...) tudo aquilo que constitui uma sincera expressão da vida na ternura, na mímica excessiva, no
catolicismo em que se deliciam nossos sentidos, na música, no andar, na fala, no canto de ninar menino
pequeno… Da escrava ou sinhama que nos embalou. Que nos deu de mamar. Que nos deu de comer, ela
própria amolengando na mão o bolão de comida. Da negra velha que nos contou as primeiras histórias de
bicho e de mal assombrado. Da mulata que nos tirou o primeiro bicho de pé de uma coceira tão boa. Da
que nos iniciou no amor físico e nos transmitiu, ao ranger da cama de vento, a primeira sensação completa
de homem.”
FREYRE, Gilberto. Casa-grande e senzala. Edição crítica de autoria de Guillermo Giucci, Enrique Rodríguez
Larreta e Edson Nery da Fonseca. Paris: ALLCA XX, 2002. 1261 p. Com ilustrações. (Coleção Archivos).
ALIMENTAÇÃO INVISIBILIDADE

BANHO RECORRÊNCIA DAS


MORTES DE
AFRODESCENDENTES.
MÚSICA
52% DA POPULAÇÃO SÃO
NEGROS NO BRASIL
FUTEBOL
DEBATE E REFLEXÃO
NECESSÁRIA
DANÇA
IDENTIDADE NEGRA

LAZER SENTAR EM RODA

SENTAR EM RODA PRECONCEITO

OUVIR DISCRIMINAÇÃO
ÁFRICA SAARIANA

• Estende do Egito ao Marrocos.


• Grande influencia dos povos fenícios,
gregos, romanos e árabes
• Os líbios foram os principais
responsáveis pelo desenvolvimento do
norte da África com exceção dos
Egípcios.
• A diversidade desses povos ia desde a formação de tribos caçadoras-coletoras;
outras a margem de rios com agricultura (queimada; plantio de arroz e inhame –
praticada por escravos e camponeses livres) e organização em reinos
• Por volta do século IX, os muçulmanos quebraram o isolamento da Europa e
Oriente, atravessando o Saara buscando riquezas e conversão ao islamismo.
• A semelhança com os povos já instalados permitiu o surgimento de uma
civilização islâmica, que foi se ampliando com o contato com os povos
subsaarianos.
ÁFRICA SUBSAARIANA

• A África é provavelmente a região do mundo


onde a situação lingüística é a mais
diversificada (com 1000 línguas) e a menos
conhecida.
• Sua diversidade ética, cultural, econômica e
política nos permite, a fim de estudos dividi-la
em regiões.
• AGRICULTURA – hábitos alimentares
apropriados de outros lugares e também
compartilhados. – Pecuária atividade integrada.
• África central e meridional: formada basicamente pelos grupos de agricultores e pastores de
origem Banto
• África etíope: povos de religião cristã, intitulavam-se descendentes do rei Salomão, possuíam
um grande comercio com árabes e bizantinos.
• África da costa oriental: formada por bantos e povos vindos da indonésia, foram profundamente
influenciados pelo islamismo, da mistura cultural surgiu uma nova denominada suaíli. Esses
povos expandiram seus domínios conquistando inclusive as ilhas como Madagáscar
“a África é rica em diversidade, fraciona-se em incontáveis culturas e fala numerosíssimos
idiomas. Calcula-se que existam na África cerca de 1 250 línguas diferentes. […] Alguns
desses idiomas, como o hauçá, são falados por dezenas de milhões de pessoas e numa
área geográfica extensíssima.”
SILVA, Alberto da Costa e. A enxada e a lança. A África antes dos portugueses. Rio de Janeiro:
Nova Fronteira, 2006. p. 50-51
ESTIGMATIZAÇÕES,
RÓTULOS &
ESTEREÓTIPOS:
África homogênea – África como país
Costumes Selvagens
Crenças animistas – candomblé “Satânico”
As crenças animistas são as personificam fenômenos das naturezas os
elementos naturais.
Por sua intensa relação com a natureza seriam incapazes de gerar cultura.
REINO DE GANA
 O Antigo Império Gana teve seu apogeu entre os séculos
IX a XI – Dinastia Tukara
 Era rico em ouro e praticavam com os árabe um comercio
transaariano, no qual trocavam ouro por artigos de luxo,
especiarias e jóias. Caravanas no deserto.
 Organização estatal – Rei, Corte, exército permanente e
população sob influência da monarquia.
 Declinou devido conflitos internos e invasão de outros
povos.
 Século XI invasões muçulmanas, anexação ao Império
Mali no século XII. Construção de mesquitas e
incorporações culturais.
 Predominância dos mandigas.
IMPÉRIO DE MALI  Mansa Sundiata Keita – unidade política. Séc. XIII.
 Apogeu – Mansa Mussa – Riqueza, prosperidade –
exploração de outro Rio Níger – Tombuctu, Djenné e
Gao – centros comerciais.
 HAJE – demonstração do absurdo poder e riqueza do
reino Mali. Distribuição de ouro.
 Possuía uma economia baseada na produção de
tecidos, mineração de ouro e comercial de sal
 Possuía um grande centro de estudos onde os sábios
reuniam-se para debater o conhecimento e ensinar.
Antes mesmo das universidades medievais Mali já
possuía um centro acadêmico semelhante ao que o
europeu criou décadas depois.
 Domínio Tuaregue Séc. XIV / Português Sec. XV.
Haje Mussa teve um impacto significativo no desenvolvimento do Islam no Mali e na percepção do Mali em
toda a África e na Europa. Mais tarde, foi acompanhada de volta para Mali por um arquiteto de Alandalus,
que foi pago para construir uma mesquita em Tombuctu. Ele também convidou a Mali quatro descendentes
do Profeta, para que o país de Mali fosse "abençoado por suas pegadas."
De acordo com Levtzion, peregrinação Mussa é registrada em várias fontes, tanto muçulmanos e não-
muçulmanos e de ambos na África Ocidental e do Egito. Mali também apareceu nos mapas dos judeus e
cristãos na Europa. Em Mali, Mussa é conhecido pela construção de mesquitas e convite de estudiosos
islâmicos de todo o mundo muçulmano em seu império
REINO DO CONGO
• Foi organizado por povos de origem banta.
• Mani Congo – rei – organização política e tributária.
• A capital do reino era Banza Congo, uma cidade grande e cercada por muralhas. De
acordo com a historiadora Marina de Mello e Souza, no início do século XVI,
Banza Congo […] era uma cidade do tamanho das capitais europeias da época. O mani
Congo vivia em construções que se destacavam das outras pelo tamanho, pelos muros
que a cercavam, pelo labirinto de passagens que levavam de um edifício a outro e pelos
aposentos reais que ficavam no centro desse conjunto e eram decorados de tapetes e
tecidos de ráfia. Ali o mani vivia com suas mulheres, filhos, parentes, conselheiros,
escravos, e só recebia os que tivessem nobreza suficiente para gozar desse privilégio.
Na praça é que participava das cerimônias públicas e fazia contato com seu povo. Além
do mani Congo e sua corte, moravam na cidade artesãos, comerciantes, soldados,
agricultores e cativos.
ESCRAVIDÃO E COMÉRCIO NA ÁFRICA
• Desde o século VII a.C os africanos já
desenvolvia a metalurgia, o comercio de
minérios e metais preciosos era uma constante
que cresceu largamente com a invasão dos
mulçumanos.
• As chamadas especiarias como o sal também
eram comercializadas facilmente na região.
• Os africanos já usavam o carro puxado a bois e
jumentos o que facilitava o transporte de
mercadorias. A introdução do camelo pelos
árabes impulsionou mais ainda o comercio.
• Muitos séculos antes da chegada dos brancos europeus
à África, as tribos, reinos e impérios negros africanos
praticavam largamente o escravismo, da mesma forma
que os gregos, romanos e demais etnias muçulmanas.
• Reinos africanos, tinham grandes mercados espalhados
pelo interior do continente, abastecidos por guerras
entre as tribos, seqüestro aleatório, castigos penais,
intrigas políticas ou ainda a venda de si mesmo por não
poder se sustentar.

FOME / PUNIÇÃO JUDICIAL / PENHORA HUMANA


• Ao converter meia África, o Islamismo
contribuiu muito para estimular ainda mais a
escravidão, pois praticou-a desde cedo, já
no século VI, mercadores árabes
freqüentavam todos os portos da costa
oriental da África, trocando cereais, carnes e
peixes secos com tribos bantus por
escravos.
• As populações negras não-muçulmanas
também consideravam a escravidão um fato
absolutamente normal.
Loango fazia parte do reino do Congo. Era uma das cidades mais avançadas da África. Sua prosperidade foi baseada
no comércio de escravos. Gravura a cores Século XVII
No final do sec. XV os portugueses aportaram e começaram a construir feitorias, no intuitos de portos comerciais. A
utilização das armas de fogo pelos portugueses acabou por facilitar a conquista desses povos.

Um rei do Congo recebe uma delegação de


portugueses em um palco do século
XVI. Gravura colorida com base em um
original de De Bry.
Com as invasões ibéricas a
necessidade de mão- de- obra para
a produção em larga escala nas
colônias implantadas pela
expansão comercial aumentou e
com ela o comércio de escravos se
expandiu de forma exponencial
REFERÊNCIAS
• CABRAL, Vinicius. A África antes dos europeus http://www.historiazine.com/2010/05/africa-
antes-dos-europeus.html
• CARVALHO, Rui Moreira de. Compreender África: teorias e práticas de gestão. Rio de Janeiro:
editora FGV, 2005.
• HERNANDEZ, Leila Leite. A AFRICA NA SALA DE AULA: VISITA A HISTORIA
CONTEMPORANEA. São Paulo: Selo Negro, 2008
• MELLO, Leonel Itaussu A. COSTA, LUÍS CÉSAR AMAD. CONSTRUINDO CONSCIÊNCIAS -
HISTÓRIA - 7º ano / 6ª série. São Paulo: Editora SCIPIONE, 2007
• Revista Nova Escola on-line. África, berço da Humanidade.
http://revistaescola.abril.com.br/swf/animacoes/exibi-animacao.shtml?187_africa_info.swf

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