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A ESCRAVATURA EM ÁFRICA
O que é Escravatura?
Desde por volta de 700, "prisioneiros capturados nas guerras santas que
expandiram o Islã da Arábia pelo norte da África e através da região do Golfo Pérsico"
eram vendidos e usados como escravos. Durante os três impérios medievais do norte da
África (séculos X a XV), o comércio de escravos foi largamente praticado.
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A escravização dos africanos por interesses
Hoje, a escravidão nos choca sob qualquer forma que ela se apresente, todavia, a
escravidão africana divergiu profundamente de escravidão racista nas Américas. Por
exemplo, a Carta de Curucã Fuga, a Constituição do Império do Mali veementemente
proíbe maus-tratos ao escravo em seu artigo 20. Além disso, muitos dos povos africanos
adotaram o Islã que, por sua vez, prescreve aos religiosos tratar os escravos
“generosamente” (ihsan) (IV, 36) e considera a alforria como um gesto merecedor e
uma obra de beneficência (II, 117; XC, 13).
Na África Ocidental, o jonya (do termo mande jon, que significa cativo) era um
escravo ligado a uma linhagem. Nas sociedades em que reinou esse sistema, ele
pertencia a uma categoria sociopolítica integrada a classe dominante; era então cidadão
exclusivo do Estado e pertencia a seu aparelho político. Enquanto sistema e categoria
social,o jonya desempenhou um papel considerável e original nos Estados e impérios de
Gana, Tacrur, Mali, Canem, Axânti e Iorubá. Os soberanos sudaneses também
importavam escravos. Ibne Batuta nos relatou que quando o imperador do Mali sentava
no trono em praça pública, atrás dele postavam-se cerca de 30 mercenários mamelucos,
comprados para ele no Cairo.
Portugueses muitas vezes se casavam com mulheres nativas e eram aceitos pelas
lideranças locais.
A preferência dos traficantes africanos por cativos do sexo feminino foi um fator
decisivo para que, no início de seus negócios nessa área, os europeus comprassem muito
mais homens do que mulheres. Outro fator importante foi a constatação de que os
homens eram mais resistentes às péssimas condições de salubridade a que eram
submetidos nas longas viagens de travessia do oceano Atlântico em navios negreiros.
Também por isso, as populações de escravos, tanto na África como nas Américas, não
tinham como se sustentar por meio da reprodução biológica, o que gerava uma
constante substituição dos escravos por novas levas e girava a máquina dos negócios
dos traficantes. Dessa forma, "o trabalho escravo estava diretamente relacionado à
consolidação da infraestrutura comercial que era necessária para a exportação de
escravos".
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Consequências da escravidão
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BIBLIOGRAFIA