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1.Introdução ...................................................................................................................... 2
1.1.Objetivos do trabalho ................................................................................................. 2
1.1.1.Objetivos gerais ....................................................................................................... 2
1.1.2.Objetivos especifcos ................................................................................................ 2
2.Desenvolvimento: Respondendo o questionário ........................................................... 3
Língua moçambicana de grupo bantu ............................................................................... 3
1. Descrição geográfica (aonde é falado, distrito, posto administrativo, ...................... 3
Distritos vizinhos, paizes vizinhos ................................................................................... 4
Línguas faladas nos distritos vizinhos .............................................................................. 4
Línguas faladas nos países vizinhos ................................................................................. 4
Régulos responsável pela etnia em estudo ....................................................................... 4
Historia do surgimento da língua em Tete........................................................................ 5
Quais são outras línguas faladas neste distrito ................................................................. 5
Quais são os hábitos e costumes desta etnia ..................................................................... 6
9.1.Casamento Nyungwe .................................................................................................. 6
9.2.A Socialização dos Futuros Noivos na Comunidade Nyungwe ................................. 6
9.3.Ritos de Iniciação ....................................................................................................... 7
9.4.Namoro (Kudziuana) .................................................................................................. 7
9.5.O Casamento (Kulouola) Nyungwe ........................................................................... 7
9.6.Condições de Casamento Nyungwe ........................................................................... 8
9.6.Lobolo (Kuthamula N`Sana) ...................................................................................... 9
9.7.A Tradição “Formal” (Divorcio) .............................................................................. 10
Como resolvem os problemas familiares........................................................................ 11
Na resolução dos problemas familiares usam que língua para se comunicarem ............ 11
Na resolução dos problemas familiares usam a lei da família, em vigor em
Moçambique. .................................................................................................................. 11
A comunidade conhece a lei da família. ......................................................................... 11
Conclusão ....................................................................................................................... 12
Referencias Bibliográficas .............................................................................................. 13
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1.INTRODUÇÃO
Este trabalho resulta da pesquisa de campo em matéria relacionada a origem,
historia , falantes distritos da língua bantu Cinyungue ou nyungue. Ao longo deste
trabalho que veremos como o povo nyungue vivem e lida com os seus problemas
familiares e sociais. Para além disso, importa através deste trabalho saber quais são os
hábitos e costumes os nyungues.
1.1.Objetivos do trabalho
1.1.1.Objetivos gerais
Conhecer a origem Historia e forma de Vida dos Manyungue.
1.1.2.Objetivos específicos
Descrever a etnia Manyu ngue olhando para os seus hábitos, costumes e forma
de vida no uso da sua língua.
Analisar como os Manyungues resolvem seus problemas e que língua usam na
resolução dos conflitos familiares e sua percepção quanto a lei de família em
vigor no País.
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Cinyungwe, ou Nyungwe, é uma das línguas bantos faladas por mais que 400 mil
pessoas em Moçambique, principalmente na margem sul do rio Zambeze, vulgo vale de
Zambeze, na província de Tete, desde a fronteira com a Zâmbia até Doa no distrito de
Mutarara.
119 551 habitantes e uma área de 6730 km², daqui resultando uma densidade
populacional de 17,8 habitantes por km², antes da reforma de 2013. O distrito está
dividido em dois postos administrativos: Chioco e Luenha, compostos pelas seguintes
localidades:
David Livingstone chegou pela primeira vez em Tete em 1856. No capítulo 31 do seu
livro "Missionary Travels and Researches in South Africa," ele menciona muitos nomes
de pessoas, localidades, plantas medicinais na língua local.
“MUNO RARA PANO”!. O que quer dizer “VAO DORMIR AQUI”. Na língua Xona
que era muito frequente. Então MARARA eh abreviatura e aportuguesamento de
“MUNO RARA PANO”.
Chewa;
Xona;
Cisena
9.1.Casamento Nyungwe
É importante perceber, por outro lado, que as normas que constituem a moral
duma sociedade ou comunidades não são estanques e fixas. Elas sofrem alteridade, são
mutáveis. A alteridade se deve à empréstimos entre culturas diferentes, através do
difusionismo [contactos] cultural. Tal alteridade depende outrossim dos contextos
ideológicos e económicos que adjectivam uma determinada época- é o que Marx
chamou, incessantemente, de tom da época. Nyatsimba Mutota, segundo a lenda, teve
que desbravar um campo de cultivo muito extenso (usando a enxada). Primeiro
derrubou a mata. E construiu, como rezava a moral, uma casa nas propriedades dos
sogros. Mas como a demonstração de sua força foi tão maior, sua fama de homem
trabalhador superou as expectativas e ganhou mais esposas tiradas daquele grupo de
parentesco. Mas de lá para cá as regras foram sofrendo alteridade e as morais também.
A socialização do rapaz na comunidade nyúnguè tem em conta aquilo que torna o
homem valente e a construção de uma casa (gowero) conta-se como vital.
Entre os Nyungwe, ainda numa tenra idade os pais escolhem padrinhos para
[socialização] seus filhos. Geralmente os padrinhos são pessoas que não partem da
família. O padrinho ou madrinha recebem a designação de nshankulu. Para o rapaz tem
de ser um homem e para a menina uma mulher. Os padrinhos é que deverão
acompanhar o desenvolvimento dos seus afilhados.
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9.3.Ritos de Iniciação
Na cultura Nyungwe não existem ritos de iniciação para os rapazes, mas apenas
para as raparigas. É durante os ensinamentos rituais que a menina aprende a cuidar do
marido, práticas de cuidados com a menstruação e parto. É durante os ritos de iniciação
que a rapariga aprende a puxar os lábios vaginais (matingi) para permitir o seu
elastecimento. A função dos matingi é de aumentar o estímulo no homem durante o acto
sexual. Uma vagina desprovida desses requisitos pode ser considerada estranha pelo
homem [Nyungwe].
9.4.Namoro (Kudziuana)
Entre os Nyungwe, geralmente, o rapaz e a rapariga têm sido jovens da mesma
comunidade ou região residencial embora não haja impedimento quanto `a união de
pessoas de grupos de parentesco distanciados ou de realidade socio-cultural diferente.
Depois dos jovens se apreciarem (geralmente porque costuma se ver no dia-a-dia e nas
maltas de brincadeiras) se conquistam (kunyengana). Geralmente a iniciativa de se
aproximar ao outro para manifestar intenção de namoro tem sido do rapaz. As vezes
com anuência do Nshankulu/padrinho. Sobre o conhecimento mútuo, que conduz ao
casamento, segundo ORGILA citado pelo Geraldo Cebola João Lucas defende o
seguinte:
“Não há dúvida de que havia e há mais possibilidades de se estabelecer
uma corrente sentimental entre aqueles que se conhecem antes de se
amarem do que de se estabelecer um profundo conhecimento entre
aqueles que se amam. O autor diz que o noivado, e não o casamento, é o
banco de ensaio do amor entre duas pessoas.” (ORGILA, 1970, p.292-
3).
Por outro lado a noiva é instruída a colher parte dos espermatozóides e dobrar o
pano. No dia seguinte o pano deve estar bem apegado ou por outra palavra, colado pela
força colante dos espermatozóides, caso contrário será prova segura de que o rapaz é
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estéril. E a possibilidade de casamento pode ser anulada ainda cedo. Se o lencinho colar
seguramente será prova de que o homem é reprodutor…” (VIAGEM, 2010 cp).
E se na primeira noite, do gowero, o rapaz não conseguir estar excitado ou ter
dificuldades de introduzir o pénis na vagina. A moça poderá reportar a situação à
madrinha e se concluir que o noivo é impotente. Assim, se o rapaz não consegue
introduzir o pénis não reúne condições para ocupar a afilhada. É preciso entender que
toda informação passa pela madrinha em primeiro lugar.
Entre os Nyungwe acontecia o mesmo. A cultura patrilinear Nyungwe era tão machista
ao ponto de manter na clandestinidade a esterilidade do homem. Está na razão disto, a
concepção de que o homem que é estéril não difere de mulher é desprezado pela própria
esposa e pela comunidade. A notícia de que esta ou tal mulher é estéril era difundida
pelos grupos de homens para que nenhum homem a pretendesse por engano, dado que
ele mesmo cairia no lenço da vergonha. Mas não constitui vergonha divorciar. E a
esterilidade já não é tão estigmatizada culturalmente. Neste trabalho defende-se que o
que é bom e proveniente da globalização é acatado. Pensa-se que o combate a
estigmatização pela esterilidade é um ganho para a cultura local. O homem estéril
(Ngomwa) já não é estigmatizado com a mesma violência marginalizadora de antes. As
notícias de aluguer de barriga; o recurso de outras técnicas que a medicina oferece para
que um casal possa ter filhos; a normalidade com que se encara adopção de filhos não-
biológicos são factores que contribuem para a redução profunda de preconceitos
confinantes a defeitos genéticos ou biológicos.
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11.Na resolução dos problemas familiares usam que língua para se comunicarem
Para os Manyungues nativos, na resolução de seus problemas familiares usam
sim a língua Cinyungue, mas importa referir que, por estamos agora num mundo já
modernizado algumas famílias aportuguisam a língua cinyungue, isto é, misturam o
cinyungue com o português, justamente por falta de domino e conhecimento solido
sobre a língua (situação do falantes moderno).
Conclusão
Chegado ao fim deste trabalho, concluímos de facto que Cinyungwe, ou
Nyungwe, é uma das línguas banta falada por mais que 400 mil pessoas em
Moçambique, principalmente na margem sul do rio Zambeze, vulgo vale de Zambeze,
na província de Tete, desde a fronteira com a Zâmbia até Doa no distrito de Mutarara. A
etnia Manyungue na resolução dos conflitos não se faz uso da lei de família,
infelizmente. Mas aplicam seus conhecimentos tradicionais sobre a moral da vida, e o
que deve se fazer, viver para garantir a formação do individuo capaz de saber Lidar,
fazer, viver e conviver socialmente.
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Referencias Bibliográficas
CORREIA, Paulo; Mendes, Jorge Madeira (Outono de 2017). «Notas sobre provos,
línguas, topónimos e ortografia de Moçambique» (PDF). a folha — Boletim da língua
portuguesa nas instituições europeias.