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*Todo o texto abaixo foi extraído da Apostila de Introdução à Teologia Sistemática, do Prof. Marcos Granconato, disponibilizado
pelo Seminário Digital, que têm os direitos do material. Esse material foi adquirido por nossa igreja para as aulas da Escola Bíblica.
INTRODUÇÃO
A Bíblia trata do pecado com bastante clareza. O traço que tanto caracteriza a raça humana
não deixa de receber ampla atenção na Palavra de Deus. É esse aspecto da doutrina cristã, tão
compreensivelmente mencionado nas páginas das Escrituras, que, a seguir, passamos a expor.
A. O SIGNIFICADO DE “PECADO”
A Bíblia diz que “as vossas iniquidades fazem separação entre vós e o vosso Deus; o os vossos
pecados encobrem o Seu rosto de vós, para que vos não ouça” (Is 59.2). Isso leva-nos a crer
que, basicamente, o pecado é algo que provoca o rompimento das relações do homem com
Deus.
2. NATUREZA: É a tendência natural que o homem tem para o mal desde o seu nascimento. Tal
natureza lhe é intrínseca e permanece mesmo após a conversão (Sl 51.5; Rm 7.15-25).
3. CULPA: É a condenação imposta ao homem perdido. Todos os homens nascem sob essa
condenação (Rm 3.9-10). Quando cremos em Cristo, nossa culpa é anulada. A isso chamamos
Justificação (Rm 3.23-24; 5.1; 8.1).
Deve ficar claro que ao morrer na cruz, Cristo não anulou nossas ações de pecado ou nossa
natureza pecaminosa. Infelizmente, o cristão ainda não está livre desses dois aspectos do
pecado e, por isso, aguarda o dia em que seu livramento será totalmente experimentado (Rm
7.24-25; 8.23; 2 Pe 3.13; 1 Jo 3.2-3). O único aspecto do pecado que Cristo anulou totalmente
na cruz foi a culpa. Sua morte teve um cunho legal: Ele sofreu em nosso lugar o castigo da
condenação que nos era devida (Is 53.5). Por isso, o crente goza da posição de justo diante de
Deus sem ter que temer qualquer julgamento ou sentença.
O fato de Cristo ter levado sobre Si o nosso pecado em seu aspecto de culpa explica como Ele
pôde receber a carga de nossas iniquidades sem se contaminar com elas. Fica evidente que
não foram nossas ações iníquas que caíram sobre Ele maculando-O, nem que a nossa natureza
pecaminosa Lhe foi imposta na cruz quando Ele nos substituiu. O que recaiu sobre Ele naquela
ocasião foi a nossa culpa pelos pecados de modo que Ele pôde carregá-los sobre Si sem se
macular (1 Pe 2.24; 1 Jo 3.5).
Apesar dos outros aspectos do pecado não serem absolutamente anulados nesta vida, é de se
esperar que o crente evidencie em si mesmo a inserção de uma nova natureza e,
consequentemente, uma mudança radical em suas ações (2 Co 5.17; Ef 4.17-24; Cl 3.5-11; 2 Pe
1.4; 1 Jo 2.6; 3.6).
B. A EXTENSÃO DO PECADO
1. Os Céus.
O pecado de Satanás afetou os céus de modo a infestar as regiões celestiais de anjos caídos os
quais fazem guerra contra o crente (Ef 6.11-12)
2. A Terra.
a) O reino vegetal (Gn 3.17-18).
b) O reino animal (Gn 9.1-3).
c) A humanidade (Ec 7.20; Rm 3.10,19,23; 5.12).
A Bíblia ensina que o pecado afetou todo o Universo, trazendo tristes resultados para todas as
criaturas de Deus. (Rm 8.18-23)
1. Provação: Refere-se ao período durante o qual o homem foi sujeito à prova que consistia
em obediência a uma ordem de Deus (Gn 2.15-17).
2. Tentação: Refere-se à atividade maliciosa e persuasiva que Satanás, sob a forma de
serpente, exerceu sobre Eva, bem como à ação da mulher em dar o fruto ao seu marido (Gn
3.1-6; 1Tm 2.13-14).
3. Queda: Refere-se ao fato do homem ter cedido à tentação, desobedecendo a Deus. A
desobediência do homem foi voluntária, visto que, sendo um ser pessoal, o homem pôde
exercer sua capacidade de escolha (Gn 3.6; Rm 5.12-19).
Toda a raça humana estava representada em Adão quando ele pecou. Por isso, os resultados
de sua desobediência caíram sobre todos os homens. As consequências do pecado de Adão
para a raça humana foram os seguintes: