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Marcello Salvate

Aprendendo com
meus filhos
SUMÁRIO

AGRADECIMENTOS _________________________________ 4

PREFÁCIOS ________________________________________ 7

AS CRIANÇAS _____________________________________ 11

UMA NOTA IMPORTANTE____________________________ 14

INTRODUÇÃO _____________________________________ 15

NÃO QUERO O COLO DO PAPAI (CARÁTER) ____________ 18

PREPARANDO O LEITINHO (INTIMIDADE) ______________ 25

UM PRESENTE FORA DE HORA. (GRAÇA) ______________ 30

COMUNICAÇÃO ENTRE PAI E FILHOS (ORAÇÃO) ________ 34

O AMIGO DO MEU PAI (INTIMIDADE) __________________ 38

QUARTO ARRUMADO (CARÁTER) ____________________ 41

PROBLEMAS (FÉ) __________________________________ 43

TE PAGO UM SORVETE (INTIMIDADE) _________________ 48

QUEM SABE O QUE É BOM? (AMOR) __________________ 52

NOTA MÁXIMA (GRAÇA) _____________________________ 56

FÉRIAS, PISCINAS E OUVIDOS (FÉ) ___________________ 63

PRESENTES E MAIS PRESENTES (AMOR) ________ 66

INSISTÊNCIA (ORAÇÃO)_____________________________ 69

EU USO ÓCULO S (INTI MIDADE) __________________ 71

ALINHAMENTO (ORAÇÃO) ___________________________ 74

SOZINHO (FÉ) _____________________________________ 77


LENDO OS PENSAMENTOS (I NTIMI DADE) ________ 79

GRATIDÃO (CARÁTER) ______________________________ 84

UM CO MPANHEIRO (INTIMI DADE) ________________ 87

NOVENTA PÁGINAS?!?! (MINISTÉRI O) ____________ 92

VIROZES (AMOR) __________________________________ 97

MAIS QUE VENCEDOR (CARÁTER) ___________________ 101

AS FRALDAS (INTI MIDADE) _____________________ 104

AUTORIDADE (CA RÁTER) _______________________ 108

AJUDANDO O PAP AI (MINISTÉRIO ) ______________ 112

O MELHOR SUPER-HERÓI DE TODOS! (EVANGELISMO) _ 116

CONCLUSÃO _____________________________________ 124


AGRADECIMENTOS

D
e maneira geral quero agradecer a todos
que passaram pela minha vida,
literalmente todos. De uma f orma ou de
outra , vocês me levaram a ser quem eu sou hoje (não
que eu seja “gra ndes coisas”) e, a pessoa de hoje
levou ao livro que você tem na sua tela . Então, muito
obrigado!

Mas, existem algu ns agradecimentos pontuais:

Clau, minha esposa, minha amada, amante,


minha Thuca querida. Te amo do fundo do meu
coração. Me orgulho de ser seu par, parceiro, amor,
marido e crescer contigo. Sua transf ormação é tocant e,
palpável e impactante. Lembre -se: Você recebeu um
dos maiores elogios que um cristão p ode receber. Sua
mãe f alou que você mudou tanto que ela quase não te
reconhecia mais. Se me ap aixonei pela menina de
antes, sou enlouquecido pela mulher de agora.
Obrigado por ser minha melhor amiga, minha
conselheira, minha crít ica, por me corrigir, incentivar e
amar tanto.

Meus f ilhos. Raphaela, Luana e Benjamim. O s


amo igualmente em quantidade, diferente em forma,
igual em voracida de, dif erente em aproximação, igual
em intensidade, dif erente em expre ssão. Vocês são
pessoas únicas, um presente para este pai apaixonado

4
que daria a vida por vocês. Me lembro de todo s vocês
desde o momento que descobri que vocês viriam ao
mundo. Me lembro do dia do n ascimento de cada um
de vocês. Me l e mbro de muitos e muitos detalhes,
muitos e muitos dias, lembro de muito porque vivi e
vivo tudo isso intensamente. Obrigado por aceitar em
serem meus f ilhos para todo o sempre. Que esse livro
os ajude a serem mais íntimos de Deus, mais íntimos
Deles, mais obedientes a Eles, mais apaixonados por
Eles, mais tudo qu e eu penso ser, f ui, sou e tento ser.
Unção triplicada é meu sonho a cada um d e vocês.
Que vocês vivam uma vida plena e digna!

Aos meus pais Delphim e Helena que me amam


como Deus me ama; incondicionalmente. Obrigado por
darem tudo de vocês por mim. Ainda temos muito a
viver juntos, algu mas viagens pela f rente e etc; mas
meu maior desejo é que nos encontremos na
eternidade, no céu, ao lado de Jesus. Os amo!

Aos meu s pastores, líderes e referências . De vo a


vocês uma continuação da corrida /carreia, uma
continuação do combate assim como Timóteo a Paulo
(2Timóteo1 :6 e 2Timóteo4:2). Obrigado por terem
acreditado em mim, dedicado tempo a mim, doado
parte de suas vidas a mim. Obrigado p or me corrigirem,
incentiva rem e amarem.

Aos meus amados irmãos na fé . Desde São


Paulo, capital, com a célula na praça do Jardim São
Paulo (comemorei um aniversário na praça do metrô ,
5
inesquecível); ao s que estive ram conosco no
nascimento e crescimento do Bola de Neve de BH , as
muitas células, muitos churrascos, comunhões e
passeios. Sinto saudades de todos. À s f antásticas
pessoas do Bola de Neve Peruíbe /SP, obrigado por
nos acolherem tão rápida e abertamente. Aos Flames,
jovens, apaixonan tes... M eu Deus, como vocês nos
renovam diariamente (a cada sábado ? rsrs). Da s
exortações mais doloridas até uma Ação Humanitária
inesquecível em Cananéia , a vida com vocês é uma
aventura boa de ser vivida. Os amo de verdade.
Obrigado a todos. Jamais se af astem de Jesus!

E f inalmente...

Deus, Jesus e Espírito Santo ... Santo, Santo e


Santo. Não sei se existem pala vra s melhores. Que
meu coração, minhas ações e especialmente minhas
motivações estejam agradando Vo cês. Os amo do
f undo do meu ser; sou grato demais. Grato por ter sido
encontrado, por s er amado, por ser salvo , por ser
amigo , por ser usado, por conhece -Los em vida , por
caminhar com V ocês, por ser perd oado nas muitas
desobediências, desca sos e pecados. Sou grato
porque V ocês jamais desistiram e jamais desistirão de
mim, por terem me dado tantas oportunidades e, enf im,
por poder ser f ilho, viver como f ilho e por ser chamado
f ilho. Filho de Deus!

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PREFÁCIOS

“Agradeço ao Abba, meu amado Jesus e amigo


Espírito Santo pelo homem sensível e ousado que
você se tornou meu “Thuco”.

Por continuar se submetendo as transf ormações


necessárias e assim, cada dia mais, ref letindo o
caráter de Cristo.

Pela oportu nidade tão nobre que Eles tem te


conf iado de servir a igreja atra vés da pregação da
palavra, do past oreio e do discipulado. E agora
também, através desse livro.

Oro para qu e todos que lerem essas lições


possam experimentar o poder do evan gelho atravé s
das pequenas coisas do cotidiano, dos detalhes da
vida. Porque essa é a essência, viver o Reino de Deus
nessa terra, no nosso dia a dia. ”

Claudia Salvate – Esposa, incentivadora e amiga !

“O que falar dela? Feli z por nature za, linda co mo


semp re, dedicada à família e loucamente apaixonada
por Jesus. Salomão pode não ter achado, mas eu fu i
abençoado suficiente para ter uma mu lher virtuosa ao
meu lado! Te a mo. #usc4eva ”

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“Num mundo como o de h oje precisamos f azer a
dif erença como pais e f ilhos de Deus.

Sempre quis saber como Deus me vê.

Sempre tive essa dúvida, o que se rá que Deus


pensa de mim?

Será que sou um bom f ilho para Deus, para meus


pais, será que sou um bom pai para meus f ilhos
biológicos e f ilhos na f é ?

Essa leitura prática e dinâmica pode tirar essas


dúvidas e resgatar a intimidade do Pai com o f ilho e do
f ilho com o Pai.

E também te mostrar que, ve rdadeiramente , vale


à pena investir em Deus como seu Pai e também te
incentiva r a se r um ótimo pai para seus f ilhos
gastando tempo de qualidade com ambos.

Nesta obra o Marcel lo usa lit eralmente a


prof undidade do amor de Deus para nos mostrar a
importância do verdadeiro amor ág ape.

Boa leitura e que Deus te abençoe. ”

Emerson Romancini – Bola de Neve Peruíbe

“Meu pastor, meu amigo. Um home m de palavras


doces, diretas e edificantes . Co mple tamente dedicado
a Deus. Obrigado por aceitar seu chamado! ”

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“Essa é uma leitura fácil, simples e contagiante.
As prof undidades e verdades do Eva ngelho e do Amor
do Pai sendo reveladas a través da simplicidade do dia
a dia, nas situa ções mais inusit adas, por ve zes
engraçadas. O autor, e meu amigo , Marcello Salvate
consegue através da ótica do Espírito Santo ver,
perceber e experimentar a presença e o amor de Deus
por meio de seus f ilhos. Impressionante como as
coisas mais simples tem o poder de nos surpre ender.
Surpreenda -se!”

Telmo Martinello – Abba Pai Church

“Telmo é dos meus melhores a migos; alguém que


me libertou das garras da religião e me apresentou
meu me lhor A migo; Jesus. Serei eternamente grato! ”

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“Como é bom vermos que as sementes lançadas
deram f rutos. Melhor ainda é saber que não somente
deu f ruto, mas se tornou uma grande árvo re que, além
de alimento , dá sombra e abrigo.

Lembro quando recebi o Marce llo na célula, e


comecei a ac ompanhar sua vida. S empre eloquente,
com m uitas dúvida s e questionamentos. Sa bia que ele
tinha p otencial e que toda dedicação daria resultado.

Poder ler este livro, e escrever o pref ácio foi um


grande presente !!! Uma litera tura f ácil, prática e
dive rtida que nos mostra como Deus ama ser nosso
Pai e estar presente em nossas vidas. Como em
nosso dia a dia, se formos sensíve is, aprende remos
com nossos f ilhos a no s torna rmos pessoas melhores.
Que Deus, independent e das nossas limitações, é um
Pai, que corrige, educa e acima de tudo, nos ama
incondicionalmente ”

Leandro de Oliveira Gonçalves – Bola de Neve Sede.

“Leandro foi meu primeiro pastor. Me incentivou,


lutou, persistiu e discipulou . Um d os meus grandes
amigos, u m ho mem e m quem confio plenamente! ”.

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AS CRIANÇAS

“Meu pai me pediu para escrever u m trechinho


deste livro f alando sobre a gente . Eu acho que , por
mais que nós não tenhamos convivido a vida inteira
juntos, literalmente morando na mesma casa, a gente
tem uma grande conexão ; temos muitas histórias para
contar. Ele f oi presente na minha vida , f oi minha f igura
paterna com certeza , e eu só tenho agra decer a ele
por tudo que ele f az pelos meus irmã os e por tudo que
ele já f ez por mim .

Papai é um cara maravilhoso ; o jeit o dele ajudar


pessoas e colocar o próximo à f rente dele ; eu acho
isso m -a-r-a-v-i-l-h -o-s-o!

A missão de pai dele com certeza está send o


cumprida . Ele ensina , ele ajuda , ele trabalha ; ele é um
pai maravilhoso . Eu mal tenho palavras para descreve r
meu pai. E le é amigo e isso é o que mais me deixar
deslumbrada !

Eu tenho 16 anos ; e dentro desses 16 anos ele


sempre f oi meu melhor amigo , eu só tenho agradecer a
ele por isso . T e amo muito pai .”

Rapha – Filha

“Filha, co mo te disse há anos atrás: Você é u ma


parte de mim de caminha fora do meu corpo. Estarei
com você e serei seu amigo para se mpre! Te amo ”

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“Marce llo Salvate, meu pai, é um cara top . Do
jeito que trata os outros até a forma que trata a
própria f amília . Sempre dedicado, não f oi dif erente ao
f azer esse livro. L embro dele gravan do as mensagens
no celular enquanto olhava o Benjamim brincando no
parquinho do prédio em BH. Sei o quanto ele f icou
f eliz ao terminar de escreve r esse livro, correu para
pedir os pref ácios, a arte de capa e tudo mais .

Como todas as pessoas ele tem seus erros, mas


vai por mim, de tanta qualidade seus erros f icam
despercebidos. Seu amor, respeito, educação,
companheirismo são muito maiores que seus erros.

Todo mundo sempre me pergunta se eu tenho


ciúmes do meu pai com os outros, principalmente com
o pessoal do Flame (hehehe), não tenho não. “Você
não tem ciúmes do seu pai ?”. É que eu amo ver o jeito
que ele trata as pessoas, com carinho e amor igual ele
trata os seus f ilhos, e amo ver que as pessoas gostam
dele demais, se espelham nele igual eu. E le é um
exemplo de pessoa a ser seguido sem medo nenhum,
você conse gue ver Jesus atra vés d a vida dele . Seu
caráter é maravilhoso, ele ama honrar a Deus e os
outros, seus ensinamentos são tops. Ahh, te amo pai!!! ”

Luana – Filha

“Filha, a menina d oce, forte, meiga e brincalhona.


Co mpanheira e das melhores co zinh eiras que conheço .
É um privilégio ser seu pai e seu amigo. Te amo! ”

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“Eu só quero f alar que você é muito legal. Gosto
porque você me co mpra um monte de coisas e compra
todos os nossos passeios. Você é meu amigo e eu te
amo muito.

Você é uma pai muito legal, muito ótimo e sem


você eu não conseguiria vive r! ”

(Gra vamos alguns áudios e convertemos neste


texto. E só isso já deu muito trabalho rsrs)

Benjamim – Filho

“Filhão, eu sou feliz por ser seu amigo. Serei seu amigo
para sempre. Ainda temos muitas aventuras para viver juntos.
Que você leia esse livro com 18-20 anos de idade. Te amo!”

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UMA NOTA IMPORTANTE

E
ste livro mostra meu dia a dia com meus
f ilhos f azendo analogias de n osso
relacionamento com nosso Pai, Deus . E
você notará que h á mais situações com o Benjamim do
que com a Luana, e mais situações com a Luana do
que com a Rapha. O motivo é bem simples, temporal e
ingênuo: A idade.

Por ser o mais novo , o Benjamim requer um


pouco mais de atenção, consequentemente mais tempo.
Por ser o mais novo as situações geradas f avorecem a
construção de história s e deste livro. Só isso, nada
além disso.

Rapha e Lulu, vocês são e sempre serão minhas


princesas. Teria escrito um livro desses para cada
uma de vocês por conta das muitas histórias,
aventuras, trapalhadas e momentos marcantes que
vivemos juntos. A difere nça f icou mesmo no ano de
meu encontro verdadeiro com Jesus e a idéia de
escre ver o livro.

Vocês três tem meu amor irrestrito, incondicional ,


corretivo e eterno! 

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INTRODUÇÃO

P
arecia um dia comum. Acordar, orar, tomar
caf é, ler, jogar, esperar a casa acordar e
seguir a vida. Ma s neste dia, no dia em
que esse livro f oi inconsciente mente gerado, minha
vida mudou . E interessante que minha vida mudou
mudou ao estudar uma das passagens mais
conhecidas e comuns da bíblia: A Ora ção do Pai nosso!

Leia comigo: “Pai nosso, que estás nos céu s!


Santificado seja o teu nome. Venha o teu Reino; seja
feita a tua vontade, assim na terra como no céu. Dá-
nos hoje o nosso pão de cada dia. Perdoa as nossas
dívidas, assim co mo perdoamos aos nossos devedores.

E não nos deixes cair e m tentação, mas livra -nos


do mal, porque teu é o Reino, o poder e a glória para
semp re. A mé m” (Mateus 6:9 -13 NVI).

Interessante notar que , na única oração que


Jesus nos ensinou , Ele começa chamando Deus de Pai.
No original hebraico , Jesus utilizou a expressão Abba
Pai, que é uma f orma muito íntima e carinhosa de um
f ilho chamar o pai. Como uma criança que
recentemente aprendeu a falar e chama seu pai de
“papá”, “papaizinho”, “paiê êê”.

15
Isso mudou todo meu entendimento sobre o
evangelho, a bíblia, a vida cristã e, principalmente, o
Deus Trino. Antes eu O via como um ser poderoso,
irritado e distante , pronto para me castigar . Mas deste
dia em diante eu p assei a entender Deus como meu
Pai, o Pai perf e ito, o Pai que enviou Jesus Cristo para
me salvar, o Pai que me ama de f orma incondicional.

Sou pa i de três crianças maravilh osas: Maria


Raphaela, Luana e Benjamim, você já deve ter lido os
comentários delas por aqui.

Cerca de 6 anos atrás, Deus começou a me


ministrar muito so bre Ele ser meu Abba Pa i. Quando
eu pegava o Benjamim no colo e olhava para ele com
amor, Deus me “f alava”: “Para mim você é um
bebezinho de colo. Sabia que quand o olho para você
eu vejo um bebezinho de colo ?”.

Foi desta maneira que este livro f oi desenvolvido.


Deus me ministrando com essa associação entre eu e
meus f ilhos, Ele e eu. Deus o meu Pai e eu, Seu f ilho .

Em 2015, numa viagem para Criciú ma, cidade


onde moram meus amigos Martine llo (Telmo, Vivi,
Karina, Vitória e Isabela), o Telmo comentou que
estava escre vendo uma espécie de crônicas (que
viraria um maravilh oso livro) a respeito de seu jardim.

Num dos oitos dias de nossa estadia por lá eu


comentei com o Telmo que Deus estava me
ministrando nessa relação Pai e filho . E o Telmo
16
prof etizou : “Cara, po rque tu não escreve umas lições
iguais as que esto u f azendo a respeito do meu jard im?
Escre va sobre essas re velações , escreve so bre você,
seus f ilhos e essas analogias ! Posta no Face book, a
galera vai se r impactada, vai ser le gal.”

O Telmo é uma das pessoas mais parecidas com


Jesus que conheço , aprendi a respeita -lo e escuta -lo.
Essa idéia dele foi, para mim, uma ordem e um a
direção de Deus.

Ajustei o t ítulo p ara APREDENDO COM MEUS


FILHOS e comecei a fazer uma lição após a outra .

Resumindo muito: O livro f ico u pro nto. Mais de


200 páginas. Mas f altou dinheiro para publica -lo; e
mesmo que eu tivesse o dinheiro , não investiria num
livro; creio que f aríamos algumas ações sociais. Enf im,
reduzi o número de páginas e de alguma f orma ele
chegou até você. Isso que importa!

O objetivo deste livro é te identif icar cada ve z


mais como f ilho de Deus e, claro, identif icar Deus,
cada vez mais , como seu Pai. Chamar sua atenção
para como Ele olha para nós, como Ele nos vê, como
Ele nos trata, porque passamos por situações
adversas, porque recebemos bênçãos, como Ele age e
reage em muitas situações de nossas vidas. Espero
que você goste, seja edif icado e edif ique a outros.
Que Deus te abençoe, em nome de Jesus, forte abraço
e uma excelente leitura.

17
NÃO QUERO O COLO DO PAPAI (CARÁTER)

P
ara nós, ir à igreja é sempre um passeio.
Encontramos amigos, damos e recebemos
muito carinho, conversamos com muitas
pessoas, compartilhamos coisas boas e até ruins,
comemos algo n a cantina da igreja (crente come
mesmo), tem sempre um irmão precisando de um
aconselham ento, também acontece de ter algo mais
prático a se f azer (l impar o chão, arrumar cadeiras e
etc.), enf im, a igreja é realmente um organismo vivo,
bem vivo.

Recentemente postei no meu Facebook o que


penso sobre igreja : A Igreja é um lar! Lar é mais do
que um local, lar são pessoas num local.

Num lar temos a chave do local; não estamos


impedidos de entrar ou de sair. Num lar f icamos
porque amamos, voltamos porque somos amados e
permanecemos porque pertencemos àquele lar!

Seja igreja, seja lar... ame e se permita ser


amado!

Bom, em meio a essa movimentação rotineira de


um dia de culto , as crianças fazem o que de melhor
sabem f azer: BRINCAR!

Pega-pega, escon de -esconde, tablets aparecem,


“pezinho”, elástico etc e, o culto ainda nem começou !

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Parece uma animada e f el iz hora do recreio da escola.
Eu me alegro demais em ver isso tudo, elas estão
crescendo entendendo que a “casa de Deus” é um
lugar legal ond e se pode brincar muito. Eu cresci com
medo de entrar na “casa do Senhor” porque não se
podia f azer barulho, mal se f alava lá dentro e eu
achava aquilo uma tremenda chatice.

Dif erente do meu entendimento da infância, meus


f ilhos curtem demais ir à igreja. Quando estamos
saindo de casa, a palavra usada para ir a igreja
normalmente é passeio . “Vamos passear” é o que
sempre f alamos. Sim, quando visit o meu pai em sua
agradá vel casa de praia, eu penso em brincadeira de
adulto. Piscina, praia, churrasco, Uno, ris adas e tudo
mais. Porque seria dif erente com meus f ilhos na casa
do Pai de nós todos?

Bom, a criançada naquela euf oria toda e o


Benjamim , agora com 6 anos, super-envo lvido. Do
tempo em que ele ainda não andava até hoje , quando
ele já “coordena o esconde -esconde”, ele sempre
esteve em meio à bagunça.

Algumas ve zes a correria precisa cessar,


algumas ve zes n ão podemos brincar de esconde -
esconde depois do culto do Flame, algumas ve zes não
podemos comer nada na cantina; algumas ve zes o
Benjamim é contrariado pela situação em si, nada por
culpa de alguém , somente a situação em si. Algumas

19
ve zes as coisas não acontecem como queremos. Nada
por “culpa” de Deus, só a situação em si mesmo.

Quando o vejo decepcionado eu me aproximo,


of ereço um abr aço, um colinho e uma boa conversa.
Of ereço tudo o que posso para acalmá -lo. Mas se a
brave za toma conta, ele não aceita meu carinho, nem
meu amor ou mesmo conversa; só quer chorar e f icar
bravo. “Não quero o colo do papai” ele falava/f ala.

Num desses dias “decepcionantes” Deus me


ministrou com relação a isso. O pai querendo estar
perto do f ilho, cuidar do f ilho, amar o f ilho e ajudar o
f ilho num momento de dor e o f ilho rejeitando o pai.
Exatamente como fazemos com Deus; O rejeitamos.

A parábola do f ilho p ródigo, descrita no


evangelho de Lucas, capítulo 15, conta o seguinte:

“E disse: Um cert o home m tinha dois filhos; e o


ma is moço deles disse ao pai: Pai, dá -me a parte dos
bens que me pertence. E ele repartiu por eles a
fa zenda. E, poucos dias depois, o fi lho mais novo,
ajuntando tudo, partiu para u ma terra longínqua, e ali
desperdiçou os seus bens, vivendo dissoluta mente. E,
havendo ele gastado tudo, houve naquela terra uma
grande fome, e começou a padecer necessidades. E
foi, e chegou -se a um dos cidadãos daquela terra, o
qual o mandou para os seus campos, a apascentar
porcos.

20
E desejava encher o seu estôma go com as
bolotas que os porcos co mia m, e ninguém lhe dava
nada. E, tornando em si, disse: Quantos jornaleiros de
meu pai tê m abundância de pão, e eu aq ui pereço de
fome! Levantar -me -ei, e irei ter co m meu pai, e dir -lhe-
ei: “Pai, pequei contra o céu e perante ti; Já não sou
digno de ser chamado teu filho; fa ze -me co mo u m dos
teus jornaleiros”.

E, levantando -se, foi para seu pai; e, quando


ainda estava lo nge, viu -o seu pai, e se moveu de
íntima co mpaixão e, correndo, lançou -se-lhe ao
pescoço e o beijou. E o filho lhe disse: “Pai, pequei
contra o céu e pe rante ti, e já não sou digno de ser
chamado teu filho ”.

Mas o pai disse aos seus servos: Tra ze i


depressa a melhor roupa; e vesti -lho, e ponde -lhe um
anel na mão, e alparcas nos pés; e tra zei o be zerro
cevado, e matai -o; e coma mos, e alegre mo -nos;
porque este meu f ilho estava morto, e reviveu, tinha -
se perdido, e foi achado. E começaram a alegra r -se ”.

Não sei o que levou o f ilho mais novo a sair de


casa. Aparentemente ele não tinha problemas com seu
pai; mas notem que , depois de sair de casa, a crise
atingiu seu limite ; e nessa hora o “menino” lembrou
que seu pai sempre foi bom : “quantos jornaleiro s de
meu pai tem abundância...”. O pai f oi lembrado por sua
bondade, isso o f ez volta r. O pai não havia rejeitado o
f ilho; o f ilho rejeitara o pai .
21
Olha que poderoso o verso 20. Ele mostra que
quando o f ilho mais moço vo ltava à casa de seu pai,
ainda estando longe, se u pai o viu e com íntima
compaixão, correu se lançou ao seu pescoço (que
ref lete um abraço loucamente saudoso e apaixonado.)
e o beijou.

Sejamos f rancos, se você já f ez algum tipo de


obra de caridade com mendigos sabe que abraçar um
deles não é algo tão simples. A maioria não toma
banho há dias e o cheiro não é agradável, mesmo que
você o abrace co m todo amor crist ão , o cheiro e a
higiene sempre passam pela nossa cabeça (pelo
menos pela minha). Quando chego em casa a roupa
vai direto para a máquina.

Mas o p ai não se preocupou com isso, o pai


“lançou -se-lhe ao pescoço e o beijo u”, o pai jamais
rejeitou o f ilho. De longe o pai viu se u f ilho voltando, o
reconheceu (não sabemos quanto tempo passou, mas
de certo o menino não tinha a mesma aparência),
correu e tra nsbordou amor.

Jesus usou essa parábola para mostrar o quanto


nós, f ilhos, rejeitamos a Deus. Por incontáveis motivos.
A pessoa se magoa com uma namorada, se afasta de
Deus e vai pra balada. A pessoa f oi traída pelo marido,
se af asta de Deus e cai no mundã o. A pessoa foi mal
tratada por um líder de igreja, se af asta de Deus e
abandona tudo. São muitos e muitos exemplos.

22
Mas Deus, assim como o pai da parábola, não
nos abandonou, apenas respeitou nossa decisão. Eu
imagino Deus “ro endo unhas” (imagino apenas, não
tem heresia nisso rsrs) , apreensivo, vendo aquele(a)
amado(a) f ilho(a) indo para luga res e caminhos
errados e literalm ente evitando Sua aproximação.

Em situações assim, inf elizmente, nos


esquecemos Dele. Orar e ler a b íblia nem pensar . Ir a
cultos? Nunca mais. E Deus lá, “roen do unhas”, só nos
esperando.

Costumo usar a analogia de um aluno que f oi


verdadeiramente perseguido pelo prof essor da escola.
O prof essor o perseguiu muito, chegou a f raudar notas
de prova. E por conta dessa perse guição, o menino
resolveu nunca mais f alar com seu próprio pai.
Percebe que não faz sentido?

Da mesma f orma, rejeitar a Deus, nosso Pai,


quando algo nos contraria não f az sentido algum.
Mude de igre ja, mude seu posicionamento no
casamento, mude de trabalho , de escola e etc. Mas
não se afaste de Deus. Não importa o que as pessoas
possam ter f eito conosco. Não abandone a Deus, nem
o rejeite. Garanto que Ele é a soluçã o do problema, e
não o culpado do problema.

Na realidade, não importa nem o que a vida tem


f eito conosco. O f amoso “poeta” Rocky Balboa nos
alertou: “ninguém bate mais f orte do que a vida”. A

23
vida bate com f orça, e mesmo que ela esteja quase te
nocauteando, não abandone seu Pai Eterno. Tenha
certeza que Ele nã o te abandonou e nunca abandonará.
Jesus nos prometeu que estaria co nosco, “todos os
dias de nossas vidas, até a consumação dos séculos”
(Mateus 28:20). E é verdade, Ele está sempre lá, nos
observando, feliz com nossa amizade com Ele, alegre
com nosso contato, pronto para se mover de
compaixão , se jogar em nosso pescoço e nos beijar.
Ele é maravilhoso!

Lembra -se do Benjamim e sua brave za? Antes


dele se apro ximar da comida dos porcos a bra ve za
passou, sempre passa; ele percebeu que sou seu
grande amigo, que só quero seu bem. Mais calmo, ele
corre pro meu colo, me dá um abração bem apertado,
escuta uma ou duas declarações de amor e, muito f eliz
e renovado, corre de volta pro meio da bagunça!

24
PREPARANDO O LEITINHO (INTIMIDADE)

D
eus me deu, e continua me dando, muitas
bênçãos em minha vida. Fico f eliz só de
imaginar quantas outras Ele dá e eu nem
percebo. Trabalhar de home -off ice é uma delas.

Engana -se quem pensa que se trabalha pouco


por estar de home -off ice; mas também se engana
quem pensa que não existem vantagens.

A maior das vanta gens, a meu ver, é poder, em


muitos dias, ver meus f ilhos acordando. Reparar o
humor de cada um deles, os olhos ainda meio abertos
f orçadamente e os cabelos bagunçados.

Estar com eles é um enorme previlé gio.

A Luana e a Rapha, até seus 10 -11 anos,


acordavam e já me pediam um leitinh o com
achocolatado. A Lu pref eria o mais quentinho e a
Rapha gosta va do mais gelado .

Certo dia, eu já estava em meu escritório,


trabalhando e a Lulu acordou; usando do pri vilégio de
estar em home-off ice, terminei o email que f azia e f ui
dar um “bom dia” pra ela. Quando me viu, sua primeira
reação foi f alar: “Papai, me f az um leitinho!”.

Somos muito brincalhões em casa; sendo assim


eu a abracei e simulei um diálogo; semelhante a esse:

25
- Bom dia p apai.

- Bom dia Lulu, tudo bem? Dormiu bem?

- Sim papai. Dormi bem, e você?

- Sim f ilhinha, dormi muito bem. Você sonhou


com o que?

- Não me lembro papai. Dormi muito pesado. E


você?

- Eu tive uns son hos malucos f ilha, sonhei que


estávamos viajando. Foi legal.

- Sério? Que legal. Papai, me faz um leitinho?

- Claro f ilhinha, vou pre parar o seu leitinho .

- Te amo papai.

- Também te amo meu amor.

Ela f icou toda sem jeito porque p ercebeu sua


“gaf e” ao não me dar um “bom dia” e já pedir algo ,
mas se dive rtiu. Fui à co zinha, prep arei seu leit inho
morno, com mais achocolatado do que a mãe gostaria
de ver (rsrs), e le vei para ela.

O real motivo de querer ter uma conversa com


meus f ilhos quando eles aco rdam é o simples f ato de
ama-los de f orma incondicional e por isso querer estar
perto deles, quere r ter mais intimidade com eles. Dar
bom dia, ouvir sua s vo zes, dar e receber abraços, os

26
abençoar e aproveitar a presença deles . Pessoas são
importantes, f ilhos mais ainda.

Preparando o leitinho eu perguntei para Deus


porque aquele bate -papo tinha acontecido, o que Ele
queria mostrar, e e ntão, entendi Deus f alando comigo .

“Por muitas ve zes você também não me dá bom


dia. Começa a f alar Comigo já pedindo coisas,
proteção , bênçãos e direção; mas n em me dá tempo
para responder!” Uauuuu!

Claro, Deus estava certo, por muitas ve zes não


damos nem um básico “oi, tudo bem? Como vão as
coisas aí no céu?”; nada mesmo. Só um pedido, ou, às
ve zes, nem isso.

Tratamos a bíblia como essas revistas de


cosmé ticos e presentes, só a abrimos quando
precisamos fazer um pedido. “E Se vira para me dar a
resposta certa hein Deus!”

Não amado(a), não é assim que nosso Pai qu er


se relacionar cono sco. A pesar de todo poder, ho nra e
glória que O cercam; Deus é mais relaci onal e
simples do que i maginamos . O que Deus quer, e de
certa f orma, o que Deus espera de nós ao acordarmos
é um bate papo agradá vel e íntim o. Nem que seja
simples, mas que seja sincero, a gradável e íntimo.
Prové rbios3:32 diz que “co m os sinceros Ele tem
intimidade ”. Seja sincero, sempre!

27
Em Salmos 55:13 Deus nos chama de “íntimo
amigo ”.

Não precisamos nos dirigir a Deus com palavras


f ormais e cheias de adereços. Sabe, nunca f oi a forma
como a Rapha f ala que me f ez mais f eliz, mas sim o
que ela me f ala, o quão sincera ela é, o quanto ela
conf ia em mim. Se palavras f ormais tivessem va lor, eu
não teria o menor amor pelo Benjamim... ele nem fala
direito ainda.

Quando a Lulu quer ia b rincar de massinha


com igo ela simplesmente falava: “S enhor cliente, f iz
um cup cake de chocolate com morango, você aceita?”.
Rapidamente entendia a mensagem da Lulu, a
brincadeira começava e nos dive rt ía mos juntos.

Se a Rapha quer ir comigo ao mercado, ela


simplesmente f ala: “Papai, posso ir ao mercado com
você?”.

E quando o Benjamim f az uma pose dif erente eu


já sei que ele qu er entrar numa batalha entre dois
heróis superpoderosos . E nos diverti mos juntos.

Estranho vai ser quando a Luana acordar e dizer :


“Bom dia querido pai, amado pai. Tu que és o provedor
deste lar, que casado com mamãe cuida desta
estimada casa. Tu vem sempre tão amavelmente à
sala para nos comunicarmos. Tu poderia me preparar
mais um leite semi desnatado para q ue possamos
cuidar melh or da saú de?”
28
Te garanto que, no mínimo, vou achar suspeito.
“O que será que ela aprontou?” seria, talve z, o
primeiro pensamento que eu teria.

Deus quer intimidade contigo, qu er ser seu


Melhor Amigo. Pai e f ilho f oram feitos para serem
amigos íntimos.

Comece com o “bom dia”, com o “tudo bem ?”. Ele


sabe das nossas dif iculdades em entender o que Ele
responde, em ouvir o que Ele nos fala, Ele sabe até
mesmo de nossa dif iculdade em obedecer quando
entendemos e O ouvimos de f orma bem clara.

Lembre -se, Ele é seu Pai. O Pai que ama


incondicionalmente. O Pai que te quer por perto o
tempo todo. O Pai que nos perdoou de tudo de errado
que possamos ter f eito e nos preparou um céu perf eito
e maravilhoso para passarmos a eternidade ao Seu
lado.

Fale com Ele, tenha intimi dade com Ele. Ele te


ama e quer ser seu Amigo íntimo.

Ah, sabe o que aconteceu na manhã seguinte?


Quando a Lulu acordou ela disse: “Bo m dia papai, tudo
bem com você?” haha

Todos podemos aprender com esse “bom dia”.

Sejamos íntimos do nosso Papai.

29
UM PRESENTE FORA DE HORA. (GRAÇA)

V
endedor externo tem um horário bem
f lexíve l. Não ne cessariamente f olgado,
mas f lexível.

O almoço pode ser f eito em 5 minutos num


restaurante tipo self -service por kilo ou por duas horas
na melhor churrascaria da cidade com um cliente
importante.

Num certo dia f ui almoçar num shopping de Belo


Horizonte , num restaurante que se encaixa bem no
meio dos dois exe mplos acima, resolvi dar uma volta
pra ajudar a comida a “descer ” rsrs.

Lá pelas tantas, passei em f rente a uma loja de


brinquedos e tive a atenção presa ao f amoso e
delicioso jo go de cartas Uno.

A Luana já teve alguns. Eles se deterioraram de


tanto jogarmos em f amília, nas comunhões de
ministério , comunhões das células e alguns outros,
simplesmente se perderam na bagunça. Esse joguinho
f az parte da nossa história, até hoje brincamos muito
de Uno aqui em casa. Às ve zes o p essoal f ica bravo
quando eu baixo u m +2 ou um +4; mas ao f inal eles
superam e f azemos as pazes. haha.

Quando cheguei em casa e entreguei a pequena


lembrança p ara a Luana as reações f oram inúmeras . A

30
carinha dela, o abraço dela, o sorriso dela , e alegria
dela por aquele p resente f oram impactantes. Um dos
sorrisos mais pu ros e sinceros que se arranca de uma
criança é quando a surpreende mos positivamente.

“Mas pai, hoje não é meu aniversário, nem dia


das crianças, não tirei nota 10 numa prova... nada.
Porque o presente?”. Indagou -me com certa coerência
a, então, pequena Luana .

Na realidade ela não tinha ap enas uma “certa


coerência”, mas toda coerência. A inda que a notícia
f osse ótima para ela, o padrão do mundo, o padrão
que crescemos aprendendo é o da troca, o da nossa
justiça, o do merecimento (quase cruel), o padrão
totalmente condicional. Se me f izer algo bom eu f aço
algo bom de volta , se merecer eu ganho, “se você f izer
isso, eu f aço aquilo”.

Mas eu respondi sua pergunta: “Filha, te


comprei o presente porque eu quis. Me deu
vontade !”

Agora f oi a “cara de interrogação” dela que me


f ez rir. Com um largo sorriso e uma interrogação na
mente, ela recebeu o presente e muito f eliz já
começou a progra mar quando seria o próximo jo go!

Antes mesmo dela nascer eu já a amava. Já me


programa va em como arrumar as coisas, como cuidar,
como trocar f raldas e etc. E u a ame i primeiro. Ela
cresceu , passou a sorrir ao me ver, brincava comigo,
31
ríamos muito... E eu continuei a amando . Não sei o
que ela sentia qu ando me olhava, mas eu a a mava.
Amava e a amo de f orma incondicional, ou,
biblicamente f alando, de f orma ágape.

É claro que me alegro e a deixo sa ber quando


uma atitude dela me deixa f eliz. Tirar b oas notas, ser
educada e obediente são bons exemplos . Mas um pai
que ama não precisa de uma data especial pa ra
comprar um presente para a f ilha. Eu não preciso de
uma data especial para programar uns passeios com a
Rapha. Não preciso de uma data , ou mom ento especial,
para ter uma luta entre Jedis e Su per -heróis com o
Benjamim. Não preciso de uma data especial para
mostrar meu amor pelos meus f ilhos. Seja com um
mimo, um abr aço, com palavras ou o que for. O pai
que a ma os f ilhos não precisa de data ou evento
especial para amar e demonstrar amor aos f ilhos . O
amor é incondicional (pelos menos deveria se r assim
com todos). Incondicional.

Assim como eu amei a Luana primeiro (e t ambém


a Rapha , e também o Benjamim) “Deus nos amou
primeiro ” (1 Jo ão 4:19); e Seu amor é tão
incondicional que somos “salvos pela graça, por meio
da fé, e isto não vem de vós, é dom de Deus Não vem
das obras, para que ninguém se glorie” (Ef ésios 2:8 -9).

A salvação não ve m porque oramos uma hora a


mais naquela semana, ou porque participamos de
todos os cultos temáticos da igreja naquele mês e nem
32
mesmo porque decidimos ler a bíblia toda naquele ano.
A salvação vem pela graça!

Não há nada que f iz emos, f azem os ou f aremos


que possa justif icar a nossa salvação. Nossa salvação
vem pela graça amado(a), dom de Deus, f avor
imerecido. Apenas receba, aproveite e se divirta.

Da mesma f orma que comprei uma lembrancinha


para a Luana sem que aquilo estive sse vincu lado a um
merecimento, Deus nos dá a chance da salvação, sem
vínculo algum com o merecimento. Se perguntássemos:
“Porque Deus ?”; ta lve z a resposta De le f osse : “Porque
Eu quis, Me deu vo ntade!”

33
COMUNICAÇÃO ENTRE PAI E FILHOS (ORAÇÃO)

S
ou de uma família tradicionalmente
brasileira. Tive b isa vós esp anhóis,
húngaros e portugueses , mas no f undo,
creio que sou puramente brasileiro. Por isso, concluo
que os brasileiros são muito, muito f alantes.

Uma reunião com meus pais, tios e primos é uma


reunião barulh enta. Todos f alam sobre tudo, quase
que ao mesmo tempo, perguntam, respondem e ainda
explicam. Uma doideira agradá vel e engraçada.

Meus f ilhos “puxaram” isso de mim; eles são


f alantes; quase “tagarelas”.

Quando o Benjamim me conta de certo desenho,


eu sei que ele gosta daquele desenho. Quando ele se
empolga com a va quinha na beira d a estrada, eu sei
que ele gosta de animais. E quando ele me pergunta
quem seria o ven cedor de “735” p ossíveis batalhas
dif erentes entre heróis, eu sei que ele ama f ilmes e
games de heróis.

Igualmente, quando a Luana me pergunta mais


de uma vez sob re uma regra d e determinado esporte ,
percebo nela o interesse pelo assunto. Quando ela f az
muitas perguntas com “e se”, sei que ela está
invest igando sobre um assunto um tanto quanto
polêmico que ela ainda não entendeu por completo .
Quando ela tira dúvidas bíblicas percebo que estamos

34
acertando em algo e que o caráter está em f ranca
f ormação .

Se a Rapha entra num assunto mais de uma ve z,


sei que ela ainda espera um a resposta específ ica de
mim, noto que o assunto é importante pra ela. Quando
ela me conta muito, e com muita empolgação, sobre o
passeio de bicicleta com seus avós praianos, tenho
convicção que ela gosta disso. Quando me responde
no W hatsApp com “S” para sim e “N” para não, sei que
preciso perguntar algo mais interessante.

E sabe o que acontece quando conversamos?

Ganhamos intimida de uns com os outros . Nos


conhecemos melhor, nos apro ximamos e nos tornamos
mais amigos.

Nossa comunicação com Deus é daí para mais,


daí para melhor. Pelo menos deveria ser.

Em Lucas 11:11 -13 está escrito:

“Qual pai, entre vocês, se o filho lhe pedir u m


peixe, em lugar disso lhe dará u ma cobra? Ou se pedir
um ovo, lhe dará um esco rpião ? Se vocês, apesar de
sere m maus, sabem dar boas coisas aos seus filhos,
quanto mais o Pai que está no céu dará o Espírito
Santo a quem o pedir ”.

Qual o princípio básico para que o Pai possa nos


dar o peixe ou o pão? Pedir!

35
E como pedimos algo? Nos comunicando.

E como nos comunicamos com Deus? Orando!

Simples assim. Na realidade, o evan gelho é


muito simples. A religião que o mistif ica e complica.

Em muitas passagens dos quatro evangelhos


vemos Jesu s se retirando para orar. Se Jesus orou,
porque nós não oraremos?

“Ah, mas eu falo e não escuto nada em


resposta!”, pode ser seu argumento. Sim, bem comum,
bom questionamento, passei por isso várias ve zes.

Até os 4 anos o Benjamim f ala va um “diale to


próprio”. Eu não o entendia totalmente e tenho certeza
que ele também não me entendia totalmente. Nossa
comunicação ainda era f alha. Garanto que parar de
conversa r não ser ia a solução. Então; q ual f oi a
solução pa ra nossa comunicação ? Continuar tentando ,
continuar f alando, continuar orando !

Com o tempo, o Benjamim passou a se


comunicar c omo a Luana ou como a Rapha.

Leva tempo queridos. Mas jamais deixe de orar


por não ouvir ou não entender o que o Espírito Santo
de Deus está te falando. Continue tentando, orando,
f alando, clamando. Persista, insista, preste atenção,
tenha sua mente tranquila ao ora r, ao buscar. Esteja
sensível, aberto e com a motivação correta.

36
Oração é um diálogo, tenha is so f irme em mente.
Diálo go. Num diálogo você não f ica repetindo coisas ,
vira as costas e dorme.

Por conta da cultura de nosso país, temos a


tendência a mistif icar a oração (e muitas outras
coisas). Não mistif ique a oração.

Diálo go, conversa, bate papo. Tal vez essas t rês


palavras t raduzam melhor a palavra oração. É uma
conversa, entre vo cê e seu Pai. Ambos f alam, ambos
escutam, ambos convivem e se tornam mais íntimos.

Impossíve l existir alguém melhor do que o


Espírito Santo do Deus vivo para vo cê se comunica r.
Ele é o prof essor que tudo sabe e que ama dar aula.
Aproveite, f ale com Ele. Você pode se surpreender o
quão f alante Ele é; ainda que não pertença à minha
f amília haha.

37
O AMIGO DO MEU PAI (INTIMIDADE)

Já contei que a Rapha tinha o apelido de Maria


Gorda ? Hoje, com quase 17 anos, ela pesa 60kgs e
mede 1,76mts de altura, mas com 3 -4 anos a Maria
Raphaela era pequeninha e gorduchinha, mega f of a.

Quando ela nasceu e u era um jove m bobão, o


mais típico bobão possíve l. Talve z não tenha
aproveitado os se us primeiros meses d e vida como
poderia e deveri a, mas rapidamente ela cresceu, e
mesmo antes de andar ou falar (dif ícil acreditar que
algum dia a Rapha não f alou , rsrs) n ós já éramos bem
próximos e amigos. Passeamos muito ... muito mesmo.

Tenho histó rias para contar com a Rapha dos


dias antes do seu primeiro anive rsário, com dois anos,
três anos e qualquer idade até os dias de hoje. Na
realidade eu passei muito tempo com a Rapha, ela
sempre f oi muito amiga, próximo e companheira.
Assistimos incont áveis f ilmes no cinema e f izemos
dive rsas go rdices em docerias diversas; hoje trocamos
brincadeiras (e f igurinhas no W hatsApp); ela é uma
pessoa f orte e maravilhosa! Minha amiga.

Interessante é que, apesar dos qu ase 17 anos


convivendo junt os, ela não conhece todos os meus
amigos. Já escutou muitas histórias de todos eles,
mas não conhece a todos; alguns, talve z, ela nunca
tenha visto !

38
Esses dias eu entendi que com Deus as coisas
f uncionam exatamente assim.

Talve z seu pai, seu pastor, irmão, amigos e


conhecidos tenham contado muitas histórias sobre
Jesus e as experiên cias que eles viveram juntos, mas
isso não basta, precisamos conhecer Jesus
indi vidualmente, diretamente, não por tabela, não
de apenas de ouvi r falar .

A bíblia toda f ala sobre intimidade. Analise bem,


desde a criação. Deus coloca Adão e Eva no jardim e
todos os dias che ga para con versar com eles. Todos
os dias! Gênesis 3 :8 diz “na viração do dia”. Você tem
alguém com quem você conve rsa to dos os dias? Se
sim você há de concordar comigo que esta pessoa
acaba desenvolve ndo certa intimidade contigo. Você
compartilha da sua vida com qu em conf ia, e só
conf iamos em quem convivemos. É natural.

Avance aos dez mandamentos. "Lembra -te do d ia


de sábado, para santificá -lo ” é o qu e diz Ê xodo 20:8.
Permita -me te explicar a relação deste verso com
intimidade. Santo sign if ica separado. Deus pede que
separemos um dia para estarmos com Ele. Como um
pai que diz: “Filho, você já trabalhou a semana inteira,
maior correria, se m tempo para nada. Sábado é su a
f olga, vamos tomar caf é na padaria, passear na praia,
ir ao cinema, andar de bicicleta e tomar sorvete na
praça!”. Quando Deus pede para o povo separar um
dia para Ele, Ele pede um dia para convivência, para
39
intimidade. “Ao menos um dia dos sete de sua c orrida
semana”. Percebe? Ele continua querendo o convívio
com Sua criatura.

Avancemos então para Jesus. Ele veio pagar os


nossos pecados para que tenhamos a vida eterna no
céu. Você precisa perceber que Ele te quer, te quer
muito a ponto de sacrif icar Jesu s, te quer tanto que te
quer por toda a eternidade, te quer tanto que enviou
Seu próprio Espírit o para habitar dentro de você.

No capítulo “Te pago um sorvete” deste livro


você vai ler algo semelhante a este: Ele quer nossa
presença, mas os maiores benef iciados somos nós.

Que você tenha a certeza de que Ele é tão real


quanto o autor deste texto, tão real quanto minha f ilha
Raphaela e, acredite, tão real quanto você mesmo.
Busque, queira, deseja e viva uma vida de
experiências próprias com Jesus!

Ele é maravilhoso e extremamente acessível.

40
QUARTO ARRUMADO (CARÁTER)

S
omos uma família normal, de hábito s e
gostos comuns, qualidades e def eitos
normais. Consequentemente, creio que o
quarto das crianças aqui em casa segue a tendência
mundia l dos quartos de criança s:

BAGUNÇA !

A Clau f ica “doida”. Ela é super organizada, toda


regrada, sempre arrumando e pegando coisas pelo
caminho. Uma das f rases mais comuns dela para as
meninas é: “Meninas, arrumem seus quartos!”

Porém, m e arrisco a dize r que 99% das visitas


em casa jamais viram o quarto dela s bagunçado.
Quando ela s sabem que alguém está chegando,
correm pra arrumar, passar perf ume, deixar cheiroso,
por um f lorzinha... Um negócio de louco!

Se você veio aqu i em casa alguma ve z como


visitante, nem vai entender muito o começo desse
capítulo.

Mas, por que elas arrumam? Porque sabem que


está chegando alguém.

Isso é o que eu, pai, queria? Claro que não! Eu


queria que ela s tivessem o hábito de manter o quarto
organizado, independente de qualquer coisa.

41
Jesus deixou bem claro que ninguém sabe
nem o dia e nem a hora que Ele vol ta!

Não é para sabermos mesmo . Porque se


soubermos, vamos agir como crianças à espera de
uma visita. Vamos correr pra arrumar a casa! Mas não
é o que Deus quer pra nossa vida. E le quer que nossa
casa esteja continuamente em ordem! Je sus, por amor,
por ser o único C aminho, quer que tenhamos uma vid a
reta sempre; e isso não deveria de pender Dele voltar
agora, amanhã ou daqui dois mil anos!

Quando você se converte de verdade e escolhe


realmente entregar sua vida pra Ele, você quer estar
com seu quarto arrumado. Você dá bom testemunho,
trata bem o seu cônjuge, seus amigos, sua f amília.
Você ama o seu próximo como a Ti mesmo todos os
dias e não somente quando Ele estiver vo ltando!

E aí; já arrumou seu quarto (sua vida) hoje?

42
PROBLEMAS (FÉ)

M
e lembro que, numas das muitas vezes
que tive o privilé gio de buscar a Ra pha
na escolinha, ela apareceu com um roxo
“enorrrrrme” no b raço. Ela não contou muita cois a, mal
f alava, e por isso não concluímos muito. Depois de
alguns dias notamos um roxo grande nas costas.
Imaginando o ocorrido eu avisei a escola. Ficaram de
observar. Semanas depois ela sai da escola com o
rosto machucado, bem roxo, um pouco inchado e uma
cara de triste za qu e, só de lembrar, já me emociono.

Uma coleguinha, querendo demonstrar carinho


repetia a ação dos pais e mordia os amigos que mais
gosta va. Aparentem ente a coleguinha não sabia
controlar as mordi das e machucava as crianças.
Reclamamos com mais ênf ase na escola, f ui até lá
para conversar com os pais da menina e tudo se
resolveu. Sem mais mordidas, sem mais traumas e os
problemas, que existiam, foram resolvidos .

Me lembro também de estar com a Luana no


médico. A médica nos avisou que ela precisa va tomar
um remédio para ajudar na reconstrução de f lora
intestinal e, de canto, me inf ormou que o remédio era
“muuuuuito” ru im, mas “muuuuuuito” e f icaz. P ropus
tomar o remédio junto com el a (quase me arrependi
rsrs). Ela tomou o que era preciso e o problema f oi
resolvido.

43
Não vou contar u ma terceira história envolvendo
o Benjamim porque creio que você já entendeu o
enredo. Mesmo com um pai presente e participativo
as meninas passaram por problema s. Fiz questão de
escre ver alguns “muuuuuuito” para deixar cla ro que,
para a f ase que viviam, os problemas f oram sérios e
doloridos.

Mas notem que em todos os casos o pai delas


estava ao lado, dando suporte, ajudando, conduzindo
para o local certo até que a solução chegasse.
Exatamente assim acontece no nosso relacionamento
com Deus.

É muito comum ouvir pessoas f alarem que,


depois de se f irmaram em Deus, os problemas
continuaram aparecendo. E, automaticamente,
algumas se perguntam: "qual é a vantagem de estar
com Deus se, (supostame nte), meus problemas irão
continu ar?".

Se você f izer um a análise vai notar que, antes de


se f irmar com Deus, você também tinha muitos
problemas e, todos eles tira vam sua paz.

Porém, quando começamos a caminhar com


Deus as possibili dades de solução se multiplicam !
Entendemos o que é a paz que excede todo
entendimento.

Ao tratar de f uturas af lições e bíblia quase


sempre usa o termo "quando" ao invés do termo “se”.
44
Da mesma forma, Jesus diz que no mundo nós
“tere mos aflições ”. Percebem? São af irmações. Isto é
parte da caminhada com Deus.

Estar com Deus nunca f oi sinônimo de ausência


de problemas. A bíblia se quer menciona e ssa idé ia.
Mas nós podemos ter a ce rte za de tranquilidade em
meio aos problemas. Perceba que Jesus dorme no
barco em meio à tempestade enquanto os discípulo s
estavam desesperados . Ele ainda pergunta: "até
quando vocês não terão fé? Vocês estão comigo, eu
estou no barco!" . É como se Ele estivesse dizendo: "se
eu estou dormindo, f ica tranquilo e f aça sua parte, que
é apenas colocar o barco no caminho certo.".

Leia comigo e stes 4 ve rsículos de Mateus 27:


"Portanto, quem ouve estas minhas palavras e as
pratica é co mo u m ho me m prudent e que construiu a
sua casa sobre a rocha.

Caiu a chuva, transbordaram os rio s, sopraram


os ventos e deram contra aquela casa, e ela não caiu,
porque tinha seus alicerces na rocha.

Mas quem ouve estas minhas palavras e não as


pratica é co mo u m insensato que construiu a sua casa
sobre a areia.

Caiu a chuva, transbordaram os rio s, sopraram


os ventos e dera m contra aquela casa, e ela caiu. E foi
grande a sua queda" .

45
Note que temos dois versículos exatamente
iguais: “Ca iu a chuva, transbordara m os rios, sopra ra m
os ventos e deram contra aquela casa” . As chuvas,
rios e ventos representam tribulações, situações
adversas e proble mas de uma f orma geral. E a casa
representa a vida das pessoas.

Ou seja, sendo você um homem prudent e (ouve


as palavras de Jesus e as pratica) ou um homem
insensato (ouve as palavras de Jesus e não as pratica)
as tribulações virão exatamente iguais a todos. A
dif erença é que a casa do prudente permaneceu e a
casa do insensato caiu. A dif erença é que aque la
pessoa que pratica o que a bíblia ensina, que caminha
conforme os ensinamentos de Jesus, que toma
decisões baseadas nas escrituras; essa pessoa
permanecerá quando os problemas chegarem! E
problemas chegam, acontecem e terminam; os
problemas sempre termi nam.

Deseja um susto adicional? Quando Jesus conta


esta parábola ele deixa cla ro também que tanto o
prudente quando o insensato conheciam a palavra de
Deus. “Ouve e pratica ” ve rsus “Ouve e não pratica” .
Ambos ouviram. Me arrisco a dize r que ambos iam aos
cultos, talve z f requentassem uma célula e quem sabe
eram assíduos na escola bíblica. A única dif erença
entre eles, antes da chegada das tribulações, é que
um praticava e outro não. Fiquemos atentos; não basta
conhecer a bíblia, é preciso praticar o que ela ensina.

46
Enf im, quando caminhamos com Deus,
precisamos apenas fazer a nossa pequena parte, que
é conf iar e descansar. Do restante, Ele cuida.

Saiba que problemas virão para mim e para você.


Deus, que é “o Pai ” e “o amigo”, nos avisa para deixar
seus f ilhos preparados para o s problema s que estão
por vir.

Creia, conf ie e encare os problemas de f orma


dif erente de hoje em diante. Encare como quem tem o
Pai à f rente, como quem te m a mão do Pai para
apertar, O ombro para chorar e O melhor conselheiro,
parceiro e a migo de todos.

Viva na paz que e xcede todo o entendimento.

As dores das meninas passaram, não f icaram


traumas e a Rapha nunca mais f oi mordida; a não ser
por mim (rsrs).

47
TE PAGO UM SORVETE (INTIMIDADE)

N
ormalmente sou o primeiro a acordar em
casa, especialmente aos sábados e
domingos. Costumo aproveitar esse tempo
sozinho para ler, o rar, jo gar jogu inho no celular, ver as
redes sociais, meditar, f azer nada e, resolver alguma
coisa de rua (t ipo lavar o carro, comprar coisas para o
caf é da manhã e etc. ).

Num determinado dia, uma manhã especialmente


quente, a Luana acordou logo depois de mim e me
“pegou” de saída. Olha o papo:

- Onde você vai, p apai?

- Vou lavar o carro, comprar coisas de jardim e


piscina, passar na padaria e já volto.

Então, f iz o convit e:

- Vamos junto?

Qual a criança que, acabando de acordar, toparia


sair para f azer essas atividades acima? Pouquíssimas,
ou nenhuma.

Obviamente a resposta f oi não; mas querendo a


presença dela nas minhas atividades eu negociei:

- Te pago um sorvete.

48
O semblante mudou, olhos arregalados, o sorriso
apareceu (a covinh a também) e a resposta veio:

- Tá bom.

Cinco minutos depois ela já esta va pronta e


chegou na sala com a f rase pronta:

- Vamos papai. Claro que vou aceit ar o sorvete,


mas quero que saiba que não estou indo pelo sorvete,
é pela sua companhia (rsrs).

Saímos.

Conheço muito minha f ilha e sei que ela também


me conhece bem. Então, sei que saímos com o
sentimento de “eu f ingi que enganei ele” e “eu f ingi
que acreditei nela ”. Claro que ela ama estar e passear
comigo, mas naquela manhã ela aceitou o convite
porque o prêmio f inal seria um sorvet e.

O passeio f oi maravilhoso, f izemos tudo,


tomamos sorvete, rimos muito e vo ltamos f elizes da
vida.

Horas depois f ui ter meu tempo com Deus e


perguntei o que sig nif icou aquilo tudo com a Luana.

Chorei ao entender o que Ele f alava comigo.

Deus me ministrou que nós, humanos, não


merecemos uma vida no céu, mas Ele quer a nossa
presença no céu, na casa Dele, ao lado Dele .

49
Somos seus f ilhos. Os maiores benef iciados de
estar com Deus somos/seremos nós, mas Ele resolveu
pagar o preço, Ele entregou Seu Filh o, uma parte Dele,
Ele decidiu pagar o preço, só para nos ter ao Seu lado,
e ao Seu lado por toda a eternidade.

Exatamente como f iz com a Luana, ela ganhou o


presente po rque eu “comprei” a presença dela. Ela
ganhou o f ato de passear comigo e de estar comigo,
mas f ui eu que decidi pagar um preço por isso.

Apesar de me amar muito, talve z e la só tenha


aceitado o convite por conta do sorvete; assim como
nós só O buscamos quan do quere mos algo, quando
precisamos de algo ou quando vemos algum prêmio no
f inal, mesmo que O amemos muito.

Eu me emocionei muito ao entender o que Papai


havia me ministrado. O amamos, mas só o buscamos
quando queremos algo, precisamos de algo ou quando
temos algo a reclamar.

O amamos, mas f oi Ele quem pagou o preço para


estar conosco. Ele pref eriu vir, Se e ntregar, Se doar.
Ele nos ama tanto que escolheu pagar pela nossa
presença, mesmo que os benef iciados sejamos nós
mesmos.

Que esse entendimento seja su f iciente para nos


gerar vontade de conhecer mais da Sua palavra (a
bíblia ), de conhece -lO mais (oração).

50
Esse tipo de amor incondicional; sem avaliar
nossa aparência, perf ormances, ações, benf eitorias e
etc; esse amor ágape só Deus pode dar. A nós cabe
receber, aproveitar e contar essa novidade
maravilhosa.

Seja amado(a), aceite o sorvete, desf rute da


presença, desf rute da amizade e anseie pelo céu!

51
QUEM SABE O QUE É BOM? (AMOR)

M
eus amados pais também moram em
Peruíbe, lito ral sul de São Paulo, numa
adorável e híper bem cuidada casa. São
uns amores de pessoas. Valorizam a f amília, os f ilhos
e os netos. O carinho é tanto que as toalhas de banho
têm nossos nomes bordados. Má, Clau, Rapha, Lu,
Ben. Coisas de avô e avó cuidadosos.

Antes de nos mudarmos pa ra Peruíbe, íamos


para esta amada cidade sempre que possíve l. Fomos
durante o verão, o inve rno, com sol, com chuva, f érias,
f eriado e etc. Não íamos lá pela praia, íamos lá por
eles, para f icarmos com eles, na presença deles,
aproveitar o carinho, amizade e gerar esta convivência .
Tenho muito orgulho de ver meus pais brincando com
seus netos. E eles brincam, cuidam e babam; brincam
mais um pouco, cuidam mais um pouco e babam muito.
São avós babões! Um privilé gio.

Numa dessas via gens, começo das f érias de


2015, num belíssimo dia ensolarado; éramos dez na
casa. Minha precio sa irmã Samantha, cunhadão “Chula”
e o “peça rara” Pedro também estavam.

Toda aquela bagunça e f esta total, f amília toda


reunida, seis adultos e quatro crianças, e todos muito
eufóricos para ir à praia.

52
Uns arrumam as malas das crianças, outros as
cadeiras de praia, o gazebo sempre f ica com o vovô;
alguns cuidam da geladeira com comidas para as
crianças e eu f iquei com a missão d e passar protetor
solar no Benjamim!

Você acha que ele gostou?

Acertou se respondeu "não!".

Interessante notar que o protetor solar f az muito


bem à saúde dele; hoje e principalmente para o f uturo.

Mas ele não sabe disso e por isso reclama


comigo, "pala ito papai" é o que ele me diz ia na época !
(Tradução livre: Para com isso papai! rsrs).

Enf im, por saber os benef ícios do protetor solar


à saúde dele, eu sigo valente e não me intimido
perante o imponente "pala ito papai”.

Não é algo tão simples, crianças são mais fortes


e mais dif íceis de serem se guradas do que
imaginamos . E passar no rosto então. Não sei quem
f ica mais preocupado do creme cair nos olhos, eu ou
ele. Sempre me preocupo com as orelhas (já li not ícia s
terríveis sobre câncer nessa região normalmente
esquecida pela maioria). Passado alguns minutos, o
Benjamim e stá totalmente protegido do sol e eu
precisando de um novo b anho por estar
completamente suado depois de tanta luta.

53
Essa cena é diária e constante em todo s os dias
ensolarados na praia. Eu me esforçando para cuidar
dele, e ele bra vo por algo que é bom exc lusivamente
para ele. Mas eu sei desse benefíco , ele não. Eu
entendo os benef ícios do protetor solar, ele não. O pai
sabe que o protetor solar é bom e continua a passar o
protetor. O f ilho não sabe que o prote tor solar é bom e
continua a reclamar.

Exatamen te como acontece com Deus e nós.


Incontáveis ve zes estamos numa situação
desconf ortável e achamos que Deus se esqueceu de
nós. Pior; às vezes O culpamos por esta “injustiça ”,
mas se conseguíssemos ver e en tender as coisas
como Ele vê; entenderíamos que De us está sempre
cuidando de nós !

Deus não vê as coisas como nós vemos; Ele vê


dif erente de nós e também imagina, sonha, vislumbra
dif erente de nós. Isaías 55:9 explica isso quando diz
que “Assim co mo os céus são ma is altos do que a
terra, també m os Meus caminhos são mais altos do
que os seus caminhos e os Meus pensamentos mais
altos do que os seus pensamentos.” . Entenda, ele vê
coisas que não vemos, sabe coisas que não sabemos
e cuida de nós melhor do que merecemos.

Quando lemos “Sabemos que Deus age em t odas


as coisas para o bem daqueles que O a ma m”,
normalmente esquecemos da parte f inal deste
poderoso versículo de Romanos 8:28 que diz: “dos que
54
foram cha mados de acordo com o seu propósito.” .
Tudo cooperar para o nosso bem é bem di ferente
de tudo acontec e r da forma que desejamos . As
coisas acontecerão para o nosso bem vi sando um
chamado e um propósito. M e arrisco a dizer que na
maioria das ve zes o propósito é nos levar de encontro
ao precioso Jesus Cristo.

Com palavras m ais diretas. Deu s quer te


aproximar de Jesus, se para isto acontecer Ele tiver
que te colocar numa determinada situação na sua vida,
goste você ou não, Ele o f ará , pois este encontro trará
um propósito maior e eterno. Isso é cuidado e amor!

Por mais que Ele esteja cuidando de nós, muitas


das vezes somos incapazes de perceber muitos
desses cuidados. Exatamente como o Benjamim f oi
incapaz de perceber meu cuidado ao passar protetor
solar nele.

Sempre ore, coloque sua situação nas mãos de


Deus e f aça sua parte; então creia que tudo que vier
adiante é permissão Dele para sua vida, dentro de um
propósito maior. Tão somente creia!

Você pode não entender o protetor solar de Deus


hoje, mas seguramente vai viver com uma pele
saudável e com menos riscos por toda uma vida!

E o protetor precisa ser reno vado a cada 3 -4


horas hein... Papai já está pronto!

55
NOTA MÁXIMA (GRAÇA)

T
ente se lembrar da tensão de um dia de
prova na escola. A minha escola tinha
semana de prova; uma semana de puro
nervosismo. V ocê tinha/tenha o estilo “presto atenção
nas aulas e só reviso um dia antes” ou “passo a
madrugada estudando ”? Qual a estratégia que sua
prof essora usava para evita r que os alunos colassem?
Você era do time dos bons ou dos maus alunos?
Turma do f undão? Repetente? Era popular? A escola
trás lembranças e marcas impressionantes.

A Rapha talve z tenha mais histórias e


lembranças do que o normal; por motivos diversos ela
já estudou em 10 escolas... Jesus; 10 escolas.

Recentemente, já que esta f oi a última história


do livro a ser escrita, ela me contou sobre um trabalho
de uma das matérias da escola. O trabalho valia nota
extra na média e por isso ela se esf orçou muito, talve z
mais do que o norma l; passou a madrugada f azendo,
se dedicou de verdade. Interessante é que por conta
desse esf orço extra, ela acabou f altando no dia da
entrega. Faltou e as amigas já transmitiram o recado
da prof essora: “Não aceitarei trabalhos entregues em
outro dia, se f altou f icará sem essa nota extra!” .

Mas no dia seguinte ela foi conversar com a


prof essora, contou toda a história, mostrou o esforço,

56
mostrou o trabalho, contou do capricho, dos detalhes,
da sua história e dedicação. A prof essora ouviu,
entendeu, avaliou e d ecidiu aceita r o t rabalho dela
mesmo f ora do dia correto. Mais que isso, ela tirou
nota máxima no trabalho .

Vou traduzir para começar a dar o entendimento


necessário para este capítulo: Segundo o padrão
daquela escola, e de acordo com a visão daquela
prof esso ra a Rapha f oi avaliada como uma boa aluna,
e por isso merecedora de uma segunda change.

É essencial que você entenda o que escre vi


acima. Se a Rapha estivesse em outra escola, ou com
outra prof essora ela seria avaliada com outros
critérios . Poderia ser avaliada como ótima aluna, como
boa aluna ou como má aluna. Entendeu ?

A pergunta: Por quem a Rapha f oi avaliada como


uma boa aluna ?

A resposta: A Rapha f oi avaliada uma boa aluna


de acordo com o padrão da atual escola e aos olhos
da atual prof essora.

É justamente aqui que muitas pessoas não


conseguem entender Jesus. Quando explicamos que
nenhum ser humano merece passar a eternidade no
céu, que merecemos o inferno, que somos pecadores
ou qualquer outra ab ordagem evangelí stica; muitas
das ve zes escutamos algo como: “Mas eu sou uma boa
pessoa!”. Sim, talve z ela seja uma boa pessoa, mas
57
pergunto: Boa pessoa em qual pa drão? Boa pessoa
aos olhos de que m?

Apertando um pouco mais: De acordo com o


padrão do céu e aos olhos de Deus, somos boas ou
más pessoas ?

É aqui que tudo muda ! O céu é um local perf eito,


um local muito melhor do que possamos imaginar. O
apóstolo João escreveu Apocalipse porque teve uma
visão do céu e do f im dos tempos . Olha a descrição
dele em alguns versículos do cap ítulo 4:

Versos 2 e 3 “E logo fui arrebatado em espírito, e


eis que um trono estava posto no céu , e Um assentado
sobre o trono. E O que estava assentado era, na
aparência, seme lhante à pedra jaspe e sardônica; e o
arco celeste estava ao redor do trono, e parecia
seme lhante à esmeralda.”

Versos 6 e 7 “E havia diante do trono um co mo


ma r de vidro, seme lhante ao crist al. E no meio do
trono, e ao redor do trono, quatro animais cheios de
olhos, por diante e por detrás. E o primeiro animal era
seme lhante a um leão, e o segundo anima l se me lhante
a um be ze rro, e tinha o terceiro anima l o rosto co mo
de home m, e o quarto animal e ra seme lhante a uma
águia voando.”

Lembre -se: João viu todas essas coisas .


Mas era tudo tão novo e tão dif erente de tudo que ele

58
já havia visto na Terra que você nota muitas
incerte zas em suas descrições.

Trono é um dos poucos elementos que ela tem


certeza, mas nem mesmo quem estava sentado nele
João se sentiu seguro para descre ver. “Um assentado
sobre o trono”. Um ? Bom, sabemos que não eram dois,
mas a descrição de João não é detalhada.

E depois ele diz que este Um tinha a “aparência,


seme lhante à pedra jaspe e sardôn ica ” . São pedras
avermelhadas. Ou seja, João diz que Aquele que
estava no trono era semelhante a estas pedras.
Vermelho ? Duro? Firme? Não sabemos...

E o arco celeste, este pa recia uma esmeralda;


veja, não era uma esmeralda e nem feito de esmeralda,
mas parecia uma esmeralda. Da mesma f orma ele
avalia os quatro animais: “ seme lhante a um leã o...
seme lhante a u m be zerro ... rosto como de ho me m ...
seme lhante a uma águia voando.” . Ele não af irma que
eram estes animais, mas semelhantes a estes.

Onde quero chegar ? O que João viu era tão


dif erente e tão fora do padrão da terra que ele não
conseguiu ser pre ciso na descri ção de muitas coisas .
E isto meu amado(a) leitor(a ); é o padrão do céu.

E Deus? Alguém que se trata como “o Eu Sou! ”


já deveria dispensar apresentações. Mas vamos ler
Isaías 40:25 -26 “Com que m vocês vão me co mpa rar?
Quem se asse melh a a mim? ”, pergunta o Santo. Ergam
59
os olhos e olhe m p ara as alturas. Qu em criou tudo isso?
Aquele que põe em marcha cada estrela do seu
exército celestial, e a todas chama pelo nome. Tão
grande é o seu poder e tão imensa a sua força, que
nenhuma delas deixa de comparecer!” . Se você ainda
não entendeu muito sobre a grandeza de Deus e
entende que precisa de mais passagens bíb licas; por
f avor, entenda o contexto do livro de Jó e leia Jó 38.

Enf im, e spero que esteja mais clara a questão do


“eu sou uma boa pessoa”. Segundo o padrão da terra,
aos olhos da mamãe, de um amigo ou de uma
prof essora podemos ser boas pessoas; mas e no
padrão do céu e aos olhos de Deus ?

É justamente aqui que entra Jesus! Como nosso


padrão de bondade e justiç a é pequeno demais, como
jamais seremos bons a pon to de merecer o céu, como
estamos perdidos e condenados; precisamos de um
Salvador! E a única solução para pecadores como nós
é um Salvador como Jesus.

A maioria das pessoas não sabe por que Jesus


morreu . Alguns, a certadamente, respondem : “Para me
dar a salvação”, m as vivemos no tempo das primeiras
respostas; po ucos se aprof undam para ter uma
segunda ou terceira resposta; e quando eu pergunto o
que é a salvação , a conversa tra va . Já ouvi coisas
absurdas como “salvação é jejum”, “salvação é oração”,
“salvação é pa z de espírito”. Jesus morreu para te dar
a vida ete rna no céu, te salvando da condenação de
60
uma vida eterna n o inf erno. Isto é salvação. Ele nos
salvou porque o nosso padrão de bondade e justiça é
raso demais comparado ao padrão do céu e de acordo
com a avaliação de Deus.

E porque Jesus precisou morrer par a nos dar a


salvação ? Eis a resposta:

Sangue é moeda no mundo espiritual. Quando


pecamos f icamos em débito com Deus e, a única f orma
de se quitar uma dívida é pagando por ela. “Ele (Jesus )
nos perdoou todas as transgressões, e cancelou a
escrita de dívida, que consistia em ordenanças e que
nos era contrária. Ele a re moveu, pregando -a na cru z”
Colossenses 2:13 -14 (grif o do autor).

Quando Adão e Eva pecam o próprio Deus


sacrif ica um animal e os cobre com a pele do sacrif ício
of erecido. Leia Gênesis 3. Durante o Antigo
Testamente você nota a direção de Deus para um
sacrif ício animal para cada tipo de pecado. É o sangue
redimindo o pec ador, é o sangue pagando pelo pecado,
é o sangue como moeda de troca!

E por isso Jesus morreu. O Sangue Dele, o mais


puro e valioso sangue que e xiste, tem poder para
pagar o pecado de todo ser humano que crer Ne le e se
arrepender de seus pecados.

Ao enten der que somos totalmente necessitados


de Jesus como nosso Senhor e Salvador, ao entender
que a entrega Dele na cruz nos salvou e pagou os
61
nossos pecados e ao entender que Ele f ez tudo isso
sem que nós merecessemos (graça); tudo muda!

Ao enteder que por con ta do sangue de Jesus


passaremos a eternidade no céu, mesmo merecendo o
inf erno, tudo muda!

Tudo muda porque nossa motivação para


“trabalhar” na obra de Deus passa a ser a gratidão e
não a busca por cargos ou t ítulos ecle siásticos.

Tudo muda porque começa m a cair arrogância,


soberba, orgulho, vaidade, auto -suf iciencia e af ins.
Entendemos nossa depend ência de Deus, n ossa
pequenez perante um Deus perf eito, Santo e, apesar
disso tudo, acessível, p róximo e Pai.

Não sei como eram suas notas na escola, como


os prof essores te viam/vêem, mas creio que, de agora
em diante, seremos alunos tão dedicados a Deus
quanto a Rapha em sua décima escola.

62
FÉRIAS, PISCINAS E OUVIDOS (FÉ)

O
Benjamim estava aproveitando as f érias
do jeito que ele mais gosta: indo à piscina
todos os dias! Quando não era em casa
ele ia à casa de alguém que tivesse piscina!

O f ato é que num desses dias ele acordou e


percebi que ele estava com a “carinha ” meio caidinha
e, quando eu olhei p ara o ouvido dele, dava pra ver a
cera caindo pr a f ora! Estava lotado de cera!

Corremos p ara o médico, ele receitou um


“remedinho” e repouso .

Na manhã seguinte o Benjamim acordou e me


f alou: "papai, quero ir à piscina!".

"Não f ilho , você n ão pode. Agora está passando


por essa recuperação e temos de esperar seu ouvido
melhorar. E ntão hoje você não pode ir à piscina !"

Então, o levei para dar outros passeios e tivemos


um dia um pouco mais recatado.

No dia seguinte o ouvido já esta va limpinho! Por


precaução , continuei aplicando o remédio e o mantive
em repouso. Mas depois de dois dias de repouso, duas
noites bem dormidas e o remédio correto; ele acordou
e f oi direto p ara a piscina , de pijama e tudo, sem nem
esperar para colocar a sunga!

63
Isso me remete à passagem de Isaías 49, onde
lemos: "o Senhor Deus me fe z co mo uma flech a, e me
guardou na sua aljava" .

Obviamente Isaías f azia uma analogia porque


f lecha não tem vontade, mas tudo que uma f lecha
“quer ” é ser lançada! Tudo que um machado “quer”, é
cortar uma árvore; uma f aca “quer” cortar alimentos, e
por aí vai...

A f lecha não “qu er” f icar guardada na aljav a,


nem a espada na bainha. E o Benjamim não queria
f icar f ora da piscina! Mas a quele f oi um dia em que ele
precisou f icar na alja va, em que Deus tratou com ele.
O dia em que o corpo dele f oi se recuperando, se
aperf eiçoando, p ara que no outro dia, ele pudesse
brincar mais! Talvez até mais do qu e tinha brincado
antes, porque volt ou mais f orte!

Deus, às ve zes, t rata com a gente assim, nos


coloca na aljava. Ele recolhe o machado para ser
afiado, recolhe o facão para ser a molado, e nos dá
um momento de repouso para cuidados extras .

Todo pastor tem o momento em que tira sua


ovelha do rebanho, para tirar pulgas, tratar as doenças,
arrancar os carrap ichos, insetos... E depois ela volta
ainda mais saudável.

Eu não sei qual é a f ase da sua vida, mas se


você estive r na aljava de Deus, entenda essa f ase.

64
Se você não está neste momento , é certo que
você já este ve ou então , estará! E este é um momento
em que o cristão não deve se desesperar, mas
descansar. Porque estar na alja va de Deus signif ica
estar sendo cuidado por Ele, estar sendo preparado
para uma obra ainda maior que virá da parte dEle p ara
nossa vida! Desca nse no tempo de alja va, se f ortaleça
nas mãos de Deus e esteja pronto para f ases maiores
e melhores.

Acredite, sua piscina não sairá do lugar, ela


permanecerá lá, te esperando!

65
PRESENTES E M AIS PRESENTES ( AMOR)

N
os mudamos para B elo Horizonte no f inal
de 2010. Oramos pedindo direção de Deus ,
entendemos que era da vontade Dele e,
por f im, recebi o convite do meu amigão e, na época ,
meu diretor comercial, Márcio Ma goni .

Alguns meses depois chegaria o dia do quinto


aniversário da Luana . Tivemos a oportunidade de
realizar a f esta num buff et bem legal. Um escorre gador
gigante f ez a f esta de uns, o arvorismo com uma bela
tirolesa no f inal alegrou a outros, f liperamas alegraram
os mais tradiciona listas e a comida alegrou a todos.
Você sabe né; crente não bebe, mas come muito.

Precisamos de duas viagens para voltar para


casa por conta da enorme quantidade de presentes
que ganhamos. Acho que algumas pessoas deram
mais de um presente para ela .

Uma nova f esta , a de abertura dos presentes,


começou em casa depo is que a f esta do buff et acabou .
Abrir f oi uma festa, organiza r aquele monte de
brinquedos no vos não f oi tão divertido assim ,
especialmente porque precisá vamos re ogorganiza r os
presentes que ela já tinha. Reacomodando alguns no
armário e tirando outros que seriam doados.

66
Na realidade, jamais teríamos conseguido
guardar os novos brinquedos sem antes organizar
os mais antigos .

Você já teve a op ortunidade de ler a passagem a


respeitos dos odres? Lucas 5:37 -38 diz assim: “E
ninguém deita vin ho novo em odres velhos; de outra
sorte o vinho novo ro mperá os odres, e entornar -se-á
o vinho, e os odres se estragarão; mas o vinho novo
deve deitar-se em odres novos, e ambos junta mente
se conservarão. ”

Na enorme maioria dos casos a bíblia usa vinho


novo para exemplif icar um novo agir de Deus em
nossas vidas. Os odres, recip ientes de pele animal,
usados para transportar líquidos, tip o jarros são uma
f orma d e exemplif icar a nós, humanos, pessoas.

Ou seja, o e vangelho de Lucas nos ensina que


precisamos colocar vinhos no vos em odres novos; isto
é, o novo de Deu s só vai vir quando nós f ormos , por
assim dize r, novos.

E o que signif ica ser uma pessoa nova? Uma


pessoa nova é toda aquela que abandonou os maus
caminhos que costumava andar e, consequentemente,
mudou seus hábitos e, principalmente, seu caráter. Eis
aqui uma def inição bem simples e básica do que é
uma convers ão. Converter é mudar o rumo de algo,
mudar o f ormato de algo, mudar a característ ica de

67
algo. Por isso dize mos que todo aquele que se tornou
um cristão verdadeiro, se conve rteu.

E somente quando somos novas criaturas,


convert idas ao cristianismo é que com eçamos a
receber o novo de Deus.

Há ainda um importante detalhe da caminhada


cristã. Cada di a uma nova parte de nós pode se
converter, f azendo com que abandonemos velhos
hábitos, nos tornemos novas criaturas, odres novos e,
com isso, possamos receber o nov o de Deus.

Os incontáveis brinquedos novos qu e a Rapha, a


Luana e o Benjamim ganharam só poderão encontrar
lugar em seus a rmários quando os brin quedos, já
usados, f orem tirados de lá.

Da mesma f orma que o novo de Deus para


nossas vidas só poderá tomar luga r em nós quando o
“velho homem” f or jogado f ora!

Dê espaço ao novo de Deus em sua vida, é um


processo às ve zes longo e duro, assim como pode ter
sido às crianças ver a lguns brinquedos, ainda em
perf eito estado , saindo do armário e indo embora. Mas
se elas não tivessem doado os mais antigos, os no vos
não caberiam em seus armários.

68
INSISTÊNCIA (ORAÇÃO)

H
á uma f rase que escuto várias e várias
ve zes durante o dia: "Eu quero mexer no
seu celular, papai". Na realidade, hoje em
dia, o Benjamim acorda e já pergunta se o tablet dele
está com bateria.

É engraçado que, todos os dias, ele realmente


mexe no meu celular . Vê f otos, joga joguinho, manda
mensagem e fa z ligações no W hatsApp e etc . Mas eu
preciso que ele me peça o celular , que ele venha
conversa r comigo e explicar porqu e quer o celu lar,
quanto tempo quer o celular e para que ele quer o
celular. No meu caso, o motivo dele precisar me pedir
é que eu uso muito meu celular. É no celular que
rascunho palavras que serão ministradas em cultos, é
no celular que trabalho, é no celular que mando
mensagem e até, pasmem, faço ligações (rsrs). O
celular é minha ferramente de trabalho.

Jesus tem f alado muito comigo sobre a oração e,


constatemente, temos uma situação parecida com a
descrita sobre eu, o cel ular e o Benjamim . Ele me
pede o celular, eu estou usando e demoro em atende r
seu pedido; ele insiste, eu demoro; ele insiste de novo
e assim f icamos até que eu empreste o celular para
ele. Minha interpretação é que a insistência
compro va a real vontade dele de uti lizar o celular .

69
Quando um assunto f ica na nossa mente, quando
está de verdade no nosso coração, quando algo volta
constantemente à nossa memória; quando esas coisas
acontecem podemos interpretar como algo que é
realmente importante pra nós e , por isso , somos (ou
deveríamos ser) p ersistentes em oração.

Em Lucas 18, Jesus f ala sobre a palavra do juiz


que não estava muito interessado nos homens e suas
petições. Fala de um juiz de coração um tanto quanto
duro, m as note que o juiz atende à senhora qu e o
importunava, ele at ende àquela senhora insistente, ele
atende aquela que pedia de cinco em cinco minutos .
Quero chamar atenção pro primeiro versículo: “Então
Jesus contou aos seus discípulos uma parábola, para
most rar -lhes que eles deviam orar sempre e nunca
desanimar. ”. Viu só? O próprio Jesus começa a
parábola explicand o ela.

Não, não estamos dizendo que você vai ganhar


pela insistência, nem que vai conseguir importunar
Deus caso você siga orando de cinco em cinco
minutos sobre o mesmo tema; mas quero deixar claro
que, se algo f or realmente relevante e importante para
você; você orará constantemente e não "uma ve z na
vida e outra na morte".

Peça a Deus, e Ele saberá quando dar e quando


não dar. O table/celular continua m sendo importante s
para o Benjami m, sei disso porque ele continua
pedindo e insistin do. Ore!
70
EU USO ÓCULOS (INTI MID ADE )

E
m 2014 eu comecei a usar óculos. Adotei
o acessório por pura necessidade.
Brinca va dizendo que a f alta de óculos
estava af etando uma das coisas mais impo rtantes da
vida... ir ao cinema!

Brincadeiras à part e; o fato é que eu começava a


f icar perigoso em muitos sentidos. Dirigir a noite, por
exemplo ; eu precisa va da Clau porque alguém
precisa va enxerga r as placas.

Isso, sem contar com as incontáveis situaçõe s


complicadas que me coloquei por não cumprimentar
alguém como deveria porque não reconheci a pessoa.
Espero não ter perdido nenhum amigo com isso rsrs.

Eu não aguentava mais ter de sentar na f rente na


sala de cinema, f icar perguntando sobre placas e não
saber quem eu cumprimentava ou não.

Então, com várias dicas de estética dadas pela


Clau e pelas meninas; comprei o óculos.

E adivinha quem estava de olho em toda


movimentação mesmo que aparentando não notar nada?
Benjamim Salvate. Ele mesmo.

Uma manhã daque las, ele pegou o óculos do Sr.


Cabeça de Batata e colocou no seu rosto . Saiu todo
f eliz f alando “óia pai, óia!”.
71
No começo achei que era só ele imitando o
próprio brin quedo, mas não, ele começou a pegar meu
óculos, o da Clau e qualquer um que aparecesse pe la
casa.

O que aconteceu foi que o Benjami m começou a


imitar o pai em algo novo que eu e sta va fazendo.

Deus me ministrou que de ve mos f azer


exatamente assim com E le. Deve mos imitar Deus,
nosso Pai, exatamente como o Benjamim me imitou.
Paulo já havia nos ensinado isso quando escreveu
“Sede, pois, imitad ores de Deus, co mo filhos a mados. ”
Ef ésios 5:1.

O próprio Jesus deixou bem cla ro que Ele


imitava Seu Pai, nosso De us, quando disse “E Jesus
lhes respondeu: Meu Pai trabalha até agora, e Eu
trabalho també m. ” João 5:17

E sabe o que acontece quando um f ilho imita o


pai constantemente? Ele f ica parecido com o pai. Isso
aconteceu com Jesus também. Leia comigo:
“Dissera m-lhe, pois: Onde está teu Pai? Jesus
respondeu: Não Me conheceis a Mim, nem a Meu Pai;
se vós Me conhecêsseis a Mim, ta mbém conheceríeis
a Meu Pai.” João 8:19 e chegou a afirmar que “Eu e o
Pai somos u m” em João 10:30.

Se começarmos a imitar o Pai f icaremos i guais a


Ele, mas não num simples acessório como um óculos;
mas em caráter, humildade, f orça, f é e etc.
72
Imite o Pai, Ele deixou explícitas todas Suas
caracte rísticas na bíblia. Basta ler, o bedecer e imitar o
nosso Pai. É mais simples do que parece e mais
recompensador do que imaginamos.

E f icam meus desejo e oração para que meus


f ilhos (1)não me imitem no que eu f or ruim e, (2)me
imitem e me superem naquilo que eu f iz f aço de bom.

73
ALINHAMENTO (ORAÇÃO)

Q
uando a Luana nasceu, a Rapha já tin ha 4
anos; ou seja, eu já havia t rocado f raldas,
dado banho, levado ao médico e etc. Usei
toda essa experiên cia para cuidar da Luana. Ainda que
eu f osse um “crianção”, imaturo e meio irresponsável,
eu cuidei muito, muito mesmo da Luana. Enf im, escreci
esse parágraf o para dar ênf ase e resumo à intimidade,
empatia, amizade e cumplicidade entre eu e a Luana.

Já com 11 -12 anos, tivemos a seguint e conversa:

-Papai, eu vou te pedir uma coisa, m as eu sei


que você não vai me dar ...

Rsrs, engraçado, né?

Quantas e quantas ve zes, não somos nós a f azer


essa oração para Deus. Mesmo sabendo que algo
não é da vontade de Deus , nós ora mos
insistentemente , mas Deus (obviamente) não atende.

Mas, por que Ele não atende se Salmo 37: 4 diz


"deleit a-te no Senhor, e Ele concederá o desejo do seu
coração" ?

Vamos entender o que é "deleitar-se".

Deleitar-se em Deus é conviver ta nto, ser tão


íntimo, ter o pensamento tão próxim o e o coração tão
alinhado que quan do você pedir algo , aquilo esta rá de
acordo com o desejo do coração de Deus.

74
É por isso que , nessas situações, a Luana já
chega va sabendo que eu não irei atender ao pedido
dela. Por quê? P orque ela já se d eleitou no nosso
relacionamento, e nós somos tão próximos, tão
alinhados, que ela sabe qu al co isa n ão est á de acordo
com o que eu penso ou com o que acho certo.

Na realidade, para muitas coisas a Luana nem


precisa va vir conversar comigo, b astava segu ir o
padrão e estilo de vida que temos no dia a dia e ela já
saberia se algo condiz ou não condiz . Dentro desse
entendimento eu f aço o paralelo de que não
precisamos, talvez nem devamos, orar sobre
determinados assuntos. Se você con hece o caráter de
Deus você saberá que algumas coisas não estão
alinhadas com Ele ou com Seu caráter. Além do mais,
temos a bíblia, e ela responde uma boa parte dessas
perguntas que gost aríamos de f azer a Ele em oração.

Voltando; quando a gente se deleita no Senhor,


nossa intimidade com Ele é tamanha que nós só
iremos pedir aquilo que Ele quer nos conceder (pois
Ele pode tudo).

Tiago escre veu assim: "pedi e recebei" e "não


recebeis porque pedi mal" . Est e “pedir mal ” é
justamente isto; pedir algo que está desalinhado com a
vontade de Deus pra nossa vida, n ão tem como Ele
conceder.

75
A Luana agora está com 13 anos. Se ela me
pedir uma moto, ela não vai ganhar. Mas ela f oi sábia,
e pediu que trocássemos sua biciclet a aro 24 por uma
de aro 26 . Pedido concedido! Ela soube pedir, e
recebeu.

Que você possa b uscar aqu ilo que e stá alinhado


com os desejos do coração d o Pai para você em todas
as áreas.

76
SOZINHO (FÉ)

O
Benjamim passou pela f ase de aprender
a se trocar sozinho. A estratégia era: Eu
tira va um lado da manga da camisa e ele
precisa tirar o re stante sem a minha ajuda. Havia
muita resistência n o começo. Muita mesmo! Um pouco
por conta da preguiça, é verdade, mas eu percebo que
boa parte é porque ele f ica com medo de ser
abandonado. É como se na cabeça dele , cabeça de
uma criança de 6 a ninhos, ele estivesse pensando: “ué,
meu pai não vai mais me trocar? Va i me deixar
sozinho?”

No banho, acontece a mesma coisa. Lição de


casa a mesma coisa. Na realidade isso, acontece em
todas as áreas. E a conteceu com a Luana e com a
Rapha também . Coisas normais do crescimento.

Num determina f ase os pais precisa m deixar os


f ilhos "sozinhos", deixando que eles tomem suas
decisões para a vida.

Moisés escre veu e m Deuteronômio 32: "Como a


águia que incentiva seus filhotes e paira sobre a
ninhada, ele estendeu as asas para tomá -los e levá -
los e m segura nça sobre suas penas." .

As pessoas escrevem de acordo com o contexto


de sua época. Jesus f alou muito de agricultura e pesca,
pois eram coisas características de sua época. Moisés

77
deu o exemplo da águia, e nós, hoje, talve z
f alássemos de f ilmes, construção , política e etc !

Quero me extender aqui e xplican do como a


mamãe águia ensina o seu f ilhotinho a voar: E la
coloca ele nas costas, sai de um nin ho absurdamente
alto e, litera lmente, larga ele! Num desespero gigante,
o f ilhote bate as asas, mas não consegue voar lo go na
primeira ve z. A mamãe pega ele de novo enquanto
está caindo e repete o processo todo até que ele
aprenda a voar sozinho.

O interessante é que, assim como fazemos com


nossos f ilhos dentro de casa, e também como a águia
f az com seu f ilhote, Deus f az conosco.

Em alguns momentos iremos nos sentir


abandonados por Deus, como se Ele tivesse nos
largado numa altura monstruosa, e estivéssemos em
queda livre! Mas jamais seremos abandonados , jamais.
Ele prometeu que estaria conosco até a
consumação dos tempos . Estamos sendo ensinados
a voar sozinhos! A nos trocarmos sozinhos, a f azer
lição de casa sozin hos e a tomar decisões sozinhos.

Hoje o Benjamim já se troca sozinho, toma banho


sozinho e f az quase toda lição de casa sozinho; mas
em todas as situações eu estou ao lado dele, pronto
para acudi-lo se a queda livre f icar muito assustadora !

78
LENDO OS PENS AMENTOS (I NTIMI DADE)

C
omeço esse capítulo entre gando uma
f raqueza da Claudia: Ela tem af lição a pés!
Mas não todos, os de bebês ela tolera.
Mas por e xemplo, se eu apenas aproximar dela o meu
lindo pé ela dará um pulo e um grito. Pra mim, é hilário,
ela já não gosta tanto assim da brincadeira.

Óbvio que, de vez em quando, sem querer


(querendo) meu pé encontra a perna dela ao
dividirmos o mesmo poof da sala, sempre sem querer .
E dá-lhe gritaria. E quem mais se diverte é a Lulu e a
Rapha, o Benben dá aquela risada f orçada de quem
quer participar da brincadeira, mas no fundo, não está
entendendo nada.

Certo dia conversámos com amigos sobre essa


questão do pé. A Clau pegou o Benjamim no colo e
disse que “o pé do Benjamim não tem problema, esse
eu até mordo”, e deu aquela mordidinha carinhosa no
pézinho dele, qu e riu e tudo f icou naquele clima
agradá vel.

Quando olho para a Luana, o olhar dela


entrega va que ela estava longe e ima ginando algo. Eu
f alei:

- Lulu, f ica tranquila que a mamãe já beijou,


cheirou e mordeu muito o seu pé quando você era
menor!
79
A cara de espanto dela foi o destaque da noite.

- Como você sabia que eu tinha pensado isso


papai?

Brinquei, dizendo que conseguia ler seus


pensamentos e logo depois me corrigi e xplicando que
apenas a conhecia muito e seguimos a noite.

Tempos atrás o Benjamim começou com a mania


de querer “atropelar” os outros com sua motoca (na
minha época era tonquinha). Graças a Deus ele não
descobriu que podia atropelar as visitas também e a
perseguição f ica apenas para a irmã e a mãe; comigo
ele tem um pequeno receio rsrs.

Fato é que a nova brincadeira é chata e até


machuca; uma motoca no dedo do pé dói de verdade.
Logo no dia se guin te à minha “leitura de mente” a Lulu
estava sentada na motoca e o Benjamim de pé,
distra ído e assistindo um de seus desenhos f avoritos.
Imediatamente soltei:

- Lulu, nem se atreva a atropelar seu irmão!

Uma careta ainda mais engraçada, um espanto


ainda maior e a mesma pergunta:

- Como você sabia que eu tinha pensado isso


papai?

Fui tentato a f azer a mesma brincadeira s obre le r


pensamentos, mas expliquei que só a conhecia muito e

80
que, de vez em quando, eu a entendia mesmo antes
dela falar algo.

Naquele mesmo final de semana, no culto de


domingo à noite, lemos um Salmos; e Deus juntou
todas as histórias em minha mente e me mostrou que
Ele também f az isso conosco. Leia os quatro primeiros
versos comigo:

Salmos 139:1 -4 “Senhor, Tu me sondas e me


conheces. Sabes quando me sento e quando me
levanto; de longe percebes os meus pensamentos.
Sabes muito be m quando trabalho e quando descanso;
todos os meus caminhos Te são bem conhecidos.
Antes mesmo que a palavra me chegue à língua, Tu
já a conheces inteiramente , Senhor”.

Como assim? Justamente neste f inal de semana


lemos “sabes meus pensamentos” e “antes mesmo que
a palavra me ch egue à língua, Tu já a conheces
inteira mente ”! Deu s é muito f alante amigo(a) le itor(a) ,
jamais se esqueça disso.

Enf im, Deus já sabe o que virá pela f rente antes


mesmo de Seu f ilho, ou seja, você, pronunciar algo.
Mas claro, não apenas situações óbvias do dia a dia
de pais e f ilhos; Deus sabe todos os nossos
pensamentos e em toda e qualquer situação.

No verso primeiro há um pedido: “Sonda -me ó


Deus! ” Você já viu uma sonda? Sabe a função dela?
Uma sonda de perf uração, por exemplo, vai longe, va i
81
f undo, vai no âmago, no coração, no núcleo que algo e
invest iga, analisa e trás as in f ormações mais
rele vantes para aquele que m a comanda.

O que o salmista pede? Aquilo que todos


deveríamos pedir; para sermos sondados por Deus;
para que Ele n os analise e nos mostre onde
precisamos mudar e melhorar. Ou, como aconteceu
com a Lulu, para que o pai evite que f açamos ou
pensemos algo errado, nocivo e prejudicial.

E o salmista f oi mais longe ao no s re vela r as


ações de Deus nos versos 7 e 8: “Para onde poderia
eu escapar do Teu Espírito? Para o nde poderia fugir
da Tua presença? Se eu subir aos céus, lá estás; se
eu fizer a minha cama na sepultura, també m lá estás. ” .
Sim, querido(a), Deus está em todos os lu gares e
também sabe de todas as coisas.

Imagine o Pai perfeito (Deus) estando em todos


os lugares (onipre sente) e sabendo tudo aquilo que o
f ilho pensar em fazer (onisciente )! Uau, que situação
maravilhosa hein! E pode f icar ainda melhor se o f ilho
f izer como a Lulu f ez: entender e acatar o que o pai
lhe diz. A í querido(a); o sucesso é garantido.

Vou te dar um novo panorama sobre as duas


situações da Luana com o Benjamim. Na primeira
situação, a dos pés, evitamos algo que poderia ser
uma raiz de amargura be m comum em irmãos.
Pensamentos do tipo: “Faz carinho, dá beijinho e até

82
morde o pé dele, mas nunca f ez nada disso no meu”. E
não seria um pensamento maldoso, ela apenas não se
lembrava da situ ação. Um pensamento deste tipo,
quando não esclarecido, perdoado ou tratado pode
leva r irmãos a crescerem em pé de guerra. Já leu
sobre os motivos que leva ram jo vens a agredir ou
matar colegas de escola? Pra que m está de f ora, a
maioria motivos são brandos e/ou tolos. Uma “tiração
de sarro” aqui, um a brincadeira de mal gosto ali, uma
namorada que o trocou por um outro e aqu ilo toma
proporções cata stróf icas dentro do ser humano.

E na segunda situação, da motoca, evitou um


machucado, ou uma briga que poderia durar para a
vida inteira, caso não se perdoassem.

Que Ele conti nue lendo nossos pensamentos e


nos aconselhando a não criar dúvidas em nossas
mentes e nem atropelar os irmãos. Ele te ama,
aproveite Seu amor!

Agora me dá licença que vou ali esf regar meu pé


na Claudia!

83
GRATIDÃO (CARÁTER)

O
Benjamim tinha um pequeno tablet que
ele usava para brincar /jo gar. Após ter
caído mais de 135 vezes no chão
(exa gerei, mas n ão muito), o aparelho f inalmente
quebrou e foi para o conserto : trocou bateria, arrumou
a tela, reparou isso, reparou aquilo... Em resumo,
f icou quase um mês e meio para ser consertado.

Praticamente todos os dias (Lembra da lição


INSISTÊNCIA?), o Benjamim me perguntava:

- Papai, meu tablet tá pronto?

- Ainda não, f il ho, ainda não .

E ele f icava com aquela carinha murcha.

Até que em um determinado momento, eu mud ei


a resposta. Ao invés de dizer que ainda não estava
pronto, disse que estava “quase”. Qu ando disse isso, o
Benjamim deu um pulo:

- EBAAAAAA! TÁ QUASEEEEE!

Aquilo acabou comigo. Primeiro porqu e , confesso,


f alei “quase” apenas para ele parar de insistir.
Segundo porque "tá quase" é bem subjetivo. E,
terceiro porque a alegria dele em saber que , mesmo o
seu aparelho não estando pronto, mas quase, me
comoveu . Liguei para o rapaz da assistência

84
perguntando quando poderia buscar o tablet; enf im ,
pra saber se estava "quase" mesmo rsrs !

Onde quero chegar com isso?

A bíblia diz que em tudo devemos dar graças. Ou


seja, não importa qual a situação, você de ve
agradecer.

Usando o exemplo do Benjamim , ele estava


achando que o tablet dele nunca mais f osse voltar.
Mas se alegrou qu ando soube que teria seu aparelho
de volta em breve . Ainda que ele não estivesse pronto,
o Benjamim sabia que ha via um moti vo para
agradecer , sempre há moti vos para agradecer !

Quando você abre a geladeira e a vê va zia, você


deve se lembrar que , se a sua geladeira está vazia
nesse momento, signif ica que ela já esteve cheia.

Quando o carro quebra, lembre -se de que você


tem um carro.

Se a casa está gerando muita despesa; ajuste as


contas e lembre -se: você tem uma moradia; e ainda
que ela possa ser alugada, é um teto.

E por aí vai...

Nós sempre temos um motivo para dar graças


por aquilo que temos, e pelo que Deus está f azendo. A
gratidão de ve se tornar um estilo de vida, e então você
começa a agradecer por tudo quanto você pode.

85
Salmo 50, verso 23 di z assim: "A Gratidão,
porém, é u m sa crifício que de fato Me honra. Se
permanecere m e m M eus caminhos, Eu lhes revelarei a
Salvação" .

A grat idão honra a Deus. Para que mostre mos, a


nós mesmos e a Deus, que entende mos que Ele está
acima de tudo e que as decisões dEle são melhores
que as nossas.

Que nós possamos ter esse estilo de vida de


alguém ve rdadeiramente grato a Deus por tudo o que
Ele f ez, f az, e está f azendo! Quando você se perguntar
se as coisas já melhoraram; responda para você
mesmo: Tá quaseeeeeee!

86
UM CO MP ANHEIRO (INTIMI D ADE )

Q
uando comecei a escre ver as liçõ es no
Facebook era tudo mais simples, curto e
direto. Invest ia cin co minutos escrevendo
o que tinha acabado de entender sobre meu
relacionamento com meus f ilh os, uma f oto, ou vídeo e
pronto.

Mas quando decidi escre ver o livro eu quis f aze r


algo mais completo, mais didático e com muito mais
detalhes. Mas o laptop não estava comigo o tempo
todo e seria impossíve l parar e escre ver algo caso
estivesse passeando com meus f ilhos, por e xemplo.
Então descobri que estes maravilho sos (e de bateria
irritante) smartphones tem a opção de gra va r áudios. E
isso f oi muito útil para este li vro. Quando acontecia
uma situação que coubesse nesse meu primeiro livro
(realmente espero que venham outros), eu gra va va um
áudio rápido para me ajudar a lembrar do momento
chave que geraria toda uma história .

O áudio desta liçã o, por exemplo, eu gra vei com


o som do Benjamim na bateria ao fundo. Mal consigo
me ouvir hahaha. Mas a situação envolveu justamente
eu, ele, a bateria, um violão (já darei detalhes dele) e
muito barulho!

O Benjamim amava bateria. Interessante notar


que, mesmo com todo amor que ele tem pela bateria,

87
ele estava meio cansado de f icar sozinho em seu
quarto. Todos na sala e ele so zinho no quarto tocando.
Com o tempo ele começou a puxar tod os que entravam
em casa (e isso sign if ica va muita gente) para ir ao
quarto dele para tocar e ve r el e tocando bateria.

Não contente , começou a trazer a caixa e o


chimbal para o meio da sala para poder tocar, se
dive rtir e ainda est ar junto com todos.

Temos esse costume aqui em casa. Ficamos


sempre juntos. Quase uma gang, f azemos muitas
coisas juntos, tod os juntos. E ele se acostumou com
isso! Os f ilhos ap rendem muito com as atitudes dos
pais, consciente ou inconscientemente, eles estão
sempre imitando; são ref lexos de seus pais. E nesta
área, o Benjamim não f oi diferente.

Bom, as coisas n ão tinham como f i car na sala.


No quarto dele o som “saía ” pela janela; na sala, vai
direto para o vizinho. Não tem como! Resolvi começar
a ir mais e mais com ele ao quarto .

E o violão? Passamos uma noite de Natal na


Embaixada do Altíssimo . Naquela m aravilhosa noite o
Benjamim ganhou um violão de brinquedo. Desses de
plástico e com linhas de nylon f azendo o papel das
cordas. Ele amava o violão zinho. Amava (com verbo
no passado) porque entre eu rascunhar e escrever a
história, o violão f ez papel de baqueta e rachou em
três partes. Jogamos f ora.

88
Mas antes de rachar, nessas minhas constantes
idas ao quarto para tocarmos bateria, eu comecei a
pegar o violão e “toc ar” e “cantar” (e ntenda gritar). Ele
tocava bateria e eu tocava violão (to dos estes “tocava”
precisam de enormes aspas rsrs). Foi muito legal.
Foram momentos engraçados e divertidos (hoje
saudosos). O tema da música era escolhido por ele.
Dedo indicador na bochecha, cara de pensativo, um
“mmmm” seguido de “dátei” (já sei) e, então, pedia o
tema que varia va de mamãe, Rapha, Lulu, Benjamim e
papai até estrela, vermelho, ca valo e qualquer coisa
que lhe vinha à mente. Era engraçado de verdade!

Como mencionei ; o f ilho imita o pai. Mas tem


algo, além disso: O filho quer a presença do pai .
Quer estar junto com o pai. Na realidade, quer isso
mesmo que o pai não seja a melhor ref erência do
mundo. É natural, é algo que Deus colocou em nós.

E sabe o que acontece quando o f ilho


verdadeiramente curte estar na presença do pai? O pai
não resiste, abre mão de seus af azeres e vai
aproveitar a companhia do f ilho. Desejo ardentemente
ser parceiro, amigo e companheiro dos meus f ilhos
não apenas durante a inf ância, mas principalm ente na
adolescência e dar sequência a isso na f ase adulta.
Nada invasivo, amizade mesmo.

E porque com Deus seria dif erente?

89
Ele nos ama de f orma incondicional, a ponto de
enviar Jesus a morrer por nós (João 3:16); prometeu
que estaria conosco todos os dia s, até a consumação
dos séculos (Mateus 28:20); nos deixou Sua Palavra
para nos ensinar todas as coisas (2 Timóteo 3:16) e
Seu próprio Espírit o Santo, que é nosso principal
Ajudador e C ompanheiro (João 14:16).

Conselheiro é também entendido como


Consolador, Ajudador, Intercessor, Advo gado,
Fortalecedor e Companheiro de prontidão. Percebeu
que todas essas características envo lvem
relacionamento? Pois é; assim que Deus optou agir,
através de nós e conosco. Amigo íntimo e presente.

Quero te mostrar algo maravilho so sobre o


Espírito Santo. Em João 14:16 -17 lemos o seguinte:

"E eu pedirei ao Pai, e Ele lhes dar á outro


Conselheiro para estar co m voc ê s para se mpre, o
Espírito da verdade. O mundo não pode receb ê-lO,
porque n ão O vê nem o conhece. Mas voc ês O
conhecem, pois Ele vive co m vo c ês e estará em
vocês."

Esse termo “ outro”, do original, tem duas f ormas


de ser expresso.

"Heteros" – Usado ao se ref erir a outro igual,


mas nem tanto . Ex: Uma pessoa bebe um suco de
laranja e pede outra b ebida usando “heteros”. Essa

90
outra pode ser um ref rigerante, água ou qualquer
bebida de “espécie” dif erente.

"Allos" – Usado ao se ref erir a outro, porém


literalmente igual. Ex: Uma pessoa bebe um suco de
laranja e pede outra bebida usando o “allos”. Ele s e
ref ere a outro suco (mesmo tipo de bebida) e de
laranja (literalmente igual), sem nada dif erente.

Jesus, ao seu referir ao Espírito Santo, usou o


termo “allos”.

Ou seja, o Espírit o Santo é exatamente igual a


Jesus e a Deus. Uau; como poderíamos querer
companheiro melhor e mais precioso? Impossível. É
um enorme privilégio podermos nos relacionar com o
Espírito Santo, Ele é maravilhoso, companheiro, amigo!

Creio que sempre tínhamos o Espírito Santo


tocando um “teclado” ao nosso lado. Creio também
que “arrancamos” Dele um enorme sorriso na queles
momentos. Verdadeiros amigos f icam f elizes com a
f elicidade de seus amigos.

Deus é relacional querido(a ); Ele ama estar com


Seus f ilhos, conversando, ensinando, endireitando,
tocando e sorrindo. Aproveite, sorria de volta,
responda, pergunte, seja amigo e tenha sua vida
transf ormada.

Você não precisa convida -lo para toc ar violão e


bateria contigo, mas Ele aceitaria.

91
NOVENT A P ÁGI NAS ?!?! (MINISTÉRIO)

Q
uando comecei a escre ver o livro algumas
pessoas me ajudaram em dicas, oração
(por mim e pelo livro e, até por você,
leitor!) e tudo que pode envolver um livro .

Numa dessas dicas me avisa ram: “Será que as


meninas não f icarão tímidas com algumas coisas que
você escre verá delas?”. Aquilo parecia uma bomb a em
minha mente.

Elaborei um mega texto em minha mente, cheio


de palavras simples, diretas e persuasivas e f ui f alar
com a Lulu e com a Rapha . Uf aaaaaaaaa; que alívio.
Elas não se incomodaram com a idéia de eu contar
algumas de nossas intimidades num livr o. Mas você,
caro(a) leitor(a), sabe que não se incomodar é bem
dif erente de gostar; e não aceitei a primeira reação
como def initiva e comecei a incluir a Lulu um pouco
mais no projeto.

Passei a contar quando e como Deus falava


comigo, que lições eu estava incluindo, quando estava
escre vendo e tudo mais. Isso acabou sendo muito
bacana porque algumas lições sa íram justamente
dessas conversas com a Lulu e com a Rapha.

Numa dessas muitas conversas eu f alei:

92
- Lulu, preciso te contar uma coisa (um código
que descobri que ajuda a chamar sua atenção); sabe
quantas páginas já tem meu livro ?

O mistério é algo de que as crianças gostam e


que chama a atenção delas.

- Quantas papai?

- NOVENTA PÁGINAS.

- Uauuuuuuu, caramba pai, sério? Q uanta coisa!

Além das palavras, a cara dela, sorridente, olhos


arregalados, larga ndo o iPad e esperando eu contar
mais f oram sensacionais.

Conver samos mais um pouco e voltei a trabalhar.

Você já leu neste livro que Deus é muito f alante,


certo? E Ele f alou novame nte, me dando o claro
entendimento de que esta é a reação que todo pai
espera de um f ilho quando uma notícia é contada. Uma
reação que mostra interação do f ilho com o pai, uma
reação que mostra interesse, que mostra entusiasmo.
O pai se alegra quando o f il ho participa da notícia e
não simplesmente ouve a notícia.

O evan gelho, as boas novas, a b íb lia como um


todo são questões totalmente práticas, e não teóricas!

Tiago, irmão de Jesus, f oi chamado por Ele


quando consertava as redes (Marcos 1:19) e,
aparenteme nte, isso era algo que fazia parte da

93
personalidade de Tiago, em seu livro da bíblia, Tiago
conserta a igreja.

A igreja esta va coberta por ritos, roupas, locais


específ icos e pessoas específ icas que podiam se
achegar a Deus. Mas estas pesso as, “pró ximas de
Deus”, mal ajudavam ao próximo. Apenas rebaixavam
as pessoas, f aziam dif erenças entre , classes, raças,
nacionalidades e etc. Tiago escreve uma carta
exortando isso e mostrando que “assim co mo o corpo
sem o espírito está morto, assim t ambé m a fé sem
obras é morta ” (Tiago 2:26); e ele f az disso algo
aplicativo, algo prático quando ensina que “A religião
pura e imaculada para com Deus e Pai, é esta: Visitar
os órfãos e as viúvas nas suas tribulações, e guardar -
se da corrupção do mundo ” (Tia go 1:27).

Leiam ess a carta de Tiago, ele dedica boa parte


de sua carta tornando seus ensinamentos em algo de
aplicação pessoal, algo a ser prat ica do no dia a dia. É
ótimo.

D. L. Moddy disse: “ A bíblia não nos foi dada


para aumentar conhecimento, mas para mudar
nossa vida ! ”. Um a das melhores f rases de aplicação
pessoal que você vai encontrar.

A bíblia precisa ser aplicada, do contrário nos


tornaremos iguais aos mestres da lei que sabiam tudo
do pentateuco (bíblia da época) , mas aplica vam pouco
dele no dia a dia. Jesus enf rento u e conf rontou estes

94
líderes com bastante veemência. A bíblia precisa
mudar a nossa vida e a de todos que nos cercam.

Não adianta nos comovermos com pessoas


passando f ome na cidade onde moramos, mas nunca
ter ajudado algu ém com uma cesta básica. Não
adianta f icarmos chateados com mais um divórcio
acontecendo com pessoas próximas a nós sem nunca
ter ajudado aquele casal, seja com inf luência correta
ou indicando a eles um seminário de casais de nossa
conf iança. Não adianta alguém declarar que é cristão
sem co locar o crist ianismo em prática!

Me lembro de uma célula em que f alei “sou


skatista”. A ga lera rachou de rir, sa biam que eu não
andava de skate. Mas eu insisti, “vo u começar a andar
com roupa de skatista e até com o skate debaixo do
braço”. Não f oi suf icie nte; eles nunca me viram
andando de skate, sabem que não sou skatista. Depois
de insistir e af irmar a eles que eu era skatista, e eles
negarem, eu apliquei isso na bíblia. “Se para sermos
skatistas precisamos verdadeiramente andar de skate,
porque pensamos que uma simples declaração de que
somos cristãos e uma visita sem ana l à igre ja é
suf iciente para sermos cristãos ?”

O evange lho de Cristo se gue e xatamente esta


linha de raciocínio, o cristianismo é a mesma coisa. Se
declarar cristão não basta, não adianta se declarar,
evangélico, protestante, católico ou qualquer que seja
sua linha de cristianismo. Nem mesmo adianta ir a
95
incontáveis cultos e missas. Se não aplicarmos o que
a bíblia nos ensina, não seremos verdadeiros cristãos,
seremos cristãos nominais, só de nome; na prática
nada disso serve.

Sabe porque muitas pessoas não aceitam o


convite de um cristão para ir à igreja? Porque, de
f orma geral, o te stemunho dos cristãos é péssimo.
Existem muitos e muitos cristãos que se declaram
cristão s, mas inf elizmente, agem como se Cristo não
existisse. São “igreja” dentro da igreja, mas não são
“igreja ” f ora da igreja. Um cristão verdadeiro pratica
seu cristianismo mais f ora do que dentro da igre ja. E o
motivo é simples, passamos mais tempo f ora do que
dentro da igreja .

Na realidade, se houvesse uma escala e uma


divisão, nós deveríamos ter nossa melhor conduta
cristã dentro de casa, depois f ora de casa e depois
dentro da igreja.

Um f ilho precisa entender, se alegrar e participa r


das obras do pai, assim como a Luana e a Rapha
participaram do livro, vive ram o livro e até ajudaram
no livro.

Que possa mos colocar o e vangelho cada dia


mais em prática em nossas vidas !

96
VIROZES (AMOR)

A
Rapha era pequenina, eu morava
sozinho em São Paulo, a Clau
(inf elizmente) ainda não tinha entrado
na minha vida. Num certo f im de ano, um amigo dos
meus pais convidou eu e a Raphinha para passar mos
uns dias em seu apartamento na Riviera de São
Lourenço/SP. Eu, Rapha, meus pais e muuuuuuita
gente. Foi divertid o.

Depois de dois dias intensos de muita piscina,


muito mar, muita areia, muito sol, muita comida e
muita gente, f omos dormir “tranquila mente”. Depois de
cinco minutos deitados a Rapha fala: “papai, papai...”
e eu escuto barulho de água. Como se um chuveiro
tivesse sido ligado.

Acendi a lu z e “ee eeeca”. Tinha vômito por toda


cama e por toda Rapha.

Levantamos, dei banho nela, coloquei a roupa de


cama para lava r, mais pessoas acordaram, mais
roupas de cama foram lavadas (se é que você me
entende rsrs) e logo decretaram. É virose!

Um dos proble mas da virose é que, “do nada”, a


pessoas f ica mal, vomita, tem f ebre e etc. Tudo junto,
tudo rápido e tudo de uma “hora para outra”.

97
Enf im , repouso, remédio e rapidamente a Rapha
se recuperou. Segui mos nessas f érias maravilhosas. A
Rapha é uma das pessoas mais fortes que conheço,
f ísica e mentalmente. Ela é top.

Às ve zes, interpre tamos a dor como algo ruim.


Mas a dor é o alerta de que algo precisa ser tratado,
mudado, curado, ou ajus tado .

As pessoas que sof rem com a lepra, apesar de


hoje ser algo mais raro, têm o grande problema de não
sentirem dor, e isto é muito perigoso .

A pessoa coloc a a mão no f ogo e, se não sentir


dor, a mão logo será completamente consumida. Uma
pessoa que quebra a perna e não sente a dor,
continuará andando e acab ará piorando a lesão .

A dor, ainda que seja ruim de ser se ntida , é um


alerta que Deus colocou em nossa vida, nos
notif icando que algo precisa ser trata do.

Quando a Rapha passou mal “do nada”, eu só


tive de reagir a algo. Não houve te mpo de prevenção
ou mesmo preparação para algo ruim que viria.

Nas oportunidades em que ela f icou “murchinha”,


“caidinha”, “amoada” ou “prostrada” (e xpre ssões
comuns) nós tive mos tempo de agir antes da crise,
antes do pico do problema. Pudemos nos preparar!

Pouco antes de Jesus alertar Pedro de que este


o negaria três ve zes, Jesus diz que satanás havia
98
pedido Pedro para peneirá -lo. Jesus não diz que irá
impedir, mas que irá orar para que P edro resista e que,
quando se convert esse, ajudasse os demais discípulos.

É interessante notar que Jesus af irmou para


Pedro que ele não era nem convertid o naquela época!
E Jesus não alivio u a dor. Pelo contrário, permitiu que
Pedro a sentisse. Mas qual era essa dor?

Satanás peneirou a Pedro. Pedro negou a Jesus


três ve zes. O ga lo cantou e, de alguma f orma, os
olhares de Pedro e Jesus se cru zara m.

E a bíblia diz que Pedro chorou. Especialmente


no evangelho de Lucas diz que Pedro chorou
amargamente.

Pedro sentiu um tipo de dor que a gente


experimenta apenas duas ou três ve zes na vida.

E, se você analisar, após a crucif icação e


ressurre ição de Jesus, Pedro corre para encontrá -lo e
abraçá -lo.

A f igura de Pedro se transf orma.

O apóstolo Pedro que aparece em Atos é muito


dif erente do discípulo Pedro que termina os
evangelhos , especialmente em João.

A dor que ele sentiu quando ainda não era


convert ido, f ez com que ele ajustasse algo dentro de
si mesmo. Quando Jesus a v isou que ele iria ne gá -Lo,

99
ele diz: “Senhor, todos aqui vão te n egar, ma s eu, não.
Eu estou do seu lado ”. Sabe aquele papo de aquele
que pensa estar d e pé, cuide para que não caia? (1
Coríntios 10:12)

Pedro pensou que estava de pé. Achou que era


muita coisa. E é como se Jesus estivesse dizendo:
“preciso b otar uma dor na vida desse menino para que
ele se converta de verdade e saiba quem ele é e onde
ele está”.

Quando nós passarmos por alguma dor, que


consigamos entender que Deus está querendo o
tratamento de algo na nossa vida.

A dor vem como um alerta para algo que teremos


de superar, de passar, de vencer.

Perceba o alerta.

Entenda o momento.

Ore.

Creia.

Lute.

Supere.

Vença!

100
MAIS QUE VENCEDOR (CARÁTER)

A
Luana realmente tem habilidades
culinárias. Uma vez ela f ez cupcakes
para uma festa em casa e todo mundo
amou, então, ela f ez novamente para o aniversário
surpresa da pastora Débora , e f oi o maior sucesso!
Fez Cookies para pagar sua ida à Missão Cananéia e
f oi sucesso de novo (recebeu encomendas e tudo
mais). Ela realmente tem uma habilidade natural.

Eu brinquei com e la que ela deveria participar de


um reality show chamado "batalha dos c onf eiteiros" e
ela f alou : "pai, eu não iria passar nem da primeira
f ase!". E eu respondi: "mas assim que é bom, Lulu,
porque se você nã o passar da primeira f ase, você vai
ver onde você errou e onde pode melhorar ”, tipo uma
prova de dez que stões onde você erra duas. Aquela
duas ap ontam, clarament e, os pontos e assuntos que
você precisa melhorar !

A competição gera temor em uns e prazer em


outros. Já reparou como algumas pessoas
simplesmente fogem de um ambiente competitivo? E já
reparou como outras buscam esse mesmo ambiente?

Há também o grupo dos competitivos predatórios.


São aqueles que não querem apenas competir, mas
mostrar que são m uitos melhores, detonar, humilhar e
diminuir os outros.

101
A Lulu é mais tranquila, p ref ere a parceria
saudável, crescer junto com uma amiga, estimul ar e
ajudar o próximo. Ela f az bolos, tortas e cupcakes
porque ama a arte da culinária, não para testar se sua
obra de arte é melhor ou pior do que a de outros. Nada
contra os outros estilos!

Enf im, ela não f oi para a “Batalha dos


confeiteiros” e co ntinua nos abençoando com muita
habilidade e amor pela culinária.

Há uma passagem na bíblia, Romanos 8: 37, que


diz que : “por meio D aquele que nos amou, (por meio
de Deus, Jesus e o Espírito Santo), nós somos ma is
do que vencedores! ”

Como é que alguém consegue ser "mais do que


vencedor"? Eu entendo um vencedor, um segundo
colocado, um terceiro colocado e assim em diante.
Mas como ser algu ém “mais do que vencedor”?

Eu entendo que mais do que vencedor é


alguém que, mesmo na vi tória, ainda consegue tirar
uma lição e a pre nder algo . Mesmo na vitória, o que
cresce na pessoa não é o ego, mas o conhecimento, a
inteligência, a sab edoria e a maturid ade . Quando, na
vitória, nós crescemos na parte boa e não na parte
ruim que há em nós mesmos.

A vitória tem um lado muito perigoso, porque ela


pode trazer soberba. A soberba é devastadora. Ela
congela as pessoas. Entende isso? Congela porque a
102
pessoa pensa ser tão boa e madura em determinada
área, ou assunto, que ela se priva do privilégio de
apren der algo novo e f ica estagnado, congelado.

O mais que ven cedor é aquele que, mesmo


vitorioso, continu a crescendo, amadure cendo e
caminhando para frente!

Seja mais que vencedor. A humildade é o


primeiro passo para isso. Saiba que todos nós temos
onde melhorar, onde crescer, onde se aperfeiçoar. Não
apenas vença, seja mais que vencedor.

103
AS FR ALD AS (INTIMID ADE )

A
s f raldas aterrorizam alguns pais. Em
especial as com cocô. Mas acreditem, as
f raldas são apenas lendas urbanas na
vida de um homem (nem tanto na da mulher).

Na realidade, as f raldas estão mais para um


“Espantalho” do que qualquer outra coisa. Um monstro
que al guém criou e que ainda assusta , mas basta
chegar perto que a s coisas mudam e o susto passa, ou
deveria (rsrs).

As de xixi não tomam mais de um minuto no


nosso tempo; as de cocô realmente dão mais trabalho,
mas se não tiver nada anormal, um pouco de capricho,
atenção, amor e "voilà"... Bebê pronto pa ra mais
aventuras.

Tive o privilégio de participar muito e em todas


as áreas da vida de meus f ilhos; as f raudas não
f ugiram à regra.

Ensinei a Clau a trocar f raldas quando eu


trocava as f radas da Rapha. Troquei muita f ralda da
Luana, ajudei alguns amigos os ensinando a participar
desse momento e a perder o medo, ou nojo, trocando
f raldas do Benjamim.

Existem alguns vídeos hilários da reação de


homens trocando as f raldas de cocô de seus f ilhos.

104
Máscaras de o xigê nio, máscaras de proteção de solda,
alguns qua se vomitam, outros desmaiam; um
dramalhão completo. Como diz aqu ele ditado antigo:
“Seria cômico se não f osse trágico”.

Homens; troqu em as f raldas de seus f ilhos. Isso


ajuda sua esposa e te aproxima de seu bebê. Não
percam essa oportunidade.

Algumas ve zes, trocar a f ralda imediatamente é


obrigatório . Sim, isso porque t rocar a f ralda é bem
mais simples do que limpar a casa que f icou com
rastro de xixi, ou pior, de cocô, porqu e a f ralda va zou.

O estrago de uma f ralda que “va zou” pode


atrasar via gens, reprogr amar passeios, desiludir a mãe
que separou aquela roupa especialmente para
determinada ocasião. Troque antes que va ze.

Um dos motivos para trocarmos a f ralda, além da


higiene, é que a troca permite que a criança continue
brincando, andando... Vivendo!

Depois duma certa idade, o problema não é nem


o odor ou a quantidade de cocô dentro da f ralda,
depois duma certa idade o problema maior é que a
criança simplesmente não quer parar de brincar para
trocar a f ralda.

Mas os pais sabem que para que o novo venha


(novas brincadeira s, novos passeios, novas aventuras)
o velho precisa se r jogado f ora.

105
Exatamente assim Deus Pai f az conosco.

Insistimos em manter coisas velh as e sujas


dentro de nós, ou conosco. Coisas como hábitos ruins,
tradições erradas, costumes pecamino sos, práticas
que desagradam a Deus, pecados de estimação e até
pessoas que suga m paz e energia. Manter isso tudo
em nossas vidas, ou conosco, certamente é danoso e,
enquanto coisas velhas permanecerem, o novo não
pode vir. E pior, se as coisas velhas não f orem
removidas, elas podem "va zar" e causar estragos
ainda maiores.

2 Coríntios 5:17 regist ra: “Portanto, se alguém


está em Cristo, é nova criação. As coisas antigas já
passaram; e is que surgira m co isas novas! ”

Percebe? Você conhece a Cristo, a sujeira


aparece, Ele te limpa e então você começa uma nova
caminhada.

Deus não vai derramar o novo Dele em nossas


vidas quando nós ainda carre garmos e vivermos
muitas coisas velhas. Entenda coisas novas po r f é
renovada, comportamento (testemunho) cristão
alinhado, atitudes semelhantes às de Jesus,
pensamentos puros, ajuda ao próximo e claro,
abandono das velhas práticas. Some a essa lista o
f ruto do espírito de Gálatas 5:22 -23; “a mor, aleg ria,
pa z, paciência, amabilidade, bondade, fidelidade,
mansidão e domínio pró prio. ”

106
Um rápido entendimento de porque f ruto e não
f rutos do espírito. Uma mexerica é co mposta de gomos.
A soma dos gomos forma a mexerica. O f ruto do
espírito é composto de 9 gomos. Quando praticarmos
todos os 9, então teremos o f ruto do espírito. Pratiq ue
os 9!

E enf im, entenda velhas práticas por :


“imo ralidade sexual, impure za e libertinagem; idolatria
e feitiçaria; ódio, discórdia, ciú me s, ira, egoísmo,
dissensões, facções e inveja; e mbriague z, o rgias e
coisas se melhantes ” (Gálatas 5:19 -2 1). Você també m
pode adicionar a esta lista as se guinte práticas de
Prové rbios 6:17 -19 “olhos altivos, língua mentirosa,
mãos que derra mam sangue inocente, coração que
traça planos perversos, pés que se apressam para
fa zer o ma l, a testemunha falsa que espalha mentiras
e aquele que provoca discórdia entre irmãos ”.

Abandone as obras da carne, as práticas que


Deus abomina e detesta; pratique, viva e dê o f ruto do
espírito. Lembre -se, cristão radical não é o que tem
cabelo f ora do padrão, camiseta com versícu lo,
tatuagem co m um nome em hebraico ou usa bermuda
num culto. Um verdadeiro cristão radical é aquele que
dá o f ruto do espírito.

Que permitamos o novo de Deus na nossa vida,


que permitamos essa troca de f raldas para que o novo
venha de Deus ven ha sobre nós. Permita -se!

107
AUTORI D ADE (C AR ÁTER)

T
alve z esse cap ítulo trate de uma história
um pouco mais atemporal. Isso porque
trata de uma mudança de comportamento
em toda a f amília.

Quando eu e a Clau nos juntamos (antes de


casarmos) nós estávamos entre os piores exemplos de
casais. Brigá vamos muito, por qualquer motivo,
éramos desrespeitosos um com o outro , desobedientes
a tudo e todos; péssimos exemplos .

Passado algum tempo, nós casamos, nos


convertemos, entendemos princípios, obedecemos aos
princípios, mudamos nosso relacio namento, e
respeitamos um ao outro. Temos poucas dive rgências
e quando elas ch egam, conversamos e resolvemos;
sou extremamente obediente aos meus chef es,
pastores e pais. I dem para a Clau. Para a glória de
Deus temos f ilhos maravilhosos e obedientes.

Quando moramos em Belo Horizonte nós


acompanhamos e aconselhamos muitos casais; muitos
deles viviam o qu e eu e a Clau tín hamos vivido anos
antes. Vencemos e por isso t ínhamos certa autoridade
no assunto.

Este sempre foi um tema nos aconselhamentos:


Autorid ade.

108
Homens quase sempre conf undem autoridade
com autoritarismo, mulher es confundem e temem.
Filhos não obedecem pais que nã o entendem este
princípio. Se obedecem, obedecem no medo. E toda
opressão gera rebelião. Alerta a todos: Seja
autoridade na sua casa , não opressor. Filhos
oprimidos, quando ganham liberdade e autonomia,
tendem a extrapolar e transf ormam a liberdade em
libertina gem.

Enf im, notei que um pai que não respeita


autoridade, normalmente, tem uma esposa que não
respeita a autoridade do marido e , pasmem, f ilhos que
não obedecem ao pai e nem à mãe.

Vejamos o que a bíblia f ala sobre o assunto.


Vamos ler Mateus 8, à partir do versículo 5 :

“E, entrando Jesus e m Cafarnaum, chegou junto


Dele um centurião , rogando -lhe, e dize ndo: Senhor, o
meu criado ja z e m casa, paralítico , e violenta mente
atormentado.

E Jesus lhe disse: Eu irei, e lhe darei saúde.

E o centurião, respondendo, disse: Senhor, não


sou digno de que entres debaixo do meu telhado, mas
dize so mente u ma palavra, e o meu criado há de sarar.

Pois ta mbé m eu sou home m sob a utoridade, e


tenho soldados às minhas ordens; e d igo a este: Vai, e

109
ele vai; e a outro: Vem, e ele vem; e ao meu criado:
Fa ze isto, e ele o fa z. ”

Repare que quando Jesus af irma que vai à casa


deste homem, ele, reconhece a autoridade de Jesus, e
usa um “também” na f rase. É como se ele estivesse
dizendo: “Jesus, eu sei que você é uma autorida de,
porque você está debaixo da autoridade de alguém,
assim como eu . E por você estar debaixo da
autoridade de alguém, eu sei que há pe ssoas debaixo
de sua autoridade ”.

O que esse centurião ensinou para nós ? Uma


autoridade se potencializa (ou é reconhecida) quando
ela também é sujeita a alguém. No caso, Jesus
estava/está debaixo da autoridade de Deus.

Você só conseguirá ser uma autoridade de


verdade, ao ponto de f alar “vai” e eles vão, “vem” e
eles vêm, se você estiver debaixo de uma autoridade.
Não sign if ica que você irá mandar , mas que você será
obedecido porque é obediente . Isto é a autoridade
genuína, o que a torna completamente oposta ao
autoritarismo.

Filhos: obedeçam a autoridade dos pais.

Ovelhas: obedeçam a autoridade dos pastores.

Trabalhadores: obedeçam a autoridade de seus


patrões, e por aí vai.

Todos: Obedeçamos a Deus!


110
Quando nós entendemos, quando nós conf iamos,
acreditamos e qu ando nós obedecemos a autoridade
que está sobre nós, ganhamos autoridade para ser
autoridade sobre alguém.

Um detalhe importante: Você só deve se guir e


obedecer uma autoridade caso ela esteja caminhando
de acordo com a palavra de Deus; do contrário, você
estaria indo contra o próprio Deus.

Obedeça e descubra o privilé gio e poder por trá s


dessa simples atitude.

111
AJ UD ANDO O P AP AI (MINIS TÉRIO)

M
inha amada princesa Maria Raphaela já
tem dezesseis anos. Uauuuuuuuuuuu;
como o tempo passa rápido. Isso parece
um jargão tolo e popular, mas é verdade. Me lembro
do dia de seu nascimento, de quando começou a andar,
quando começou a f alar, os primeiros dia s de
escolinha, primeiros tombos, primeiras amiguinhas,
primeiros passeios, primeiras b rincad eiras. Me lembro
de quando ela saía para passear com meus pais, toda
arrumadinha e pequenina. Lembro de que era f of inha e
carinhosamente a chamávamos de Maria Gord a; me
lembro de um monte de coisas que me emocionam e
mostram quanto tempo já passamos juntos e ao
mesmo tempo quanto tempo deixei de aproveitar sua
adorável companhia.

Anos atrás, no alto de seus bem vividos doze


anos ela já tinha gosto por ajudar. Sempre que ela
estava conosco ela mantinha um padrão de
comportamentre . Acorda va, tomava um leitinho, via um
pouco de tv e qu ando desperta va pra valer, quer ia
brincar e ajudar.

Sim, essa maturidade desperta va nela o desejo


de ajudar seu pai, eu no caso (rsrs).

Seja ao preparar a mamadeira do Benjamim,


instruir a Lulu em como arrumar o quarto, ou mesmo

112
pegar algo para mim; Rapha estava sempre
procurando algo pa ra ajudar. Note que ela não
estava/está disposta a ajudar, ela procura va, e ainda
procura, por algo p ara f azer e ajudar.

A rotina não sou eu pedindo e ela atendendo por


ser muito obediente. A rotina é ela procurando e
perguntando se pode ajudar em algo. Disposição com
pró-atividade; uma combinação poderosa.

Um bebê é mais dependente; deixa os pais mais


preco upados porque precisa ser alimentado, precisa
ser limpo, precisa de cuidados, precisa de auxílio para
andar e até para dormir. Todos nó s f omos assi m um
dia.

Nesse contexto te pergunto: Com que m seu bebê


está?

Os pastores, ou os chamados líderes da igre ja,


f icam com preocupação semelhante (salvo às
proporções). Aquele menino que aparece na igreja, na
célula, recebe muitos aconselhamentos, começa a
caminhada boa; de repente, some. Dias depois, num
encontro casual, ele te conta que encontrou o
traf icante com q uem mantinha amizade e este o
proibiu de volta r à igre ja. Uma história comum nos
dias de hoje. O bebê na f é dá mais trabalho e está
mais sucetivel aos perigos do mundo af ora.

Já viu aquele pro grama sobre leõe s na Áf rica?


Eles sempre atacam aquela a presa que se af astou e
113
f icou para trás do grupo? Muitas das ve zes esse
membro desgarrado é um f ilhote meio perdido à
procura do seu ref ernecial de cuidad os. É assim que o
inimigo f az com quem se desgarra daqueles que o
recebem e o levam a conhecer as boas novas
(evan gelho). ELE ATACA. E muito semelhante ao
predador af ricano, o inimigo tem sucesso em alguns
casos. A consequência é a morte espiritual, e em
muitos casos, f ísica.

E se a criança conta tudo o que está


acontecendo , o pai, pastor ou líder consegue ajudar.
Orientar ou até mesmo assumir o controle da situação.
Toda vez que meus f ilhos me contaram o problema que
enf rentavam eles foram ajudados; todas as vezes que
não contaram eles tiveram de resolver sozinhos, ou eu
os ajudei quando “a bomba estourou”.

Alguma s crianças já sabem até se def ender. Se


um adulto mal intencionado tentar se apro ximar,
alguns saem correndo, outros grit am e de alguma
f orma evitam o perigo. Andam no meio do bando. Não
dão chances ao inimigo, ao predador ou quem quer
que esteja sendo usa do por satanás.

O maduro na fé não está mais na f ase de chamar


a atenção do predador e também não está na f ase de
se def ender; o mais maduro na f é ajuda o pai a
proteger e def ender os menores. O maduro na fé
ajuda a edificar o reino de Deus na terra .

114
O maduro na f é é aquele que ent ende que o
ministério que ele serve na igreja é do Senhor, e não
do pastor. Que a obra a ser edif icada é do Senhor, e
não do líder. Com esse entendimento, o maduro na f é
não carrega o f ardo de servir, mas serve por amor.

Entend eu o link das duas histórias? A Rapha,


como a irmã mais madura, ajudava o pai a cuidar dos
irmãos mais novos. Assim f unciona a igreja de Cristo.

Se a Rapha tem momentos de cansaço?

Claro que tem!

E quando isso acontece, eu a poupo da próxima


taref a (que el a mesmo havia escolhido) e a ajudo. Um
f ilho jamais pode se sentir como o irmão mais velho do
f ilho pródigo, ou seja, servo ou escravo. Filho é f ilho.
A Rapha é minha filha e para sempre será minha f ilha.
O ato de ajudar precisa ser pra zeiroso e voluntaria do.
Mas isso ela já sabe, e como uma menina madura que
é, continua se mpre disposta a ajudar seu pai.

Aproveite, ajude seu P ai você também.

115
O MELHOR SUPER-HERÓI DE TODOS! (EVANGELISMO)

E
ste é o ú ltimo capítulo, última lição e
última experiência contada neste livro
(graças a Deus n ão f oi a última vivida).
Como quem quer que um f ilme bom não termine, uma
viagem se estenda e passeio com a esposa dure por
mais tempo; vou me permitir me alongar um pouco
mais nesta história aqui. Lá vai...

Sempre gostei de des enhos, tive o privilégio de


uma infância onde não havia canais abertos e
f echados, apenas canais de tv e, em alguns canais,
era possível assist ir desenhos por toda a manhã.

Eu simplesmente amava ver desenhos.


Superamigos, Caverna do Dragão, Turma da Pesa da,
Formiga Atômica, He -Man, Silver Hawks, Thundercats,
Popeye, Smurf s, Pica-Pau, Tom & Jerry, Ligeirinho,
Scooby-Doo, Tutubarão, Rambo, Mr Ma goo, Bicudo
Lobisomen, Comandos em Aç ão e muitos outros.

Entre meus desenhos f avoritos sempre estiveram


os de Supe r-Heróis. Gostava de tudo; habilidades
especiais, história s, roupas, vo zes e o fato de os
heróis “do bem” sempre vencerem os vilões.

Num dos meus primeiros empregos eu almoçava


num bar com p .f . (prato f eito) de gosto duvidoso; mas
a televisão esta va sempre ligada no c anal que passava

116
Superamigos (versão repaginada de Liga da Justiça).
Uma época de almoços maravilhosos (rsrs).

E pasmem; por conta desta época, desses


almoços, desses episódios e dessas histórias o
Batman se tornou o meu super -herói f avorito.

Sim meus queridos, o Batman. Você até pode


argumentar: “Mas ele não tem superpoder!” . Pois f oi
justamente aí que ele chamou minha atenção. Na
época dos “almoços animados” , eu já era um pouco
mais velho e ente ndia melhor as histórias ; com isso
percebi que u m ca ra sem qualquer tipo de poder, mas
de QI elevado, muita f orça de vontade, liderança nata,
treinos interminá veis e muito, muito, muito dinheiro era
capaz de liderar a mais poderosa equipe de super -
heróis já imaginad os.

Impressionante!

Para melhorar aind a mais, ao f inal dos episódios


era sempre ele e sua inteligência que davam a tacada
f inal, a virada aos 45 do segundo tempo, o golpe f atal
e garantiam a vitória dos heróis.

Sim, a inteligência sempre superava a força.


Melhor dizendo, a inteligência f ora do comum
comandando a superf orça e/ou superpoder garantiam
todas as vitórias da Liga da Justiça . Carinhosamente
f alando: Me apaixonei (hahaha).

117
Bom, o tempo passou, as prioridades mudaram,
os almoços mudaram, casei, vie ram os f ilhos e os
desenhos f icaram par a trás. Matava a saudades desse
tempo quando o cinema lançava f ilmes sobre heróis
(bons ou ruins). O próprio Batman teve vá rios f ilmes
(inf elizmente boa parte deles... bem ruim).

O gosto da Claudia para f ilmes sempre foi bem


dif erente do meu, mas como ela sempre foi
extremamente companheira; acabou vendo vários
f ilmes comigo no meu passeio f avorito: Cinema.

A Rapha cresceu e também nos acompanhou em


muitos f ilmes. Muitos mesmo.

A Luana cresceu e nos acompanhou em muitos


f ilmes também .

As minhas meninas, ain da que com gosto


naturalmente dif erente, sempre gostaram e
entenderam de her óis.

Rapha e Lulu preferem o Batman, claro! A Clau


pref ere outro , um tal super alienígena que f ica
f raquinho quando exposto à uma pedra ve rde. Ela diz
que ele f oi enviado pelo pai para salvar a terra
(tentando associá -lo a Jesus); eu já penso que ele
caiu do céu como um raio (cla ramente uma menç ão ao
outro cara, vermelho, feioso e do mal ). Um dia ela
muda de id éia! hahaha

118
Então nasceu o Benjamim. Uma situação nova e
dif erente, um menino, um homem, alguém que teria
uma identif icação natural com tudo o que eu gostava ,
que ia pref erir bonecos de heróis, f ilmes de heróis,
desenhos de heróis, roupa de heróis e etc.

Hoje em dia, com 6 anos, ele ainda pede ajuda


na hora de escolher a roupa. Fica claro, e engraçado,
quando sou eu e quando é a Claudia que escolhe a
roupa. A Clau escolhe roupas bem alinhadas, que
combinam dos pés à cabeça e o deixam meio
engomadinho. Eu já escolho um tênis conf ortável e
f ácil de tirar, bermuda jeans e uma camiseta de herói !
Às ve zes até o tênis e bermuda são de heróis (rsrs).

Além d e nossas brincadeiras com os brin quedos


em geral (algum as fotos desses momentos estão
“eternizados” no meu Instagram e Facebook), uma de
nossas brincadeiras f avoritas são as “lutinhas” !

Herói contra vilão, herói contra herói e até vilão


contra vilão. Uma mistura doida. Tem DC (Liga da
Justiça), Ma rvel (Vingadores), Disn ey (Sta r W ars) e
outros. Nos divertimos demais.

Uma se gunda e breve história para que


cheguemos ao ápice deste capítulo, e do livro.

Outra paixão de nossas vidas, dos cinco, é a


piscina. Mesmo morando na praia jamais dispensamos
uma boa e deliciosa piscina!

119
Por curtos 18 meses , tivemos o privilégio de
morar n uma casa cinematográf ica com um jardim
estupendo e uma piscina inesquecível; melhor dizendo:
INESQUECÍVEL.

Nadamos e brincamos muito. Pega -pega era o


mais comum, e quase diário. Vôlei (especialmente com
a galera do Flame Peruíbe), hidromassage m para a
Claudia , competição de natação, f alar em baixo d´água,
mímica em baixo d´água, saltos o rnamentais e, claro,
lutinha de heróis entre eu e o Benjamim!

E f oi num desses dias que su rgiu a história que


agora vos escre vo.

Depois de nadar um pouco resolvem os brin car de


lutinha.

Neste dia em especial , eu e o Benjamim


“lutá vamos” e ele resolveu contar o placar.

“Quem ganhar cinco ve zes é o vence dor”.

A regra é tão básica quanto simples:

Ele escolhe um herói e eu tento escolher um


herói com poderes melhores para ten tar ganhar a luta.

E começa o embate , acompanhe o placar :

1 x 0 – Homem Aranha vence o Pantera Negra

1 x 1 – Homem de Ferro vence o Thanos

2 x 1 – Darth Vader vence o The Flash

120
2 x 2 – Thor vence o W olverine

3 x 2 – Superman vence o Homem Formiga

3 x 3 – Shazan vence o Capitão Am érica

4 x 3 – Mulher Ma ravilha vence o Aqu aman

4 x 4 – Lanterna Verde vence o Hulk

Percebendo a oportunidade de uma vitória o


Benjamim inf orma:

“Agora eu sou o Batman!”

Pelo começo deste capítulo você d eve imagina r


que, qual quer que seja o tipo de lutinha, o Batman
vence , né? Não importa a situaç ão; o Batman sempre
vence!

Quando brincávamos com bonecos, quem tinha o


Batman nas mã os tinha a vitória ga rantida. Se a luta
era no “corpo a corpo”, quem escolhia “ser” o Batman
ganharia a luta, um f ato.

E o Benjamim escolheu o Batman na luta


derradeira, ele foi inteligente e rápido. Deixou o
melhor para o f inal, um golpe fatal, xeque -mate.

Mas um pai precisa ensinar que derrotas f azem


parte da vida e eu, naquele dia, resolvi ensi nar isso a o
Benjamim. Ele precisa va perder .

Fiz um movimento dif erente, uma cara de mau e


com uma vo z intimidadora eu disse:

121
“E EU SOU O SUP ER P AP AAAAAAA AI IIIIIIIII ”.

Ele entendeu o recado , a cara de espanto dele


me dava a certeza de que ele h avia entendido o
recado, ele sabia que a minha vitória, mesmo contra o
Batman, estava garantida. M inha movimentação, minha
cara e aquela vo z poderosa ; ah, aquela vo z
intimidadora f oi perf eita para o lançamento de um novo
e vito rioso super -h erói: O SUPER PAPAI.

A questão é que o golpe f atal foi contra golpeado,


o xeque -mate f oi contra atacado.

Nada poderia ser mais surpreendente do que a


resposta do Benjamim . Ele subiu na borda da piscina,
caminhou em câmera lenta, f e z cara de poderoso,
estufou o peito e gritou:

“AH É?!?! ENTÃO EU SOU O JESUS!”

Gritou e “voou” para cima de mim.

Quem resistiria a isso? Af undei derrotado pelo


golpe “Do Jesus”, mas sorrindo por dentro, aliviado
pela sensação de missão cumprida.

Eu criei um personagem imbatíve l, deixei o


Benjamim sem saída; não havia Batman que vencesse
o SUPER PAPAI. Mas ele apelou para o maior de
todos, o único e verdadeiro super herói. Aquele que
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veio para nos dar a vida eterna no céu e nos livrar da
condenação ao inferno.

Meu alívio é de alguém que conseguiu passar


uma mensagem bem clara a um garotinho de apenas 6
anos. Sim, o Benjamim entendeu que não há nome
mais doce, ninguém mais digno e ninguém tão
poderoso do que Jesus Cristo, o Na zareno.

Ele entendeu, você também entende; nossa


f unção agora é fazer com que muitos, ou todos,
entendam que Jesus é nossa salvador, o maior e
melhor super -herói que existe.

Obrigado Jesus. A pró xima ge ração está sendo


bem preparada.

Que o poder de Seu nome siga f luindo de nos sos


lábios (e livros) d urante toda minha vida, a vida da
Claudia, da Rapha, da Luana e do Benjamim.

Assim que eu oro , agradeço e f inalizo este livro ;


em nome de Jesus, Amém mmmmmmmmmm !

123
CONCLUSÃO

C
aro(a) leitor(a), espero que tenha gostado
da leitura, que tenha sido leve e agradável;
mas também espero que, de alguma forma,
você tenha sido conf rontado e provocado. Que cada
palavra lida tenha te impulsionado para mais perto de
Deus, de Jesus e do Espírito Santo.

Tenho dois objetivos com este livro :

1. Te f azer entender Deus como Pai, O Melhor Pai.


2. Te mostrar Deus como alguém acessível e amigo.

Ninguém pode te entender mais do que Jesus;


além de ter te cria do (sim, Ele esta va na criação) Ele
viveu coisas muito semelhantes às que você vive
(sejam boas ou ruins).

Se homens te machucaram, magoaram, traíram;


pense Nele. Ninguém f oi mais machucado, magoado e
traído do que Ele.

Se a vida não parece justa contigo; pergunto: Foi


justa com Ele?

Lembre -se de que Ele nos avisou dos problemas


(“No mundo terei af lições”) e, p asme, Ele se dispôs a
viver isso em S ua passa gem aqui na terra. Mesmo
sendo Criador e D ono de tudo Ele decidiu se diminuir
e humilhar por amor a nós. Sim, Ele te ama a esse
ponto.

124
Busque a Ele, clame a Ele, viva p or Ele, viva
para Ele. Funcio nou comigo, cr eio que f uncionará
contigo também.

Um f orte abraço, até o próximo livro.

Deus abençoe,

Marcello Salvate

Caso queira f azer alguma crít ica, elogio, doação


ou convite para ministração ; por f avor, não deixe de
entrar em contato comigo atra vés do @marcellosalvate
nas redes sociais. Será um privilégio te responder!

Arte de capa by @jessiif aria

Arte do pré -lançamento by @oericsouza

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Nós cinco, lit or a l paulist a, Ma io de 2019

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