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Um dia alguém sugeriu que isso era coisa de espiritismo e que o melhor era
encaminhá-lo à recém-fundada Federação Kardecista de Niterói.
Sr. José: - Você se identifica como um Caboclo, mas eu vejo em você restos de
vestes clericais.
O Espírito: - O que você vê em mim, são restos de uma existência anterior. Fui Padre,
meu nome era Gabriel Malagrida e, acusado de bruxaria fui sacrificado na fogueira
da inquisição por haver previsto o terremoto que destruiu Lisboa em 1755. Mas, em
minha última existência física, Deus concedeu-me o privilégio de nascer como um
Caboclo brasileiro.
O Espírito: - Se é preciso que eu tenha um nome, digam que eu sou o Caboclo das
Sete Encruzilhadas, pois para mim não existiram caminhos fechados. Venho trazer a
UMBANDA, uma RELIGIÃO sem nenhum PRECONCEITO NÃO diferenciando rico ou
pobre, poderoso ou humilde, todos se tornam iguais na morte, mas vocês homens
preconceituosos, não contentes em estabelecer diferenças entre os vivos, procuram
levar essas mesmas diferenças até mesmo além da barreira da morte. Porque não
podem nos visitar esses humildes trabalhadores do espaço, apesar de não haverem
sido pessoas importantes na terra, também trazem importantes mensagens do
além? Por que não aos Caboclos e Pretos Velhos? Acaso não foram eles também do
mesmo Deus?...
"Amanhã na casa onde meu aparelho mora, haverá uma mesa posta a toda e
qualquer entidade que queira ou precise se manifestar independentemente daquilo
que haja sido em vida, e todos serão ouvidos e nós aprenderemos com aqueles
espíritos que souberem mais e ensinaremos aqueles que souberem menos e a
nenhum viraremos as costas e nem diremos não, pois está é a vontade do Pai."
A denominação Tenda foi justificada assim pelo Caboclo: Igreja, Templo, Loja
dão aspecto de superioridade enquanto que "TENDA" lembra uma CASA HUMILDE.
...
Ronaldo Linares fez seu primeiro contato com Zélio Morais em 1970. Antes
disso, em 1969, o pesquisador norte americano, David St. Clair fez a mesma
descoberta em sua estada no Brasil, escrevendo:
O povo que vinha até Zélio para consultas acreditava em todas as coisas que o
Caboclo dizia, por ser ele, antes de tudo, um deles. Ele não era apenas o fantasma de
algum mestiço morto, mas era um espírito mestiço na tradição dos espíritos da selva
africana. Ele era uma mistura de sangues. Os brasileiros que conversavam com ele
também eram uma mistura de sangue. Ele conhecia sua nação e havia testemunhado
sua história. Ele falava sua língua, não o dialeto de alguma tribo africana. Ele era um
deles e isto era terrivelmente importante.
A palavra Umbanda, segundo Cavalcanti Bandeira em sua grande obra "O que
é Umbanda", é originária da língua Quimbundo, encontrada em muitos dialetos
Bantus, falados em Angola, Congo, Guiné e não é segredo algum, pois, em virtude
dos interesses comerciais e do período em que Portugal manteve suas colônias na
África, foi devidamente estudada, existindo várias gramaticas de autores
insuspeitos, em que são citados as palavras Umbanda e Quimbanda, nomes comuns
na África. Às vezes como o espírito dessa mesma nação.
* a magia da Pajelança
* o ritual do Candomblé
Foi fundada pelo Caboclo das 7 Encruzilhadas (que foi padre) através do
médium Zélio de Moraes, em 15/11/1908, inaugurando a 1º tenda no país.
Foi delineada para a Umbanda, pelos espíritos de luz, como doutrina básica
espiritual a utilização dos médiuns como veículos de suas mensagens e
ensinamentos sempre fundamentados na caridade.
Pratique a caridade, seja lá como for: por intenção ou sentimentos bons, por
generosidade e até mesmo por vaidade, faça a caridade quer material, quer moral,
quer mediúnica os desesperados e de caídos por causas morais, emocionais e
astrais são incontáveis e a esses nem sempre a roupa e o pão fazem falta. É o unico
cheque que você poderá sacar no banco carmico do astral.
A caridade feita com orgulho ainda assim tem seu valor (contrariando o
kadercismo e o evangelho).
1. CONSIDERAÇÕES GERAIS
2. SINTESE DO ESTATUTO
.Preceito
.Banho de descarrego
.Vestuário
.Apetrechos
.Saudações
.Giras
.Local do médium
.Corrente
.Defumação
.Prece de caritas
.Entrada e Saída
.Atendimento
.Pontos Cantados
.Pontos Riscados
.Banho
.Atualizações
.Mensalidades
.Reuniões
.Jogo de Búzios
.Cambono
.Recomendações
2. SINTESE DO ESTATUTO
PRESIDENTE / DIRETORIA
SECRETÁRIO
TESOUREIRO
MÉDIUNS
HIERARQUIA ESPIRITUAL
BABALORIXÁ
IABÁ
Prepara os Abasses.
ASSISTÊNCIA / FILHOS DE FÉ
Todo médium, para sua proteção, deve tomar o seu banho de defesa antes do
trabalho espiritual, ou mesmo quando se sentir nervoso, irritado ou como uma
simples proteção.
Esses banhos deverão ser feitos sempre com ervas frescas, as ervas secas
são próprias para a defumação.
As ervas não deverão ser cozidas, mas sim escaldadas em água fervente,
depois de frias, pode-se espremer para extrair maior quantidade de sumo da planta.
O banho deverá ser coado, pois uma vez jogadas as ervas no corpo, estas deverão
ser despachadas em água corrente, enquanto que coadas podem ser jogadas no
lixo. (Ecologicamente falando, ao invés de jogar as ervas no lixo pode se devolve-las
a terra para que se tornem adubo)
Na gira de Exu, recomendamos um banho com fumo, folha de manga, pinga, ou três
gotas de urina – isso não é obrigatório.
Quando for colher ervas para seu banho, deve sempre pedir licença aos Elementos
da Natureza e após a coleta agradecer pelo que foi colhido.
APETRECHOS
O pano branco deverá ser usado para bater cabeça e ao fazer reverência ao
Conga. Também pode ser usado para amparar as pessoas que estão sendo giradas.
É de responsabilidade do médium trazer o material usado costumeiramente por seus
Guias e Mentores (velas, pembas, alfazema, flores, etc.) Quando não tiver o material,
a Casa poderá emprestar devendo o médium devolver na próxima gira.
As Guias de Santo, usadas pelos médiuns, deverão ser cruzadas pelo Babalorixá ou
Pai pequeno. É aconselhável que somente o médium toque em suas guias, devendo
pedir a um guia, costumeiramente, que benza ou limpe as energias das guias
usadas.
SAUDAÇÕES
Antes do inicio da gira, devemos saudar o Conga batendo a cabeça no chão (usando
o pano branco) em sinal de respeito e humildade com a Casa e com os Mentores e
Guias Espirituais. No ato, devemos pedir proteção a Deus e aos Orixás, fazendo o
proposito de entregar o corpo aos Guias de Luz e a Alma a Deus.
SAUDAÇÕES DOS ORIXÁS
Oxalá
Iemanjá
Obaluaê
Oxossi
Iansã
Oxum
Iorimá
Xangô
Nanã
Omolu
Iori
Ciganos
Crianças
Baiano
Marinheiros
Caboclos
Pretos Velhos
GIRAS
1- FREQUÊNCIA
Toda eventual ausência deverá ser justificada.
Duas faltas seguidas ou três alternadas, no mesmo período sem justificativa,
será solicitado ao médium de 5º feira sua ida para a gira de 3º feira, até
completar 4 giras e assim se reintegrando com os fluidos de todas as
correntes espirituais que trabalham na casa. Os médiuns de 3º feira, passarão
para a assistência, também por 4 giras com a mesma finalidade acima citada.
2- HORARIO
As nossas reuniões iniciarão pontualmente as 20:00 horas.
Os médiuns deverão estar no salão de atendimento com uma antecedência de
pelo menos 10 minutos antes do inicio, para relaxamento e harmonização
com os guias do trabalho da noite. O ambiente deverá estar preparado com
musica e incenso.
3- TRABALHO DE CHÃO
O médium que solicitar trabalho de chão, deverá acompanhar sua execução,
para melhor orientar a pessoa necessitada. A participação afetiva da pessoa é
imprescindível, através da leitura do Evangelho, preces e mudança do padrão
vibratório, eliminando magoas e ressentimentos, ter fé e confiança na
proteção espiritual da casa, e assim obter êxito nos trabalhos.
4- NOVOS ELEMENTOS
As pessoas que desejarem ingressar na casa para desenvolverem sua
mediunidade ou ingressar na nossa religião, inicialmente devem participar da
assistência de 3º feira, até se integrarem a Casa e passarem para a corrente,
com previa aprovação dos dirigentes.
5- ATENDIMENTO
Fica estabelecido que toda e qualquer pessoa só poderá consultar um guia
espiritual por gira, tendo que retirar previamente uma senha de atendimento.
Eventuais exceções, somente com prévia aprovação dos dirigentes.
6- HARMONIA DA CASA
Todas as eventuais desarmonias entre filhos da corrente ou frequentadores
da casa deverão ser plenamente esclarecidas. As correntes mediúnicas
trabalham no sentido de praticar a caridade, e ela não pode ser formada com
elementos vibrando negativamente.
A nossa religião é cristã (o nosso Oxalá), o patrono da casa é Jesus, e um de
seus maiores mandamentos foi: “Amai o próximo com a si mesmo”.
7- INTEGRAÇÃO NOS TRABALHOS DA CASA
Todos os componentes da casa indistintamente, deverão participar da pelo
menos uma “Comissão de Trabalhos” e se necessario haverá rodizio entre
seus participantes.
INTRODUÇÃO À UMBANDA
O que importa é aprendermos o que é uma religião de fato. Pois cada religião
tem uma forma de entender Deus. Independentemente do ritual praticado todas as
religiões são necessárias, desde que sigam os princípios morais de amor e caridade
ensinados pelo Cristo.
HINO A UMBANDA
Avante filhos de fé
A bandeira de Oxalá.
PRECE DA FRATERNIDADE
contra as forças do mal que tentam dominar o mundo. Que assim Seja!
contra as forças do mal que tentam dominar o mundo. Que assim Seja!
contra as forças do mal que tentam dominar o mundo. Que assim Seja!
OLORUN OU ZAMBI
1º Grandeza
Não é homem nem mulher, nem qualquer dos opostos conhecidos pela mente
humana, acanhada, estreita, mesquinha, sofrida, temerosa, invigilante, ilusória, cujo
valor reconhecidamente está limitado.
O tratamento que lhe damos como Pai Olorun ou Zambi, expressa o nosso
anseio na busca de proteção, paternidade óbvia que envolve todos os seres do
Universo com o seu Criador.
Que a paz, a misericórdia de Olorun sejam percebidas e sentidas finalmente
por todos os corações que buscam a fonte da vida no viver de cada dia.
Gloria a Olorun
Os Orixás
2º Vibração
Oxalá
Seus Filhos:
Apesar de faltarem-lhe iniciativa, os filhos de Oxalá são os melhores
companheiros. Cuidadosos, responsáveis, calmos, francos. Sabem dar bons
conselhos, daí serem chamados para apresentarem seus pareceres. Não trocam de
parceiros, sendo muito estáveis, mesmo que, alguns, sejam galanteadores e
idealistas. Não gostam de discussões, porém apreciam mais as conversas que os
livros. Parece que tudo
sabem, mesmo não tendo estudado, possuindo grande sensibilidade.
Ibeji
(Cosme e Damião)
Iemanjá
“A Mãe dos Peixinhos”, como seu nome significa é, sem dúvida, amais
popular na América. Seu caráter maternal e protetor é célebre nos mitos, tanto que
divide as atribuições da gestação e fartura na natureza com Oxum, sendo que a
segunda tornou-se a guardiã das crianças pequenas (as que não falam ainda) e
Iemanjá continua acalentando, maternalmente, toda a Criação. No Brasil, teria
gerado
todos os Orixás com Oxalá, o pai mítico, com exceção dos filhos de Nana. E, mesmo
assim, teria adotado e curado o jovem Xapanã, filho daquela, abandonado pela mãe
ao nascer.
Na Umbanda não lhe pertence apenas o majestoso mar, mas todas as águas
materiais e espirituais, agregando em si as falanges de Oxum, Iansã, Nana, Oba e
Eua, presentes separadamente no Candomblé. Por isso, as legiões de Iemanjá
manipulam os trabalhos de purificação e desobsessão, junto ao seu elemento, em
amplo descarrego magnético. Determinam a cura das doenças mentais e seu
tratamento, pois detêm toda a área dos sentimentos nobres que procuram estimular
em todas as criaturas.
Seus Filhos
Serão explicados apenas os filhos de Iemanjá, tendo-a como Orixá de cabeça, não se
citando as demais senhoras das águas. As mulheres costumam ser robustas, de
andar pesado e lento. Prendem tudo à sua volta, sendo extremamente apegadas aos
filhos, ao lar e às coisas. Tudo guardam, nada põe fora. São queixosos, lamurientos,
não sendo ativos. Guardam rancores por longo tempo, sendo difícil perdoarem. Mas
são bondosos, pacientes e muito bons educadores.
Oxum
Seus Filhos
Um filho de Oxum é arredondado, por adorar doces e boas comidas. Seu rosto é
harmonioso, delicado, sempre com um sorriso suave e olhares meigos. Fala
amenidades o tempo todo, tendo um dom natural de descobrir os defeitos alheios e
expô-los com leviandade e graça. Se provocado, nunca discute, mas trama a
revanche em silêncio e será raro ver-se um filho desse Orixá sofrendo infortúnios na
vida, sempre contando com o apoio de alguém para auxiliá-lo. Explicado pelos
mitos, seus filhos possuem enorme paixão por joias, tendo sempre uma coleção, de
acordo com suas posses. Apesar de discretos, são muito dengosos e sensuais,
cultivando todos os prazeres da vida.
Iansã
Seus Filhos
São fáceis de identificar. Muito extrovertidos, gesticulam muito, turbulentos,
parecendo verdadeiros temporais. Não passam despercebidos, pois tudo fazem para
chamar a atenção, sendo brilhantes em qualquer atividade ou reunião. Têm
iniciativa, mas são autoritários e não admitem questionamentos. E, se houver,
sofrem súbitas crises de cólera, tornando-se cruéis. Um filho de Iansã veste-se com
ousadia, com muita originalidade. Se solteiros, trocam de parceiros constantemente,
se não, são dedicados e sinceros.
Nanã
Xango
Justiça. Toda a sua força pode ser resumida nesse palavra. É o senhor dos trovões,
dos raios, do fogo, que divide com Iansã, sua lendária rainha. É a ele que os
ofendidos, os humilhados, recorrem em busca de reparo. Seu domínio se estende a
todas as atividades intelectuais, filosóficas ou científicas. Promove o
desenvolvimento da cultura, da aplicação das leis, do poder como gerador do
progresso, daí associá-lo sempre à figura do rei doador do trabalho, das atribuições
que cada um tem no mundo. Divide com Ogum as demandas judiciais que nascem
da sabedoria de Xangô e da força de vencer do outro. Aqueles que procuram
descobrir a verdade recorrem a Xangô. É ele que faz a melhora nos estudos e a
capacidade de exprimir as idéias através das palavras. Favorece as promoções e a
procura de trabalho. Nos casos de calúnia e falsidades faz justiça, estendendo sua
atuação às associações humanas de toda a espécie.
Seus Filhos
Parecem príncipes. Altivos, passando por arrogantes. No físico, são atarracados,
baixos, famosos pelas testas altas e olhar franco. São ciumentos e possessivos
naquilo que conquistam. Nunca lhes faltam recursos para viver e será raro ver-se um
filho de Xangô na miséria. São ousados, persuasivos, irresistíveis pela sua retidão
de caráter e facilidade de expressão. Não são preguiçosos, mas gostam da vida onde
seja exigido menor esforço. Adoram boas comidas, roupas e acessórios. Aos seus
filhos, Xangô não tolera a mentira, a corrupção dos valores e a deslealdade.
Ogum
Seus Filhos
Tendem a ser magros, rosto comprido, olhar penetrante. Seus filhos costumam ser
implicantes, impertinentes, de subidas explosões de raiva. Parecendo que estão
sempre “comprando briga” à sua volta. As bebidas e a boemia lhes fascinam, como
aos filhos de Exu. Ambos são inconstantes nos amores, possuindo grande sedução
natural. No trabalho são hábeis, rápidos e muito honrados nos compromissos que
assumem.
Oxóssi
Seus recursos, na Umbanda, vêm de todo o verde do mundo, já que a ele estão
associados Ossãe (o Orixá das ervas medicinais e religiosas), Otim e todos os
Orixás das matas e campos agrícolas. Comandam as plantações, e, de certa forma, o
tempo exterior através do manuseio dos ventos de Iansã, das chuvas, das estações.
Suas entidades participam das atividades de cura, extraindo os mais diferentes
recursos da natureza, vitais no processo de extermínio dos males físicos e
espirituais. Congrega doutrinadores de grande porte e evangelizadores, ligados
alguns às linhas de Xangô, na busca incessante das almas escravizadas no erro, daí
ser explicado o termo “caçador”, visto do ponto de vista espiritual. Na linha de
Ogum, trabalham cruzados os conhecedores dos segredos das matas e dos
caminhos que levam ao conhecimento dos remédios.
Seus Filhos
O ar esquivo dos filhos de Oxóssi é inconfundível. Muitos são amorenados,
parecendo caboclos, outros possuem como características físicas o porte longilíneo
e ágil. São frios, calmos e, se porventura não forem belos, coisa rara de acontecer,
seu charme de aparência distante torna-os cativantes. Para eles, a solidão não é
incômodo. O silêncio que tanto procuram os fazem intelectuais, curiosos, artistas ou
atletas. São muito francos e simples de modos, daí detestarem reuniões onde rola a
frivolidade. São modestos nas qualidades que possuem.
Obaluaiê / Omolu
Suas falanges trabalham atuando nos cemitérios; desperta medo por sua forma
misteriosa, sob as palhas da cabeça aos pés em suas manifestações no Candomblé.
Omolu ou Obaluaiê merece ser citado como um dos principais Orixás de Umbanda. É
invocado como o médico dos pobres, pois além de ser o causador de todas as
epidemias e doenças, pode curar, sem distinção nenhuma. Suas falanges atuam no
acompanhamento do desencarne e no controle do fluxo de fluidos densos vindos
dos cemitérios e de regiões pantanosas, com fins curativos ou de cobrança de
carmas dos indivíduos através das moléstias.
Seus Filhos
O pessimismo é sua principal característica. Não são belos, nem sensuais, mas
possuem uma mente privilegiada. Um sentimento de rejeição inexplicável
acompanhado de melancolia lhes persegue, tornando-os tristes e frios. Se
conquistados em seu afeto, são extremamente leais, honestos e amáveis. Possuem
doenças de pele, desde acne excessiva a cicatrizes vindas de doenças na infância.
Alguns têm facilidade de machucar as pernas. Seus rostos parecem desprovidos de
rubor, com tendência à palidez.
Exu
Na linha do Orixá Exu trabalham os Elebaras. São formados pelos Exus (entidades
que se manifestam como homens) e Pombagiras ou Bombo-Giras (como mulheres),
brincalhões, atrevidos e até malcriados, mas sempre muito responsáveis naquilo
que fazem. É impossível desvincular Exu da Umbanda, a chamada de Linha Branca,
já que suas falanges determinam o bom andamento dos trabalhos, mesmo que, por
determinação da diretoria das casas, não incorporem junto ao público. É Exu o
policial, o executante das ordens de todos os Orixás no plano mais denso. É o
mensageiro, o que entra e sai das zonas umbralinas, sem temor, assumindo formas
ameaçadoras para fazer-se respeitar. Sem ele, a força dos Orixás não atuaria no
mundo, pois é ele o operário incansável. Temido por não admitir a desobediência, é
ele quem aplica os castigos, fazendo, na verdade, cumprir a lei de causa e efeito,
desmanchando a magia negra. Mesmo punindo, quando há mérito, Exu cura,
concede maiores facilidades em alcançar o que desejamos. São os faxineiros do
astral, porque purificam os ambientes e pessoas. É comum ver-se suas legiões
preocupadas em alertar contra males, jamais trabalhando contra a lei divina do amor.
Seus Filhos
Amplo, imenso sorriso. Têm sempre uma observação matreira, uma mentira para
todos darem boas gargalhadas. Ou expor o defeito alheio, sem nenhuma piedade.
Não se preocupam com o bem ou o mal, querem apenas viver e se divertir. Se
alguma coisa os desagrada, não temem ser violentos, usando de todos os truques
que aprenderam em sua atribulada vida. Sempre criando confusões, são boêmios,
amam o sexo e são muito sedutores em suas conquistas.
As 7 linhas de Umbanda
1º linha Oxalá
2º linha Iemanjá
3º linha Xango
4º linha Ogum
5º linha Oxossi
6º linha Iori
7º linha Iorimá
1º LINHA: OXALÁ
2º LINHA: IEMANJÁ
3º LINHA: XANGÔ
4º LINHA: OGUM
Como já vimos, Ogum domina a primeira Linha de Umbanda, que controla todos os
fatos de execução e cobrança do carma de cada indivíduo ou grupo, daí serem
soldados.
Oferendas: todas as falanges citadas recebem velas nas cores indicadas, cravos
vermelhos (alguns aceitam cravo branco também), cerveja branca, ou, menos
comum, vinhos, charutos e fósforos, sobre um pano branco.
5º LINHA: OXÓSSI
5º LINHA: IORI
Iori quer dizer “Vitalidade saindo da luz”. É formada pelas entidades que, por opção,
quiseram manter a forma infantil, algumas já em preparo para uma reencarnação
próxima. Onde for necessária uma vibração dirigida à alegria, à fraternidade e à
comunhão, lá estará a Linha de Iori que, por essa bela qualidade, domina as energias
mais sublimes do plano espiritual. Uma criança brincando, em um trabalho, não é
uma atividade infrutífera, como pensam alguns. É uma entidade que sabe
perfeitamente o que está fazendo, com o objetivo de descarrego de tudo o que está
em volta.
2. Falange de Doum
São entidades que nasceram no período do cativeiro como Doum, eram filhos de
mãe indígena e pai africano. Auxiliam os tratamentos médicos, protegendo os
profissionais da saúde e os enfermos, proporcionando mais integração entre ambos.
Cruza-se com a Linha de Iorimá (dos Pretos-Velhos) e aceitam suas oferendas em
jardins e praças.
3. Falange de Alabá
Cruza-se com Ogum, Oxumarê e Iemanjá. Da vibração dos três Orixás, recebem
condição de trabalhar com os militares, dando coragem e piedade aos que usam
farda. Suas oferendas são próximas a cachoeiras, pois as cores do arco-íris atraem
muito essa falange.
4. Falange de Dansu
Espalham-se nos dias de tormenta, com fins de proteger adultos e crianças nesses
dias, trabalhando também para Xangô. Gostam de fitas marrons e até seixos rolados
em suas bandejas, entregues nas pedras de cachoeiras.
5. Falange de Sansu
Legião de entidades que se apresentam como meninas, distribuidoras de ternura,
vinda de Deus. Trabalham cruzadas com Iemanjá. Devem ser entregues a elas:
conchinhas e estrelas-do-mar, na beira da praia, junto com os outros itens
da oferenda.
6. Falange de Damião
Cruza-se com Cosme e Doum, cuidando das crianças do espaço, ou seja, das
entidades recém-desencarnadas ainda crianças, de grande poder de cura. Vibram,
de preferência, nas praias e jardins, seu lugar para a entrega de oferendas.
7. Falange de Cosme
São eles que detêm a responsabilidade da guarda das crianças
recém-desencarnadas na Linha de Oxalá. Com o qual cruzam. Alimentam-nas com
fluidos delicados, chamados de “mel”, ou, talvez, os fluidos extraídos desse
alimento.
7º LINHA: YORIMÁ
Seu nome significa a lei na aplicação da vitalidade saindo da luz. É a linha do
aprendizado a duros custos, da compreensão das aflições, valorizando as lições da
vida. É a prática da caridade teórica, da humildade adquirida sob as mais cruéis
provações. São aqueles que ensinam que, mesmo mergulhados no erro, ainda há
esperanças. São os Pretos-Velhos.
Oferendas: cada Preto-Velho tem sua oferenda e gostos. Mas todos recebem
cigarros de palha, café, velas brancas e pretas (alguns, roxas), doces tradicionais
tipo pés-de-moleque, rapaduras, sagu, farofa com linguiça picada e comidas típicas
do interior e da época em que viveram.
O Orixá Oxalá recebe diretamente do Cristo Planetário, o Senhor Jesus, o Divino Oxalá, os
efluxos de energia luminosa capaz de integrar a natureza e os homens na luz da fé
religiosa, emitindo a verdadeira paz.
A Umbanda reverencia esse Orixá com muito respeito e devoção, especialmente porque o
mesmo se encontra diretamente ligado à vibração energético de Jesus, sendo
retransmissor para os demais Orixás e respectivas vibrações, as ordens e comandos
celestiais emanadas do grande Cristo Planetário, dai o mito que diz ser Oxalá o pai de
todos os Orixás.
No Reino da natureza Oxalá se irradia através do elemento AR, como não poderia deixar de
ser, sendo esse elemento natural de importância capital à existência da vida e o condutor
natural de todos os outros elementos: o fogo através da temperatura; da terra através da
poeira; da água através da umidade.
Oxalá reina só, nos campos magnéticos positivo e negativos do elemento energético eólico,
do ar. Sendo ele o regente maior e necessário à existência da vida, enquanto elemento da
natureza; e da proximidade do Pai Criador, através da vibração da fé.
A refulgência do astro rei, o SOL empresta às ações deste maravilhoso Orixá atitudes
idênticas em perfeita consonância com as irradiações de Jesus.
As atribuições de Oxalá são as de não deixar um só ser sem o amparo religioso, sem a
vibração da Fé. Mas nem sempre o ser absorve suas irradiações quando está com a
mente voltada para o materialismo desenfreado dos espíritos encarnados.
É uma pena que seja assim, porque os próprios seres se afastam da luminosa e cristalina
irradiação do Orixá Oxalá, e entram nos gélidos domínios da descrença e das trevas, pela
ausência da luz da fé.
2º Raio – Alento Criador – IEMANJÁ
Iemanjá surge para o Umbandista como a Luz da Vida, que através das águas do mar
purifica e limpa os corpos do ser, na perspectiva da Vida verdadeira, a vida do espírito. A
força das águas salgadas é muito grande como elemento desintegrador dos miasmas e
energias negativas e pesadas, por isso muito usada nas elaborações mágicas e
tratamentos de limpeza espiritual.
A Vibração de Ogum, por ser a ordenação, por meio da Lei Divina, nos caminhos e estradas
da natureza e da vida dos seres, faz com que o mesmo seja Responsável e coordenador da
Linha dos Exus de Lei.
IBÊJI é o regente da Vibração responsável pela Linha das Crianças. Para cada Vibração de
Orixá existe as diversas falanges de Crianças que estão sob a Vibração direta desse Orixá.
O Orixá Ibêji coordena a emanação e ordenação dos espíritos falangeiros que trabalham
sob essa roupagem fluídica de Criança. Daí podermos dizer que as Crianças pertencem à
Linha de Ibêji, embora sua Vibrações sejam variadas.
Oxóssi é o caçador por excelência, mas sua busca visa o conhecimento. Logo, é o cientista
e o doutrinador, que traz o alimento da fé e o saber aos espíritos fragilizados tanto nos
aspectos da fé quanto do saber religioso.
Oxossi é o grande Caçador Divino, pois caça, através do arco e flecha do conhecimento e
do raciocínio sábio, as almas dos seres encarnados e desencarnados, curando-os da lepra
da ignorância, abrindo-lhes o raciocínio para o entendimento das belezas e da sabedoria do
espírito a caminho da Casa do Pai.
Junto a Oxossi, o Orixá Ossãe desempenha o mesmo papel, através
da manipulação das ervas, dotando-as de atividades energéticas
medicinais e litúrgicas. Medicinais no sentido da cura do físico,
emocional e psíquico dos seres. Litúrgico pela concentração, de
forma essencial, de energias da terra, da água, do fogo e do ar,
servindo para o culto dos diversos Orixás ou manipulações
magísticas.
As ervas têm ainda o poder de limpeza, quando usadas de forma correta, desintegrando
miasmas e energias deletérias que ficam fixadas nos nossos corpos etéricos e
perispirituais.
Na linha elemental da Justiça, ígnea por excelência, ele se polariza com Iansã,
equilibradora e cumpridora da Lei.
A presença do Orixá Xangô na vida dos seres realiza o equilíbrio e com seu fogo elétrico
implanta a razão como fonte de discernimento harmonioso face a evolução.
Xangô é a força que segura e defende os seres, à luz da misericórdia divina. A Justiça
personificada por Xangô tem como escopo equilibrar os seres debaixo das Leis Divinas,
para o que este Orixá se coloca como pedra de segurança e defesa dos filhos de Deus que
aceitem a busca do crescimento e da vivência do amor.
Como Ogum, também Xangô se manifesta nos diversos campos naturais, em busca dos
seres para equilibrá-los 44ustifica-los, à luz da Lei de Deus. Assim vejamos os nomes
místicos que assumem os Mensageiros de Xangôs, quando vibrados pela presença desse
grande Orixás nos diversos campos naturais:
Lansã aplica a Lei nos campos da Justiça e é extremamente ativa. Uma de suas atribuições
é colher os seres fora-da-Lei e, com um de seus magnetismos, alterar todo o seu
emocional, mental e consciência, para, só então, redirecioná-lo numa outra linha de
evolução, que o aquietará e facilitará sua caminhada pela linha reta da evolução.
Iansã é o Orixá que se expressa por meio da ventania e sua eletricidade energizadora. Se
podemos encontrar no raio elétrico a presença maciça da energia vibratória de Xangô, na
eletricidade das ventanias encontramos nas tempestades a presença marcante da energia
inquieta de Iansã.
A Orixá Oxum é a regente magnética irradiante da linha do Amor e atua na vida dos seres
estimulando em cada um os sentimentos de amor, fraternidade e união.
Na Coroa Divina, a Orixá Oxum surge a partir da projeção do Amor. Oxum assume os
mistérios relacionados à concepção de vidas porque o seu elemento atua nos seres,
estimulando a união e a concepção.
São as águas doces, águas dos rios, dos poços e minas que fornecem, de forma mais
acentuada, a projeção da vibração desse Orixá do Amor.
Oxumaré, tal como revela a lenda dos orixás, é a renovação contínua, em todos os
aspectos e em todos os sentidos da vida de um ser. Sua identificação com Dã, a Serpente
do Arco-Íris, não aconteceu por acaso, pois Oxumaré irradia as sete cores que
caracterizam as sete irradiações Divinas que dão origem às Sete Linhas de Umbanda. E
ele atua nas sete irradiações como elemento renovador.
No Arco Íris, que é formado a partir da luz solar nas gotículas da água em evaporação,
encontramos a presença irradiante da vibração energética de Oxumare.
O planeta Saturno influi decisivamente na atuação do Senhor Obaluaiê e tem nele a mais
lídima expressão da sua influência na Terra.
Obaluaiê é o Orixá que atua na Evolução e seu campo preferencial é aquele que sinaliza as
passagens de um nível vibratório ou estágio da evolução para outro.
O Raio da Evolução, cujo pólo magnético positivo, está no Orixá Natural Obaluaiê, e em
cujo pólo magnético negativo, feminino e absorvente encontramos a Orixá Nanã Buruquê é
um Raio essencial no crescimento dos seres. Ambos são Orixás de magnetismo misto e
cuidam das passagens dos estágios evolutivos.
Ambos são Orixás terra-água. Ambos atuam em total sintonia vibratória, energética e
magnética. E onde um atua passivamente, o outro atua ativamente.
Nanã decanta os espíritos que irão reencarnar e Obaluaiyê estabelece o cordão energético
que une o espírito ao corpo (feto), que será recebido no útero materno assim que alcançar o
desenvolvimento celular básico (órgãos físicos).
É a Vibratória do Orixá “Obaluayê” que reduz o corpo plasmático do espírito até que fique
do tamanho do corpo carnal alojado no útero materno. Nesta redução (que é um mistério de
Deus regido por Obaluaiyê), o espírito assume todas as características e feições do seu
novo corpo carnal, já formado.
Muitos associam Obaluaiyê apenas com o Orixá curador, que ele realmente é, pois cura
mesmo! Mas Obaluaiyê é muito mais do que já o descreveram. Ele é o “Senhor das
Passagens” de um plano para outro, de uma dimensão para outra, e mesmo do espírito
para a carne e vice-versa.
Seu campo preferencial de atuação é o emocional dos seres que, quando recebem suas
irradiações, aquietam-se, chegando até a terem suas evoluções paralisadas. E assim
permanecem até que tenham passado por uma decantação completa de seus vícios e
desequilíbrios mentais.
Nanã forma com Obaluaiyê o sétimo Raio de Umbanda, que é a linha da Evolução. E
enquanto ele atua na passagem do plano espiritual para o material (encarnação), ela atua
na decantação emocional e no adormecimento do espírito que irá encarnar.
Estes são os Raios dos Orixás de Umbanda, comandantes das energias criadoras,
mantenedoras e transformadoras dos elementos da natureza e do processo de evolução
dos seres, diretamente ligados à nossa realidade encarnatória e ao mundo físico/astral,
tendo sob seus comandos legiões de espíritos de várias vibrações evolutivas dentro de seu
Raio. Eles realizam o milagre da vida e da ascensão espiritual e distribuem suas energias
no corpo da magia, para os locais que delas necessitam, para ajuda e fortalecimento dos
espíritos encarnados e desencarnados. Todos os Orixás são subordinados ao Cristo
Jesus que é o tutor máximo da Terra.
IBÊJI é o regente da Vibração responsável pela Linha das Crianças. Para cada Vibração de
Orixá existe as diversas falanges de Crianças que estão sob a Vibração direta desse Orixá.
O Orixá Ibêji coordena a emanação e ordenação dos espíritos falangeiros que trabalham
sob essa roupagem fluídica de Criança. Daí podermos dizer que as Crianças pertencem à
Linha de Ibêji, embora sua Vibrações sejam variadas.
As cores das guias dos Orixás
ORIXÁ FLORES
ORIXÁ BEBIDAS
ORIXÁ PEDRAS