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Iniciação a Umbanda

Por Diamantino Fernandes Trindade

INTRODUÇÃO DO ESPIRITUALISMO NO BRASIL

A Revolução Francesa marca na história a liberdade para o homem. Surge


nesta época o Kadercismo.

A era espirita é marcada oficialmente, pela publicação, em 18 de Abril de 1857,


do Livro dos Espíritos. Este livro se apresentava como código de uma nova fase da
evolução da humana. Allan Kardec, nascido a 03 de Outubro de 1804 na cidade de
Lion, serviu como intermediário para as primeiras manifestações do plano espiritual.
Sobre o Livro dos Espíritos erguia-se um edifício: O da Doutrina Espírita. O
espiritismo surgiu com ele e com ele se propagou.

O Brasil recebeu como herança do período colonial, uma formação católica. A


pressão exercida pela Igreja Católica Romana não permitia a livre manifestação dos
seguidores de outras crenças religiosas ou de livres pensadores. Só nos últimos
tempos a nossa sociedade permitiu certa liberdade de crença.

Na segunda metade do século passado encontramos os senhores do café


tendo a sua disposição os vastos recursos proporcionados pela multiplicação das
imensas fortunas obtidas com a lavoura do café.

Surgiram então os novos ricos que se regalavam com viagens em


confortáveis vapores aos mais importantes centros culturais e recreativos da
Europa, destacando-se Paris, onde a Revolução Francesa permitiu a liberdade de
crença para todo ser humano.

Desta maneira, alguns médiuns puderam passar a procurar respostas para


suas dúvidas depois de tomar conhecimento das experiências vividas por Allan
Kardec, com a possibilidade de comunicação com os espíritos dos mortos.

Sendo assim, a principio, o espiritismo foi praticado pela sociedade


aristocrática, fato que não necessariamente ocorria na Europa.

O Espiritismo no Brasil tornou-se rapidamente preconceituoso e pedante.


Quem em vida não houvesse sido importante, não tinha o direito de se manifestar
nas chamadas sessões espíritas (mesa branca). Isso se
justifica, pois até bem pouco tempo, as famílias que defendiam as doutrinas de
Kardec, haviam se beneficiado do trabalho escravo e suas fortunas eram
conseguidas a custa desse sangue escravo, de um povo negro que eles haviam
aprendido a renegar e desprezar. Por isso, numa mesa Kardecista, um médium que
incorporava um espírito que em vida havia sido um escravo, era de imediato
convidado a se retirar da sessão, acusado de praticar baixo espiritismo. Estávamos
em 1908 e esse era o quadro geral do espiritismo de então Brasil.
ZÉLIO DE MORAIS E AS PRIMEIRAS MANIFESTAÇÕES
ESPIRITUAIS NA UMBANDA - NA CIDADE DE NITEROI -
ESTADO DO RIO DE JANEIRO.

Em 1908, o jovem Zélio Ferdinando de Morais estava com 17 anos e havia


concluído o 2º grau e se preparava para ingressar na Escola Naval, quando fatos
estranhos começaram a lhe acontecer.

Ora ele assumia a estranha postura de um velho, falando coisas


aparentemente desconexas, como se outra pessoa e que havia vivido em outra
época, e em outras ocasiões, sua forma física lembrava um felino lépido e
desembaraçado que parecia conhecer todos os segredos da natureza, os animais e
as plantas.

Este estado de coisas chamou logo a atenção de seus familiares


principalmente porque ele estava se preparando para seguir carreira na Marinha.
Esse estado de coisas foi se agravando e os chamados "ataques" repetiam-se cada
vez com mais intensidade. A família recorreu então a um médico, diretor de um
hospício. Ao examina-lo e observa-lo durante vários dias, encaminhou-o à família,
dizendo que a loucura não se enquadrava em nada do que ele havia conhecido,
ponderando ainda, que melhor seria encaminha-lo a um padre, pois o garoto mais
parecia endemoniado. Através do sacerdote, também tio de Zélio, foi realizado
exorcismo para livrá-lo daqueles incômodos ataques. Entre tanto nem esse, nem os
outros dois exorcismos realizados posteriormente, inclusive com a participação de
outros sacerdotes católicos conseguiram dar a família Morais o tipo desejado de
sossego, pois as manifestações prosseguiram, apesar de tudo. A partir dai, a família
passou a correr atrás de toda e qualquer melhora, ou melhor, informação, que lhe
trouxesse a esperança de uma solução para seu filho.

Um dia alguém sugeriu que isso era coisa de espiritismo e que o melhor era
encaminhá-lo à recém-fundada Federação Kardecista de Niterói.

O jovem Zélio foi conduzido a 14 de Novembro de 1908 á presença de José de Souza.


Estavam num daqueles chamados ataques, que nada mais eram incorporações
involuntárias de diferentes espíritos; e lá chegando, José, médium vidente,
interpelou o espírito manifestado e foi aproximadamente este diálogo ocorrido:

Sr. José: - Quem é você que ocupa o corpo desse jovem?

O Espírito: - Eu? Eu sou apenas um Caboclo brasileiro.

Sr. José: - Você se identifica como um Caboclo, mas eu vejo em você restos de
vestes clericais.
O Espírito: - O que você vê em mim, são restos de uma existência anterior. Fui Padre,
meu nome era Gabriel Malagrida e, acusado de bruxaria fui sacrificado na fogueira
da inquisição por haver previsto o terremoto que destruiu Lisboa em 1755. Mas, em
minha última existência física, Deus concedeu-me o privilégio de nascer como um
Caboclo brasileiro.

Sr. José: - E qual é o seu nome?

O Espírito: - Se é preciso que eu tenha um nome, digam que eu sou o Caboclo das
Sete Encruzilhadas, pois para mim não existiram caminhos fechados. Venho trazer a
UMBANDA, uma RELIGIÃO sem nenhum PRECONCEITO NÃO diferenciando rico ou
pobre, poderoso ou humilde, todos se tornam iguais na morte, mas vocês homens
preconceituosos, não contentes em estabelecer diferenças entre os vivos, procuram
levar essas mesmas diferenças até mesmo além da barreira da morte. Porque não
podem nos visitar esses humildes trabalhadores do espaço, apesar de não haverem
sido pessoas importantes na terra, também trazem importantes mensagens do
além? Por que não aos Caboclos e Pretos Velhos? Acaso não foram eles também do
mesmo Deus?...

"Amanhã na casa onde meu aparelho mora, haverá uma mesa posta a toda e
qualquer entidade que queira ou precise se manifestar independentemente daquilo
que haja sido em vida, e todos serão ouvidos e nós aprenderemos com aqueles
espíritos que souberem mais e ensinaremos aqueles que souberem menos e a
nenhum viraremos as costas e nem diremos não, pois está é a vontade do Pai."

Sr. José: - E que nome darão a está Igreja?

O Caboclo: - TENDA NOSSA SENHORA DA PIEDADE, pois da mesma forma que


MARIA ampara nos braços o filho querido, também serão amparados os que se
socorrerem da UMBANDA.

A denominação Tenda foi justificada assim pelo Caboclo: Igreja, Templo, Loja
dão aspecto de superioridade enquanto que "TENDA" lembra uma CASA HUMILDE.

Desta forma, na sala de jantar da família Morais, um grupo de curiosos


Kardecistas compareceu no dia 15 de Novembro de 1908 para ver como seriam
essas incorporações, para eles indesejáveis ou injustificáveis. Alguns médiuns que
haviam sido escorraçados de mesas Kardecistas, por haverem incorporado
Caboclos, Crianças, ou Pretos Velhos se solidarizaram com aquele garoto que
parecia anjo estar compreendendo o que lhe acontecia e que de repente se via como
Líder de um grupo religioso, obra essa que deveria durar a sua vida e que só
terminaria com a sua morte.

...

A Tenda Nossa Senhora da Piedade é reconhecida hoje como a primeira


Tenda de Umbanda e a data de 15 de Novembro de 1908 é reconhecida como a data
de fundação oficial da Umbanda.

Ronaldo Linares fez seu primeiro contato com Zélio Morais em 1970. Antes
disso, em 1969, o pesquisador norte americano, David St. Clair fez a mesma
descoberta em sua estada no Brasil, escrevendo:

"O homem a quem geralmente se atribui o crédito da criação da Umbanda é Zélio


Morais. Ele era alto, loiro e pele branca. Foi educado no Catolicismo, mas era
constantemente molestado com a possessão de um espírito índio brasileiro mestiço
chamado Caboclo das Sete Encruzilhadas. Caboclo é a denominação de ser mestiço
de índio e negro, ele estava em comunicação direta com espíritos africanos do
Candomblé e também em excelentes relações com os espíritos dos Índios locais."

O povo que vinha até Zélio para consultas acreditava em todas as coisas que o
Caboclo dizia, por ser ele, antes de tudo, um deles. Ele não era apenas o fantasma de
algum mestiço morto, mas era um espírito mestiço na tradição dos espíritos da selva
africana. Ele era uma mistura de sangues. Os brasileiros que conversavam com ele
também eram uma mistura de sangue. Ele conhecia sua nação e havia testemunhado
sua história. Ele falava sua língua, não o dialeto de alguma tribo africana. Ele era um
deles e isto era terrivelmente importante.

Zélio tinha ouvido sobre Kardec e havia estado em alguns encontros de


macumba que ocorreram no Rio no estilo do Candomblé, mas o Caboclo disse a e le
que nada do que se criara estava certo, e ditou uma nova série de regras,
regulamentos, rituais, cantos, toques de tambor, curas através das ervas, cursos,
passos de danças etc. O povo vinha a ele para obter conselhos, curas, conforto
espiritual. Seus assistentes começaram a serem possuídos por outros espíritos
brasileiros nativos, espíritos que representavam escravos, negros, e índios.

RAÍZES DO RITUAL UMBANDISTA


Quando Ronaldo Linares efetuou os primeiros contatos com Zélio indagou
sobre a origem do ritual Umbandista e ele fez os seguintes esclarecimentos: O rito
nasceu naturalmente em consequência da presença do Índio e pela presença do
elemento negro, não tanto pela presença física do negro, mas sim pela presença do
Preto Velho incorporado e para ser mais preciso, no mesmo dia e pela primeira vez
houve a incorporação de Pai Antônio naquela que haveria de ser a primeira Tenda de
Umbanda do Brasil. Perguntado se tem saudades de alguma coisa que deixou ficar
na terra, ele respondeu "Meu Cachimbo, nego que o pito deixou no toco... Manda
muleque buscar". A alegria do velhinho em poder pitar novamente o seu cachimbo,
logo seria repetida quando dos outros médiuns já mencionados, também passaram
livremente a permitir a presença de seus Caboclos, de seus Preto Velhos e demais
entidades consideradas não doutas pelos kardecistas de então, pobres tolos
preconceituosos que confundiam cultura com bondade.

Atualmente sabe-se que o uso do fumo pelas entidades incorporadas tem o


efeito purificador quando estas atendem alguma pessoa com problemas espirituais.
A fumaça age como desagregador de maus fluídos atingindo o períspirito dos
espíritos obsessores.

Por extensão destes hábitos incorporados ao terreiro, passou-se a oferecer


doces as crianças incorporadas e, às vezes a promover festas infantis. Contudo, o
que é usual nestes casos e, naturalmente influindo desta ou daquela forma nas
demais forma de incorporação, sempre com o objetivo de tratar os incorporantes
(espíritos) como velhos e queridos amigos a "Liberdade" trazida pelo Caboclo das
Sete Encruzilhadas, as pessoas afugentadas da etilizada mesa Kardecista de então,
passaram a frequentar a nova religião. Uma boa parcela dessas pessoas era da raça
negra, fazendo com que a Umbanda passasse a contar com uma boa parte de
médiuns de raça negra que se sentiam muito à vontade pela ausência de
preconceitos.

Esses médiuns começaram a enriquecer o ritual umbandista com práticas de


Candomblé, conhecidas por elas, sincretismo dos Orixás com os Santos Católicos
etc...

Foram introduzidos assim comidas de santo, atabaques, agogôs e outros


instrumentos musicais etc... Este fato ocorreu com as tendas nascidas da Tenda
Nossa senhora da Piedade, pois nesta, nunca foram utilizados atabaques ou palmas.

Outro fator determinante da raça negra no Candomblé são as oferendas


(Obrigação aos Orixás).

Os Africanos tinham o hábito de fazer oferendas aos seus Orixás como o


vinho de palma, por exemplo. Na situação de escravos, não tinham permissão para
cultuar seus Orixás e tampouco de fazer tais oferendas.
Alguns escravos, que demonstravam dotes mediúnicos, eram escolhidos
pela comunidade para serem iniciados nos mistérios da sua religião. Esses escravos
eram retirados, à noite, das senzalas para serem iniciados no interior da mata, junto
à natureza. O escravo iniciado deveria fazer uma oferenda ao seu Orixá.

Justificam-se assim, as obrigações dadas, pelos médiuns, aos seus Orixás,


obrigações dadas junto à natureza (matas, cachoeiras, pedreiras, mas, rios etc...).
Geralmente à noite em função da Tradição do Elemento Negro. Na Umbanda não
existe dogmas e todos os rituais, quer para as Entidades ou Orixás tem sua razão de
ser.

SIGNIFICADO DA PALAVRA UMBANDA

Sempre que é necessário demonstrar o pouco conhecimento dos próprios


umbandistas sobre a própria Umbanda, pergunte-se inicialmente se os participantes
da reunião são médiuns e depois se todos trabalham pela causa umbandista.
Quando se recebe a resposta afirmativa, pergunta-se "O que é Umbanda?" E
geralmente a resposta é um ar de duvida ou insegurança ou ainda uma frase sem
muita convicção, como por exemplo: Umbanda é paz e amor (então hippie é
umbandista); ou ainda Umbanda é humildade; Umbanda é saber transmitir calor
humano, e uma série de frases que podem definir algumas virtudes umbandistas,
mas estão longe de fornecer ao leigo uma explicação satisfatória e logica do seja
realmente a Umbanda. Vamos por isso, explicar a origem da palavra Umbanda.

A palavra Umbanda, segundo Cavalcanti Bandeira em sua grande obra "O que
é Umbanda", é originária da língua Quimbundo, encontrada em muitos dialetos
Bantus, falados em Angola, Congo, Guiné e não é segredo algum, pois, em virtude
dos interesses comerciais e do período em que Portugal manteve suas colônias na
África, foi devidamente estudada, existindo várias gramaticas de autores
insuspeitos, em que são citados as palavras Umbanda e Quimbanda, nomes comuns
na África. Às vezes como o espírito dessa mesma nação.

Uma possibilidade mais remota, da origem dessa palavra no orientalismo


iniciático, no qual o "mantra" a Umbanda representa um alto significado esotérico.

Resumidamente temos: Umbanda, arte de curar, ofício de ocultista, ciência


médica, magia de curar. Em sua origem participam valores de três culturas
principais: a cultura branca europeia (Catolicismo e Kadercismo), cultura negra
africana (elemento escravo e a cultura vermelha ameríndia índios nativos, que o
branco tentou escravizar).

Concluímos então que a Umbanda é uma religião espírita, ritmada, ritualizada,


de origem euro-afro-brasileira.
UMBANDA

Religião tipicamente brasileira, com fusão de parte de vários cultos:


Candomblé, Pajelança, Catolicismo, Espiritismo, Esoterismo.
É uma religião ecumênica:

* a magia da Pajelança

* o ritual do Candomblé

* imagens e rituais Católicos

* incorporações e princípios Kardecistas

* cânticos como os evangélicos etc...

Foi fundada pelo Caboclo das 7 Encruzilhadas (que foi padre) através do
médium Zélio de Moraes, em 15/11/1908, inaugurando a 1º tenda no país.

Assim, abriram-se as portas para as incorporações dos Caboclos, Pretos


Velhos e outras falanges do bem. No Candomblé eles não podiam se manifestar e no
Kadercismo não aceitavam essas incorporações (nessa época o kadercismo vindo
recentemente da França era elitista).

Foi delineada para a Umbanda, pelos espíritos de luz, como doutrina básica
espiritual a utilização dos médiuns como veículos de suas mensagens e
ensinamentos sempre fundamentados na caridade.

A Umbanda é uma instituição louvável porque recebeu de Cristo a


responsabilidade de levantar bem alto a sua bandeira de caridade e no astral, uma de
suas inúmeras importantes tarefas é combater a magia negra, neutralizando os seus
efeitos maléficos.

E para essa caridosa tarefa, os guias espirituais contam sempre com o


devotamento de seus filhos do terreiro, que são médiuns ou cavalos, já
conscientizados do dever do umbandista que é combater o mal e praticar o bem. "A
Umbanda é o denominador da magia branca".

Aparentemente, a Umbanda é heterogênea, não tendo ainda unidade


doutrinária e ritualística: mesmo assim existe uma estrutura espiritual de luzes
básicas fundamental que sustenta seus alicerces.

Os mentores espirituais do astral consideram a Umbanda uma aspiração


religiosa destinada a atender uma importante fase da graduação espiritual do
homem. A administração sideral não pretende impor ao universo uma religião
exclusiva, porém, no esquema divino existe um objetivo que elas sejam
fundamentadas na lei do amor.

Nesse sentido, a Umbanda deverá ser mais compreendida e aceita na sua


elevada significação cósmica.

Ela possui o sentido de confraternizar as mais diversas raças sob o mesmo


padrão de contato com o mundo espiritual.
A Umbanda é dirigida pela sagrada corrente astral da Umbanda cúpula
diretiva.

Numerosos “Pais no Santo”, cambonos e médiuns são descendentes de


portugueses, italianos, sírios, alemães, espanhóis, judeus, que convivem no mais
original espirito de confraternização religiosa.

Assim foi delineada a doutrina que se conhece por Umbanda, despida de


preconceitos racistas pela sua origem africana, no sentido de agrupar em suas
atividades escravos, senhores, pretos, brancos nativos exilados, imigrantes
descendentes de todos os povos do mundo, sediados no solo brasileiro.

A Umbanda no Brasil é consequência de uma lei religiosa muito natural: a


evolução moral, prevendo a decadência do catolicismo pelos seus dogmas
envelhecidos, o advento libertador da inteligência do homem, os mentores
espirituais da Umbanda elaboraram o esquema de uma doutrina religiosa capaz de
aproveitar as sementes boas da Pajelança, do Candomblé, da Igreja Católica, do
Kadercismo, principalmente os seus postulados da lei do carma e da reencarnação e
tendo por divisa maior o ensinamento de Jesus da pratica da caridade.

Pratique a caridade, seja lá como for: por intenção ou sentimentos bons, por
generosidade e até mesmo por vaidade, faça a caridade quer material, quer moral,
quer mediúnica os desesperados e de caídos por causas morais, emocionais e
astrais são incontáveis e a esses nem sempre a roupa e o pão fazem falta. É o unico
cheque que você poderá sacar no banco carmico do astral.

A caridade pura tem mais valor.

A caridade feita com orgulho ainda assim tem seu valor (contrariando o
kadercismo e o evangelho).

Toda ação positiva, quer parta da pureza intencional, quer parta


simplesmente da generosidade ou apenas pela vaidade, produz um beneficio, um
conforto, uma satisfação, um alivio. Portanto será contada, medida e pesada, para
que se lhe atribua um valor.

A Umbanda deve abrir caminhos para a elevação espiritual do homem e, mais


que nunca praticar a caridade uma das mais incisivas recomendações de Cristo.

Umbanda é a religião dos realmente necessitados, porque são maioria.

Umbanda é o balsamo do verdadeiro “Zé povinho” com seus dramas morais e


materiais, que não pode comprar remédios, quanto mais pagar a psiquiatras,
psicólogos, ou a médicos especializados...
GRUPO ESPIRITUALISTA SEGUIDORES DE JESUS

1. CONSIDERAÇÕES GERAIS

2. SINTESE DO ESTATUTO

3. INFORMAÇÕES BÁSICAS PARA O DESENVOLVIMENTO ESPIRITUAL


1. CONSIDERAÇÕES GERAIS

.Preceito

.Banho de descarrego

.Vestuário

.Apetrechos

.Saudações

.Giras

.Local do médium

.Corrente

.Defumação

.Prece de caritas

.Entrada e Saída

.Atendimento

.Pontos Cantados

.Pontos Riscados

.Limpeza do local de trabalho

.Banho

.Atualizações

.Mensalidades
.Reuniões

.Jogo de Búzios

.Cambono

.Recomendações

2. SINTESE DO ESTATUTO

Estatuto são normas que regulamentam os cargos e as atribuições das


pessoas que trabalham na coordenação dos Trabalhos Espirituais e o
funcionamento e a manutenção do Terreiro. Assim são duas hierarquias
distintas.

PRESIDENTE / DIRETORIA

Zela pela organização e manutenção da casa.

É responsável pelo bom funcionamento da casa, sua documentação,


manutenção física do prédio e a economia do material.

Organiza, convoca, e coordena as reuniões de diretoria. Comunica as


decisões de diretoria á comunidade.

Convoca eleições na casa.

SECRETÁRIO

É responsável pela entrada e saída das pessoas da casa.

Prepara a pauta de reunião e levanta os assuntos.

Registra os assuntos discutidos em reunião.

Organiza as atividades da casa e substitui o presidente.

TESOUREIRO

É responsável pelo fluxo de caixa na casa e presta contas.

Faz o balanço anual e prestação de contas para a comunidade.

Controla o recebimento dos médiuns, sócios e eventos.


FISCAL

Coordena a assistência durante os trabalhos de atendimento, controlando o


numero de pessoas e encaminhando aos guias.

Faz o controle do inicio e do fim das giras.

MÉDIUNS

Colaboração total com a diretoria no que diz respeito a casa.

Comparecimento em reuniões, visitas e eventos, quando solicitados.

Obs.: Não é de competência da diretoria decisões acerca da espiritualidade.

HIERARQUIA ESPIRITUAL

BABALORIXÁ

Regente da gira, dirigente espiritual.

Mantem os fundamentos espirituais, doutrina e sacramentos.

PAI PEQUENO / MÃE PEQUENA

Substitui o Babalorixá na sua ausência.

Cambona os guias do Babalorixá.

Acompanha o Babalorixá em trabalhos especiais.

Zela pelos apetrechos dos Mentores do Babalorixá.

IABÁ

Auxilia o primeiro cambono na disciplina das giras.

Prepara os Abasses.

Prepara os banhos energéticos (Oxalá, Obaluaiê, etc)


MÉDIUNS / FILHOS NO SANTO

Colaboração para com a disciplina nas giras.

Respeitar a disciplina comandada pelo primeiro cambono.

Permanecer em seu lugar na corrente, devendo sair somente com autorização


do Babalorixá ou seu substituto.

Respeitar a hierarquia da casa.

Respeitar as normas da casa e seus irmãos da corrente.

ASSISTÊNCIA / FILHOS DE FÉ

Respeitar as normas da casa.

Procurar vestir-se adequadamente, afinal estamos numa casa de oração.

Procurar no final da gira uma Iabá para esclarecer possíveis duvidas.

Colaborar com o ritual e a manutenção da casa.

Respeitar o horário cedido pela federação.

Manter o silêncio, pois o Silencio é uma prece!

INFORMAÇÕES BÁSICAS PARA O DESENVOLVIMENTO


ESPIRITUAL

PREPARAÇÃO PARA A GIRA:

 Preceitos no dia da gira.

 Manter o justo equilíbrio, boa conduta moral, emocional e espiritual.

 Evitar entrar em bares, ou lugares de energia baixa.

 Não manter relações sexuais.

 Não alimentar vibrações negativas de ódio, inveja, rancor e ciúmes.

 Não comer carne vermelha, e condimentos fortes.


 Comer frutos do mar e peixes para substituir a carne.

BANHO DE DESCARREGO (DEFESA OU DESCARGA)

Os banhos de ervas servem para equilibrar a aura do nosso corpo com a


entidade de guarda. Servem para a limpeza astral das larvas, dos miasmas que ficam
impregnadas em nossa aura. Assim o banho repele a atuação ou a influencia dos
espíritos obsessores. E ainda, nos trabalhos dentro do terreiro, nos protege e
defende das ações negativas, fluidos, larvas e miasmas que são desprendidos dos
consulentes. Nos colocam ainda, em vibrações afins com os nossos Mentores ou
Guias.

Todo médium, para sua proteção, deve tomar o seu banho de defesa antes do
trabalho espiritual, ou mesmo quando se sentir nervoso, irritado ou como uma
simples proteção.

Esses banhos deverão ser feitos sempre com ervas frescas, as ervas secas
são próprias para a defumação.

As ervas não deverão ser cozidas, mas sim escaldadas em água fervente,
depois de frias, pode-se espremer para extrair maior quantidade de sumo da planta.

O banho deverá ser coado, pois uma vez jogadas as ervas no corpo, estas deverão
ser despachadas em água corrente, enquanto que coadas podem ser jogadas no
lixo. (Ecologicamente falando, ao invés de jogar as ervas no lixo pode se devolve-las
a terra para que se tornem adubo)

O banho de descarrego deverá ser tomado logo apos o banho de higiene,


derramando sobre o corpo do pescoço para baixo ou da nuca para baixo. Este
mesmo banho deverá ser tomado antes e depois da gira.

É recomendável, após o banho de descarga, deixar correr um pouco de água limpa


no local para se evitar maus fluidos retirados pelo banho.

As ervas devem ser usadas sempre em numero impar.

Na gira de Exu, recomendamos um banho com fumo, folha de manga, pinga, ou três
gotas de urina – isso não é obrigatório.

Quando for colher ervas para seu banho, deve sempre pedir licença aos Elementos
da Natureza e após a coleta agradecer pelo que foi colhido.

Não recomendamos banhos preparados em vidros, rotulados como abre caminho,


chama dinheiro, etc, pois sua qualidade é duvidosa. (Autor refere-se a banhos
prontos comprados em lojas de artigos religiosos)
VESTUARIO

Usar sempre roupa branca e de preferencia não usar roupa agarrada ou


transparente ou decotada.

O branco simboliza a pureza, a simplicidade, a humildade. As roupas deverão


ser usadas somente para os trabalhos da Casa. Homens e mulheres deverão usar
calça comprida. Se for necessário, o médium pode usar uma sapatilha sem solado
de borracha e para uso exclusivo dentro do Conga.

Não se deve pisar no chão do terreiro calçando sapatos, em qualquer situação.

As roupas usadas para o trabalho espiritual deverão ser lavadas separadamente, e


na ultima água do enxague é recomendado colocar um pouco de sal grosso, para
descarregar quaisquer energias impregnadas as roupas.

APETRECHOS

O pano branco deverá ser usado para bater cabeça e ao fazer reverência ao
Conga. Também pode ser usado para amparar as pessoas que estão sendo giradas.
É de responsabilidade do médium trazer o material usado costumeiramente por seus
Guias e Mentores (velas, pembas, alfazema, flores, etc.) Quando não tiver o material,
a Casa poderá emprestar devendo o médium devolver na próxima gira.

As Guias de Santo, usadas pelos médiuns, deverão ser cruzadas pelo Babalorixá ou
Pai pequeno. É aconselhável que somente o médium toque em suas guias, devendo
pedir a um guia, costumeiramente, que benza ou limpe as energias das guias
usadas.

SAUDAÇÕES

Antes de entrar na Casa, devemos saudar a Trunqueira (Casa dos Exus), na


entrada do terreiro, com as seguintes palavras Laroiê Exu com os dedos
entrelaçados e a palma da mão voltada para baixo por três vezes. Ao entrar na Casa,
devemos fazer o sinal da cruz no chão, pedindo permissão para entrar,
cumprimentar os Pais e Mães no santo pedindo sua benção, assim como os
primeiros Cambonos que estiverem presentes.

Antes do inicio da gira, devemos saudar o Conga batendo a cabeça no chão (usando
o pano branco) em sinal de respeito e humildade com a Casa e com os Mentores e
Guias Espirituais. No ato, devemos pedir proteção a Deus e aos Orixás, fazendo o
proposito de entregar o corpo aos Guias de Luz e a Alma a Deus.
SAUDAÇÕES DOS ORIXÁS

Oxalá

Dirigente: Salve Oxalá

Todos: Oxalá Babá

Iemanjá

Dirigente: Salve Iemanjá

Todos: Odociaba Mãezinha

Obaluaê

Dirigente: Salve Obaluaê

Todos: Atoto Obaluaê

Oxossi

Dirigente: Salve Oxossi

Todos: Okê Caboclo / Okê Aro

Iansã

Dirigente: Salve Iansã

Todos: Eparrei Iansã

Oxum

Dirigente: Salve Oxum

Todos: Ora Aie Ieu Mamãe Oxum


Ogum

Dirigente: Salve Ogum

Todos: Ogum Iê meu Pai

Iorimá

Dirigente: Salve Iorimá

Todos: Adorei as Almas

Xangô

Dirigente: Salve Xangô

Todos: Kao Kabeciliê

Nanã

Dirigente: Salve Nanã

Todos: Saluba Nanã

Omolu

Dirigente: Salve Omolu

Todos: Atoto Omolu

Iori

Dirigente: Salve Cosme

Todos: Ibeji Ibejá


SAUDAÇÃO AOS GUIAS OU LINHAS

Ciganos

Dirigente: Salve o povo do oriente

Todos: Ori babá

Crianças

Dirigente: Salve as crianças

Todos: As nossas crianças

Baiano

Dirigente: Salve o povo da Bahia

Todos: É da Bahia meu Pai

Marinheiros

Dirigente: Salve os marinheiros

Todos: É da marinha meu Pai

Caboclos

Dirigente: Salve os caboclos

Todos: Okê caboclo

Pretos Velhos

Dirigente: Salve os pretos velhos

Todos: Adorei as almas


Exus

Dirigente: Salve os Exus

Todos: Laroiê Exu

GIRAS

As giras de assistência são realizadas todas as 5º feiras e tem inicio as 20:00


horas, sendo que os médiuns deverão chegar 15 ou 10 minutos antes.

As Giras de desenvolvimento são realizadas todas as 3º feiras e tem inicio as


20:00 horas, devendo todos os médiuns e estudantes chegar 15 ou 10 minutos antes.

Aos sábados as giras de desenvolvimento têm inicio as 16:00 horas e a gira


de assistência tem inicio as 17:30 horas.

Durante o mês acontecem as Giras das Sete Linhas nessa ordem;

1º semana do mês: Gira de Cigano e Criança;

2º semana do mês: Gira de Baiano, Boiadeiro e Marinheiro;

3º semana do mês: Gira de Caboclo e Preto Velho;

4º semana do mês: Gira de Exu, Pomba Gira, e Exu Mirim;

5º semana do mês: Gira de Orixás ou o que for definido pelo Babalorixá.

A primeira entidade que deve incorporar na Gira é o Guia do Babalorixá e


depois do Pai ou Mãe pequenos. Nem sempre a incorporação é o mais importante,
quando não incorporamos o médium deve estar atento para colaborar nos trabalhos
devendo permanecer sempre no seu lugar.

Não se deve invocar as entidades para auxiliar-nos a qualquer momento, pois


elas também tem suas atribuições no espaço astral.

Invocar o Guia a todo momento, pode abrir canal para a aproximação de


espíritos zombeteiros e obsessores.

Evitar distrações ou falatórios durante a gira, mantendo-se em meditação


para fortalecer a corrente.
NORMAS DA CASA

1- FREQUÊNCIA
Toda eventual ausência deverá ser justificada.
Duas faltas seguidas ou três alternadas, no mesmo período sem justificativa,
será solicitado ao médium de 5º feira sua ida para a gira de 3º feira, até
completar 4 giras e assim se reintegrando com os fluidos de todas as
correntes espirituais que trabalham na casa. Os médiuns de 3º feira, passarão
para a assistência, também por 4 giras com a mesma finalidade acima citada.

2- HORARIO
As nossas reuniões iniciarão pontualmente as 20:00 horas.
Os médiuns deverão estar no salão de atendimento com uma antecedência de
pelo menos 10 minutos antes do inicio, para relaxamento e harmonização
com os guias do trabalho da noite. O ambiente deverá estar preparado com
musica e incenso.

3- TRABALHO DE CHÃO
O médium que solicitar trabalho de chão, deverá acompanhar sua execução,
para melhor orientar a pessoa necessitada. A participação afetiva da pessoa é
imprescindível, através da leitura do Evangelho, preces e mudança do padrão
vibratório, eliminando magoas e ressentimentos, ter fé e confiança na
proteção espiritual da casa, e assim obter êxito nos trabalhos.

4- NOVOS ELEMENTOS
As pessoas que desejarem ingressar na casa para desenvolverem sua
mediunidade ou ingressar na nossa religião, inicialmente devem participar da
assistência de 3º feira, até se integrarem a Casa e passarem para a corrente,
com previa aprovação dos dirigentes.

5- ATENDIMENTO
Fica estabelecido que toda e qualquer pessoa só poderá consultar um guia
espiritual por gira, tendo que retirar previamente uma senha de atendimento.
Eventuais exceções, somente com prévia aprovação dos dirigentes.

6- HARMONIA DA CASA
Todas as eventuais desarmonias entre filhos da corrente ou frequentadores
da casa deverão ser plenamente esclarecidas. As correntes mediúnicas
trabalham no sentido de praticar a caridade, e ela não pode ser formada com
elementos vibrando negativamente.
A nossa religião é cristã (o nosso Oxalá), o patrono da casa é Jesus, e um de
seus maiores mandamentos foi: “Amai o próximo com a si mesmo”.
7- INTEGRAÇÃO NOS TRABALHOS DA CASA
Todos os componentes da casa indistintamente, deverão participar da pelo
menos uma “Comissão de Trabalhos” e se necessario haverá rodizio entre
seus participantes.

INTRODUÇÃO À UMBANDA

Queremos mostrar de forma clara e objetiva, tudo sobre nossa Umbanda,


para que todos possam compreendê-la da forma mais simples, sem rodeios,
misticismos e folclore. Ou seja, tentarei passar para vocês, da mesma maneira que
aprendi.

Sabemos que em toda parte sempre haverá formas de cultuar a Umbanda de


uma maneira diferente e por isso devemos respeitar os nossos outros irmãos, com
humildade. Devemos ainda esclarecer que por motivos evolutivos e hierárquicos,
sempre haverá métodos diferentes de se lidar com os Guias e Orixás. Por este fato,
sem desmerecer os outros nossos irmão, vamos elucidar de forma que indicaremos
nossos trabalhos para a evolução e para a luz!

Aos leitores leigos e iniciantes, será uma oportunidade de conhecer os


conceitos básicos umbandistas. Aos nossos irmãos de fé será uma porta aberta para
ampliar novos conhecimentos, sobre a querida e tão mal interpretada Umbanda.

Ressaltamos que a Umbanda é muitas vezes confundida com o Candomblé.


Não queremos criticar esta religião tão bela, mas a nossa Umbanda não tem nada a
ver com o Candomblé. Cada uma tem um ritual, totalmente diferente do outro.

Sabemos por estudos da própria humanidade, que a espiritualidade sempre


existiu, veio de todas as partes do mundo. Sabemos que uma religião não se escolhe
simplesmente por fatores materiais, mas sim pela afinidade espiritual. Deus em sua
infinita sabedoria, colocou em nosso planeta, todas as religiões necessárias, para
aprendermos a crescer e evoluir espiritualmente. E devemos respeitar o grau de
compreensão e afinidade de cada pessoa.

O que importa é aprendermos o que é uma religião de fato. Pois cada religião
tem uma forma de entender Deus. Independentemente do ritual praticado todas as
religiões são necessárias, desde que sigam os princípios morais de amor e caridade
ensinados pelo Cristo.

Na Umbanda aprendemos que a religião é para se praticar a caridade e a


doação. Esta religião traz como culto principal a natureza, tendo assim um Orixá
representante de cada força ou elemento da natureza.
A nossa religião reclama urgentemente, de todos muito estudo, práticas ao
culto correto, evitando excessos, superstições, invencionices e improvisações
estranhas ao culto. Mediunismo responsável (sem vaidades ou melindres), e
sobretudo, fidelidade para com os princípios que a constituem.

Que a Paz de Oxalá, esteja em todos os corações!

HINO A UMBANDA

Refletiu a luz divina

Em todo seu esplendor

Vem do reino de Oxalá

Onde há paz e amor

Luz que refletiu na terra

Luz que refletiu no mar

Luz que vem de Aruanda

Pra tudo iluminar

A Umbanda é a paz e o amor

É um mundo cheio de luz

É a força que nos dá vida

É a grandeza que nos conduz

Avante filhos de fé

Como a nossa lei não há

Levamos ao mundo inteiro

A bandeira de Oxalá.
PRECE DA FRATERNIDADE

DIVINO MESTRE SALVADOR

Fortalecei-nos e amparai-nos, para que possamos lutar,

contra as forças do mal que tentam dominar o mundo. Que assim Seja!

VENERÁVEIS MENSAGEIROS CELESTES AUXILIARES DE JESUS

Fortalecei-nos e amparai-nos, para que possamos lutar,

contra as forças do mal que tentam dominar o mundo. Que assim Seja!

PAI NOSSO, CRIADOR NOSSO FONTE ETERNA DE AMOR E LUZ

Fortalecei-nos e amparai-nos, para que possamos lutar,

contra as forças do mal que tentam dominar o mundo. Que assim Seja!

 A Prece da Fraternidade é muito utilizada durante os trabalhos da casa


espirita de abertura de caminhos ou desobsessão, juntamente com a oração
do Pai Nosso e Ave Maria.

OLORUN OU ZAMBI

1º Grandeza

Não importa o nome invocado ou pretendido: Jeová, Alá, Tupã, Brahma,


Olorun, Zambi, ou qualquer outra denominação. Pois Deus é um só! Ele é: Ser
supremo, criador do céu e da terra, é o eterno preservador do universo,
imponderável, imensurável, atemporal, insondável, inominável, inquestionável,
infinito, eterno...Nossas palavras e inteligência, são muito limitadas até hoje para
descrever e compreender a grandeza de Deus.

Não é homem nem mulher, nem qualquer dos opostos conhecidos pela mente
humana, acanhada, estreita, mesquinha, sofrida, temerosa, invigilante, ilusória, cujo
valor reconhecidamente está limitado.

O tratamento que lhe damos como Pai Olorun ou Zambi, expressa o nosso
anseio na busca de proteção, paternidade óbvia que envolve todos os seres do
Universo com o seu Criador.
Que a paz, a misericórdia de Olorun sejam percebidas e sentidas finalmente
por todos os corações que buscam a fonte da vida no viver de cada dia.

Gloria a Olorun

Olorun ou Zambi, é o ser supremo dos Umbandistas. Energia que interpenetra


tudo e todos. De Si brota e retorna incessantemente a vida em suas varias
manifestações abrangentes a todos os planos.

Os Orixás

2º Vibração

Oxalá

As falanges de Oxalá ocupam o grau mais alto da hierarquia espiritual. São os


anjos, os santos, as entidades que trabalharam na Terra como missionários. São os
administradores do mundo, os que organizam todas as falanges dos demais Orixás.
Distribuidores da paz, da harmonia entre todos os seres, daí os demais lhe renderem
respeito e chamá-lo de “pai”. Seu domínio é tudo, abrangendo todo o céu, que lhe é
consagrado.
É sincretizado com Jesus Cristo, na Umbanda ninguém incorpora Oxalá apenas
sente as vibrações.

Seus Filhos:
Apesar de faltarem-lhe iniciativa, os filhos de Oxalá são os melhores
companheiros. Cuidadosos, responsáveis, calmos, francos. Sabem dar bons
conselhos, daí serem chamados para apresentarem seus pareceres. Não trocam de
parceiros, sendo muito estáveis, mesmo que, alguns, sejam galanteadores e
idealistas. Não gostam de discussões, porém apreciam mais as conversas que os
livros. Parece que tudo
sabem, mesmo não tendo estudado, possuindo grande sensibilidade.
Ibeji
(Cosme e Damião)

Ibeji ou, como é conhecido em Umbanda, Cosme e Damião, é entidade que


assume a forma infantil nas manifestações, protetor das crianças, vibrando nas
linhas de Ogum, Xangô e Oxalá, principalmente. Governa os nascimentos, os
princípios, na Natureza ou nos fatos da vida. Possui a capacidade de tornar os
ambientes alegres e felizes pela sua vibração característica, estimulando as
diversões e prazeres com fins de aliviar as tensões surgidas com as atribulações,
dono da energia mais sublime, canalizada dos planos mais elevados.

Iemanjá

“A Mãe dos Peixinhos”, como seu nome significa é, sem dúvida, amais
popular na América. Seu caráter maternal e protetor é célebre nos mitos, tanto que
divide as atribuições da gestação e fartura na natureza com Oxum, sendo que a
segunda tornou-se a guardiã das crianças pequenas (as que não falam ainda) e
Iemanjá continua acalentando, maternalmente, toda a Criação. No Brasil, teria
gerado
todos os Orixás com Oxalá, o pai mítico, com exceção dos filhos de Nana. E, mesmo
assim, teria adotado e curado o jovem Xapanã, filho daquela, abandonado pela mãe
ao nascer.
Na Umbanda não lhe pertence apenas o majestoso mar, mas todas as águas
materiais e espirituais, agregando em si as falanges de Oxum, Iansã, Nana, Oba e
Eua, presentes separadamente no Candomblé. Por isso, as legiões de Iemanjá
manipulam os trabalhos de purificação e desobsessão, junto ao seu elemento, em
amplo descarrego magnético. Determinam a cura das doenças mentais e seu
tratamento, pois detêm toda a área dos sentimentos nobres que procuram estimular
em todas as criaturas.

Seus Filhos
Serão explicados apenas os filhos de Iemanjá, tendo-a como Orixá de cabeça, não se
citando as demais senhoras das águas. As mulheres costumam ser robustas, de
andar pesado e lento. Prendem tudo à sua volta, sendo extremamente apegadas aos
filhos, ao lar e às coisas. Tudo guardam, nada põe fora. São queixosos, lamurientos,
não sendo ativos. Guardam rancores por longo tempo, sendo difícil perdoarem. Mas
são bondosos, pacientes e muito bons educadores.
Oxum

As legiões de Oxum, na Umbanda, trabalham subordinadas a Iemanjá, assim


como todos os Orixás das águas. Comanda a gestação e, portanto, a reencarnação
de todos os seres e a proteção das crianças que ainda não falam. Sua linha é
formada por entidades delicadas, de índole feminina em sua grande maioria, que
distribuem a riqueza material vinda dos metais e da fartura dos alimentos (vinda de
Oxóssi). São atraídas pela beleza, pelas artes, desenvolvendo tais atividades entre a
Humanidade. Incrementam a doçura nos lares, amainam pessoas e ambientes,
estimulando a energia que comandam: o amor puro. Mesmo sendo Oxóssi o
regulador das matas, é a ela que pertence a fecundidade na Natureza. Por deter a
sensibilidade e o amor, está diretamente relacionada aos jogos adivinhatórios,
atributo natural dos filhos desse Orixá.

Seus Filhos
Um filho de Oxum é arredondado, por adorar doces e boas comidas. Seu rosto é
harmonioso, delicado, sempre com um sorriso suave e olhares meigos. Fala
amenidades o tempo todo, tendo um dom natural de descobrir os defeitos alheios e
expô-los com leviandade e graça. Se provocado, nunca discute, mas trama a
revanche em silêncio e será raro ver-se um filho desse Orixá sofrendo infortúnios na
vida, sempre contando com o apoio de alguém para auxiliá-lo. Explicado pelos
mitos, seus filhos possuem enorme paixão por joias, tendo sempre uma coleção, de
acordo com suas posses. Apesar de discretos, são muito dengosos e sensuais,
cultivando todos os prazeres da vida.

Iansã

A força de Xangô e Iansã são complementares, tanto que muitos estudiosos


consideram ser a Orixá a face feminina do mesmo. Suas falanges controlam a
energia do fogo e dos ventos, dominam os Eguns (os mortos) tanto que, a ela são
associadas muitas Pombagiras. Como atributo principal lhe é dado o domínio, a
capacidade de controlar todas as coisas, na manutenção das normas, tanto que o
casamento lhe pertence, como instituição.
É a destruidora, a que quebra velhos costumes, a rebelde inquieta que busca novos
caminhos. Tanto que, nos mitos, aparece como a energia que rompe as barreiras,
interferindo nos destinos humanos, como no caso em que rouba, com seus fortes
ventos, as folhas medicinais de Ossãe, distribuindo-as aos diferentes Orixás.
Suas falanges unem-se às demais para que a justiça de Xangô impere,
concretizem-se as leis de cobrança de Ogum, ou colaborando com Obaluaiê, através
do temor que impõe aos mortos.

Seus Filhos
São fáceis de identificar. Muito extrovertidos, gesticulam muito, turbulentos,
parecendo verdadeiros temporais. Não passam despercebidos, pois tudo fazem para
chamar a atenção, sendo brilhantes em qualquer atividade ou reunião. Têm
iniciativa, mas são autoritários e não admitem questionamentos. E, se houver,
sofrem súbitas crises de cólera, tornando-se cruéis. Um filho de Iansã veste-se com
ousadia, com muita originalidade. Se solteiros, trocam de parceiros constantemente,
se não, são dedicados e sinceros.
Nanã

Nanã Buruquê é representada como a grande avó, de energia amorosa e feminina é a


Ela que clamamos quando precisamos nos auto-perdoar e nos libertar do passado.
Ela representa o colo que aconchega, acolhendo amorosamente nossas dores para
nos ajudar a transformá-las com sabedoria.
A Orixá Nanã Buruquê rege a maturidade, portanto está sempre associada à
maternidade (a vida). Nanã está na Linha da Evolução, um raio essencial para o
crescimento dos seres. É o pólo magnético negativo, feminino e absorvente e no
pólo magnético positivo e masculino está o Orixá Natural Obaluaiê.
Ela cuida da passagem no estágio evolutivo do ser, adormecendo os espíritos e
decantando as suas lembranças com o passado, deixando-os prontos para
reencarnarem. Obaluaiyê, então, é quem estabelece o cordão energético que une o
espírito ao corpo (feto) que será recebido no útero materno assim que alcançar o
desenvolvimento celular básico (órgãos físicos).
Portanto, o campo preferencial de atuação de Nanã é o racional, pois decanta o
emocional dos seres, preparando-os para uma nova "vida". É Ela quem faz esquecer,
é Ela quem deixa morrer para renascer.
O seu elemento é a lama do fundo dos rios. Ela é a Orixá dos pântanos, (associada à
terra, para onde somos levados após a morte) e da transcendência.

Xango

Justiça. Toda a sua força pode ser resumida nesse palavra. É o senhor dos trovões,
dos raios, do fogo, que divide com Iansã, sua lendária rainha. É a ele que os
ofendidos, os humilhados, recorrem em busca de reparo. Seu domínio se estende a
todas as atividades intelectuais, filosóficas ou científicas. Promove o
desenvolvimento da cultura, da aplicação das leis, do poder como gerador do
progresso, daí associá-lo sempre à figura do rei doador do trabalho, das atribuições
que cada um tem no mundo. Divide com Ogum as demandas judiciais que nascem
da sabedoria de Xangô e da força de vencer do outro. Aqueles que procuram
descobrir a verdade recorrem a Xangô. É ele que faz a melhora nos estudos e a
capacidade de exprimir as idéias através das palavras. Favorece as promoções e a
procura de trabalho. Nos casos de calúnia e falsidades faz justiça, estendendo sua
atuação às associações humanas de toda a espécie.

Seus Filhos
Parecem príncipes. Altivos, passando por arrogantes. No físico, são atarracados,
baixos, famosos pelas testas altas e olhar franco. São ciumentos e possessivos
naquilo que conquistam. Nunca lhes faltam recursos para viver e será raro ver-se um
filho de Xangô na miséria. São ousados, persuasivos, irresistíveis pela sua retidão
de caráter e facilidade de expressão. Não são preguiçosos, mas gostam da vida onde
seja exigido menor esforço. Adoram boas comidas, roupas e acessórios. Aos seus
filhos, Xangô não tolera a mentira, a corrupção dos valores e a deslealdade.
Ogum

Sem sua energia a civilização morreria. É Ogum quem domina o campo do


desenvolvimento e do aperfeiçoamento das técnicas. Com o manejo dos metais, traz
o progresso material. É ele o governante dos impulsos de iniciar todas as coisas,
impelindo nas conquistas. Na defesa dos povos e lares, suas falanges lutam contra
as investidas das trevas. Temido por sua ferocidade, amado pelo carinho que
dispensa a quem os invoca. Possui muita afinidade com Exu, por rondarem o
mundo; por serem suas falanges os cobradores do carma de cada indivíduo.
Também se assemelham por estarem próximos dos locais onde se percebe maior
concentração de suas forças: a Exu, as encruzilhadas; a Ogum, as estradas. Com
Oxóssi, divide o controle das matas, sendo que muitos caboclos lhe pertencem.

Seus Filhos
Tendem a ser magros, rosto comprido, olhar penetrante. Seus filhos costumam ser
implicantes, impertinentes, de subidas explosões de raiva. Parecendo que estão
sempre “comprando briga” à sua volta. As bebidas e a boemia lhes fascinam, como
aos filhos de Exu. Ambos são inconstantes nos amores, possuindo grande sedução
natural. No trabalho são hábeis, rápidos e muito honrados nos compromissos que
assumem.

Oxóssi

Seus recursos, na Umbanda, vêm de todo o verde do mundo, já que a ele estão
associados Ossãe (o Orixá das ervas medicinais e religiosas), Otim e todos os
Orixás das matas e campos agrícolas. Comandam as plantações, e, de certa forma, o
tempo exterior através do manuseio dos ventos de Iansã, das chuvas, das estações.
Suas entidades participam das atividades de cura, extraindo os mais diferentes
recursos da natureza, vitais no processo de extermínio dos males físicos e
espirituais. Congrega doutrinadores de grande porte e evangelizadores, ligados
alguns às linhas de Xangô, na busca incessante das almas escravizadas no erro, daí
ser explicado o termo “caçador”, visto do ponto de vista espiritual. Na linha de
Ogum, trabalham cruzados os conhecedores dos segredos das matas e dos
caminhos que levam ao conhecimento dos remédios.

Seus Filhos
O ar esquivo dos filhos de Oxóssi é inconfundível. Muitos são amorenados,
parecendo caboclos, outros possuem como características físicas o porte longilíneo
e ágil. São frios, calmos e, se porventura não forem belos, coisa rara de acontecer,
seu charme de aparência distante torna-os cativantes. Para eles, a solidão não é
incômodo. O silêncio que tanto procuram os fazem intelectuais, curiosos, artistas ou
atletas. São muito francos e simples de modos, daí detestarem reuniões onde rola a
frivolidade. São modestos nas qualidades que possuem.
Obaluaiê / Omolu

Suas falanges trabalham atuando nos cemitérios; desperta medo por sua forma
misteriosa, sob as palhas da cabeça aos pés em suas manifestações no Candomblé.
Omolu ou Obaluaiê merece ser citado como um dos principais Orixás de Umbanda. É
invocado como o médico dos pobres, pois além de ser o causador de todas as
epidemias e doenças, pode curar, sem distinção nenhuma. Suas falanges atuam no
acompanhamento do desencarne e no controle do fluxo de fluidos densos vindos
dos cemitérios e de regiões pantanosas, com fins curativos ou de cobrança de
carmas dos indivíduos através das moléstias.

Seus Filhos
O pessimismo é sua principal característica. Não são belos, nem sensuais, mas
possuem uma mente privilegiada. Um sentimento de rejeição inexplicável
acompanhado de melancolia lhes persegue, tornando-os tristes e frios. Se
conquistados em seu afeto, são extremamente leais, honestos e amáveis. Possuem
doenças de pele, desde acne excessiva a cicatrizes vindas de doenças na infância.
Alguns têm facilidade de machucar as pernas. Seus rostos parecem desprovidos de
rubor, com tendência à palidez.

Exu

Na linha do Orixá Exu trabalham os Elebaras. São formados pelos Exus (entidades
que se manifestam como homens) e Pombagiras ou Bombo-Giras (como mulheres),
brincalhões, atrevidos e até malcriados, mas sempre muito responsáveis naquilo
que fazem. É impossível desvincular Exu da Umbanda, a chamada de Linha Branca,
já que suas falanges determinam o bom andamento dos trabalhos, mesmo que, por
determinação da diretoria das casas, não incorporem junto ao público. É Exu o
policial, o executante das ordens de todos os Orixás no plano mais denso. É o
mensageiro, o que entra e sai das zonas umbralinas, sem temor, assumindo formas
ameaçadoras para fazer-se respeitar. Sem ele, a força dos Orixás não atuaria no
mundo, pois é ele o operário incansável. Temido por não admitir a desobediência, é
ele quem aplica os castigos, fazendo, na verdade, cumprir a lei de causa e efeito,
desmanchando a magia negra. Mesmo punindo, quando há mérito, Exu cura,
concede maiores facilidades em alcançar o que desejamos. São os faxineiros do
astral, porque purificam os ambientes e pessoas. É comum ver-se suas legiões
preocupadas em alertar contra males, jamais trabalhando contra a lei divina do amor.

Seus Filhos
Amplo, imenso sorriso. Têm sempre uma observação matreira, uma mentira para
todos darem boas gargalhadas. Ou expor o defeito alheio, sem nenhuma piedade.
Não se preocupam com o bem ou o mal, querem apenas viver e se divertir. Se
alguma coisa os desagrada, não temem ser violentos, usando de todos os truques
que aprenderam em sua atribulada vida. Sempre criando confusões, são boêmios,
amam o sexo e são muito sedutores em suas conquistas.
As 7 linhas de Umbanda

1º linha Oxalá
2º linha Iemanjá
3º linha Xango
4º linha Ogum
5º linha Oxossi
6º linha Iori
7º linha Iorimá

1º LINHA: OXALÁ

É a fusão de todas as outras. As legiões de Oxalá são a sétima e última falange de


todas as Linhas já vistas anteriormente. É responsável pela integração das demais.
Coordenadora, sendo a manifestação cósmica do céu, da terra, da luz e da energia,
da paz e do amor. Suas falanges são:

1. Falange de Ogum Delê (Ogum)


2. Falange de Xangô Djacutá (Xangô)
3. Falange do Caboclo Urubatã (Oxóssi)
4. Falange da Cabocla Janaína (Iemanjá)
5. Falange de Cosme (Iori)
6. Falange do Povo de Bengala (Iorimá)
7. Falange dos Caboclos de Oxalá

Lembramos que os Caboclos de Oxalá dificilmente incorporam, sendo os


responsáveis pela coordenação das demais falanges e da missão que cada
guia-chefe assume perante a Umbanda.

Ervas: são o tapete-de-oxalá (boldo), mariô, folhas de limoeiro, manjericão,


erva-cidreira, trevo e café.

2º LINHA: IEMANJÁ

Nessa falange, na Umbanda, trabalham todas as Iabás (Senhoras dos Rios),


agrupadas com os nomes de Janaína, caboclas ou sereias. Sua missão é trabalhar
diretamente com a força emotiva por meio dos sentimentos de maternidade,
misericórdia e amor.

1. Falange da Sereia do Mar


Entidades que assumem formas encantadas, residindo em todo o elemento água.
Possuem total domínio sobre as energias desse meio. Aceitam as tradicionais
oferendas a Iemanjá, entregues para serem levadas ao fundo dos mares, lagos ou
rios.

2. Falange da Cabocla Iara


Dominam as forças nascidas do encontro das águas doces e salgadas, muito ligadas
ao Orixá Ogum. É também o nome das entidades chefes da falange conhecidas
como Caboclas do Rio. São alegres e juvenis. Sua vela será azul clara e uma verde,
vermelha e branca, para Ogum.
3. Falange da Cabocla Nana
A Cabocla Nana Burucum é chefe da falange das Ondinas. Suas entidades trabalham
na beira das fontes e trazem uma vibração capaz de proporcionar paz e
compreensão nos lares. Protegem as atividades ligadas ao ensino, como o
magistério. Sua vela será clara e lilás, ao Orixá Nana.

4. Falange da Cabocla Iansã


A Cabocla Iansã representa o Orixá com o mesmo nome, junto à Iemanjá. Trabalha
sob os fortes temporais e chuvas, forças essas capazes de proporcionar grande
resistência nas dificuldades da vida. Aceitam velas azuis claras e vermelhas e
brancas ao Orixá Iansã. Podendo ser entregues junto às oferendas de Xangô nos
bambuzais ou na beira de cachoeiras, longe da queda d’água.

5. Falange da Cabocla Oxum


As energias do amor puro e da luz que irradia sobre as cachoeiras são a
matéria-prima para suas atividades, ligadas à Iemanjá. Através de sua falange, os
fluidos benfeitores são trazidos através das “águas espirituais”, ou seja, o prana ou
fluido cósmico universal. Sua vela será azul clara e amarela, dedicada ao Orixá
Oxum.

6. Falange da Cabocla Indaiá


Sua falange é das Caboclas do Mar, ligadas a Iori, ou seja, a Falange de Cosme e
Damião. Absorvem energias de vários elementos e transmutam na energia alegre e
vibrante das crianças. Suas velas serão azuis claras e rosas.

7. Falange da Cabocla ou Sereia Janaína


Está sob sua guarda a força do amor conjugal e da procriação. Ligam-se muito ao
Orixá Oxalá. Suas velas serão azuis claras e brancas.

Oferendas: basicamente, todas as falanges de Iemanjá aceitam sobre pano branco e


azul-claro, fitas azuis, espelhos, pentes, perfumes de seiva de alfazema ou seiva de
rosas, flores brancas ou azuis, rosas, lírios, mel, guaranás ou bebidas doces e
delicadas. A Falange da Cabocla Iansã recebe cerveja preta como bebida.
Observa-se que as cores das velas e algumas observações variam da bibliografia,
com fins de uniformizar com as cores utilizadas na Umbanda, e não no Candomblé.

Ervas: lágrimas-de-nossa-senhora, camomila, espada-de-iansã, folhas de bambu e


qualquer planta aquática.

3º LINHA: XANGÔ

1. Falange de Xangô Caô


Dominam a sabedoria adquirida com o tempo, atuando nas pedreiras abertas. Sua
cor é o marrom-escuro. É conhecido também como Xangô Velho.

2. Falange de Xangô Alafim (ou Alafim-Echê)


Seu nome vem do título dado ao rei de Oyó, na África. Defendem a pureza moral,
atuando nas pedras solitárias dos caminhos. Suas cores são marrom e branca.
3. Falange de Xangô Alufã
O Xangô “Sacerdote”, determina as diretrizes dos desencarnados, atuando nas
pedras dos rios, mares, cachoeiras e todas as águas, daí ser o protetor dos
pescadores. Suas velas são o marrom e o branco.

4. Falange de Xangô Agodô


Seu nome significa “Grandeza”, atuando nas pedras mergulhadas nas águas de toda
a espécie, inclusive nas “pedras iniciáticas e na pedra batismal”.

5. Falange de Xangô Abomi (ou Abomim)


“Aquele que derrama água de uma vasilha” ou “Aquele que Batiza”, muitas vezes é
sincretizado com São João Batista, talvez devido ao seu nome. Trabalha nas
montanhas, nas cordilheiras, protegendo nos momentos de angústia, nas horas de
aflições e perdas, inclusive no casamento. Sua cor é o marrom e, nos casos de amor,
oferece-se junto uma vela para Iemanjá.

6. Falange de Xangô Aganjú


É um Xangô jovem, vibrando nas linhas de Xangô e Oxum, trabalhando nas pedras
da cachoeira. Traz harmonia entre as forças de amor e justiça. Suas cores são o
branco e o marrom.

7. Falange de Xangô Djacutá


Seu nome significa “pedra”, dominando a força de Xangô no meteorito e nos raios,
sendo muito invocado nas injustiças que conduzem a aflições, defendendo as
vítimas desses abusos. Suas cores são o branco e o marrom.

Oferendas: Além das já citadas anteriormente, dedicadas ao Orixá, basicamente


consistem de velas, nas cores indicadas, charutos, fósforos, cerveja preta, rosas ou
lírios brancos.

Ervas: folhas de eucalipto, manga, goiaba, camaná, alecrim e


limão.

4º LINHA: OGUM

Como já vimos, Ogum domina a primeira Linha de Umbanda, que controla todos os
fatos de execução e cobrança do carma de cada indivíduo ou grupo, daí serem
soldados.

1. Falange de Ogum Beira-Mar


Colaboradores de Iemanjá, Ogum Beira-Mar trabalha sobre a areia molhada,
enquanto Ogum Sete-Ondas trabalha sobre as ondas. Aceitam oferendas com velas
nas cores branca, verde, vermelha e azul-clara.

2. Falange de Ogum Rompe-Mato


Ogum Rompe-Mato trabalha para Oxóssi e Ossãe, nas matas. Ogum das Pedreiras
trabalha para Xangô, nas pedreiras. Em ambos os casos, é a mesma falange que
trabalha para os dois Orixás, com nomes diferentes. Rompe-Mato aceita suas
oferendas na entrada da mata, nas cores verde, vermelha e branca, sendo a vela
vermelha. Ogum das Pedreiras aceita suas oferendas em torno das pedreiras, nas
cores verde e vermelha (misturadas geram o marrom), com velas nas mesmas cores.

3. Falange de Ogum Megê


É colaborador de Iansã; seu nome significa “Sete”. É o guardião dos cemitérios,
rondando suas calçadas, lidando diretamente com a Linha das Almas. Toda sua
oferenda será em vermelho e branco, próxima ao cruzeiro do cemitério (calunga
pequena).

4. Falange de Ogum Naruê


Seu nome significa “Aquele que é o primeiro a gerar valor”. Trabalhando diretamente
na Linha das Almas, desmanchando a magia negra, controla as almas quibandeiras.
Aceita suas oferendas com Ogum Megê ou, ainda, dentro ou fora dos cemitérios, nas
cores branca e vermelha. Alguns incluem uma pedra-ímã nos itens a oferecer-lhe.

5. Falange de Ogum Matinata


Com poucos médiuns que o incorporam, sua falange protege os campos de Oxalá,
os locais abertos, floridos e iluminados. Mas não trabalha diretamente para esse
Orixá. Aceita suas oferendas nos campos floridos, nas cores vermelha e branca.

6. Falange de Ogum Iara


Seu nome significa “Senhor”, trabalhando para Oxum. Suas oferendas deverão ser
entregues na beira de rios, lagos ou cachoeiras, onde vibram, nas cores vermelha e
branca ou verde e branca.

7. Falange de Ogum Delê (ou de Lei)


“Aquele que Toca o Solo”; como seu nome significa, é uma falange que vibra na
linha pura de Ogum. São eles que trabalham diretamente no carma e sua cobrança,
rondando o mundo. Suas cores são vermelha e branca e suas oferendas podem ser
em qualquer lugar, ao ar livre.

Oferendas: todas as falanges citadas recebem velas nas cores indicadas, cravos
vermelhos (alguns aceitam cravo branco também), cerveja branca, ou, menos
comum, vinhos, charutos e fósforos, sobre um pano branco.

Ervas: as mais comuns são espada-de-são-jorge, losna, jurubeba,


comigo-ninguém-pode, romã.

5º LINHA: OXÓSSI

Toda a parte doutrinária e evangélica, com fins de trazer fé às almas desgarradas no


mal, interferindo nos males psíquicos e físicos, pertence a essa falange. Daí, por
trazer as almas ao caminho do bem, Oxóssi é chamado de caçador de almas. Rege
também a disciplina e obediência.

1. Falange dos Caboclos Peles-Vermelhas


Excelentes doutrinadores, com grande sabedoria, pertencem a antigas civilizações
indígenas (maias, astecas, incas, etc). Falam estranhos “dialetos” quando “descem”.
Nessa falange, entre os itens básicos que citaremos adiante, entram incenso
queimado, folhas de alecrim e alfazema frescas.

2. Falange do Caboclo Araribóia


Como Oxóssi é caçador, é ele que coordena, na vida material, o trabalho, com o
objetivo de trazer recursos à mesa. Por isso, essa falange se dedica a proteger aos
injustiçados no seu direito de sustento e sobrevivência de suas famílias, vibrando
nas matas das montanhas. Gostam de flores variadas.

3. Falange da Cabocla Jurema


Formada por entidades meigas, amorosas, traz os recursos da Natureza e os
transformam em energias vitais próprias a serem utilizadas em purificação de locais,
pessoas e na medicina espiritual, aos serviços de Oxóssi e Ossãe. Gostam de muito
mel nas oferendas, fitas coloridas, menos o preto.

4. Falange dos Caboclos Guaranis


São guerreiros. Defendem as matas, junto a Ogum Rompe-Mato. Onde os guaranis
estão, impõe a paz, daí serem chamados de “Falange da Paz”. Nunca recebem mel
em suas oferendas.

5. Falange dos Caboclos Tamoios


Humildes e pacientes, são eles os conhecidos “domadores de feiticeiros” ou
“bumba na calunga”, vencendo a feitiçaria. Trazem as almas ao bem, daí serem os
“caçadores de almas”, na atribuição legítima das falanges de Oxóssi. A ela
pertencem Muiraquitã e Grajaúna. Apreciam folhas de arruda em suas oferendas,
guiné, rosas de qualquer cor e muito mel.

6. Falange dos Caboclos Tupis


São os conhecidos Tatauys, conhecidos por serem muito ágeis, bons caçadores,
muito brincalhões. Apreciam sucos de frutas, mel e rosas de qualquer cor.

7. Falange do Caboclo Urubatã


São os mais velhos, sábios e conhecedores da mata. Há poucos médiuns que os
incorporam. Trabalham nas colinas floridas, pois se ligam à vibração de Oxalá. Nas
suas oferendas vão muito mel e flores brancas. Sua vela inclui a cor branca, sendo a
única falange que recebe outra cor, além do verde.

5º LINHA: IORI

Iori quer dizer “Vitalidade saindo da luz”. É formada pelas entidades que, por opção,
quiseram manter a forma infantil, algumas já em preparo para uma reencarnação
próxima. Onde for necessária uma vibração dirigida à alegria, à fraternidade e à
comunhão, lá estará a Linha de Iori que, por essa bela qualidade, domina as energias
mais sublimes do plano espiritual. Uma criança brincando, em um trabalho, não é
uma atividade infrutífera, como pensam alguns. É uma entidade que sabe
perfeitamente o que está fazendo, com o objetivo de descarrego de tudo o que está
em volta.

1. Falange de Tupãzinho (Idolu ou Idossu)


São entidades que vibram na Linha de Oxóssi, protegendo os lenhadores e animais.
Gostam, nas oferendas, de apetrechos indígenas bem enfeitados, fitas verdes e vela
rosa.

2. Falange de Doum
São entidades que nasceram no período do cativeiro como Doum, eram filhos de
mãe indígena e pai africano. Auxiliam os tratamentos médicos, protegendo os
profissionais da saúde e os enfermos, proporcionando mais integração entre ambos.
Cruza-se com a Linha de Iorimá (dos Pretos-Velhos) e aceitam suas oferendas em
jardins e praças.

3. Falange de Alabá
Cruza-se com Ogum, Oxumarê e Iemanjá. Da vibração dos três Orixás, recebem
condição de trabalhar com os militares, dando coragem e piedade aos que usam
farda. Suas oferendas são próximas a cachoeiras, pois as cores do arco-íris atraem
muito essa falange.

4. Falange de Dansu
Espalham-se nos dias de tormenta, com fins de proteger adultos e crianças nesses
dias, trabalhando também para Xangô. Gostam de fitas marrons e até seixos rolados
em suas bandejas, entregues nas pedras de cachoeiras.

5. Falange de Sansu
Legião de entidades que se apresentam como meninas, distribuidoras de ternura,
vinda de Deus. Trabalham cruzadas com Iemanjá. Devem ser entregues a elas:
conchinhas e estrelas-do-mar, na beira da praia, junto com os outros itens
da oferenda.

6. Falange de Damião
Cruza-se com Cosme e Doum, cuidando das crianças do espaço, ou seja, das
entidades recém-desencarnadas ainda crianças, de grande poder de cura. Vibram,
de preferência, nas praias e jardins, seu lugar para a entrega de oferendas.

7. Falange de Cosme
São eles que detêm a responsabilidade da guarda das crianças
recém-desencarnadas na Linha de Oxalá. Com o qual cruzam. Alimentam-nas com
fluidos delicados, chamados de “mel”, ou, talvez, os fluidos extraídos desse
alimento.

Oferendas: Apesar de diferentes, as falanges de Iori incluem, em suas oferendas,


muito mel, doces em geral, balas, pirulitos, brinquedos, fitas na cor rosa e nas cores
com os quais cada falange se cruza, velas na cor rosa, guaranás, flores brancas e
gostam muito de bicos (chupetas) azuis ou rosas, de acordo com a falange ou
entidade reverenciada (se meninas ou meninas, ou ambos).

Ervas: folhas de manjericão, amoreira, alfazema, alecrim, trevo.

7º LINHA: YORIMÁ
Seu nome significa a lei na aplicação da vitalidade saindo da luz. É a linha do
aprendizado a duros custos, da compreensão das aflições, valorizando as lições da
vida. É a prática da caridade teórica, da humildade adquirida sob as mais cruéis
provações. São aqueles que ensinam que, mesmo mergulhados no erro, ainda há
esperanças. São os Pretos-Velhos.

1. Falange do Povo da Costa (Rei Cambinda)


Cruzam-se com Iemanjá e ensinam que, através da resignação das provas, haverá o
resgate das dívidas do passado. Consolam e auxiliam os sofredores, com muito
amor. Suas oferendas são entregues nas praias.

2. Falange do Povo de Congo (Rei Congo)


Com Iori conseguem a energia pura e infantil dessa falange que, transformada,
vence a dor e traz a alegria. Junto a sua oferenda vai uma vela rosa oferecida às
crianças.

3. Falange do Povo de Angola (Pai Joaquim)


Libertam os escravos de hoje, presos aos vícios, maldades e erros, despertando-os
para a vida, por meio de esclarecimentos ou ritos. Vibram nas matas e sua vela será
roxa, a cor mística por excelência.

4. Falange do Povo da Guiné (Pai Guiné)


Possuem o conhecimento das calungas (grande, o mar; pequena, o cemitério),
profundos conhecedores da magia e da sabedoria para a cura de todos os males.
Recebem suas oferendas no cruzeiro do cemitério ou na beira do mar.

5. Falange do Povo de Moçambique (Pai Jerônimo)


Trabalham na lei do livre-arbítrio (ou da livre escolha), com fins de inspirar a
libertação do indivíduo durante sua vida terrena. Vibram na mata, sobre pedras em
especial, ou nos lugares abertos nesse local, próprios ao repouso e à oração.

6. Falange do Povo de Luanda (Pai José)


Combatem demandas, fazem cumprir rigorosamente os rituais e trabalham muito na
caridade, sendo exigentes, mas muito bondosos. Recebem suas oferendas no
cruzeiro de cemitério.

7. Falange de Bengala (Pai Tomé)


Por terem sofrido muito na Terra, compreendem as misérias humanas, trabalham na
busca da paz, da fraternidade e estimulam a caridade. Vibram nas colinas abertas e
floridas.

Oferendas: cada Preto-Velho tem sua oferenda e gostos. Mas todos recebem
cigarros de palha, café, velas brancas e pretas (alguns, roxas), doces tradicionais
tipo pés-de-moleque, rapaduras, sagu, farofa com linguiça picada e comidas típicas
do interior e da época em que viveram.

Ervas: arruda, guiné, benjoim, cipreste, folhas de café, alfavaca e vassourinha


branca.
Os 7 raios de Umbanda

RAIO ORIXÁS Regência


regente do elemento ar. Estimula a Fé e a
1º Oxalá Religiosidade.
regente das águas salgadas – Estimula e favorece
2º Iemanjá a Geração, a criatividade e a vida.
regente do fogo na forma intrínseca, ignea – Irradia
Ogum e estimula a Lei e a Ordenação. É o Senhor dos
3º Caminhos.
regente do fogo como energia mágica – Sentido da
Ibeji
Pureza, da Alegria de Viver
regente das matas (fauna e flora) – Sentido do
Conhecimento, das Ciências, das Artes, da Cura
4º Oxossi Psíquica e do Entendimento regente das folhas
(ervas) litúrgicas e medicinais – Sentido da
Liturgia, da Cura física
regente do fogo elétrico e energético – Sentido da
Xangô Justiça, da Razão

regente do fogo psíquico – Sentido do Equilíbrio
Iansã
das emoções, da harmonia psíquica e emocional.
regente das águas doces – Sentido da Concepção,
6º Oxum do Amor.
regente do elemento terra - Sentido da
Obaluaiê
Transformação, da Evolução, da Sabedoria.
regente do elemento água nas chuvas e
7º águas paradas, manguezais – Sentido da
Nanã purificação, drenagem e decantação dos seres.
Orixá da maturidade.
1º Raio – Paz e Sabedoria – OXALÁ

Nunca, em tempo algum, necessitou a humanidade


tanto de paz, como agora, voltados como estamos para
as inferioridades da vida, esquecemos os preceitos
áureos, que elevam e dignificam o ser humano, por
exclusiva falta de sabedoria.

O homem, aturdido nas disputas do dia-a-dia, nos


anseios e desejos inconfessáveis, esquece o destino
grandioso que lhe está determinado, O encontro
consigo mesmo e com seu Criador Divino, o que lhe
proporcionará a verdadeira Paz e Alegria. Isto o homem
adquirirá através da introspecção e o balanço diário de
suas ações.
Oxalá é o Orixá que rege os impulsos vitais da fé e da religiosidade, meios através dos
quais o homem ascende ao espiritual, nesse caminho de retorno à casa do Pai, seu
verdadeiro e único destino.

O Orixá Oxalá recebe diretamente do Cristo Planetário, o Senhor Jesus, o Divino Oxalá, os
efluxos de energia luminosa capaz de integrar a natureza e os homens na luz da fé
religiosa, emitindo a verdadeira paz.

A Umbanda reverencia esse Orixá com muito respeito e devoção, especialmente porque o
mesmo se encontra diretamente ligado à vibração energético de Jesus, sendo
retransmissor para os demais Orixás e respectivas vibrações, as ordens e comandos
celestiais emanadas do grande Cristo Planetário, dai o mito que diz ser Oxalá o pai de
todos os Orixás.

No Reino da natureza Oxalá se irradia através do elemento AR, como não poderia deixar de
ser, sendo esse elemento natural de importância capital à existência da vida e o condutor
natural de todos os outros elementos: o fogo através da temperatura; da terra através da
poeira; da água através da umidade.

Oxalá reina só, nos campos magnéticos positivo e negativos do elemento energético eólico,
do ar. Sendo ele o regente maior e necessário à existência da vida, enquanto elemento da
natureza; e da proximidade do Pai Criador, através da vibração da fé.

A refulgência do astro rei, o SOL empresta às ações deste maravilhoso Orixá atitudes
idênticas em perfeita consonância com as irradiações de Jesus.

As atribuições de Oxalá são as de não deixar um só ser sem o amparo religioso, sem a
vibração da Fé. Mas nem sempre o ser absorve suas irradiações quando está com a
mente voltada para o materialismo desenfreado dos espíritos encarnados.

É uma pena que seja assim, porque os próprios seres se afastam da luminosa e cristalina
irradiação do Orixá Oxalá, e entram nos gélidos domínios da descrença e das trevas, pela
ausência da luz da fé.
2º Raio – Alento Criador – IEMANJÁ

Cabe a esse amado Orixá estimular a vida nas


suas múltiplas manifestações, que vão das
mais ínfima expressão de vida ao mais
poderoso dos seres criados.

Sendo a Lua um corpo morto, sua atenção


sobre a Terra só poderia expressar-se como
intermediária de outros planetas, cabendo ao
Sol uma partícula de si mesmo, nas noites de
plenilúnio.

Iemanjá, a nossa amada Mãe da Vida é a água


que vivifica. Iemanjá rege sobre a geração e
simboliza a maternidade, o amparo materno, a
mãe propriamente. Ela se projeta e faz surgir a
vida, a
novidade do ser. De seus seios brotam as águas vitais que recriam e amamentam com o
leite da nutrição energética e espiritual a vida dos seres.

Iemanjá surge para o Umbandista como a Luz da Vida, que através das águas do mar
purifica e limpa os corpos do ser, na perspectiva da Vida verdadeira, a vida do espírito. A
força das águas salgadas é muito grande como elemento desintegrador dos miasmas e
energias negativas e pesadas, por isso muito usada nas elaborações mágicas e
tratamentos de limpeza espiritual.

3º Raio – Ritual e Magia – OGUM

Ogum constitui a expressão da vontade na manifestação interna


e externa. Tem o seu poder assegurado em todo círculo, que
representa a Vontade condicionada e a experiência através da
síntese ritualística.

Ogum é o Orixá da Lei e seu campo de atuação é a linha


divisória entre a razão e a emoção. É o Regente das milícias
celestes, guardiãs dos procedimentos dos seres em todos os
sentidos.

Orixá Ogum é o Senhor dos Caminhos, no sentido de que se faz


presente em todos os campos da natureza com a espada da Lei
Divina, ordenando e organizando todos os elementos e os
seres.
Orixá Ogum é o Senhor dos Caminhos, no sentido de que se faz presente em todos os
campos da natureza com a espada da Lei Divina, ordenando e organizando todos os
elementos e os seres.

Precisamente por isso, vamos encontrar a presença da vibração de Ogum em todos os


Reinos naturais, pela energia do seu fogo ordenador, assumindo, seus Mensageiros,
nomes místicos que os personalizam-nos diversos campos energéticos naturais:
1 – No Ar = Ogum Matinata (Nos Campos de Oxalá)
2 – Na Água Salgada = Ogum Marinho, Ogum Beira Mar, Ogum 7 Ondas (Nos Campos de
Iemanjá)
3 – No Fogo = Ogum Delê (Nos Campos do próprio Ogum)
4 - Na Mata = Ogum Rompe Mato (Nos Campos de Oxossi)
5 – No Fogo (Elétrico) = Ogum Naruê (Nos Campos de Xangô)
6 – Na Água Doce = Ogum Iara (Nos Campos de Oxum)
7 – Na Terra = Ogum Megê (Nos Campos de Obaluayê)

A Vibração de Ogum, por ser a ordenação, por meio da Lei Divina, nos caminhos e estradas
da natureza e da vida dos seres, faz com que o mesmo seja Responsável e coordenador da
Linha dos Exus de Lei.

IBÊJI é o regente da Vibração responsável pela Linha das Crianças. Para cada Vibração de
Orixá existe as diversas falanges de Crianças que estão sob a Vibração direta desse Orixá.
O Orixá Ibêji coordena a emanação e ordenação dos espíritos falangeiros que trabalham
sob essa roupagem fluídica de Criança. Daí podermos dizer que as Crianças pertencem à
Linha de Ibêji, embora sua Vibrações sejam variadas.

4º Raio – Poder Mantenedor – OXOSSI

Ao criar o planeta Terra, OLORUN determinou que a sua


fauna e flora fosse mantido por um Poder responsável.
Esse poder coube a Oxóssi, rei e responsável por toda a
fauna e flora da Terra.

Oxossi detém o poder de criar, manter e transformar a fauna


e flora do Planeta, por meio das energias poderosas
emanadas do Criador, que se expande na dinamização do
Conhecimento humano, abrindo de forma harmoniosa e
equilibrada o raciocínio humano
para a apreensão dos valores sábios e verdadeiros, elevando-os a estados cada vez mais
espiritualizados, distantes da ignorância, do fanatismo e da desordem da razão.

Oxóssi é o caçador por excelência, mas sua busca visa o conhecimento. Logo, é o cientista
e o doutrinador, que traz o alimento da fé e o saber aos espíritos fragilizados tanto nos
aspectos da fé quanto do saber religioso.

Oxossi é o grande Caçador Divino, pois caça, através do arco e flecha do conhecimento e
do raciocínio sábio, as almas dos seres encarnados e desencarnados, curando-os da lepra
da ignorância, abrindo-lhes o raciocínio para o entendimento das belezas e da sabedoria do
espírito a caminho da Casa do Pai.
Junto a Oxossi, o Orixá Ossãe desempenha o mesmo papel, através
da manipulação das ervas, dotando-as de atividades energéticas
medicinais e litúrgicas. Medicinais no sentido da cura do físico,
emocional e psíquico dos seres. Litúrgico pela concentração, de
forma essencial, de energias da terra, da água, do fogo e do ar,
servindo para o culto dos diversos Orixás ou manipulações
magísticas.

As ervas têm ainda o poder de limpeza, quando usadas de forma correta, desintegrando
miasmas e energias deletérias que ficam fixadas nos nossos corpos etéricos e
perispirituais.

5º Raio – Harmonia e Justiça – XANGÔ / IANSÃ

O poder que enfeixa esse Orixá traduz-se na balança da


justiça que ele usa com discernimento e propriedade, a
fim de dirimir, punir faltosos e reconhecer méritos
daqueles que os têm. Sendo agente direto do carma,
sua propensão é trazer equilíbrio às ações humanas,
auxiliado por Iansã, cuja sentença é: Ciência e
Determinação.

Xangô é o Orixá da Justiça e seu campo preferencial de


atuação é a razão, despertando nos seres o senso de
equilíbrio e equidade, já que só conscientizando e despertando para os reais valores da
vida a evolução se processa num fluir contínuo.

Na linha elemental da Justiça, ígnea por excelência, ele se polariza com Iansã,
equilibradora e cumpridora da Lei.

A presença do Orixá Xangô na vida dos seres realiza o equilíbrio e com seu fogo elétrico
implanta a razão como fonte de discernimento harmonioso face a evolução.

Xangô é a força que segura e defende os seres, à luz da misericórdia divina. A Justiça
personificada por Xangô tem como escopo equilibrar os seres debaixo das Leis Divinas,
para o que este Orixá se coloca como pedra de segurança e defesa dos filhos de Deus que
aceitem a busca do crescimento e da vivência do amor.
Como Ogum, também Xangô se manifesta nos diversos campos naturais, em busca dos
seres para equilibrá-los 44ustifica-los, à luz da Lei de Deus. Assim vejamos os nomes
místicos que assumem os Mensageiros de Xangôs, quando vibrados pela presença desse
grande Orixás nos diversos campos naturais:

1 – No Ar = Xangô Alafim (Nos Campos de Oxalá)


2 – Na Água Salgada = Xangô Marinho (Nos Campos de Iemanjá)
3 – No Fogo = Xangô Djacutá (Nos campos de Ogum e Ibeji)
4 – Nas Matas = Xangô 7 Montanhas (Nos Campos de Oxossi e Ossãe)
5 – No Fogo Elétrico = Xangô Kaô (Nos Campos do próprio Xangô e Iansã)
6 – Na Água Doce = Xangô das Cachoeiras (No Campo de Oxum e Oxumare)
7 – Na Terra = Xangô Agodô (Nos Campos de Obaluayê/Nanã)

lansã é a aplicadora da Lei na vida


dos seres emocionados pelos vícios.
Seu campo preferencial de atuação é
o emocional dos seres: ela os esgota
e os redireciona, abrindo-lhes novos
campos por onde evoluirão de forma
menos “emocional”.

Na linha da Justiça, lansã é seu


aspecto móvel e Xangô é seu
aspecto assentado ou imutável, pois ela atua na transformação dos seres através de seus
magnetismos negativos.

Lansã aplica a Lei nos campos da Justiça e é extremamente ativa. Uma de suas atribuições
é colher os seres fora-da-Lei e, com um de seus magnetismos, alterar todo o seu
emocional, mental e consciência, para, só então, redirecioná-lo numa outra linha de
evolução, que o aquietará e facilitará sua caminhada pela linha reta da evolução.

As energias irradiadas por lansã densificam o mental, diminuindo seu magnetismo, e


estimulam o emocional, acelerando suas vibrações.

Iansã é o Orixá que se expressa por meio da ventania e sua eletricidade energizadora. Se
podemos encontrar no raio elétrico a presença maciça da energia vibratória de Xangô, na
eletricidade das ventanias encontramos nas tempestades a presença marcante da energia
inquieta de Iansã.

6º Raio – Amor e Devoção – OXUM


Oxum recebe a influência maravilhosa do planeta mais brilhante
do firmamento, conhecido por muitos nomes: Estrela Vésper,
estrela matutina, estrela d’alva, e também conhecido por Vênus..

Saudamos, pois no céu, a brilhante Estrela do Pastor, astro que


os Caldeus veneravam entre tantos outros. Seu aparecimento
na tela sideral corresponde ao nascer da aurora que aos
sensitivos desperta sentimentos generosos, tendências para o
amor divino, que suaviza, de algum modo, a vida dos humanos.
Oxum regente natural do 6º Raio.

Oxum é o Orixá irradiador do Amor Divino e da Concepção da Vida em todos os sentidos.


Como “Mãe da Concepção” ela estimula a união matrimonial, e favorece a conquista da
riqueza espiritual e a abundância material.

A Orixá Oxum é a regente magnética irradiante da linha do Amor e atua na vida dos seres
estimulando em cada um os sentimentos de amor, fraternidade e união.

Na Coroa Divina, a Orixá Oxum surge a partir da projeção do Amor. Oxum assume os
mistérios relacionados à concepção de vidas porque o seu elemento atua nos seres,
estimulando a união e a concepção.

São as águas doces, águas dos rios, dos poços e minas que fornecem, de forma mais
acentuada, a projeção da vibração desse Orixá do Amor.

Oxumaré, tal como revela a lenda dos orixás, é a renovação contínua, em todos os
aspectos e em todos os sentidos da vida de um ser. Sua identificação com Dã, a Serpente
do Arco-Íris, não aconteceu por acaso, pois Oxumaré irradia as sete cores que
caracterizam as sete irradiações Divinas que dão origem às Sete Linhas de Umbanda. E
ele atua nas sete irradiações como elemento renovador.

Oxumaré está na Linha da Fé como elemento renovador da religiosidade dos seres.


Ele está na Linha da Concepção como renovador do amor e da sexualidade da vida dos
seres. Está na Linha do Conhecimento como renovador dos conceitos, teorias e
fundamentos. Está na Linha da Justiça como renovador dos juízos. Oxumaré está na Linha
da Lei como renovador das ordenações que acontecem de tempos em tempos. Ele está na
Linha da Evolução como a renovação das doutrinas religiosas, que aperfeiçoam o saber e
aceleram a evolução dos seres. Está na Linha da Geração como a renovação ou como o
próprio reencarne, que acontece quando um espírito troca a pele, tal como faz Dã, a
Serpente Encantada do Arco-Íris.

No Arco Íris, que é formado a partir da luz solar nas gotículas da água em evaporação,
encontramos a presença irradiante da vibração energética de Oxumare.

7º Raio – Poder Transformador – OBALUAYÊ/NANÃ


O grande laboratório da natureza está afeto à
administração do grande Orixá Obaluayê, Senhor da
transformação e agente cármico a que todos os seres vivos
estão subordinados.

A percuciência de sua ação nada lhe passa despercebido;


seu poder estende-se às mais variadas formas físicas
terrestres possibilitando, assim, a libertação das moléculas
que, por sua vez, irão constituir novos corpos.

O planeta Saturno influi decisivamente na atuação do Senhor Obaluaiê e tem nele a mais
lídima expressão da sua influência na Terra.
Obaluaiê é o Orixá que atua na Evolução e seu campo preferencial é aquele que sinaliza as
passagens de um nível vibratório ou estágio da evolução para outro.

O Raio da Evolução, cujo pólo magnético positivo, está no Orixá Natural Obaluaiê, e em
cujo pólo magnético negativo, feminino e absorvente encontramos a Orixá Nanã Buruquê é
um Raio essencial no crescimento dos seres. Ambos são Orixás de magnetismo misto e
cuidam das passagens dos estágios evolutivos.

Ambos são Orixás terra-água. Ambos atuam em total sintonia vibratória, energética e
magnética. E onde um atua passivamente, o outro atua ativamente.

Nanã decanta os espíritos que irão reencarnar e Obaluaiyê estabelece o cordão energético
que une o espírito ao corpo (feto), que será recebido no útero materno assim que alcançar o
desenvolvimento celular básico (órgãos físicos).

É a Vibratória do Orixá “Obaluayê” que reduz o corpo plasmático do espírito até que fique
do tamanho do corpo carnal alojado no útero materno. Nesta redução (que é um mistério de
Deus regido por Obaluaiyê), o espírito assume todas as características e feições do seu
novo corpo carnal, já formado.

Muitos associam Obaluaiyê apenas com o Orixá curador, que ele realmente é, pois cura
mesmo! Mas Obaluaiyê é muito mais do que já o descreveram. Ele é o “Senhor das
Passagens” de um plano para outro, de uma dimensão para outra, e mesmo do espírito
para a carne e vice-versa.

A orixá Nanã rege sobre a maturidade e seu campo preferencial


de atuação é o racional dos seres. Atua decantando os seres
emocionados e preparando-os para uma nova “vida”, já mais
equilibrada.

A orixá Nanã Buruquê rege uma dimensão formada pelo


elemento água, em forma de chuva, que ao encontrar-se com o
elemento terra forma a lama, decantadora e purificadora.
Nanã assume o papel de purificadora, decantando a natureza, seja através da chuva que
purifica a atmosfera, seja através da lama e dos manguezais purificando a água, seja
através das emoções ativas ou paralisadas, decantando e purificando os seres.

Seu campo preferencial de atuação é o emocional dos seres que, quando recebem suas
irradiações, aquietam-se, chegando até a terem suas evoluções paralisadas. E assim
permanecem até que tenham passado por uma decantação completa de seus vícios e
desequilíbrios mentais.

Nanã forma com Obaluaiyê o sétimo Raio de Umbanda, que é a linha da Evolução. E
enquanto ele atua na passagem do plano espiritual para o material (encarnação), ela atua
na decantação emocional e no adormecimento do espírito que irá encarnar.

Estes são os Raios dos Orixás de Umbanda, comandantes das energias criadoras,
mantenedoras e transformadoras dos elementos da natureza e do processo de evolução
dos seres, diretamente ligados à nossa realidade encarnatória e ao mundo físico/astral,
tendo sob seus comandos legiões de espíritos de várias vibrações evolutivas dentro de seu
Raio. Eles realizam o milagre da vida e da ascensão espiritual e distribuem suas energias
no corpo da magia, para os locais que delas necessitam, para ajuda e fortalecimento dos
espíritos encarnados e desencarnados. Todos os Orixás são subordinados ao Cristo
Jesus que é o tutor máximo da Terra.

Entre os espíritos que atuam dentro das vibrações energéticas do nosso


Eledá(Orixá de frente), é escolhido um para nos acompanhar mais de perto, seja pela
afinidade com o ser encarnado ou pelo simples desejo de acompanhar esse espírito na sua
caminhada encarnatória. No caso de médiuns, normalmente este espírito é aquele que
incorpora quando invocada a vibração do seu Eledá.

Os Orixás, dentro do culto Umbandista, não são incorporáveis. O que se vê dentro


dos vários terreiros, centros, tendas etc, são os falangeiros dos Orixás, espíritos de grande
luz que vêm trabalhar sob as Ordens de um Orixá. Os Falangeiros são os Mensageiros
que incorporam em seus médiuns e mostram sua presença e sua força em nome de um
Orixá.

IBÊJI é o regente da Vibração responsável pela Linha das Crianças. Para cada Vibração de
Orixá existe as diversas falanges de Crianças que estão sob a Vibração direta desse Orixá.
O Orixá Ibêji coordena a emanação e ordenação dos espíritos falangeiros que trabalham
sob essa roupagem fluídica de Criança. Daí podermos dizer que as Crianças pertencem à
Linha de Ibêji, embora sua Vibrações sejam variadas.
As cores das guias dos Orixás

Orixá Cor da Guia


OXALÁ BRANCO OU CRISTALINO
IEMANJÁ AZUL CLARO
NANÃ LILÁS
OBALUAIÊ LARANJA
IORIMÁ PRETO E BRANCO
OXÓSSI VERDE
XANGÔ MARROM
IANSÃ AMARELO
OXUM AZUL ESCURO
OGUM VERMELHO
IORI ROSA

As flores dos Orixás

ORIXÁ FLORES

OXALÁ CRAVO BRANCO


IEMANJÁ LÍRIO
NANÃ PALMA BRANCA
OBALUAIÊ ROSA BRANCA
IORIMA PALMA DE SÃO JOSÉ E ROSA
OXÓSSI AMOR PERFEITO
XANGÔ VIOLETA
IANSÃ ANGÉLICA
OXUM AÇUCENA E LÍRIO AMARELO
OGUM TULIPA E PALMA DE SÃO JOSÉ CRAVO BRANCO E VERMELHO
IORI MARGARIDA
As bebidas dos Orixás

ORIXÁ BEBIDAS

OXALÁ MEL, ÁGUA, LEITE


IEMANJÁ LICORES
NANÃ ÁGUA, CHAMPANHE ROSÉ
OBALUAIÊ SUCO DE LIMÃO, MEL, VINHO BRANCO DOCE
IORIMA MELADO, CAFÉ, AGUARDENTE
OXÓSSI VINHO TINTO E CERVEJA BRANCA
XANGÔ CERVEJA PRETA
IANSÃ MEL, CHAMPANHE BRANCO
OXUM MEL, CHAMPANHE BRANCO
OGUM CERVEJA BRANCA
IORI SUCOS, REFRIGERANTES, MEL
EXÚ ÁGUA, AGUARDENTE
POMBA GIRA CHAMPANHE VERMELHA, LICOR

As pedras dos Orixás

ORIXÁ PEDRAS

OXALÁ CRISTAL, DIAMANTE


IEMANJÁ ÁGUA MARINHA
NANÃ ÁGATA
OBALUAIÊ CRISTAIS LEITOSOS
IORIMA ÔNIX
OXÓSSI LÁPIS LAZULI
XANGÔ TOPÁZIO
IANSÃ TURQUESA
OXUM HEMATITA
OGUM RUBI
IORI ESMERALDA

Sentimento dos Orixás

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