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Ofá Orosilê

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Orixás Regentes de Cabeça

ORIXÁ DE CABEÇA - PAIS E MÃES DE COROA

É muito comum essa pergunta dos médiuns e adeptos da religião Umbandista,


quem são meus pais de cabeça.
Quem nunca se ateve a essa questão?
Quantas vezes não nos perguntamos quem são nossos pais e mãe de cabeça?
Essa é uma curiosidade que fomenta sempre a mente dos neófitos da religião e,
por quê? Para saber a quem clamar, para sentirem-se amparados por determinada força
divina. Afinal se sabemos em nossa vida terrena quem são nossos pais (biologicos ou
adotivos) também queremos saber quem são os espirituais.
Bem antes de falamos a respeito do tema é importante saber de onde provém
essa prática.
Todos sabemos que a leitura do Orixá a qual tal médium é filho ou filha é uma
prática do Candomblé, onde seus adeptos são iniciados diretamente para o culto
daquele Orixá. Todas festividades, ritualisticas daquele determinado Orixá o médium
deve estar presente, afinal de contas é um representante dele encarnado.
Enfim dentro do ritual de umbanda temos nossas práticas proprias para saber
quem de fato é o Orixé do médium que está adentrando à casa, porém, por se tratar de
um tema muito sério não é dito logo de início quem é seu Pai ou Sua mãe. Sempre é dito
que é filho de Oxalá, pois para nós na Umbanda o temos como o Orixá mais velho.
Após seu tempo dentro da casa, quando o médium começar a passar pelos rituais
de amaci, sacodimento, cruzamento é que o dirigente espiritual o informará, você é filho
de tal orixá, mesmo porque isso vai ser confirmado com o nome e a linha de trabalho de
seus guias espirituais, pois estes estão ligados totalmente aos pais e mãe de cabeça.
Logo não veremos por aí um filho de Ogum incorporando um Exu de Obaluaye como seu
guardião. Não veremos uma filha de Oxum trabalhando com uma cabocla ligada às
energias ígneas, pois um elemento anula o outro.
É de suma importancia também saber quais os pais e mães de cabeça e como
cultuá-los corretamente, para que o médium saiba desde já quais as ervas que podem
ou não serem levadas em sua cabeça, que tipos de banho de defesa, descarrego e
energização podem tomar, pois certas ervas e pós podem não estar afim com suas
energias.
A prática do jogo de buzios é de uso exclusivo do Candomblé, pois para chegar
ao Orixá do médium é um ato muito sério, o mesmo passa por diversos ebós
(descarregos) para que enfim a energia que vai predominar como pai ou mãe daquele
médium se apresente em sua plenitude. É por isso que muitas vezes ouvimos falar que
fulano era de tal orixá, mas quando foi fazer sua iniciação no Candomblé outro Orixá
tomou a frente.
Muitas casas fazem apenas a leitura do pai e mãe de cabeça (Orixá de frente e
Adjuntó), outras casas buscam o enredo, que são os demais orixás que fazem parte de
nossa encarnação, porém, devemos ter cuidado ao pedir tal leitura, pois cada casa tem
um ritual, cada casa tem uma maneira de ler e, nossa energia é adaptada à Egrégora da
casa que fazemos parte e ela é rígida.
AH! Mas se o Orixá é meu por quê não devo ir procurar em outros lugares?
Simples. Você foi levado por seu Orixá para uma determinada casa para poder
iniciar seus cuidados espirituais, toda casa tem uma Áurea espiritual, também chamada
de egrégora. Cada egrégora possui um regente responsável por aquele local, logo cada
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Orixás Regentes de Cabeça

coisa a seu tempo, cada ritual a seu tempo, cada casa funciona da melhor maneira para
o coletivo. Lembre-se na religião cuidamos do pessoal e do coletivo.
Ao adentrar a essa egrégora você submete-se à seguir a linha de evolução
daquele templo, sendo assim RESPEITE as regras, você não está sozinho.
Se ali não for o seu lugar seu próprios guias espirituais irão te encaminhar para
uma casa a qual você se adapte, seja para acelerar o processo, seja para estagnar ou
desacelerar, isso de acordo com nossas ações e nossas intenções dentro da Umbanda.
A todo momento estamos sendo assistidos por nossas entidades, por nossos
Orixás e todas as nossas ações são analisadas e, caso sejamos brecados na evolução, é
simplesmente para não pularmos em um abismo de sofrimento e recessão.

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