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CASA DE ORAÇÃO NOSSA SENHORA DA VITORIA

Esse PDF foi criado na intenção de que os médiuns e consulentes da casa


tenham conhecido de o que é e será estudado dentre todos os estudos
que haverá no local.

OBSERVAÇÃO: PEÇO QUE ESSE DOCUMENTO SEJA DIRECIONADO


SOMENTE AOS MEDIUNS E COSULENTES DA CASA.

 O QUE É A UMBANDA
 CRENÇAS E PRATICAS
 RITOS
 ENTIDADES
 SINCRETISMO
 HIERARQUIA NA UMBANDA
 RAMIFICAÇÕES

Mãe Polyana de Oxum


O QUE É A UMBANDA
A umbanda é uma religião afra brasileira que sintetiza vários elementos das
religiões africanas, indígenas e cristãs, porém sem ser definida por eles. Formada
no início do século XX no sudeste do Brasil, na cidade de São Gonçalo, região
metropolitana do Rio de Janeiro, a partir da síntese com movimentos religiosos
como o candomblé, o catolicismo e o espiritismo. É considerada uma "religião
brasileira por excelência" com um sincretismo que combina o catolicismo, a
tradição dos orixás africanos e os espíritos de origem indígena.

O dia 15 de novembro é considerado pelos adeptos como a data do surgimento da


umbanda, e foi oficializado no Brasil em 18 de maio de 2012 pela Lei 12.644.

Em 8 de novembro de 2016, após estudos do Instituto Rio Patrimônio da


Humanidade (IRPH), a umbanda foi incluída na lista de patrimônios imateriais do
Rio de Janeiro por meio de decreto.

CRENÇAS E PRATICAS
A Umbanda pode ter várias vertentes com práticas diversas, nomeadas de
diferentes formas como umbanda tradicional de nação ou Umbanda,
umbandomblé, umbanda sagrada umbanda omolocô, umbanda crística, etc. Essas
diferentes vertentes partilham o culto a entidades ancestrais e a espíritos
associados a divindades diversas, que podem pertencer ao Catolicismo, a cultos
africanos, hindus, árabes entre outros. Apesar de diferentes vertentes existem
alguns conceitos encontrados que são comuns a todas, sendo estes:

 Um deus único e onipresente, chamado Olorum ou Zambi.


 Crença nas divindades ou orixás.
 Crença na existência de Guias ou entidades espirituais.
 Lei de causa e efeito pela qual os umbandistas pagam o bem recebido com
o bem e o mal com a justiça divina.

Também se fundamentam na obediência aos ensinamentos básicos dos valores


humanos, como a fraternidade, a caridade e o respeito ao próximo. Além desses
preceitos também estão à necessidade da prática mediúnica como, por exemplo,
servindo de "aparelho" (o médium) para viabilizar a comunicação entre espíritos e
Orixás com os seres humanos.

A antropóloga brasileira Patrícia Birman falará o seguinte a respeito da diversidade


de crença dentro da Umbanda e a unidade doutrinária na diversidade:
“Entre os terreiros são encontradas diferenças sensíveis no modo de praticar a
religião. Tais diferenças, contudo, se dão num nível que não impede a existência de
uma crença comum e de alguns princípios respeitados por todos. Há, pois, certa
unidade na diversidade.

A diversidade se expressa nas várias e reconhecidas influências de outros credos na


umbanda. Encontramos adeptos de umbanda que praticam a religião em
combinação com o candomblé, com o catolicismo, que se dizem também espíritas,
absorvendo os ensinamentos de Kardec e, entre estes, as variações continuam:
centros que aceitam determinados princípios do candomblé e excluem outros, que
se vinculam a uma tradição por muitos ignorada etc. Não há limites na capacidade
umbandista de combinar, modificar, absorver práticas religiosas existentes dentro
e fora desse campo fluido denominado "afro-brasileiro". Fato é que os
umbandistas desenvolveram formas próprias de lidar com essas características da
sua religião. A segmentação, a dispersão, a multiplicidade se combinam de alguma
maneira com a unidade, a doutrina, a hierarquia. Essas combinações estão
claramente presentes nas formas como os religiosos elaboram a relação dos
médiuns com os espíritos, mas formas pelas quais organizam a multiplicidade de
santos num conjunto inteligível e como também conseguem, apesar da
segmentação, reunir todos os fiéis numa mesma doutrina.”

RITOS
Os rituais da Umbanda visam evocar o Orixá ancestral e toda sua hierarquia
composta por Orixás menores, Guias e Protetores. Os rituais não têm forma ou
modo definido de modo que variam de casa para casa e estão subordinados às
decisões de cada Pai de santo e cada entidade protetora do terreiro.

O local onde se dá as celebrações e o atendimento do público é geralmente uma


casa denominada por tenda que contém um terreiro e um salão apropriado para
sessões.

Alguns termos e rituais comumente mencionados:

 Giras, é como são chamadas as sessões onde se reúnem os espíritos de


várias categorias, as giras podem ser festivas, de trabalho ou de
treinamento.
 Bater cabeça é como é chamado o ato de prostração, a reverência dada ao
chefe do terreiro, por exemplo. O contexto desse gesto varia de terreiro
para terreiro, sendo unânime que seja feito antes da defumação.
 Defumação, é usada para purificar o ambiente, através do seu aroma desfaz
no ambiente todo o negativo expulsando os espíritos trevosos.
 Passe é o gesto de imposição de mãos presente também no Kardec ismo
 Pontos riscados são diagramas desenhados no chão como ângulos, retas,
símbolos representativos, desenhos geométricos, pontos cardeais, etc.
representando a assinatura do Guia
 Pontos cantados são as músicas e cantos entoados como forma de louvor
ou invocação.
 Oferendas é a prática de dispor comida ritual e objetos específicos nos
templos ou locais ao ar livre, em dias e para fins especiais. As oferendas são
agradecimentos aos Guias e Orixás. As vertentes com mais influência dos
cultos africanos como a Umbanda de Nação se utiliza de ebós que são para
finalidades próprias como reequilibrar aspectos da vida da pessoa, porém,
diferente de alguns cultos africanos, a maioria dos terreiros de Umbanda
não se utilizam do sacrifício de animais. Mesmo assim alguns terreiros de
linhas mais africanizadas o fazem, principalmente os dos rituais Almas e
Angola e omolokô, por exemplo.
 “Descarrego é o nome dado a rituais para limpeza espiritual ou livrar-se de
cargas negativas, podem ser banhos com ervas especiais como a guiné,
espada-de-ogum etc. ou rituais como a roda de fogo” que usa pólvora.
 Batismo, como ocorre em muitas outras religiões, só pode ser realizado por
líderes religiosos, no caso o babalorixá ou a ialorixá.

ENTIDADES
Os espíritos (entidades) que trabalham na Umbanda são organizados em linhas e
falanges (legiões) de uma forma quase militar. Cada linha está sob a direção de uma
deidade africana ou orixá, enquanto os nomes e configurações exatas variam dentro
da Umbanda, eles são em sua maioria compostos a partir de divisões étnicas, por
exemplo, "Povo de Moçambique", "Legião de Tupi-Guarani". Em geral, os espíritos nos
rituais da umbanda se enquadram nas seguintes categorias:

1. Caboclos, espíritos indígenas, como o Sete Encruzilhadas.


2. Preto-velhos, os espíritos de velhos escravizados brasileiros.
3. Exus, mensageiros dos orixás; entidades mais próximas dos humanos,
protegendo as suas estradas, caminhos.
4. Pombajiras, entidades da linha da esquerda com hierarquia própria.
5. Crianças.

Todas as acima são chamados de "espíritos de luz" porque trabalham para o bem, há
também os espíritos banidos da umbanda que são ditos trabalhar para o lado obscuro,
dentro da quimbanda, um tipo de oposto negativo da umbanda.
SINCRETISMO
Os Orixás, na cultura ioruba, são divindades associadas ao panteão africano.
Etimologicamente, em tradução livre, Orixá significa "a divindade que habita a cabeça"
(em ioruba, ori é cabeça e Xá é rei, divindade). Os orixás se relacionam com
os elementos da natureza sendo interpretados como manifestações da mesma. São
considerados como manifestações e qualidades de Deus. Por conta da diversidade que
existe na Umbanda, a interpretação sobre o que significam os Orixás variará de linha
doutrinária para linha doutrinária, de terreiro para terreiro.
É de se atentar que alguns terreiros possuem outros tipos de influência. Os terreiros
mais próximos doutrinariamente do Espiritismo Kardecista, não cultuam os orixás ou
entidades similares. Alguns terreiros, com influência gêge e angola, podem cultuar
os voduns e inquices respectivamente. Pode ocorrer a mescla entre os tipos de
divindades dependendo da tradição do terreiro.
O número total de entidades pode variar de terreiro para terreiro, de linha doutrinária
para linha doutrinária. O sincretismo com os santos católicos passa por grande
variação, contudo essa mudança ocorre com mais freqüência de região para região.
Existem duas grandes vertentes de sincretismo: a da Bahia e a do Rio de Janeiro.
A grande maioria dos terreiros de Umbanda segue os orixás-iorubá de forma
semelhante ao candomblé do queto e sincretizam os orixás-iorubá com os santos
católicos traçando as qualidades dos orixás e suas semelhanças com os santos

Orixá Sincretismo católico correspondente

Olorum/Olodumarê Deus

Obatalá Deus-Pai

Oxalá Jesus Cristo

Orumilá/Ifá Espírito Santo

São Sebastião (Rio de Janeiro)


Oxóssi
São Jorge (Bahia)

Nossa Senhora da Glória (Rio de Janeiro)


Iemanjá
Nossa Senhora dos Navegantes (Bahia)

Logunedé Santo Expedito


Ogum São Jorge (Rio de Janeiro)
Santo Antônio (Bahia)

Obá Santa Joana D'Arc


Exu Santo Antônio
Xangô São João Batista
Nanã Sant'Ana
Oxumaré São Bartolomeu
Ibeji/Yori São Cosme e Damião
Ossaim São Roque
Omulu/Obaluaiê/Xapanã/
São Lázaro
Yorimá
Iansã Santa Bárbara
Oxum Nossa Senhora da Aparecida
Euá Santa Luzia

Devido a grande diversidade existente na Umbanda, existem alguns terreiros com


influência dos cultos mina-gegê e congo que seguem os orixás dessas respectivas
culturas. Os cultos de mina-gegê, de forma semelhante do Candomblé Jeje, denominam
seus orixás de voduns.Os de rito congo, de forma semelhante ao Candomblé Angola,
denominam seus orixás de inquices. Variam-se os nomes dependendo da casa.] O
sincretismo católico segue o mesmo que os orixás iorubá.
A nação do congo pratica rituais muito parecidos com os de mina-gegê. Apesar de vários
de seus orixás serem denominados de forma diferente, as entidades possuem o mesmo
nome em algumas ocasiões.

Vodum mina-gegê Inquice congo


Orixá iorubá
correspondente correspondente

Olorum Zambi

Bombojira (masculino)
Exu Legbá
Panjira (feminino)

Ogum Gú Roximucumbi

Oxóssi Aguê Kibuco Motolombo

Omulu/Obaluaiê/Xapanã/
Azoani/Sakpate Kingongo
Yorimá

Xangô Sobô/Badê Zezé

Oxum Aziri Kissimbi

Oxalá Oliassassa Lemba Di Lê


Iemanjá Dandalunda

Nanã Rodialonga

Yansã Kaoingo

Ossaim Katende

Seguem os mesmos orixás e sincretismo do culto


Demais orixás
iorubá quando cultuados.

ORGANIZAÇÃO
ESPAÇO FISICO

A parte física de um terreiro de umbanda contém seis elementos fundamentais:

 Assentamento
 Pegi ou Peji
 Congá
 Porteira ou Tronqueira
 Cruzeiro das Almas ou Casa das Almas

HIERARQUIA
A hierarquia na Umbanda pode variar dependendo da quantidade de membros de
modo que pode se dividir em um grupo administrativo e grupo espiritual além de
variar de acordo com o tipo de Umbanda (de nação, Esotérica etc).

Os templos de Umbanda não possuem uma uniformidade quanto às hierarquias, pois


sendo diversificada tanto quanto na ritualística seus títulos e cargos podem ser
variados entre si. A linha de nagô é a mais comum, existindo muitas variações dessa.

Birman vai dizer o seguinte a respeito da fluidez organizacional da Umbanda:

“No plano da organização social, a religião umbandista pode ser considerada um


agregado de pequenas unidades que não formam um conjunto unitário. Não há, como
na Igreja Católica, um centro bem estabelecido que hierarquize e vincula todos os
agentes religiosos. Aqui, ao contrário, o que domina é a dispersão. Cada pai-de-santo é
senhor no seu terreiro, não havendo nenhuma autoridade superior por ele
reconhecida. Há, portanto, uma multiplicidade de terreiros autônomos, embora sejam
unidos na mesma crença, havendo também um esforço permanente por parte dos
líderes umbandistas no sentido de promover uma unidade tanto doutrinária quanto na
organização. Criam federações, tentam estabelecer formas de relacionamento entre os
vários centros decisórios, tentam enfim enfrentar a dificuldade de conviver
simultaneamente com formas de organização dispersas e tentativas de centralização.”

Contudo, segue abaixo as divisões hierárquica catalogadas, registradas e apresentadas


por Tancredo da Silva Filho

Linha de nagô

 Sacerdote (babalorixá/pai de santo) e Sacerdotisa (ialorixá/mãe de santo):


responsáveis por toda a atividade espiritual que ocorre no terreiro, como
iniciar, conduzir e encerrar as giras e estabelecer as ordens e doutrinas
passadas pelo astral.
 Iaô (Pai Pequeno e mãe pequena): responsáveis na ausência do pai ou mãe têm
os mesmos ensinamentos e participam de todos os rituais.
 Abiã ou assistência: é as pessoas que começam a frequentar o terreiro sem que
sejam iniciadas.
 Iabacê ou cozinheiro de santo: é o iaô encarregado de preparar as comidas
ritualísticas. Na Umbanda, apesar de ser um cargo não muito comum na
maioria dos terreiros, o trabalho é bem mais simples que no candomblé.

Ogãs

 Ogã Axogum (ogã de corte ou mão de faca): é o ogã que tem o poder da mão
de faca, ou seja, é quem tem a autorização perante o pai de santo e dos orixás
para realizar qualquer matança (sacrifício de animais). Não são todos os
terreiros de umbanda que possuem tal função, pois muitos deles não aceitam a
imolação (sacríficio) animal.
 Ogã Alabê (Yatabaxê, curimbeiro ou atabaqueiro): responsável pela curimba e
instrutor dos toques de atabaques. É também responsável por tocar e cantar os
pontos cantados nas giras além do ensino a novos ogãs.

Filhos de santo (Médiuns)

 Médium iniciante: médiuns que ainda não incorporam, sendo às vezes


colocados como cambonos até adquirirem experiência.
 Médium em desenvolvimento: médiuns em processo de desenvolvimento.
 Médium de trabalho: médiuns que prestam consultas nas giras de atendimento
e já passaram por todos os preceitos e obrigações (batismo, amaci e coroação).
 Cambono: médium designado a auxiliar a entidade trabalhando como um
intérprete entre a entidade e o consulente.

Linha de angola

 Otata: sacerdote chefe do terreiro.


 Otata ti inkice: o sacerdote que "faz" o santo.
 Mamêto: mãe de inkice/mãe de santo.
 Muzenza: filha de santo, no gonzemo (santuário).
 Sarapabé: cambono.

Linha de Omolokô

 Tata: sacerdote-chefe do terreiro.


 Ganga: sacerdote.
 Ginja: sacerdotiza.
 Macóta: ajudante do ganga.
 Macamba: filho do terreiro feito.
 Camba: adepto/assistência.
 Cóta: zeladora do santo.

Ogãs

 Ogã colofé: ogã de confiança.


 Ogã de atabaque: ogã de tambor.
 Ogã do terreiro: ogã responsável pelo terreiro.
 Samba: dançarina sagrada.
 Cambone: auxiliar, com os nomes de cambono de ebó e cambono de gira.
 Iabá: cozinheira ritualística.

Linha de Cambinda

 Ganga: sacerdtore-chefe do terreiro.


 Tata: sacerdote.
 O restante: igual à Linha de omolokô.

Linha de Gêge

 Vodúno: o sacerdote chefe.


 Vodunci: filha de santo.

Linha de Cáritas
 Embanda: o chefe.
 Cassuêto: médium mais desenvolvido.
 Tempo-cassuêto: médium a se desenvolver.
 Cambone: ajudante, que abre e fecha a gira.
 Ogã: o que canta e tira os "pontos".

RAMIFICAÇÕES
A umbanda possui algumas ramificações, caracterizadas por diferenças em rituais,
métodos, hierarquia, etc. Mesmo pertencendo a um mesmo grupo, estudiosos
concluem que a religião é extremamente diversificada sendo quase impossível
encontrar um terreiro totalmente semelhante ao outro. Apesar disso, existem algumas
ramificações conhecidas. Originalmente, a Umbanda surgiu a partir da Cabula.
Simultaneamente surgiram quatro vertentes: Umbanda popular, Umbanda branca e
demanda, Umbanda Almas e Angola e Umbanda Omolokô. Todavia, considera-se a
vertente iniciada por Zélio Fernandino de Moraes como sendo a primeira.

Entre as vertentes mais conhecidas estão:

 Umbanda branca e demanda: é uma das primeiras vertentes da Umbanda,


tendo sido iniciada por Zélio Fernandino de Morais e pela ala elitista da
Macumba do Rio de Janeiro que tinha a intenção de retirar da mesma os
elementos considerados como primitivos e selvagens. Se baseia nos princípios
da caridade e da fraternidade. É fundamentada em três entidades iniciais que
são os Caboclos, os Preto-Velhos e as Crianças. Os Exus são tidos como
protetores do terreiro. Não há giras de exus e os mesmos não dão consultas.
Originalmente, esta vertente não é adepta das práticas africanas, porém usam
guias, fumo, defumadores e etc. Vinculada aos princípios espíritas codificados
por Allan Kardec. Os cantos são cantados à capela sem palmas. Uma das
primeiras vertentes de Umbanda, sendo considerada por muitos como sendo a
primeira, é uma reformulação dos rituais da macumba/cabula sob uma visão
influenciada pelo espiritismo, mas não se atendo a este.
 Umbanda popular: é uma das primeiras vertentes da umbanda, sendo a mais
popular e aberta a sincretismos. Sua origem se encontra nas antigas casas de
macumba dos morros e comunidades do Rio de Janeiro que mantiveram seus
rituais originais. Utiliza-se de ritos africanos, católicos romanos, espíritas e
feitiçaria. É a vertente mais flexível em termos ritualísticos e de costumes. Foi
relegada à marginalidade pelos umbandistas mais elitistas que rejeitavam os
rituais mais africanizados.
 Umbanda de almas e Angola: é uma das primeiras vertentes da Umbanda. Sua
origem se encontra nas antigas casas de cabula e banto, e se utiliza,
principalmente, de ritos africanos do banto.
 Umbanda omolocô: é uma das primeiras vertentes da umbanda, tendo seu
culto sistematizado através dos ensinamentos de Tata Tancredo da Silva Pinto.
Sua origem se encontra nas antigas casas de cabula banto sendo um culto
africanista aos orixás, aos guias e Linhas da Umbanda bem similar e próximo ao
candomblé.
 Umbanda de cáritas: possui influência do espiritismo com doutrinas baseadas
na conduta espírita.Não trabalha com exus, pombajiras nem se utilizam de
fumo, álcool, pontos cantados e atabaques. Nessa vertente não existe culto aos
orixás. O sincretismo com santos católicos são mantidos. Tais centros levam
esse nome porque abrem as suas reuniões com a Prece de Cáritas.
 Umbanda de caboclo: tem influência da cultura indígena brasileira,
trabalhando com caboclos. Não trabalha com orixás.
 Umbanda esotérica: seu maior difusor foi W.W. Da Matta e Silva (Mestre
Yapacany), considerada como um conjunto de leis divinas.
 Umbanda iniciática: derivada da Umbanda esotérica, foi fundada por Pai
Francisco Rivas Neto (Mestre umbanda Yamunisiddha Arhapiagha), com
influência iniciática oriental,como uso de mantras indianos e do Sânscrito e
também do candomblé do queto.
 Umbanda Sagrada: é a vertente iniciada a partir dos ensinamentos
transmitidos por Rubens Saraceni, através de psicografias ditadas por Pai
Benedito de Aruanda no início da década de 90. A partir dessa linha surgiu a
Associação Umbandista e Espiritualista do Estado de São Paulo e o Curso de
Teologia Umbandista (1996). Além das práticas religiosas tradicionais da
Umbanda, a vertente também incorpora elementos da espiritualidade oriental.
Apesar de ser mais forte no estado de São Paulo, é bem difundida e divulgada
no país inteiro através de seus cursos, aulas e vídeos na internet.
 Umbanda traçada: são terreiros caracterizados pela influência mais acentuada
do candomblé.
 Umbandaime: é o sincretismo entre umbanda e Santo Daime.

Mesmo pontuando tais linhas, de acordo com estudiosos da área, cada terreiro possui
sua tradição com modalidades demasiadamente diferenciadas entre si,
correspondendo assim apenas a uma parcela dos participantes dessa religião. A
umbanda é extremamente aberta e diversificada, apesar de ter seus princípios e bases
religiosos.
Oxossi

Xangô

Oxalá
Oxum

Ogum

Iansã
Omolú

Iemanjá

Nana Buruquê

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