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TEMPLO ESCOLA DE UMBANDA SAGRADA BENEDITO DE ARUANDA E SETE ESPADAS

TURMA DE DESENVOLVIMENTO MEDIÚNICO 1 – AULAS 3 E 4

Marcus Cardinelli
Dirigente do TEUSBASE
Sacerdote de Umbanda Sagrada
Mago Iniciador da Magia Divina

BIBLIOGRAFIA:

SARACENI, Rubens. Código de Umbanda.

_____. Gênese Divina de Umbanda Sagrada.

_____. Tratado Geral de Umbanda.

_____. Doutrina e Teologia de Umbanda Sagrada.

DEUS E SUAS DIVINDADES

Comentar algo sobre Deus é um exercício especulativo nos campos da fé, pois tudo o
que dissermos poderá ser verdadeiro ou não, já que o micro (nós) não tem uma noção exata
ou apurada do macro (Deus).

Deus é único e, o que Ele gera, o faz por meio de processos específicos e que só servem
para cada uma das espécies que gera. Logo, cada coisa gerada por Ele tem sua gênese específica
que, no entanto, é reprodutora e multiplicadora. Este fato explica a gênese Divina, à qual Sse
define desta forma:

Deus está na origem de tudo, pois tudo tem seu início em Deus. Logo, se Ele está na
origem de tudo e tudo tem seu início n’Ele, então Ele está em tudo o que gera, pois tudo é
gerado por Ele e n’Ele.
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Nós entendemos que Deus está na origem de tudo e que cada espécie, animada ou
inanimada gerada por Ele, surge a partir de processos específicos, reprodutores e
multiplicadores de suas gerações originais, as quais, após o impulso criador original, não cessam
mais após terem sido iniciadas por Ele.

Nós entendemos que Deus é infinito em si mesmo e que, tudo o que gera, gera
infinitamente, pois, após o início de uma geração, esta traz em si o meio de reproduzir-se e de
multiplicar a sua espécie inicial e original que a distingue como mais uma geração dele.

Logo, esses processos geradores, após os seus inícios, são eternos, pois são
autogeradores e automultiplicadores e estão presentes nas próprias espécies que geram,
tornando-as geradoras e multiplicadoras de si mesmas.

Se tudo tem início em Deus, então Ele está em tudo o que se iniciou n’Ele. Logo, Ele é o
próprio processo gerador, reprodutor e multiplicador, e dota tudo o que gera com a capacidade
de se autorreproduzir sempre que houver condições ideais para que o processo gerador inicial
se reproduza nos indivíduos de uma mesma espécie, multiplicando-a e expandindo-a
infinitamente, eternizando-a.

Os processos geradores são vivos e são plenos em si mesmos, ainda que uns gerem
pessoas, outros gerem árvores, outros gerem diamantes e outros gerem estrelas, pois basta
surgirem as condições ideais e a espécie já gerada se reproduz e se multiplica, expandindo a
classe a que pertence.

Logo, Deus, ao estar embutido e ser intrínseco a tudo o que gera, é o próprio meio onde
gera. Isto nos leva à conclusão de que Ele é em si o início, o meio e o fim de tudo que gera.

Com isto entendido, então chegamos ao espírito vivo de Deus, que são suas divindades,
pois nada se reproduz se não preexistir uma força geradora potencial, cujo desencadeamento
acontece sempre que surgem as condições ideais para que todo o processo reprodutor e
multiplicador seja desencadeado.

Deus gera e reproduz sem em uma de suas qualidades, que são suas divindades originais
ou chamadas por nós de Tronos fatorais. Todo processo criador e gerador tem origem em Deus
e passa por uma de suas divindades que dotarão a criação divina, gerada por Deus, de uma
natureza só sua, diferente das demais.

A palavra divindade significa algo Divino e é aplicada aos seres que são, em si, mistérios
de Deus. Logo, uma divindade é um ser Divino e um mistério de Deus.

Elas podem ser denominadas anjos, arcanjos, serafins, tronos, etc., e podem ter nomes
bem humanos, tais como: Anjo do Amor, Arcanjo Miguel, Serafim Verde, Trono da Fé, etc.

Aí temos várias classes de divindades, cada uma com um nome formado por palavras
humanas. Os nomes foram dados a elas por pessoas que as identificaram a partir do que viram
ou delas sentiram.
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Nós temos uma distribuição para cada classe e as denominamos segundo nosso
entendimento humano das coisas Divinas. Agora, caso queiramos ter uma noção do que são as
divindades de Deus, então temos que abordá-las da seguinte forma:

- Uma divindade é um ser gerado em Deus; qualificado por Ele com uma de suas
qualidades; amadurecido em seu interior; divinizado dentro d’Ele e exteriorizado por Ele, já
como um ser gerador e irradiador natural da qualidade divina que o distingue e o torna o que
é em si: Uma divindade de Deus e um mistério em si mesmo.

- Toda divindade já era o que é antes de ter-se deslocado do interior de Deus e ter
passado a viver no seu exterior, no qual por ter uma qualidade especificamente Divina, também
tem uma função específica onde quer que venha a estar.

- Não importa que ela se desloque ou seja deslocada por Ele, pois sempre será o que é
desde que foi gerada n’Ele: Sempre será uma divindade.

- Dentro de uma mesma classe de divindades, nós as encontramos em todos os níveis


da criação, e se não podemos visualizá-las no macro por causa da nossa limitação visual, no
entanto podemos ter uma ideia de como são porque nos é possível ver as divindades locais.

- Nós, vendo uma divindade local (ou menor), podemos ter uma ideia de como são as
divindades médias, maiores ou celestiais, porque em uma mesma classe todas são iguais.

- Uma divindade não é onipotente, onipresente, oniquerente e onisciente em todos os


sentidos, em todos os aspectos e em todos os níveis da criação porque essa atribuição é
exclusiva de Deus, e só d’Ele.

- Mas uma divindade (seja ela menor, média ou maior), no sentido, no aspecto e no
nível vibratório em que atua, é sua autoridade máxima porque é em si a representante exclusiva
de Deus. E em si é onipotente, onisciente, onipresente e oniquerente porque ali ela é a potência
Divina d’Ele.

- As divindades são exteriorizações de Deus e podemos vê-lo nelas, já que estas são, em
si, seus aspectos exteriores e são as exteriorizadoras dos seus aspectos Divinos e internos.

- Nós não devemos separar uma divindade menor da sua igual média ou maior, pois são
uma mesma coisa, apenas individualizadas nos seus níveis vibratórios correspondentes.

Com isso entendido, saibam que Deus tem em cada uma de suas divindades uma de
suas feições Divinas e Ele, que é infinito em tudo, também o é nas suas feições Divinas e Ele,
que é infinito em tudo, também o é nas suas feições, pois o número de suas divindades é infinito
e não se limita só às que são conhecidas no plano material da vida, nesse nosso abençoado
planeta Terra, e que são as representantes Divinas aqui, pois em outros planetas há outras,
específicas para cada um deles.

Tal como as divindades de Deus, que são suas exteriorizadoras divinas, nós somos seus
exteriorizadores, humanos, e podemos nos divinizar, caso sejamos humanos em todos os
nossos sentidos capitais, que são:
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- O sentido da Fé;

- O sentido do Amor;

- O sentido do Conhecimento;

- O sentido da Justiça;

- O sentido da Lei;

- O sentido da Evolução;

- O sentido da Geração.

Deus nos gerou no seu íntimo e nos exteriorizou (conduziu-nos ao seu exterior) já como
seus (suas) filhos (as) humanos (as) dotados (as) com sua herança genética humanística, a qual,
por ser uma de suas qualidades vivas, nos tornou Divinos assim que Ele nos gerou.

Divinizemo-nos através do nosso humanismo, pois só assim nós também nos


tornaremos em nós mesmos as divindades humanas de Deus, o nosso Divino Criador.

GÊNESE DIVINA

A Umbanda é uma religião e, como tal, tem de possuir a sua interpretação sobre a
criação Divina e a origem do mundo em que vivemos.

O que se viu, até agora, foi o uso de interpretações de outras religiões para explicarmos
ao umbandista a origem e a formação do universo e de tudo que vemos.

Olorum, o nosso Divino Criador, antes de ser descrito como um ser ou um espírito, deve
ser entendido e aceito como um mistério em si mesmo, impossível de ser aprendido e descrito
por nós, porque somos criação d’Ele e somos só uma das espécies, a humana, que Ele criou.

Deus, criador de tudo e de todos, é o princípio criador-gerador que deu início ao todo a
partir de seu estado mental exteriorizador, pois no seu interior tudo existia em estado potencial
e no seu exterior nada poderia existir.

Como o estado original de Deus é mental, é pensador-criador-gerador, é algo que se


encerra em si mesmo e só é alcançado por meio da “mentalização”; então, não podemos
imaginar ou pensar sua criação se não for através de ‘’estados’’.

Como o ‘’estado mental’’ é algo fechado em si mesmo, para exteriorizar-se, Ele se serve
de outros estados e, como o estado original é interno, não havia nada além dele no início.
Então, podemos afirmar que, no início, só havia o estado mental original que encerrava tudo
em si mesmo e que, fora desse estado, ‘’nada’’ existia por si mesmo.

Logo, o ‘’tudo’’ estava no interior de Deus, e nada estava fora dele.


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A partir de certo momento, Deus intencionou exteriorizar o mundo manifestado ou o


lado de fora da criação. O grande problema é que não existia um espaço para receber sua
criação, pois do lado de fora nada existia e tudo aquilo que era criado e gerado para se
exteriorizar era nadificado. Nada se tornava concreto, pois não existia nada no seu exterior.
Logo, o senhor Deus criou o primeiro estado da criação para receber o todo.

O primeiro estado foi o do vazio absoluto, que agora servia como um receptáculo de
toda a criação. Junto com esse primeiro estado, foi exteriorizado uma divindade que seria
responsável e mantenedora do vazio absoluto. Com isso, a divindade regente do vazio absoluto
ficou responsável por receber e acomodar dentro de si todos os estados posteriores da criação.

A cada estado criado e gerado por Deus, dentro das suas matrizes-geradoras, uma
divindade era exteriorizada.

Uma divindade é um ser gerado em Deus; qualificado por Ele com uma de suas
qualidades; amadurecido em seu interior; divinizado dentro d’Ele e exteriorizado por Ele, já
como um ser gerador e irradiador natural da qualidade divina que o distingue e o torna o que
é: uma divindade de Deus e um mistério em si mesmo.

Toda divindade já era o que é antes de ter-se deslocado do interior de Deus e ter
passado a viver no seu exterior, no qual por ter uma qualidade especificamente Divina, também
tem uma função específica onde quer que venha a estar.

Sabemos que Deus gerou em si várias classes de divindades, e sabemos também que
umas complementam as outras na sustentação da criação Divina, na manutenção dos
princípios que a regem e na realização das vontades maiores manifestadas pelo nosso Divino
Criador.

Os tronos são as classes de divindades que estão mais próximas de nós, porque são
responsáveis pela vida e evolução dos seres, assim como são as divindades geradoras dos
fatores divinos.

Deus continuamente exteriorizava os estados da sua criação, os tronos divinos e suas


divindades regentes. A partir daí as irradiações divinas vão sendo exteriorizadas e criando suas
polaridades e particularidades.

As irradiações Divinas e as correntes eletromagnéticas são a base da Ciência Divina.

Irradiação é a onda viva de Deus, que alcança toda sua criação. Está em tudo. Cada
irradiação possui dupla polaridade (polo passivo e ativo). Onda Passiva: positiva ou universal –
vibração magnética contínua e irradiante; Onda Ativa: negativa ou cósmica – alternada e
absorvente.

Existem muitos tipos de ondas carregando os fatores divinos, que são as menores
partículas de Deus. Quando uma onda cruza com outra em determinado ponto, cria um polo
magnético, no qual assume a condição de “irradiação energética” e a outra assume a condição
de “corrente eletromagnética”.
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Toda linha vertical é vista como uma irradiação direta e toda linha horizontal é vista
como corrente eletromagnética que dá origem a níveis ou faixas vibratórias e a subníveis ou
subfaixas vibratórias.

Existem as ondas que dão sustentação aos sete sentidos da vida: sentido da fé, do amor,
do conhecimento, da justiça, da lei, da evolução e da geração. Esses 7 sentidos são as 7
irradiações vivas que dão sustentação a tudo o que existe em nosso planeta, em todas as suas
dimensões. Essas irradiações começam em Deus e chegam até nós por meio de ondas vivas,
transportadoras de fatores, essências, elementos e energias.

Enquanto Deus foi exteriorizando sua criação através das suas irradiações vivas e
divinas, tudo foi sendo desdobrado e um continuum criador e gerador foi dando forma aos
planos.

1º - Plano Fatoral – Ondas fatorais (transportam fatores divinos);

2º - Plano Essencial – Vibrações essenciais (transportam essências divinas);

3º - Plano Elemental – Irradiações elementais (transportam elementos puros);

4º - Plano Dual – Irradiações bipolares (transportam energias elementais bipolarizadas);

5º - Plano Energético – vibrações energéticas;

6º - Plano Natural – Irradiações energéticas naturais (transportam energias da natureza) e

7º - Plano Celestial ou Mental – Vibrações mentais geradoras de energias, elementos,


essências, fatores, magnetismo e vibrações.

A partir do 7º plano, os 7 Tronos de Deus foram se desdobrando e dando origem a uma


hierarquia dos Tronos do divino criador, vamos a ela:

1- Deus; 2- Tronos Regentes dos Universos (Tronos Universais); 3- Tronos Regentes das Galáxias
(Tronos Galácticos); 4- Tronos Regentes das Constelações (Tronos Estelares); 5- Tronos
Regentes das Estrelas (Tronos Solares); 6- Tronos Regentes dos Planetas (Tronos Planetários) e
7- Tronos Regentes das Dimensões Planetárias (Tronos Dimensionais).

Estes Tronos cuidam da manutenção e estabilidade na criação Divina e são em si


mesmos individualizações de Deus, cada um adaptado ao seu grau vibratório na escala divina.

O Trono responsável por tudo no planeta em que vivemos, inclusive pela sua formação
e manutenção é o Trono Planetário das Sete Encruzilhadas. Este Trono é um mental planetário,
no qual Deus se individualizou parcialmente, concentrando neste mental muito de suas
qualidades.

O Divino Trono das Sete Encruzilhadas absorve e internaliza as 7 ondas divinas e as


irradia a partir de si, adaptando-as ao seu magnetismo mental, que é gerador e irradiador em
nível planetário, dando início à repetição e multiplicação dos sete planos da criação:
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1º Fatoral

2º Essencial

3º Elemental

4º Dual ou Energético

5º Encantado

6º Natural e 7º Celestial ou Divino

A partir da formação dos planos e dimensões pelas irradiações do Divino Trono das Sete
Encruzilhadas, o divino criador começou a exteriorizar os seres.

Deus cria e gera tudo, e tudo foi criado e gerado n’Ele, que está na origem de tudo o
que existe, animado ou inanimado, material ou imaterial, concreto ou abstrato.

A natureza de Deus é formada pelos seus fatores, aos quais também denominamos de
qualidades Divinas que, se forem individualizadas, darão origem a naturezas distintas umas das
outras e caracterizadoras daquilo que se origina neles, os fatores de Deus.

São 7 fatores divinos: Fator Congregador (da Fé), Fator Conceptivo (do Amor), Fator
Equilibrador (da justiça), Fator Ordenador (da Lei), Fator Evolutivo (da evolução) e Fator
Gerador (da geração).

Os fatores têm sua origem no primeiro plano da vida e percorre toda a criação. Os seres
são gerados nas mesmas matrizes geradoras dos fatores e possuem características hereditárias
iguais. Por exemplo, um ser cristalino é gerado na matriz da fé ou cristalina, assim como o fator
da fé. Vamos observar como tudo acontece:

Primeiro Plano da Vida – O Plano Fatoral

Este plano Divino é onde os espíritos gerados por Deus permanecem em “repouso”,
logo após serem gerados. Este plano é sustentado pelos Orixás fatorais ou fatoradores dos
espíritos gerados por Deus.

Neste plano existem 7 Mentais divinos e 14 Tronos fatorais, que nada mais são do que
nossos amados Orixás ancestrais. Estes Orixás fatorais são partes dos 7 mentais divinos, uns
positivos e outros negativos.

Existem diversas combinações de fatores e uma tela fatoral que envolve toda a criação.
Cada encontro de uma onda fatoral vertical com uma onda fatoral horizontal é um polo
magnético fatorador de um ser. O magnetismo deste polo atrai um ser pela onda viva e divina
vertical (onda fatoral vertical) e este ser inconsciente inicia sua vida no exterior de Deus.

Esses seres ainda são minúsculas “células-máter” fecundadas que não têm consciência
de nada, e se é certa essa comparação, podemos dizer que são zigotos. Eles permanecem em
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repouso dentro desse imensurável oceano energético Divino, todo formado pela energia
Divina, que é em si os fatores de Deus.

Esses fatores de Deus são o próprio meio gerador da vida, pois ninguém sabe ou pode
revelar onde e como realmente Deus gera os seres. Apenas vão surgindo pequenos pontos
luminosos que pulsam intermitentemente, que já são em si novos seres gerados por Deus, que
vão sendo atraídos pelas ondas fatorais irradiadas pelos Orixás fatorais, que vão imantando-os
com os magnetismos que fluem através das suas ondas, e vão dotando-os de uma qualidade
divina só sua e o segundo fator irá qualificar esta qualidade divina.

Os seres após serem imantados por duas dessas ondas fatorais já serão em si mesmos
uma qualidade divina original e terão um qualificativo para esta qualidade. Esta qualidade
Divina do novo ser lhe dará uma natureza e um grau magnético análogo ao Trono Fatoral que
o imantou e, dessa forma, este Trono velará a vida do ser dali em diante. É por isso que no culto
aos sagrados Orixás nós identificamos uns como filhos de Ogum, outros como filhos de Xangô,
outros como filhos de Oxóssi, etc., pois em nível Terra as divindades que respondem por estes
nomes são os “membros” naturais das hierarquias Divinas dos Tronos de Deus, que têm início
nos Tronos fatorais, onde uns são Tronos Ordenadores da Gênese Divina (Tronos Oguns),
outros são Tronos Agregadores da Criação Divina (Tronos Oxuns), outros são Tronos Geradores
das coisas Divinas (Tronos Iemanjás), etc.

O segundo fator dirá qual o identificador da qualidade original do ser, então, no nosso
exemplo, o ser será um equilibrador da lei ou um filho de Xangô e Iansã, seus dois pais fatorais.
Agora o ser fechou seu ciclo genético, pois possui em si todas as características, em potencial,
que precisa para cumprir sua função no lado exterior de Olorum.

Ele será conduzido ao útero da Mãe Geradora (natureza essencial divina), plano
essencial, de forma inclinada para receber uma essência que dará sustentação aos seus fatores
combinantes e o alimentarão, permitindo que cresça (densifique seu magnetismo individual).
Esta condução inclinada visa preservar o ser, pois, seguindo por uma onda inclinada ele não
expõe seu magnetismo, ainda delicado, às poderosas vibrações das ondas que cruzam todo o
espaço que terá que percorrer. Ele só as sentirá como leves formigamentos e nada mais.

Segundo Plano da Vida – O Plano Essencial

Essa fase da vida é chamada de essencial porque os seres serão “alimentados” por
essências, que absorverão até que a centelha diáfana, que ainda são, torne-se parecida com
um casulo ou um ovoide.

Essências são agregações de fatores Divinos e são absorvidas pelas centelhas vivas até
preencherem todo o seu interior e aí circundá-las dando-lhes a forma de ovalada. Essas
essências vão se acumulando nas centelhas até formarem uma casca protetora.

Todos os seres, assim que são fatorados, magnetizados e qualificados com uma
qualidade Divina dominante, assumem a aparência de pequeninas estrelas. Por isso dizemos
que são centelhas que pulsam continuamente. São “estrelinhas” e podemos, já no plano
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fatoral, saber qual a onda fatoral vertical que as está sustentando, porque, conforme o formato
da estrela ou centelha, indica qual é o Orixá ou Trono de Deus que a está irradiando.

A onda fatoral vertical irradiada pelo seu Orixá dominante projeta-se até o mental do
ser regido por ele, penetra-o e alcança a centelha da vida (estrela) que o anima e o mantém
vivo, alimentando-o continuamente, não permitindo que em momento algum corra o risco de
parar de pulsar, tal como um coração em suas batidas ritmadas.

Esta estrela está lá, protegida pela casca essencial ou revestimento cristalino, formada
pela cristalização das essências absorvidas pelos seres quando viveram no Segundo Plano da
Vida.

Já o segundo fator que deu um qualificativo à qualidade original do ser pode ser vista
tanto no revestimento fatoral da sua estrela viva quanto no seu embaixo. Imaginem uma
moeda com duas faces, a face de cima é o seu Orixá ancestral dominante e o seu Orixá recessivo
é a face de baixo da moeda. Um ser ancestralizado na justiça, pelo fator equilibrador, é
visualizado como uma estrela de 6 pontas de cor vermelha, porém este mesmo ser recebeu
outro fator, no nosso exemplo o fator movimentador, logo uma fina camada amarela envolve
esta estrela da vida e no seu embaixo um símbolo é formando de acordo com o trono fatoral
que qualificou sua qualidade original.

O magnetismo de um polo essencial atrai o ser e uma onda é formada. Esta onda cruzará
outras ondas essenciais conduzindo o ser ao polo magnético essencial afim com o seu
magnetismo pessoal e assim inicia-se a absorção da essência que protegerá o seu mental ou
sua estrela da vida.

O ser terá seu magnetismo fortalecido, criando um campo magnético à sua volta. Este
campo magnético “pessoal” tem uma correspondência vibratória com o fator que lhe
transmitiu uma qualidade divina e assume um pulsar análogo ao do fator que qualificou sua
qualidade original.

Esta essência combinante com os seus fatores iniciais, aqui daremos o exemplo da
essência cristalina, dará uma característica no ser que aflorará como uma faculdade ou um dom
original, que o distinguirá dentro do campo em que foi qualificado. Assim, se era equilibrador
puro quando foi gerado, logo desenvolveu o equilíbrio pela ordem e começou a absorver uma
essência que o alimentou, sustentou e possibilitou a criação de um campo magnético só seu,
que o protegerá dali em diante. E, por este campo estar saturado com a essência da onda
inclinada que o atraiu e o fixou, então sua faculdade principal ou dom original será análogo ao
sentimento que esta essência desperta nos seres: A Fé. Este ser será um equilibrador da ordem
nos campos da Fé.

Quando um ser se torna apto a ser conduzido ao Plano Elemental da Vida, um “disco”
muito sutil já se formou ao redor dele, que ainda é só um mental pulsante e totalmente
inconsciente de si ou da realidade essencial onde vive e desdobra sua genética Divina. Este
disco nada mais é do que o campo eletromagnético do ser, ainda muito sutil, pois é formado
por ondas mentais puras saturadas de essências que estão se cristalizando e formando um
campo protetor ao redor da estrela viva.
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Após o ser desenvolver seu campo magnético protetor do mental e as sete faixas
estarem bem definidas, então ele está apto a ser conduzido ao Plano Elemental ou Energético
da Vida, no qual começará a “alimentar-se” de energias e não mais de essências puras.

Terceiro Plano da Vida – O Plano Elemental ou Energético

O Terceiro Plano da Vida, Elemental ou energético puro, destina-se a acolher os seres


que amadureceram, desenvolveram toda uma proteção magnética ao mental e estão prontos
para dar início ao desdobramento genético dos seus “corpos”, cujo primeiro corpo é o
Elemental básico.

Os Tronos Elementais projetam ondas mentais para todos os seres ligados a eles por
cordões vivos, nutrindo-os com a quantidade exata de energias necessárias para que seus
corpos básicos se desenvolvam. Nesse estágio, os seres assemelham-se aos fetos no útero de
suas mães, onde são alimentados pelo cordão umbilical.

Todo ser Elemental é alimentado através de um cordão energético puro, que vai
perdendo sua utilidade à medida que o corpo Elemental básico vai desenvolvendo seus órgãos
básicos e vão surgindo os chacras ou órgãos captadores de energias elementais do meio onde
vivem. Quando os chacras alcançam a plenitude na captação e internalização das energias
circulantes no meio em que vivem, os cordões rompem e daí em diante eles adquirem
liberdade de movimentação nas dimensões nas quais vivem.

O Terceiro Plano da Vida possui sete dimensões elementais básicas, cada uma com sete
faixas vibratórias ou sete níveis de evolução, tal como a dimensão humana possui as suas, em
que dentro de cada uma só permanecem os espíritos com o mesmo grau de evolução. As sete
dimensões elementais são:

Dimensão Elemental Básica Cristalina, Dimensão Elemental Básica Mineral, Dimensão


Elemental Básica Vegetal, Dimensão Elemental Básica Ígnea, Dimensão Elemental Básica Eólica,
Dimensão Elemental Básica Telúrica e Dimensão Elemental Básica Aquática.

Estas sete faixas são duplas, tendo uma polaridade magneticamente positiva e
irradiante e outra magneticamente negativa e absorvente. As faixas positivas e irradiantes
expandem o magnetismo mental dos seres, afixando-os numa só qualidade ou faculdade
mental, impedindo que se fixem em sentimentos ilusórios ou abstracionistas.

Esta dupla polaridade de faixas elementais é fundamental para que os instintos se


resumam apenas ao indispensável à manutenção da vida no seu terceiro plano e estágio
evolutivo. O fato é que as dimensões elementais básicas do Terceiro Plano da Vida projetam
correntes eletromagnéticas energizadas para o Quarto Plano, onde se fundem e criam as
dimensões elementais duais ou bielementais.
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Quarto Plano da Vida – Plano ou Estágio Dual da Evolução

O Quarto Plano da Vida é conhecido como estágio dual da Evolução dos seres, porque
é nele que um ser Elemental entra em contato com energias que acelerarão seu pulsar
magnético, ou o desacelerarão.

O Quarto Plano da Vida é chamado de dual porque os seres “formados” em um


elemento entrarão em contato e internalizarão um outro elemento, que não só o excitará ou
apatizará, como ajudará a formar seu emocional.

A dualidade entre razão e emoção é o objetivo da vida nesse plano, pois os seres ficam
expostos aos instintos básicos de sobrevivência até adquirirem um equilíbrio entre os dois polos
magnéticos mentais, que regularão sua evolução.

Todas as dimensões do Quarto Plano são formadas, preponderantemente, por dois


elementos básicos, que se combinam ou se potencializam. Quando se combinam, nós os
chamamos de elementos complementares. Quando se potencializam, nós os chamamos de
elementos polarizadores.

Ar e água se combinam, ar e fogo se polarizam, potencializando-se. Cristal e mineral se


combinam, cristal e fogo se polarizam. É dessa combinação ou polarização que se serve o Divino
Criador para “amadurecer” os seres “elementais”, ora emocionando-os, ora apatizando-os.
Esse processo não é desordenado e os Tronos responsáveis pelo estágio dual da evolução são
os mais rigorosos, atentos e vigilantes em toda a classe de divindades “Tronos de Deus”.

São vigilantes porque seus domínios são os dos instintos básicos, e têm de manter o
equilíbrio interno à custa de uma vigilância permanente sobre os seres que regem. São atentos
porque um descuido pode dar origem a criaturas aberrantes. São rigorosos porque tudo tem
um limite na natureza, mesmo a emotividade individual dos seres sob suas regências.

O estágio evolutivo dual é o mais difícil de todos, e assemelha-se à adolescência dos


jovens do plano material, no qual a natureza instintiva aflora e cada jovem tem de ser
“trabalhado” o tempo todo por seus pais e irmãos mais velhos, devido à rebeldia natural contra
os valores preestabelecidos como normas de conduta.

Existem 33 dimensões no Quarto Plano da Vida no Planeta Terra, em cada dimensão os


seres são regidos por dois elementos, sendo que o primeiro elemento será o campo racional
do ser e o segundo elemento, o campo emocional do ser. O seu elemento combinante (segundo
elemento) irá distingui-lo como um ser ativo ou passivo.

Esses Tronos duais estão presentes no Ritual de Umbanda Sagrada, pois suas
hierarquias são gigantescas e fundamentais para a evolução planetária, já que os seres que
“regridem” acabam retornando ao estágio dual da Evolução, no Quarto Plano da Vida, onde
são afixados em alguma faixa vibratória de uma dessas dimensões, na qual só uma faculdade
será trabalhada pelo ser, sempre visando a seu benefício.
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Quinto Plano da Vida – O Plano Encantado

Após os seres duais criarem uma maturidade, se tornam encantados e são conduzidos
ao Quinto Plano da Vida. Neste Plano existem 49 dimensões trienergéticas, pois o “meio
ambiente” deles é formado por combinações de energias elementais puras amalgamadas com
energias mistas das dimensões elementais duais.

As bases dessas dimensões encantadas são energias mistas que, acrescidas de uma
terceira energia elemental pura, criam as condições ideais para que no Quinto Plano da Vida os
seres, já com o emocional desenvolvido e equilibrado, apurem a sensibilidade, a sensitividade
e a percepção, depurando suas faculdades mentais dos vícios dos instintos básicos da vida.

Essas dimensões trienergéticas são distribuídas assim: Sete cristalinas, sete minerais,
sete vegetais, sete ígneas, sete eólicas, sete telúricas e sete aquáticas.

Tal como nas dimensões duais, estes são elementos básicos ou os primeiros elementos
que serão os elementos neutralizadores, ativadores ou apassivadores dos demais.

O ser permanecerá neste estágio até que o novo elemento que irá desenvolver sua
percepção faça aflorar um latejar “conscientizador”. A partir daí, ele começará a se questionar
sobre muitas coisas que influenciam sua vida.

Todas as hierarquias são polarizadas porque as dimensões encantadas destinam-se a


abrir os sentidos e as faculdades dos seres e a apurar sua individualização amparados pelas
vibrações mentais das divindades que regem essas dimensões trienergéticas.

Um ser encantado plenamente desenvolvido nas muitas faculdades de um dos sete


sentidos da Vida é, em si mesmo, um manifestador natural desse sentido da Vida, irradiando
uma energia que é absorvida pelo nosso sentido correspondente e que faz com que aflorem
em nós sentimentos relacionados com o “encanto” do ser encantado.

Na falta de um termo que defina melhor isso que acontece no Quinto Plano da Vida,
podemos defini-lo como um estágio “encantado’’, porque se um espírito (nós) for envolvido
pelas irradiações de um ser encantado que irradie fé, esse espírito se voltará totalmente para
as coisas da fé. Então, ele irá viver sua fé com ardor, ou se sentirá infeliz.

Os Tronos encantados exercem essa função: encantar os seres colocados sob suas
regências divinas. Logo, um ser encantado por um Trono encantado cristalino ou Trono da fé,
só se sentirá pleno em si mesmo se vivenciar intensamente sua religiosidade, toda voltada para
o Mistério da Fé irradiado pelo seu Trono regente, chamado por ele de “Pai” ou “Mãe”.

No Quinto Plano da Vida, os seres vivem as suas divindades com tanta intensidade que,
quando um ser encantado vem visitar a dimensão espiritual, tem dificuldade para entender por
que os espíritos encarnados vivem duvidando da existência de Deus e de suas divindades.

O Quinto Plano da Vida é formado por 49 dimensões trienergéticas e cada dimensão


possui 7 faixas vibratórias positivas e irradiantes, 7 faixas negativas e absorventes e uma neutra,
que é a entrada para os seres que superaram o estágio dual.
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Sexto Plano da Vida – Plano Natural

O Sexto Plano da Vida é o mais complexo porque nele vivem os seres cujo estágio
evolutivo destina-se ao desenvolvimento da consciência plena. Neste estágio, o livre-arbítrio
permite que os seres tomem iniciativas por conta própria. Por outro lado, devem arcar com as
consequências que advirão, caso transgridam os limites impostos a todos pela Lei Maior.

Saibam que o livre-arbítrio não é ilimitado e muitos, ao ultrapassarem a linha tênue do


permissível, sofrem os fatídicos choques de retorno, pois para cada ação acontece uma reação.

O Sexto Plano da Vida é formado por 77 dimensões naturais, todas erigidas em torno
de um eixo magnético central que une todas ao Divino Trono das 7 Encruzilhadas, o amado
regente Divino do nosso planeta e das suas muitas dimensões.

Desde o Terceiro Plano da Vida, ou estágio Elemental da Evolução, tudo e todos são
regidos pelo Divino Trono das 7 Encruzilhadas, pois ele é em si mesmo a individualização de
Deus que deu origem ao planeta Terra. Cada um desses planos está ligado a ele, em cujas telas
magnéticas multidimensionais ressonam as vibrações dos seres, das criaturas e das espécies,
formando um todo indivisível de si mesmo.

No Plano Natural, o ser tem consciência de si e do meio em que vive e evolui e tenta
influir na sua própria evolução, porque não é movido pelos instintos e sim pela razão.
Naturalmente, ele vai buscando o que sente que é bom para si, mas também vai acumulando
experiências sem se deixar paralisar pelas que foram ruins ou desagradáveis. Então, lentamente
o ser vai amadurecendo e seu instinto de sobrevivência vai dando lugar a uma natureza
preservacionista da vida e do meio em que vive e evolui.

Esta natureza preservacionista da vida não se limita só a um aspecto, pois ela é


abrangente e exterioriza-se por meio dos sete sentidos da Vida. Com isto acontecendo em seu
íntimo, ele vai sentindo-se parte do todo e vai desenvolvendo faculdades que o direcionam
num rumo em que, pouco a pouco, vai sublimando seus relacionamentos e seu emocional vai
transmutando-se, tornando-se unicamente um identificador natural do que preserva a vida e
do que a anula.

Essa transmutação do emocional é fundamental para a consciência, pois, enquanto ela


não acontecer, o ser está sujeito a quedas vibratórias, choques emocionais, desequilíbrios
mentais e ao instintivismo, porque sua consciência não terá estabilidade necessária para que
possa trabalhar racionalmente suas dificuldades ou as de seus semelhantes.

Este estágio da evolução do ser do nosso exemplo equivale ao nosso estágio humano
da evolução, em que despertamos nossa consciência e maturidade espiritual, porque as
energias que nos chegam por meio das irradiações energéticas são hiper saturadas de fatores
divinos. E dependendo dos nossos sentimentos últimos, ora estamos absorvendo um tipo de
fator, ora outro.

No desenvolvimento humano, é preciso fechar este octógono sagrado com energias


que nos dotará do magnetismo sétuplo. Precisamos desenvolver este magnetismo e assim
sermos irradiadores naturais dos sete sentidos da vida. As diversas encarnações fortalecem o
nosso octógono sagrado e nos dota dos meios necessários para uma evolução ágil e dinâmica.
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Enfim, o Sexto Plano da Vida é magnífico, porque nele os seres assumem suas
responsabilidades com a vida e tornam-se auxiliares do Divino Criador e Senhor nosso Deus.

Sétimo Plano da Vida – Plano Celestial

O Sétimo Plano da Vida é onde se processa a evolução “celestial” dos seres. Quem vive
neste plano excelso já está num estágio de desligamento do nosso planeta e sendo conduzido
a uma “mentalização” em todos os sentidos, no qual se abrirão faculdades sequer imaginadas
pelos seres que vivem a realidade do Sexto Plano.

Neste Plano da Vida que vivem os espíritos ascensionados, muitos dos quais deslocam-
se para os outros planos anteriores só para auxiliar os Divinos Tronos regentes da Evolução, ou
para ajudar as divindades humanizadas e responsáveis por grandes contingentes de espíritos,
ainda no ciclo reencarnacionista.

Enfim, os seres do Sétimo Plano da Vida são aqueles que transmutaram seus emocionais
e tornaram-se seres mentais hiperconscientes, divinizando-se em todos os sete sentidos da
vida. São seres irradiadores de Fé, Amor, Conhecimento, Justiça, Ordem, Evolução,
Transmutação, Criatividade e Geração. Eles são muito requisitados pelos Anjos e Arcanjos, e
muitos “angelizaram-se” ou “arcangelizaram-se”, integrando-se às hierarquias Divinas desses
seres excelsos.

Já os Divinos Tronos regentes têm neles uma elite mental capaz de auxiliá-los em todos
os quadrantes de suas telas eletromagnéticas e os requisitam quando precisam acelerar a
evolução dos seres colocados sob suas regências Divinas.

No Sétimo Plano da Vida existem 7 dimensões celestiais que, como já comentamos,


transcendem nosso planeta e espalham-se por uma vastíssima extensão do Universo. Dessas 7
dimensões celestiais, umas abrangem alguns planetas do nosso sistema solar e outras
abrangem outros, mas todas estão nas dimensões solares, que são muitas.

TRONOS DE DEUS

Os tronos são os manifestadores das qualidades de Deus que estão mais próximos de
nós e assentados bem ao nosso lado nas dimensões paralelas à dimensão humana da Vida.

Saibam que todas as divindades “humanizadas”, e que regeram ou regem as muitas


religiões humanas, são Tronos de Deus, sem exceção! Todos os sagrados Orixás são Tronos de
Deus. E se nossos irmãos africanos já os cultuam há muitos milênios, outros povos os cultuam
com outros nomes, mas todos cultuam em essência os Sete Tronos de Deus assentados na
coroa divina regida pelo divino Trono das Sete Encruzilhadas, o nosso Logos Planetário.

Todas as divindades já cultuadas são oriundas do Mistério Tronos de Deus. Inclusive os


Orixás! Todos os Orixás são divindades Tronos e cada um possui sua hierarquia com tantos
seres divinos manifestando seus mistérios que eles se espalham por toda a criação de Deus.
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Em qualquer quadrante do Universo, se escolhermos uma estrela, planeta ou satélite e


projetarmo-nos ao seu lado etéreo, e a partir dele às suas muitas dimensões da vida, nelas
encontraremos os Tronos de Deus. Se aqui do plano material alguém com a faculdade de
projetar-se espiritualmente entrar em uma pedra e alcançar o seu centro-neutro, nele
encontrará um ser divino assentado em um trono energético majestoso, todo cheio de
“detalhes” e altamente atrator, magneticamente falando, e altamente irradiante,
energeticamente falando.

Estes tronos energéticos ocupados por seres divinos que também denominamos Tronos
de Deus são os pontos de partida e de sustentação da criação (meios e seres).

As funções dos Orixás e de todas as divindades cultuadas nas muitas religiões existentes
ou que já se recolheram no tempo, são análogas às dos Tronos e foi neles que todas as religiões
recolheram seus fundamentos religiosos e mágicos. O fato é que por meio dos elementos
podemos entender melhor os campos de atuação dos Orixás, e em cada uma das irradiações,
vibrações, elementos, etc., estão presentes todos os Orixás. No elemento ígneo (fogo) estão
presentes todos eles, só que o nome do Orixá vem acompanhado de um sobrenome.

Ex. Ogum, o Orixá ordenador geral da criação.

Ogum do fogo — o Orixá Ogum responsável pela ordenação na irradiação, vibração e


elemento fogo.

Mas no elemento fogo estão todos os outros Orixás por intermédio de sua hierarquia
de manifestadores e aplicadores dos seus mistérios na vida dos seres.

Ex.: Oxum, Orixá agregador geral da criação e responsável divina pela concepção de
qualquer coisa.

Oxum do fogo — Orixá agregador responsável por toda a concepção na irradiação,


vibração e elemento fogo.

Orixá é mistério de Deus, é divindade regente da evolução dos seres, das criaturas e das
espécies. Já a diferenciação entre eles existe em função dos campos de atuação por meio dos
sentidos, dos reinos da natureza sob suas regências e da natureza íntima dos seres colocados
por Deus sob seu amparo e direcionamento evolutivo.

Deus gerou em si várias classes de divindades, e também que umas complementam as


outras na sustentação da criação divina, na manutenção dos princípios que a regem e na
realização das vontades maiores manifestadas pelo nosso Divino Criador.

Os anjos já vêm sendo descritos há muitos milênios e são conhecidos da humanidade


muito antes do surgimento das atuais religiões, que só tiveram o trabalho de incorporá-los às
suas teogonias (estudo sobre as divindades de Deus).

Serafins, Querubins, Tronos, Dominações, Potências, Virtudes, Principados, Arcanjos,


Anjos e Gênios são classes de divindades de Deus e regem sobre os muitos aspectos da obra
divina.
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Até onde se sabe, podemos comentá-las da seguinte maneira:

Serafins: Classe de divindades que cuidam da Criação Divina como um todo;

Querubins: Classe de divindades que cuidam dos seres da natureza e lidam com as suas
energias vitais;

Tronos: Classe de divindades fatorais, responsáveis pela evolução dos seres, das criaturas e das
espécies;

Dominações: Classe de divindades que cuidam dos domínios de Deus, mas em nível localizado,
já que a Criação Divina é infinita;

Potências: Classe de divindades que vigiam as correntes eletromagnéticas divinas, pelas quais
fluem as energias vivas geradas por Deus;

Virtudes: Classe de divindades que velam os princípios divinos;

Principados: Classe de divindades responsáveis pelos sistemas mecânicos celestes;

Arcanjos: Classe de divindades responsáveis pela manutenção do equilíbrio na criação divina;

Anjos: Classe de divindades responsáveis pela vigilância, em todos os aspectos da criação


divina;

Gênios: Classe de divindades responsáveis pelas fontes de energias vivas geradas por Deus.

Não nos deteremos nas outras classes de divindades, mas tão somente na dos Tronos
de Deus, as divindades responsáveis pela natureza como um todo e que cuidam dos seres, das
criaturas e das espécies que nela vivem, pois nela crescem e evoluem continuamente.

Os Tronos são a classe de divindades que estão mais próximas de nós porque são
responsáveis pela vida e evolução dos seres, assim como são as divindades geradoras dos
fatores de Deus.

Os fatores de Deus estão na própria gênese divina e os encontramos como a natureza


individual de uma substância ou de um ser.

Portanto, os Tronos estão na origem de tudo. Estão na ancestralidade dos seres e no


próprio ser, porque sua natureza íntima é análoga à do Trono que gera o fator, em cuja onda
divina foi gerado.

Um Trono é em si uma qualidade divina e a manifesta por meio de seu magnetismo, sua
vibração, sua irradiação energética, seu grau hierárquico, seu mental, sua natureza e seus
sentidos.

Cada Trono é um mistério em si mesmo porque foi gerado em Deus, em uma de suas
qualidades e tornou-se um gerador natural dela a partir de si.

Deus é “todas as qualidades” em si e seus Tronos são os geradores naturais dela.


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Por isso eles são denominados de “divindades naturais” e de regentes “das naturezas”.

Temos nos vários níveis da criação:

Tronos Fatorais

Tronos Essenciais

Tronos Elementais

Tronos Encantados

Tronos Naturais

Tronos Estrelados

Tronos Celestiais

Tronos Planetários

Tronos Solares

Tronos Galácticos

Tronos Universais

Os Tronos fatorais são puros e cada um gera de si uma das qualidades de Deus. Eles
estão na origem da gênese e no início das ondas vivas, que dão sustentação às irradiações
divinas e às correntes eletromagnéticas que por sua vez dão origem e sustentação às faixas
vibratórias onde vivem os seres em evolução.

No início são ondas fatorais que vão absorvendo essências. A seguir, saturadas de
essências, dão origem às correntes elementais. Essas dão origem às correntes energéticas, que
dão origem às irradiações naturais.

No início de cada uma dessas etapas estão os Tronos de Deus, dando origem e
sustentando o fluir natural de cada uma delas em um nível vibratório específico, pois cada nível
acontece um estágio da Evolução.

- Os seres que vivem totalmente inconscientes no nível dos Tronos Fatorais são centelhas vivas;

- O seres que vivem ainda inconscientes no nível dos Tronos Essenciais são seres virginais;

- Os seres que vivem no nível dos Tronos Elementais são intuitivos;

- Os seres que vivem no nível dos Tronos Duais são instintivos;

- Os seres que vivem no nível dos Tronos Encantados são sensitivos ou semi-conscientes;

- Os seres que vivem no nível dos Tronos Naturais são conscientes;


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- Os seres que vivem no nível dos Tronos Estrelados são hiperconscientes;

- Os seres que vivem no nível dos Tronos Celestiais são mentais;

- Os seres que vivem no nível dos Tronos Planetários são seres celestes;

- Os seres que vivem no nível dos Tronos Solares são celestiais e mentais irradiadores de
energias fatoradas, às quais geram em seus mentais e as irradiam por vibrações puras.

A classe dos Tronos de Deus começa nos Tronos Fatorais e vai se desdobrando e se
multiplicando nos planos da Criação, onde cada plano se mostra mais dotado de recursos,
porque se presta a sustentar um estágio da Evolução já superior ao seu anterior. Mas o início
dessa classe de divindades está no plano dos Tronos Fatorais, pois anterior a eles só Deus.

Os Tronos são as divindades mais importantes, pois nunca deixaremos de estar sob a
irradiação de um deles, que é o nosso regente, e do meio onde estagiamos e evoluímos.

Nós, hoje seres humanos, fomos gerados por Deus em uma de suas ondas vivas, onde
fomos imantados com um de seus fatores divinos, o qual nos deu uma qualidade ou dom
natural e nos magnetizou com um sentimento divino que formará nossa natureza íntima
direcionadora de nossa evolução.

Essa nossa natureza íntima é uma individualização da natureza divina de um Trono


Essencial. Por isso a natureza de um ser é a sua essência, e vice-versa. Se hoje somos seres
humanos, é porque em nossa origem fomos gerados em uma onda viva, cujo fator do Trono
que a rege é ígnea, ou eólica, ou telúrica, etc. Porém, a onda do Trono Essencial que nos passou
sua qualidade e natureza é humana.

A qualidade e natureza humana é sétupla, e só somos como somos porque o “sopro”


essencial que nos qualificou foi o sopro humano, que é um amálgama essencial formado por
sete essências.

Esse sopro ou fluxo essencial é diferente dos outros, e os seres qualificados por ele já
trazem desde seu estágio essencial essa natureza e qualidade “humana”, que aflorará no
estágio encantado da Evolução e se consolidará no nosso estágio humano da Evolução.

Então, a partir desse estágio, somos afastados da evolução natural e conduzidos à


dimensão humana da Vida, que é dupla, pois tem uma parte ou lado etéreo (espiritual) e outra
parte ou lado material ou denso.

Um ser que recebeu esse sopro sétuplo não consegue seguir adiante na evolução
natural, pois sua natureza humana tornará a dimensão humana da Vida tão atraente e
desejada, que o magnetismo dela começará a desviá-lo da dimensão natural onde vive,
atraindo-o para ela, onde será adormecido e iniciará seu ciclo encarnacionista no estágio
humano da Evolução, o qual só concluirá quando o “mundo” já não atraí-lo mais e o único
desejo que estará vibrando será o de retornar à morada do “Pai”.

Os Tronos de Deus regem a natureza em seu sentido mais amplo, onde ela é o meio
onde vivem os seres, mas também é a natureza individual e íntima de cada ser, atuando por
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meio dos sete sentidos da Vida, direcionando-o ora para um, ora para outro, sempre visando
livrá-lo do fascínio do mundo material ou do materialismo.

A vida “materialista” é tão atraente que, se os Tronos não atuarem com intensidade
sobre o ser humano, este paralisa sua evolução e retrocede ao estágio dual da Evolução, onde
os instintos predominavam e norteavam sua vida instintiva, muito parecida com a dos animais
que vivem em seus nichos ecológicos.

Todas as religiões naturais, ou regidas por divindades associadas à natureza, são


sustentadas pelos Tronos Naturais.

Já as religiões abstratas ou mentalistas são regidas por “Tronos humanos” que


dispensam os recursos naturais e recorrem aos recursos mentais humanos.

Os recursos naturais são uma forma de amadurecer o ser e de conscientizá-lo sem


dissociá-lo da natureza e do meio onde vive e evolui, mostrando-lhe sempre que ele é parte de
um todo, e que esse todo o tem como mais uma de suas partes.

Já as religiões abstratas ou mentalistas procuram acelerar sua evolução e pulam várias


etapas da evolução natural. Com isso, o ser é dissociado da natureza que o cerca e o sustenta,
e passa a entendê-la como algo que existe só para proporcionar-lhe os meios de subsistência,
do qual se desvencilhará assim que desencarnar.

São duas vertentes evolutivas dentro de um mesmo estágio e ambas atendem à


humanidade como um todo. Enquanto a vertente natural amadurece o ser lentamente e vai
religando-o às hierarquias naturais, a vertente mentalista o religa a Deus e pula várias etapas
da evolução, muitas vezes tornando-o um fanático religioso.

REINOS E DOMÍNIOS

Por reino entendam uma região astral vastíssima com um centro de equilíbrio onde vive
uma divindade sustentadora dele e que rege tudo e todos que nele existem e vivem.

Todo reino é indissociável da sua divindade regente, pois ele se iniciou a partir dela e
de suas vibrações mentais e tudo o que nele existe ou vive está dentro do campo mental dela,
absorvendo continuamente sua frequência vibracional e sendo alimentado por sua carga
fatoral, carga esta que se destina a abrir as faculdades mentais dos seres que vivem sob sua
regência e seu amparo divino. Todo reino tem na sua regência uma divindade feminina regida
pelo mistério da geração e as funções dessas divindades regentes da vida são darem
sustentação aos meios que elas geram a partir de si mesmas e serem atratoras naturais dos
seres que precisam viver sob suas irradiações, pois só assim estes abrirão suas faculdades
mentais, cujas chaves de abertura são justamente os fatores e as vibrações dessas divindades,
também denominadas “mães da vida”.

E todas elas têm uma divindade masculina como seu par horizontal, só que este está
assentado em outro reino e do qual é apenas seu guardião divino.
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Cada divindade feminina regente de um reino tem como guardiões dele e do seu
mistério quantas divindades masculinas ela precisar ou conseguir atrair e assentá-los nele. E
seus pares masculinos tomam-se guardiões de tantas divindades femininas regentes quantas
lhes forem possíveis ou estiverem em seus campos de atuação.

Na regência de um reino temos então”.

— Uma divindade feminina regente.

— Uma divindade masculina sustentadora da regente.

— Muitas divindades guardiãs dele.

E desse modo de gerir os reinos naturais que se serviram os codificadores da teogonia


dos Orixás nigerianos.

O que seus idealizadores descreveram como relacionamentos ou envolvimento


tipicamente terrenos ocultou um dos mais fechados segredos sobre o universo divino dos
Orixás.

— Nos relacionamentos amorosos estão ocultados os pares permanentes sustentadores dos


meios e da evolução dos seres.

— Nos envolvimentos de uns com os outros estão os ocultamentos dos guardiões(ãs) dos
mistérios regidos pelos Orixás.

Já os domínios são escolas transitórias. As divindades regentes de domínios são


amorosas e rigorosas ao mesmo tempo, tal como são as professoras do plano material. Só que
lá, são chamadas de pai e de mãe e retêm por séculos os seus “afilhados”.

Os Orixás individuais dos médiuns umbandistas são esses regentes ou guardiões de


domínios e só estão amparando mais uma vez espíritos que há muito tempo já estagiaram em
seus domínios e eram tidos como seres naturais.

Hoje, amparam seus filhos de outrora e esperam que evoluam rapidamente,


desenvolvam o fator humano integralmente (o humanismo) e preparem-se bem para um dia,
no futuro, retomarem até seu domínio para assentarem-nos neles, onde atuaremos como
instrutores humanos.

É uma pena que poucos médiuns umbandistas conheçam essa possibilidade que as
divindades naturais estão franqueando-lhes por meio da sua mediunidade e não valorizem esse
dom como deveriam. Também é uma pena que a maioria, se não todos, desconheçam essa
outra “finalidade” da Umbanda e não desenvolvam comentários que ressaltem o
desenvolvimento do humanismo como fator acelerador da evolução espiritual e como
preparatório de funções importantes junto às divindades naturais regentes de vastos domínios
na criação.

Saibam que um reino possui tantos domínios que não nos é possível estimar o número
deles. Imaginem quantos domínios não existirão se até o número de reinos é incalculável.
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Você, que é médium de Umbanda, saiba que seu Orixá de frente é regente de uma faixa
e que dentro dessa faixa vibratória existem muitos reinos regidos por ele e que é de um deles
que vem o seu Orixá pessoal ou individual que, em certas condições e ocasiões pode irradiá-lo
(quando vamos ao seu ponto de forças na natureza).

Irradiações Divinas

No primeiro plano da Vida estão os inícios, ou as bases, das sete irradiações Divinas que
chegam até nós, estimulando nossas faculdades mentais e nos conduzindo na nossa evolução
permanente e eterna.

No nosso estágio evolutivo atual, somos sustentados por sete destas irradiações divinas
puras e por centenas de irradiações mistas ou complexas.

As sete irradiações puras classificamos pelos definidores das suas funções em nosso
código genético divino e em nossa vida como um todo. Elas foram definidas por nós com estes
nomes:

1. Irradiação da Fé e da Religiosidade

2. Irradiação do Amor e da Concepção

3. Irradiação do Conhecimento e do Raciocínio

4. Irradiação da Justiça Divina e do Equilíbrio

5. Irradiação da Lei Maior e da Ordenação

6. Irradiação da Evolução e do Saber

7. Irradiação da Geração e da Vida

Essas sete irradiações têm nas suas bases, ou inícios, os Orixás fatorais, ou geradores,
de energias puras e específicas.

Então, deve ficar entendido que, aquilo que denominamos por sete linhas de Umbanda,
na verdade são sete irradiações puras e originais que, de plano em plano da vida, quando chega
ao nosso plano atual e estágio natural da evolução, já são irradiações tão complexas que
precisamos estudá-las com cuidado e detalhadamente para não nos enganarmos com o que
mais se destaca nelas.

Classificar as Sete Linhas de Umbanda por Orixá é contraindicado porque o Orixá


“natural” que cultuamos em nossa religião já não é gerador de um fator ou energia pura, e sim,
gera um comporto energético que tanto tem em si o fator original que o classifica, como tem
vários outros fatores combinantes que dão à sua irradiação a capacidade de alimentar todas as
nossas faculdades mentais relacionadas à irradiação que ele pontifica e rege.
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Nós devemos classificá-las por sentidos: Da Fé, do Amor, do Conhecimento, do


Equilíbrio, da Ordem, da Evolução e da Geração. Ou por energias: Cristalina, Mineral, Vegetal,
Ígnea, Eólica, Telúrica e Aquática.

Essas duas classificações têm por base explicativa os fatores de Deus ou energias vivas
e específicas geradas pelos Orixás assentados no primeiro Plano da Vida e da Criação Divina.

Portanto, juntamos nomes de sentidos e de “tipos” de energias e classificamos, desta


forma, as sete irradiações divinas que nos regem o tempo todo desde que Deus nos emanou
para o seu primeiro Plano da Vida:

1. Irradiação da Fé ou Cristalina

2. Irradiação do Amor ou Mineral

3. Irradiação do Conhecimento ou Vegetal

4. Irradiação da Justiça ou Ígnea

5. Irradiação da Lei ou Eólica

6. Irradiação da Evolução ou Telúrica

7. Irradiação da Geração ou Aquática

Irradiações e Correntes Eletromagnéticas

As irradiações divinas e as correntes eletromagnéticas são a base da Ciência Divina.

Irradiação (Projeção vertical) – É a onda viva de Deus, que alcança toda sua criação. Está
em tudo.

Cada irradiação possui dupla polaridade (polo passivo e ativo).

Onda Passiva - Positiva ou Universal – Vibração magnética contínua e irradiante.

Onda Ativa - Negativa ou Cósmica – Alternada e absorvente.

Existem diversas formas de ondas. Quando uma onda cruza com outra em determinado
ponto, cria um polo magnético, no qual assume a condição de “irradiação energética” e a outra
assume a condição de “corrente eletromagnética”.

Toda linha vertical é vista como uma irradiação direta.

Toda linha inclinada é vista como irradiações indiretas ou oblíquas.

Toda linha horizontal é vista como corrente eletromagnética que dá origem a níveis ou
faixas vibratórias e a subníveis ou subfaixas vibratórias.
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Existem as ondas que dão sustentação aos sete sentidos da vida: Sentido da Fé, Sentido
do Amor, Sentido do Conhecimento, Sentido da Justiça, Sentido da Lei, Sentido da Evolução e
Sentido da Geração.

Esses sete sentidos são as sete irradiações vivas que dão sustentação a tudo o que existe
em nosso planeta, em todas as suas dimensões. Essas irradiações começam em Deus e chegam
até nós por meio das ondas vivas, transportadoras de fatores, essências, elementos e energias.

Nos Planos da Criação Divina, as irradiações são denominadas de:

1º - Plano Fatoral – Ondas Fatorais (Transportam Fatores Divinos – energias sutis)

2º - Plano Essencial – Vibrações Essenciais (Transportam Essências Divinas)

3º - Plano Elemental – Irradiações Elementais (Transportam Elementos Puros)

4º - Plano Dual – Irradiações Bipolares (Transportam Energias Elementais Bipolarizadas)

5º - Plano Energético (Encantado) – Vibrações Energéticas

6º - Plano Natural – Irradiações Energéticas Naturais (Transportam Energias da Natureza)

7º - Plano Celestial ou Mental – Vibrações mentais geradoras de energias, elementos,


essências, fatores, magnetismos e vibrações.

No 7º Plano da Criação, em nível planetário, estão os Sete Tronos de Deus, assentados


ao redor do Logos Planetário, Trono das Sete Encruzilhadas. Ele absorve diretamente do
Primeiro Plano da Criação as ondas vivas irradiadas por Deus, criando em si as condições ideais
para que aqui, em nível planetário, se reproduzam novamente os sete planos da criação divina.

Com isso, em nível local e dentro de um universo infinito, a criação divina se repete e
se multiplica gerando todas as condições e recursos necessários para que a vida (seres,
criaturas e espécies) aqui se reproduza e se multiplique infinitamente.

O Divino Trono das Sete Encruzilhadas é um mental planetário, no qual Deus se


individualizou parcialmente, concentrando neste mental muitas de suas qualidades divinas.

Trono Planetário é um grau hierárquico e o nosso tem natureza sétupla. Tudo o que
gera é sétuplo.

Este Trono Divino que rege nosso planeta é um Oxalá fatoral que tem como grau
hierárquico ser um Trono Planetário. Este mental divino é cristalino, pois somente um “ser”
cristalino pode reger um todo planetário.

Ele absorve e internaliza as sete ondas vivas vindas de Deus e as irradia a partir de si,
adaptando-as ao seu magnetismo mental, que é gerador e irradiador em nível planetário,
dando início à repetição e multiplicação dos sete planos da criação: 1.º - Fatoral; 2.º - Essencial;
3.º - Eelemental; 4.º - Dual ou Energético; 5.º - Encantado; 6.º - Natural; 7.º - Celestial ou Divino.
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As sete irradiações Divinas formam o Setenário Sagrado, regido pelo Divino Trono das
Sete Encruzilhadas, que a partir de si, projeta sete irradiações fazendo surgir sete hierarquias
Divinas regidas pelos sete Tronos de Deus, ou seja, sete Mentais Divinos, cujas irradiações vão
sendo adaptadas aos graus magnéticos internos da nossa escala planetária e aos seus níveis e
subníveis vibratórios. As irradiações são verticais e vão “descendo” pelos sete planos da Vida
“banhando toda a criação”.

ONDAS VIBRATÓRIAS

Ondas vibratórias são irradiações transportadoras de energias e assemelham-se às


ondas de rádio, sendo que cada onda flui de uma forma só sua e não toca em nenhuma outra
de outra frequência vibratória.

Existem ondas originárias de fontes vivas (mentais) ou de fontes inanimadas


(elementos).

• As fontes vivas emitem, a partir dos mentais, ondas que transportam energias associadas aos
sentimentos de quem as está emitindo.

• As fontes inanimadas emitem, a partir dos elementos, ondas que transportam energias
associadas aos elementos que as gera.

Como exemplos de ondas vivas temos as pessoas que alimentam suas religiosidades
com fortes sentimentos de fé e irradiam mentalmente ondas hipercarregadas de energias
específicas de fé.

Como exemplo de fontes inanimadas, temos as pedras minerais, que emitem suas
ondas vibratórias hipercarregadas de energias específicas de cada uma delas.

As divindades de Deus são em verdade, mentais planetários divinos e suas vibrações


abarcam todo o planeta. Logo, as irradiações mentais das divindades são verdadeiras telas
vibratórias e tanto os nossos atos, palavras e pensamentos refletem nelas e ressonam assim
que são emitidas por nós, pois vivemos dentro delas.

As divindades são associadas aos sete sentidos da vida e assim surgem sete telas
vibratórias planetárias, que são multidimensionais, pois alcançam todas as muitas dimensões,
paralelas umas às outras, existentes nesse nosso abençoado planeta terra.

Temos sete telas vibratórias:

• Tela Vibratória da Fé

• Tela Vibratória do Amor

• Tela Vibratória do Conhecimento

• Tela Vibratória da Justiça


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• Tela Vibratória da Lei

• Tela Vibratória da Evolução

• Tela Vibratória da Geração

Temos seus sete regentes, que são divindades; pois são em si mentais divinos, que são
em si qualidades vivas e puras de Deus. Então, temos essas sete divindades de Deus:

• Trono da Fé

• Trono do Amor

• Trono do Conhecimento

• Trono da Justiça Divina

• Trono da Lei Maior

• Trono da Evolução

• Trono da Geração

Esses sete Tronos Planetários estão inseridos (dentro) nas telas vibratórias celestiais das
divindades estelares ou solares, que por sua vez estão inseridas nas telas vibratórias das
divindades regentes das constelações, que estão inseridas nas telas vibratórias das divindades
regentes das Galáxias, que por sua vez estão inseridas nas divindades regentes desse nosso
Universo.

Com isso, não há quebra de continuidade em nenhum sentido da vida e nas telas
vibratórias de Deus, pois a cada nível da sua criação há divindades responsáveis por ele.

E o mesmo ocorre aqui, nesse nosso amado planeta, pois se temos um Trono planetário
responsável por tudo o que aqui ocorre, e que é um Trono da Fé fatoral, que se deslocou para
esse canto do Universo para dar-lhe sua sustentação mental, magnética, energética e
vibratória, também há aqui mesmo sete níveis vibratórios positivos e sete negativos. Níveis
esses que são horizontais e possuem seus graus magnéticos específicos, todos regidos por
divindades assentadas neles desde que esse planeta foi gerado.

E temos também as irradiações verticais, que são ondas vibratórias vivas, emitidas pelas
divindades planetárias.

Temos um Trono planetário e seus sete Tronos auxiliares, que são:

• Trono da Fé

• Trono do Amor

• Trono do Conhecimento

• Trono da Justiça
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• Trono da Lei

• Trono da Evolução

• Trono da Geração

Todos irradiando suas ondas vibratórias mentais altamente energizadas e que formam
as sete telas vibratórias planetárias, onde tudo o que aqui ocorre é refletido e anotado.

Então, temos um Trono Planetário, seus sete auxiliares planetários e os regentes dos
níveis vibratórios positivos e negativos.

Mas temos as dimensões verticais paralelas à dimensão humana, que têm seus Tronos
regentes, também irradiando suas ondas mentais. E temos também os quatro planos da vida
intraplanetários, que são:

• Plano Elemental

• Plano Dual

• Plano Encantado

• Plano Natural (o nosso plano da vida)

São tantas ondas vibratórias vivas dentro desse nosso planeta que é impossível
enumerá-las num curto comentário.

Mas se citamos algumas, é porque na Umbanda Sagrada e na Magia, quando riscamos


uma onda, não importa se evocamos uma divindade por um nome ou por outro, dado a ela por
seus adoradores humanos, pois o que interessa que saibam é que acessamos uma mesma onda
viva desde o micro até o macro. Desde o ser que será energizado por ela até seu gerador
primário: Deus.

Nós e os guias podemos traçar ondas vibratórias e estas ondas são encontradas em
todos os níveis vibratórios, em todas as dimensões e planos da vida intraplanetárias, assim
como é encontrada em todo o universo, em todos os níveis da criação.

Uma onda vibratória ígnea tem o mesmo “modelo” em todos os quadrantes do universo
e em todos os níveis da criação de Deus.

O mesmo acontece com todas as outras ondas vibratórias riscadas pelos umbandistas,
guias e magos, assim como com os símbolos e signos magísticos.

“Ondas vibratórias são irradiações transportadoras de energias, que podem ser:


energias fatorais, essenciais, elementais, duais, encantadas, naturais, celestiais ou divinas”.

E temos as ondas não vivas, pois são irradiadas por elementos da própria natureza, seja
ela a terrestre ou as das outras dimensões da vida, cada uma emitida num grau e padrão
magnético específico seu, para não tocar em nenhuma outra.
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Sim, uma onda ígnea elemental não toca em outra onda ígnea natural ou encantada ou
dual ou essencial ou fatoral ou celestial ou divina. Mas quando riscamos uma onda ígnea dentro
de um espaço mágico, todas elas se condensam dentro dele e todas se irradiam a partir dele,
já que um espaço mágico é um polo eletromagnético cujo magnetismo tem o mesmo grau
vibratório de quem riscou e ativou.

Tudo na criação Divina é ordenado e obedece a ondas vibratórias imutáveis emanadas


por Deus e que dão forma a tudo o que existe no plano material, no espiritual e nas dimensões
paralelas.

Todos obedecem a “Geometria Divina”, que dá forma a tudo o que existe, pois cada
átomo tem um modo de acomodar-se, fazendo com que surjam as substâncias ou a matéria.

Tudo mantém uma correspondência analógica. A onda coronal de Oxum dá forma às


maçãs e o amor não é casual, assim como entre ela e o fruto proibido da Bíblia, pois as ondas
femininas emitidas pelo chacra cardíaco, quando as mulheres estão vibrando o amor, têm uma
estrutura coronal ou a forma de coração que se projetam na direção do ser amado.

As ondas deles tem formas bem definidas e, assim que se polarizam, criam magnetismos
muito bem definidos, que podemos visualizar nas gemas preciosas, nos frutos, nas folhas, nos
movimentos dos animais etc.

Observem o deslocamento sinuoso das cobras e verão como fluem as ondas vibratórias
do Orixá Oxumaré, Trono Masculino do Amor.

Observem o crescimento dos caules de bambu e verão como fluem as ondas vibratórias
de Iansã, Trono da Lei.

Ondas vibratórias estão em tudo, seja físico, espiritual ou mental.

A natureza física é a concretização dos muitos tipos de ondas:

A Fé possui suas ondas congregadoras.

O Amor possui suas ondas agregadoras.

O Conhecimento possui suas ondas expansoras.

A Razão possui suas ondas equilibradoras.

A Lei possui suas ondas ordenadoras.

A Evolução possui suas ondas trasmutadoras.

A Geração possui suas ondas criativas.

Cada onda possui seu fator, sua essência, seu elemento, sua energia e sua matéria, que
mostra como ela flui, dando origem a tudo e a tudo energizando ou desdobrando
“geneticamente”.
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Nada existe se não estiver calcado em uma ou em várias ondas vibratórias.

Às vezes podemos ver numa mesma planta vários tipos de ondas vibratórias, pois é
preciso a junção de várias delas para que a genética se desdobre e dê origem a coisas concretas
e palpáveis aos nossos órgãos físicos, os quais também obedecem a ondas sensoriais, visto que
são a concretização dos nossos órgãos dos sentidos que, por sua vez, são a exteriorização dos
sentidos da vida que herdamos do nosso Divino Criador.

A mesma onda fatoral que magnetiza os filhos de um Orixá magnetiza, também, seus
animais, suas pedras, suas folhas ou ervas e os sentimentos vibrados por meio do sentido da
vida regido por ele.

VIBRAÇÃO

Quando falamos em vibração divina estamos nos referindo a um fluxo de ondas emitido
por Deus e pelas suas divindades. A palavra vibração, aqui, assume um sentido especial para
podermos comentar uma das bases da criação, que tanto a sustenta como energiza
permanentemente tudo o que Deus emana (os seres, as criaturas e as espécies).

As sete vibrações aqui enfocadas formam o que denominamos setenário vibratório e


cada uma delas flui em uma faixa ampla, infinita mesmo, alcançando tudo e todos, criando um
espectro vibracional magnífico dentro do qual fluem tantas ondas de modelos diferentes
(comprimentos), e uma não toca em nenhuma outra ainda que todas estejam em tudo o que
Deus criou, pois cada uma dessas ondas forma a sua tela vibratória e emite ou emana seu fator.

Cada uma dessas ondas emite ou emana continuamente seu fator e cada fator realiza
um trabalho ou sua função. Como os fatores são classificados por “famílias”, cujos membros
(os fatores) têm funções complementares, então podemos dizer que essa infinidade de ondas
vibratórias formam as sete vibrações divinas e podemos enfeixá-las em espectros frequênciais,
diferenciando-os por faixas. E aí surgem as sete faixas vibratórias.

Como cada faixa é formada por ondas e fatores que se complementam e, já em nível de
criação, são absorvidas, concentradas e condensadas em certos elementos, substâncias,
espécies, etc., então temos uma chave para abrirmos ordenadamente esse mistério de Deus.

A 1ª vibração:

a) nos elementos, associamos os cristais a ela.

b) nos padrões energéticos, é associada à energia cristalina.

c) nos chacras, é associada ao coronal.

d) nas cores, é associada ao translúcido.

e) nos sentidos, é associada à fé.


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f) nos sentimentos, é associada à religiosidade, à fraternidade, à esperança, à paciência, à


perseverança, à resignação, à tolerância, à humildade.

A 2ª vibração faz esta associação:

a) nos elementos, é associada aos minerais.

b) nos padrões energéticos, é associada à energia mineral.

c) nos chacras, é associada ao cardíaco.

d) nas cores, é associada ao dourado e ao rosa.

e) nos sentidos, é associada à concepção.

f) nos sentimentos, é associada ao amor, à união, à caridade, à bondade, à prosperidade, à


concepção, etc.

A 3ª vibração faz esta associação:

a) nos elementos, é associada aos vegetais.

b) nos padrões energéticos, é associada aos florais.

c) nos chacras, é associada ao frontal.

d) nas cores, é associada ao verde e ao magenta.

e) nos sentidos, é associada ao conhecimento.

f) nos sentimentos, é associada à especulação, à curiosidade, a busca, ao aprendizado, à


criatividade, à inventividade, à versatilidade, etc.

A 4ª- vibração faz esta associação:

a) nos elementos, é associada ao fogo.

b) nos padrões energéticos, é associada à energia ígnea.

c) nos chacras, é associada ao umbilical.

d) nas cores, é associada ao vermelho e ao laranja.

e) nos sentidos, é associada à justiça.

f) nos sentimentos, é associada à imparcialidade, à reflexão, à moralidade, ao equilíbrio, etc.


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A 5ª- vibração faz esta associação:

a) nos elementos, é associada ao ar

b) nos padrões energéticos, é associada à energia eólica.

c) nos chacras, é associada ao laríngeo.

d) nas cores, é associada ao azul e ao amarelo.

e) nos sentidos, é associada à lei.

f) nos sentimentos, é associada à lealdade, à retidão, ao caráter, à tenacidade, à rigidez, ao


rigor, à combatividade, ao senso de direção e de ordem.

A 6ª- vibração faz esta associação:

a) nos elementos, é bielemental (terra-água).

b) nos padrões energéticos, é associada à energia telúrica-aquática.

c) nos chacras, é associada ao esplênico.

d) nas cores, é associada ao violeta e ao lilás.

e) nos sentidos, é associada à evolução.

f) nos sentimentos, é associada à flexibilidade, à transmutabilidade, à maturidade, ao


racionalismo, à persistência, à sapiência, etc.

A 7ª- vibração faz esta associação:

a) nos elementos, é associada à água.

b) nos padrões energéticos, é associada à energia aquática.

c) nos chacras, é associada ao básico.

d) nas cores, é associada ao azul e ao roxo.

e) nos sentidos, é associada à geração.

f) nos sentimentos, é associada à maternidade, ao amparo, à estabilidade, à fartura, à


maleabilidade, à criatividade, à preservação, à multiplicação, etc.
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Estas sete vibrações formam o setenário vibracional planetário e nelas fluem as


vibrações mentais de todos os Orixás.

ELEMENTOS

Falar em elementos implica descrever a natureza a partir dos seus formadores (o ar, a
água, a terra e o fogo). Mas a natureza terrestre nos mostra mais que isso, pois vemos cristais
de rochas, vegetais, minérios, certos gases, etc.

Então recorremos à classificação tradicional dos elementos (água-ar-terra-fogo) para


descrevê-los como elementos primários e, a partir deles, descrevermos os elementos
secundários e derivados deles. O setenário não pode ser formado por divindades associadas
apenas aos quatro, pois eles formam em si um quaternário elemental. Logo, recorremos a três
outros elementos abundantes na natureza e que nos servem magnificamente, porque tanto no
culto tradicional africano quanto na Umbanda temos Orixás associados a eles.

— Oxóssi é associado às matas.

— Oxum é associada aos minérios.

— Oxalá é associado aos cristais.

Temos os quatro elementos básicos e originais e outros três derivados deles, pois não
se concretizam sem a preexistência deles na natureza. Só que bem sabemos que todas as
formas ou coisas criadas por Deus têm uma vibração divina modeladora e sustentadora delas.
Logo, há uma vibração divina modeladora e sustentadora dos minérios, outra dos cristais e
outra dos vegetais. Com isso, fechamos o setenário elemental, pois se temos vibrações, Orixás
e elementos, também temos sentidos que podem ser associados a esse setenário.

Os elementos primários deixam de ter maior importância perante os outros três se


atentarmos para o fato de que o fogo precisa de alimentadores anteriores a ele para sustentá-
lo. E o mesmo acontece com os outros três (terra, água e ar). Então interpretamos o setenário
elemental desta forma.

— São sete as vibrações divinas sustentadoras de tudo o que Deus gerou e exteriorizou.

— São sete os elementos formadores da natureza terrestre.

Como a base de todas as vibrações está em Deus, automaticamente as bases dos sete
elementos também estão n'Ele.
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FATORES

Fatores são micropartículas, as menores da criação, cada uma com uma qualidade, uma
característica e uma função única. É fundamental a tudo o que existe. Temos acesso a todos os
fatores de Deus e temos todos eles em nós através do nosso corpo plasmático ou espiritual e
do nosso corpo carnal. Todos “estão” em nós, alguns em mínimas quantidades e outros em
grandes quantidades.

Os fatores gerados no primeiro plano da vida e que formam o plasma fatoral que
denominamos energia divina ou padrão energético fundamental da criação vão se ligando uns
aos outros por meio de ligações eletromagnéticas.

Se denominamos “ligações eletromagnéticas é porque os fatores são partículas


energéticas, cada um vibrando em uma frequência específica, e as ligações só acontecem se
dois fatores pertencem a um mesmo grupo de frequências afins, criando com isso as duas
“tabelas fatorais” (a cósmica e a universal).

Na tabela periódica, os átomos são classificados por “famílias”. Já nas tabelas fatorais,
os fatores são classificados por grupos de “partículas eletromagnéticas afins ou
complementares.

Os fatores “afins” originam cadeias cujas formas são símbolos vibrando em alta
frequência e que vão se reproduzindo infinitamente após se formarem com a ligação deles.

A energia divina é um mistério de Deus pois nela são gerados os fatores, e estes, após
se unirem e constituem estruturas muito bem definidas e belíssimas, reproduzindo-se
continuamente.

Essas estruturas ou símbolos são tão vivos quanto uma célula; quando começam a se
reproduzir e emanar cópias com o mesmo potencial energético, com o mesmo padrão
vibratório, com o mesmo magnetismo e com as mesmas funções na criação.

As reproduções acontecem com os próprios fatores, pois cada uma dessas


micropartículas eletromagnéticas absorve a “energia pura de Deus” e, após sobrecarregar-se,
multiplica-se em um, em dois... em até outros setenta e sete fatores, iguais em tudo ao que os
gerou.

O processo de multiplicação de um fator é um mistério magnífico pois não cresce de


tamanho, mas vai aumentando a sua carga energética, que acelera a sua frequência até um
ponto em que o campo à sua volta “explode” e ele emite para todos os lados as suas “cópias”.

É fantástico o processo de multiplicação de um fator, processo esse que pode demorar


alguns minutos ou alguns segundos, um milésimo ou um milionésimo de segundo. Cada fator
é uma “entidade” em si mesma e os classificamos como partículas vivas porque, tal como um
micro-organismo, reproduz-se de si mesmo e depois emana essa multiplicação à sua volta,
sendo que os novos fatores, assim que emanados. Já iniciam seu processo de auto
multiplicação.
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É um processo geométrico pois um fator gera, por exemplo, três novos fatores, iguais
em tudo a ele. E, logo depois, esses três novos fatores geram três outros cada um, e com isso,
seu número vai aumentando como em uma progressão geométrica.

Iniciações são o que são: iniciação das pessoas e abertura de um conhecimento sagrado
a elas, que evocarão certos poderes divinos e certas forças da natureza em benefício próprio
ou de terceiros com rituais codificados para tais finalidades. Já “o mistério” a que nos referimos,
ele é outra coisa, ainda que não deixe de ter uma analogia, pois em uma iniciação, os iniciados
reproduzirão as mesmas coisas que só o iniciador antes fazia. Toda iniciação é chamada de
“mistério” por causa disso. Um professor pratica um mistério todos os dias porque ensina aos
seus alunos algo que antes eles não sabiam. Por isso a expressão “cada um no seu mister” é
correta, já que um aluno, se quiser praticar o “mister” do seu professor, só precisará estudar
ainda mais e alcançar o grau dele para reproduzi-lo (iniciar novos alunos). A esse processo ou
prática de um mistério (o ensino) nós o classificamos como “iniciação no meio”.

A iniciação natural ou “iniciação na origem é diferente e o iniciador reproduz a si a partir


de si e é um “mistério original da criação” pois, ao reproduzir-se de si, está por inteiro na sua
reprodução, que terá todas as suas qualidades originais.

Por isso, se dizemos que a energia divina é original é porque ela gera em si os fatores e
estes, por serem gerados em uma energia original, geram a si mesmos e se reproduzem
integralmente. E suas reproduções, tal como no exemplo do grão de feijão, também se
reproduzirão integralmente.

No estudo das energias etéreas, e mesmo nas do plano material, há essa diferença entre
as energias originais e as derivadas do amálgama de duas ou mais energias originais.

Cada fator é uma fonte energética com uma função específica na criação, e a união de
vários fatores afins geram “concentrados energéticos”.

Assim, se cada fator é classificado como uma “energia” ou uma proteína, então eles têm
a capacidade de realizar certos “trabalhos”, tal como realizam as várias forças estudadas na
física.

As tabelas cósmica e universal dos fatores de Deus são formadas cada uma delas por
milhares de fatores com funções puras, mistas ou complexas.

— Por “funções puras”, entendam os fatores que realizam um único “trabalho”.

— Por “funções mistas”, entendam a união de dois fatores afins unidos e que realizam dois
“trabalhos” ao mesmo tempo.
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— Por “funções complexas” entendam a união de vários fatores afins para a realização de
múltiplos “trabalhos” ao mesmo tempo.

Os termos cósmico e universal têm a conotação de negativo e positivo e de ativo e


passivo.

— Cósmico = negativo - ativo.

— Universal = positivo - passivo.

OBS: Cósmico, aqui, não é relacionado ao Cosmos, e universal não é relacionado ao


Universo. Usaremos essas palavras com significados que têm, para nós, outros sentidos
daqueles utilizados na astronomia. O mesmo faremos com outras palavras, dando a elas outros
significados.

OBS2: Há uma diferença entre os seres divinos e os seres espirituais: os seres divinos
são o que são. Já os seres espirituais estão em contínua evolução e desenvolvimento de novas
faculdades ou dons do espírito.

Os fatores, que são energias sutis, quando agregados em grupos afins por causa de suas
funções, fazem surgir as essências e estas por serem a resultante dos agrupamentos fatorais,
ao se agruparem em famílias de essências afins geram os elementos, já bem próximos de nós
e possíveis de serem mais bem compreendidos.

— Encruzilhadas são isto no simbolismo de Umbanda Sagrada o cruzamento das


irradiações com as faixas vibratórias.

E o setenário sagrado é o cruzamento ou o Entrecruzamento de sete irradiações divinas,


presentes na sua fundamentação divina onde sete Divindades-Mistérios são identificadas como
as mantenedoras da Umbanda.

FATORES UNIVERSAIS

Um fator é uma função divina, tanto na criação quanto na vida dos seres. Cada fator é
uma micropartícula e o acúmulo delas realiza um trabalho, seja gerando algo que beneficie os
seres, seja desencadeando nos seres a geração de sentimentos íntimos que os direcionam
numa ou noutra direção. Os meios onde os seres vivem é energizado continuamente pelos
fatores transportados e irradiados pelas ondas vibratórias, mantendo-se sempre em equilíbrio
e atendendo às suas funções de sustentadores de todas as formas de vida que neles vivem e
evoluem.

— Os meios de transporte dos fatores divinos já sabemos que são as ondas vibratórias.

— Os fatores, também já sabemos que têm funções.


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— As ondas, já sabemos que a cada plano elas densificam-se e aumentam a carga fatoral que
transportam, aumentando a energização dos seres e dos meios onde eles vivem.

— Sabemos que as ondas formadas por raios retos são temporais e sempre avançam para
frente ou para os planos posteriores.

— Sabemos que as ondas formadas por raios curvos são atemporais e “nascem” nos muitos
planos da vida e que a partir daquele em que nasce, ela se projeta para todos os outros
simultaneamente.

— Sabemos que existem milhares de fatores divinos e que cada um deles realiza algo inerente
à sua carga energética.

— Sabemos que fatores afins podem se associar, fundir ou misturar e formar cargas energéticas
mistas, compostas ou complexas, realizando trabalhos mais amplos ou sustentando
“estruturas” mais abrangentes.

— Sabemos que são “alimentadores do nosso mental e sustentadores das faculdades mentais
do espírito.

— Sabemos que os sentimentos são, cada um deles, alimentados por um ou vários fatores
divinos.

— Sabemos que, assim como o cérebro, o mental também pode sofrer danos.

— E, finalmente, sabemos que, se existem fatores universais ou positivos, também existem os


fatores cósmicos ou negativos; os fatores afins e os opostos; os complementares e os
antagônicos; os que se unem ou fundem e os que se repelem ou se auto anulam, etc.

Os Fatores de Deus são a chave da gênese divina e a chave da natureza íntima dos seres.

Os fatores divinos universais ou positivos têm por função alimentarem os seres e os


meios onde vivem e são transportados por ondas temporais, formadas por raios retos e por
ondas atemporais formadas por raios curvos.

Os fatores cósmicos ou negativos também têm por funções alimentarem os seres e os


meios onde vivem e são transportados por ondas atemporais formadas por raios curvos ou por
ondas temporais formadas por raios retos.

Geralmente, nas ondas vibratórias, positivo é sinônimo de universal ou passivo e


negativo é sinônimo de cósmico ou ativo.

Alertamos para este fato porque, se afirmarmos que há fatores positivos e negativos,
ora estaremos nos referindo à forma como eles nos influenciam se absorvidos em demasia e
ora estaremos nos referindo à composição energética que eles desprendem através dos seus
microcampos eletromagnéticos. Estes microcampos são absorvedores de vários fatores,
combinando-os, e são irradiadores da energia já mista, composta ou complexa. Uns são
benéficos para os seres e outros não são.
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Fatores universais são aquele que são absorvidos de forma natural pelos seres. Por
“absorção natural”, entendam a captação dos fatores que são absorvidos passivamente e em
quantidades de cargas dentro de um limite. Acima do limite “coletivo” o ser começa a absorver
fatores transportados em grandes quantidades pelas ondas atemporais. — Logo, os fatores
transportados pelas ondas temporais ou retas também são chamados de “fatores temporais”
e os transportados pelas ondas atemporais são chamados de “fatores atemporais”.

FATORES CÓSMICOS

Os fatores cósmicos negativos ou ativos destinam-se a suprir necessidades adicionais


dos meios e dos seres que aumentaram a absorção deles por causa da alteração das suas
vibrações mentais. As tenções dos fatores vão mudando segundo a alteração vibracional dos
seres e, em alguém que tem fé em Deus e a vivência com “naturalidade”, a carga de fatores
alimentadores é normal e flui dentro da “faixa vibratória geral” onde ele vive e evolui. Mas, se
este mesmo ser altera a “tenção da sua fé”, a carga fatoral terá que ser alterada para alimentar
seu mental ou sofrerá um rápido esgotamento energético, porque todo estado alterado de
religiosidade implica um maior ou menor consumo dos fatores sustentadores da religiosidade
dos seres.

Assim, se alguém deixa de vibrar em seu íntimo qualquer sentimento de fé, a carga
fatoral deverá diminuir, senão o ser em questão irá sobrecarregar-se desses fatores e ficará
como que perdido ou desnorteado nesse sentido de sua vida.

Estes novos fatores absorvidos não faziam parte da carga anterior e natural para os
seres determinada por Deus.

Esses novos fatores opostos ou antagônicos aos naturais, nós os englobamos nos
“fatores cósmicos” ou atemporais, pois são necessidades extras das pessoas que os vibram e
têm de ser alimentados.

— Há fatores cósmicos complementadores dos universais.

— Há fatores cósmicos opostos aos universais.

— Há fatores cósmicos que só “trabalham” (realizam suas funções) se forem associados aos
universais (e vice-versa).

— Há os fatores cósmicos anuladores dos universais (e viceversa).

— Há os fatores cósmicos destruidores dos universais (e viceversa).

Enfim, dependendo do sentimento que o ser estiver vibrando, ele atrairá via
magnetismo mental as ondas vibratórias alimentadoras do seu sentimento e a ligação acontece
a partir da alteração do padrão vibratório mental.
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FATOR HUMANO

A função principal da espiritualização é dotar os seres com a capacidade de gerar o fator


humano, o que só é conseguido se encarnarem, por que o corpo carnal dota o ser
espiritualizado de “fontes” geradoras de energias humanas, as únicas capazes de absorver do
éter universal o fator “humano” gerado pelo Divino Criador.

O fator humano é um dos mais complexos que existem e traz em si a capacidade de


absorver a “natureza” de todos os outros fatores, e o ser “humanizado” adquire várias
características não encontradas nos seres que nunca encarnaram. Criatividade mental,
ilusionismo, raciocínio hipotético, abstracionismo, mentalismo, onanismo, onirismo,
curiosidade, etc., são características dos seres “humanizados”, mas poderíamos acrescentar
muitas outras que não encontramos nos seres que vivem nas dimensões paralelas e que nunca
encarnaram, tais como ambição, inveja, egoísmo, soberba, racismo, fanatismo, etc.

O fator humano é uma fusão de muitos outros fatores divinos, tanto de suas partes
positivas quanto negativas, todos agregados em uma única energia: a humana!

ORIXÁS: DIVINDADES DE DEUS

Olorum, o divino Criador, individualiza-se nas suas divindades, todas manifestadoras de


suas qualidades.

Na Umbanda, sete irradiações divinas dão origem às suas sete linhas de forças, todas
bipolarizadas. Em cada polo está assentada uma divindade, manifestadora de uma qualidade
de Olorum.

O universo religioso da Umbanda, a sua teogonia, é composto por quatorze divindades


assentadas em seus pontos de forças naturais, de onde regem a natureza planetária, que é
multidimensional. Esses quatorze Orixás dão origem a quatorze hierarquias divinas, limitadas
às atuações nos níveis vibratórios intermediários.

Essas hierarquias estão ligadas aos quatorze Orixás e umas são de natureza passiva,
irradiante, contínua e atuam permanentemente na vida dos seres. Já outras são ativas,
absorventes, alternadas, e atuam temporariamente na vida dos seres.

As sete irradiações divinas são: Fé, Amor, Conhecimento, Justiça, Lei, Evolução e
Geração.

Essas sete irradiações são manifestadas para tudo o que existe porque em nível de
criação divina elas estão na gênese ou nos processos criativos. Mas nós as absorvemos
continuamente por meio dos nossos sete sentidos capitais e dos sete chacras principais.

Essas sete irradiações são captadas pelo Orixá planetário, que é em si mesmo a
divindade de Deus, que dá sustentação ao nosso planeta e a tudo o que aqui existe. Ele capta
as irradiações de Deus, as adapta ao magnetismo e à vibração planetária, depois as irradia,
dando origem a sete irradiações gerais, que são captadas por sete Orixás de Deus.
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Os sete Orixás de Deus são:

1. Orixá da Fé

2. Orixá do Amor

3. Orixá do Conhecimento

4. Orixá da Justiça

5. Orixá da Lei

6. Orixá da Evolução

7. Orixá da Geração

Nesses sete Orixás têm início as sete irradiações planetárias divinas que, na Umbanda,
são as sete linhas de forças. As sete linhas de forças se polarizam e adquirem bipolaridade,
formando quatorze polos magnéticos planetários e multidimensionais, tendo em cada um uma
divindade, que é em si mesma uma qualidade de Deus e um mistério divino em si mesma.

Essas quatorze divindades são Orixás regentes, aos quais todos estamos ligados pelos
sete sentidos da vida e aos quais estamos sujeitos, pois a atuação deles em nossas vidas
independe de querermos ou não. Eles são mistérios de Deus e atuam sobre nós se estivermos
conscientes de suas existências.

Eles são mistérios de Deus, Tronos Divinos, que na Umbanda chamamos de Orixás. Mas
em outras religiões assumem outras denominações sem perder suas qualidades divinas e
atribuições, que são: Regerem sobre tudo o que aqui existe, seja o meio onde vivemos, seja
tudo o que vive nesse nosso meio, que é o nosso planeta.

Por isso um ser, pertença à religião que for, sempre estará sujeito às mesmas coisas (Fé,
Amor, Conhecimento...), pois estes Orixás de Deus estão na origem de tudo o que aqui existe,
inclusive nas religiões, nas quais eles atuam por meio das divindades intermediárias, que as
iniciam com as suas divindades intermediadoras.

A Umbanda nasceu de uma vontade divina manifestada pelo divino Orixá planetário,
que a reproduziu nos sete Orixás planetários, que a manifestaram por suas sete vibrações
mentais alcançando, assim, os quatorze Orixás assentados nos seus polos magnéticos. Estes,
por sua vez, as vibraram e toda uma nova religião nasceu naquele mesmo instante, só faltando
a sua codificação e imantação divina para tornar-se em si mesma uma senda religiosa pela qual
evoluirão milhões de seres. E isso foi providenciado no mesmo instante pelas divindades ou
Orixás intermediários, que mentalmente ativaram suas hierarquias intermediadoras, que
ativaram suas hierarquias elementais, encantadas, naturais e espirituais, dando início
imediatamente à codificação humana da nova religião nascida de uma vontade manifestada
pelo divino Orixá planetário, também denominado Divino Trono das Sete Encruzilhadas, nosso
Orixá Regente.

A Umbanda teve sua origem divina no mesmo mistério que tem dado origem a todas as
outras religiões, apenas sua teogonia tem uma dinâmica própria, que a diferencia de todas as
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outras religiões, inclusive daquelas que serviram como base para o assentamento das
divindades que regem seus aspectos religiosos.

A religião que serviu de base teogônica para a Umbanda é a africana, com seus cultos
de nação. Em um culto de nação a mesma divindade se mostra com um nome, mas no culto de
outro povo africano ela se mostra com outro, sem, no entanto, perder sua qualidade de regente
da coroa (cabeça) de seus filhos (seus adoradores).

Os nomes das divindades que formam a teogonia de Umbanda são os mesmos que tinha
nos cultos de nação, e os que se fixaram com mais facilidade são nomes yorubás já conhecidos
aqui desde o século XVII, mas que, por meio da Umbanda, são conhecidos hoje nacionalmente
até pelos adeptos de outras religiões.

Os quatorze Orixás planetários assumiram, na Umbanda. suas denominações Yorubás.


E foi assim que, pouco a pouco, foram se fixando na mente e no coração dos umbandistas, já
que ela nasceu dentro dos cultos de nação e foi se destacando e assumindo feições próprias
porque incorporou como naturais as práticas de incorporação de espíritos de índios, de velhos,
sacerdotes africanos, de encantados infantis, de exus e pombagiras, e de espíritos oriundos de
outras partes do mundo, todos congregados na nascente religião espiritualista.

Esses quatorze Orixás planetários pontificam as sete irradiações divinas, já polarizadas


em polos ativos e passivos, masculinos e femininos, positivos e negativos, irradiantes e
absorventes, universais e cósmicos.

Esses Orixás são divindades de Deus e independem de nós para existirem e serem o que
são: Mistérios manifestadores de qualidades divinas, encontradas Nele.

Sete irradiações divinas, sete Orixás planetários, sete linhas de forças, quatorze Orixás
naturais regendo-as.

Os sete Orixás planetários são:

1. Orixá da Fé ou Cristalino

2. Orixá do Amor ou Mineral

3. Orixá do Conhecimento ou Vegetal

4. Orixá da Justiça ou Ígneo

5. Orixá da Lei ou Eólico

6. Orixá da Evolução ou Telúrico

7. Orixá da Geração ou Aquático

Os quatorze Orixás naturais que regem os aspectos ativos e passivos positivos dos Orixás
planetários são estes:

1. Oxalá - Rege a Fé
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2. Logunan - Rege a Religiosidade

3. Oxum - Rege a Concepção

4. Oxumaré - Rege a Renovação

5. Oxóssi - Rege o Conhecimento

6. Obá - Rege o Raciocínio

7. Xangô - Rege a Justiça

8. Oroiná - Rege o Equilíbrio

9. Ogum - Rege a Ordem

10. Iansã - Rege o Direcionamento

11. Obaluayê - Rege a Evolução

12. Nanã Buroquê - Rege a Maturidade

13. Iemanjá - Rege a Geração

14. Omulu - Rege a Estabilidade

Conhecendo cada Orixá e o campo em que ele atua, o umbandista consegue ter mais
eficácia em seus trabalhos religiosos. Um problema no campo da geração, não seria
corretamente conduzido caso fosse realizado um trabalho para um Orixá que rege a Lei ou a
Justiça. Cada Orixá atua num campo específico e o umbandista tem obrigação de conhecê-los.

Uma das razões do ciclo reencarnacionista ou de espiritualização dos seres é o


desenvolvimento desse magnetismo mental sétuplo, análogo ao magnetismo do Divino Trono
Planetário, que é o Trono de Deus que deu origem ao nosso planeta.

LINHAS DE FORÇAS

As linhas de forças são verticais, horizontais e/ou perpendiculares e, por meio delas,
fluem as irradiações dos polos magnéticos ocupados pelos Orixás. A partir da sua origem
temos:

Linhas puras ou unipolarízadas.

Linhas mistas ou bipolarizadas.

Linhas energomagnéticas ou polipolarizadas

Linhas puras: são linhas formadas por um elemento e uma só direção, que fluem de
cima para baixo ou de baixo para cima.
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Linhas mistas: são linhas formadas por mais de um elemento, que fluem nos dois
sentidos.

Linhas energomagnéticas: são linhas nas quais, em cada nível vibratório, encontramos
um Orixá e, se muitos são os Orixás nelas “assentados”, muitos são os elementos que as
influenciam e as alteram de um nível para outro. Seus polos regentes são ocupados por Orixás
de sexos opostos, naturezas opostas, elementos opostos, magnetismos opostos, atuações
opostas, etc., mas todos complementares entre si.

Essas são as linhas fundamentais do Ritual de Umbanda Sagrada, e a sua origem baseia-
se no princípio do dualismo e demonstra que elas foram concebidas e identificadas como “os
opostos que se completam”, ou seja, alto-embaixo, direita-esquerda, pois a ciência nos diz: “O
que existe em cima, existe embaixo; o que existe na direita, existe na esquerda”, mas com
magnetismo, princípios ativos, finalidades, campos energéticos, vibrações e, finalmente, com
qualidades, atributos e atribuições opostos. Contudo, em verdade, o que existe em cima não
existe embaixo, mas tão-somente isso:

“O que há em cima é oposto em tudo ao que há embaixo, e vice-versa. Mas, devido ao


dualismo que existe em tudo, o em cima e o embaixo se completam e dão uma ordenação ao
Todo.”

São chamadas de linhas energomagnéticas devido às múltiplas energias que fluem


através delas, as quais são incorporadas pelos Orixás assentados em seus níveis vibratórios.

Os magnetismos exatamente opostos existem nestas linhas, se as estudarmos nos dois


sentidos, alto-embaixo e direita-esquerda, ou seja, um nível vibratório na linha da direita, que
é positivo, encontra seu igual no mesmo nível na linha do alto, bem como os seus opostos na
linha da esquerda e do embaixo. E, com isso, vão formando a escala das correspondências
vibratórias dos opostos entre si, mas complementares, em um contexto mais amplo, que
denominamos de “O Todo”.

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