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UNIVERSIDADE FEDERAL DE SÃO JOÃO DEL-

REI
CAMPUS ALTO PARAOPEBA

Agregado Graúdo
DESIGNAÇÕES DOS AGREGADOS

 Filer: material que passa na peneira nº200 (0,075 mm);


 Areia: material natural que passa na peneira de 4,8 mm;
 Pedrisco (areia artificial): material obtido pela
fragmentação de rocha e que passa na peneira de 4,8
mm;
 Seixo rolado: material encontrado fragmentado na
natureza e que fica retido na peneira de 4,8 mm e
 Brita: material obtido por trituração e que fica retido na
peneira de 4,8 mm.
CLASSIFICAÇÃO DOS AGREGADOS -
TAMANHO DOS GRÃOS

 Graúdo: material que fica retido na # 4,8 mm


 seixo rolado:
CLASSIFICAÇÃO DOS AGREGADOS -
TAMANHO DOS GRÃOS

 Graúdo: material que fica retido na # 4,8 mm


 pedra britada:
DESIGNAÇÃO DE BRITAS: COMERCIAL

Tipo Tamanho (mm) Aspecto

Brita 0 4,8 - 9,5

Brita 1
9,5 – 19

Brita 2
19 – 38

Brita 3
38 – 50

Brita 4
50 – 76

Pedra de mão > 76


DESIGNAÇÃO COMERCIAL DE BRITAS

Brita 0 (4,8-9,5) mm Brita 1 (9,5-19) mm

Brita 2 (19-38) mm Brita 3 (38-50) mm


DESIGNAÇÃO COMERCIAL DE BRITAS

Brita 4 (50-76) mm Pedra de mão >76 mm

Bica corrida Pó de pedra


AGREGADOS GRAÚDOS

Agregados graúdos – NBR 7211

 Pedregulho ou a brita proveniente de rochas estáveis, ou a


mistura de ambas, cujos grãos passam pela peneira 152 mm
e ficam retidos na peneira 4,8 mm.
 Rochas utilizadas na produção de agregado graúdo
 Granito
 Basalto São as melhores  são mais
 Gnaisse
estáveis
 Diorito  Calcário
 Gabro  Quartizito

 Diabase  Arenito
AGREGADOS GRAÚDOS

Forma dos grãos

 Arredondados  usados como cascalhos

 Angulares com arestas vivas  usados como britas

 Melhor forma

 Esférica para cascalhos;

 Cúbica para britas.


AGREGADOS GRAÚDOS

Classificação dos grãos segundo suas dimensões

 Comprimento (C) - maior dimensão

 Largura (L) - diâmetro da menor abertura circular que o

agregado passa

 Espessura (e) - distância mínima entre dois planos

paralelos que contêm o grão


AGREGADOS GRAÚDOS

Classificação dos grãos segundo suas dimensões

 Normais

 Quando as três dimensões têm a mesma ordem de grandeza

C/L<2 e L/e<2

 Aparência:

 Cúbicos

 Esféricos

 Tetraédricos
AGREGADOS GRAÚDOS

Classificação dos grãos segundo suas dimensões

 Lamelares
 quando há grande variação na ordem de grandeza das três
dimensões
 Alongados ou em forma de agulhas (aciculares)
C/L>2 e L/e<2
 Discóides ou quadráticos
C/L<2 e L/e>2
 Planos ou em forma de placas
C/L>2 e L/e>2
Placa de lamelaridade
AGREGADOS GRAÚDOS
AGREGADOS GRAÚDOS

Classificação dos grãos segundo às arestas, cantos e faces


 Normais
 Angulosos
 Arestas vivas, cantos angulosos e faces planas
 Arredondados
 Sem arestas, cantos arredondados e faces convexas
 Irregulares
 Conchoidais
Uma ou mais faces côncavas
 Defeituosos
Apresentam partes com seções grossas ou enfraquecidas
em relação à forma geral do agregado
AGREGADOS GRAÚDOS

Influência da forma do agregado graúdo nas propriedades do concreto


e características do agregado

 Propriedades do concreto
 Trabalhabilidade do concreto fresco
 Resistência do concreto endurecido

 Características do agregado
 Dimensão máxima característica
 Granulometria
AGREGADOS GRAÚDOS

Influência da forma do agregado graúdo nas propriedades do concreto


 Forma arredondada gera:
 Menor índice de vazios;
 Menor quantidade de areia no concreto;
 Menor superfície específica da mistura fresca;
 Facilita o movimento dos grãos;
 Boa trabalhabilidade com menos água;
 Para a mesma quantidade de água  o concreto de
seixo rolado é mais plástico que o de pedra britada;
 Para a mesma trabalhabilidade  consome-se menos
água.
AGREGADOS GRAÚDOS

Influência da forma do agregado graúdo nas propriedades do concreto

 Pedra britada:
 Forma angulosa e superfície áspera Maior aderência à
argamassa que envolve o grão;
 Para a mesma relação água/cimento:
 Menor trabalhabilidade;
 Maior resistência.
O material pulverulento afeta mais o concreto de seixo
rolado que o concreto de pedra britada pela diminuição da
aderência
AGREGADOS GRAÚDOS
Vazios acessíveis (Va)
Massa específica

 Absoluta  sólido Vazios inacessíveis (Vi)

 Real  com vazios, exceto os acessíveis


 Aparente  com vazios

 Varia com o tipo de rocha Vr = Vap - Va


 Rocha densa e impermeável
 Porosa

 Volume aparente do grão


 Espaço ocupado pelo grão no concreto  supostamente envolvido por
uma membrana impermeável
AGREGADOS GRAÚDOS
Massa específica e absorção de água de agregado graúdo: MB 2698

 Colocar a amostra em imersão em água


durante 24 horas;
 Secar a superfície dos grãos e determinar a
sua massa no estado saturado superfície seca
(B);
 Colocar a amostra na balança hidrostática e
determinar a sua massa imersa na água (C);
Colocar a amostra para secar em estufa por 24
horas e determinar a sua massa no estado seco em
estufa (A).

B B A
γ sss = a= × 100
B C A
AGREGADOS GRAÚDOS

Massa unitária de agregado graúdo

 Massa da unidade de volume aparente do agregado (inclui no


volume os vazios entre os grãos)

 Importância
 Conversão de traços;

 Cálculo do consumo de material por m³ de concreto.;


AGREGADOS GRAÚDOS

Massa unitária de agregado graúdo

 Fatores que afetam


Teor de umidade

 Aumento da massa (não ocorre o fenômeno do


inchamento)
 Grau de adensamento

 Menos dependente do que o agregado miúdo

 Forma e volume do recipiente

 Cilíndrico ou paralelepipédico
AGREGADOS GRAÚDOS

Resistência e durabilidade

 Rochas inertes
 Não sofrem alterações química sobre o cimento
 Inalteráveis
 ao ar
 à água
 a variações de temperatura
 Verificação da alterabilidade do agregado pelo método M-14 do
IPT-SP
 Determinação da perda de massa após 5 ciclos de imersão do
agregado em uma solução de sulfato de sódio, por 20h, seguido
de secagem em estufa a 105ºC, por 4h
 perda de massa máxima de 15%
 O ensaio de absorção pode dar também uma indicação de aptidão
do agregado para a alterabilidade.
AGREGADOS GRAÚDOS

Reação Álcali-Agregado

 Hidróxidos alcalinos liberados na hidratação do cimento


 KOH, NaOH
 Minerais reativos presentes em certos agregados (sílica ativa)
 Opala;
 Calcedônia;
 Cristobalita; e
 Tridimita;  Zeólitas.

Teor máximo de álcalis permitido quando se utiliza agregados reativos


Na2O + 0,658K2O < 0,6%
AGREGADOS GRAÚDOS

Métodos para verificação da nocividade do agregado (reação alcalina)

 Método químico: mede-se a redução da alcalinidade de uma


solução normal de NaOH (hidróxido de sódio) colocada em
contato com o agregado pulverizado, em temperatura de 80 ºC
e determina-se o teor de sílica dissolvida.
AGREGADOS GRAÚDOS

Métodos para verificação da nocividade do agregado (reação alcalina)

 ASTM C 227: Medida da expansão a 1, 3, 6, 9 e 12 meses de idade


de corpos de prova de 25 x 2,5 x 2,5 cm, preparados com agregado
e cimento em estudo, conservados a 37 ºC em ambiente saturado;
 A reação alcalina é perigosa se a expansão longitudinal for superior
a:
 0,05 % aos 3 meses;
 0,10 % aos 6 meses.
AGREGADOS GRAÚDOS

Reação Álcali-Agregado

A RAA consiste numa reação química lenta entre


constituintes do agregado e hidróxidos alcalinos, na
presença de água. A foto mostra o topo de um pilar de
vertedouro de barragem afetado por RAA.
AGREGADOS GRAÚDOS

Reação Álcali-Agregado depende de:

 Existência de uma quantidade mínima de álcalis do cimento ou de outras


fontes,
 Existência de um agregado reativo e
 Presença da água.

"Vale lembrar que sem um mínimo de 80% de umidade relativa não há


reação expansiva significativa”

O principal sintoma da existência de RAA em peças de concreto armado é a


fissuração. Entretanto, cabe ressaltar que a ocorrência de fissuras também
pode estar associada a diversas outras causas como retração por secagem
ou por origem térmica, ataque de sulfatos e carregamento (relacionado ao
dimensionamento das peças).
AGREGADOS GRAÚDOS

Reação Álcali-Agregado

Quadro fissuratório em bloco de


fundação de edifício de 23 pavimentos:
Casos de colapso na estrutura por RAA são raros, mas a recuperação de estruturas
reação possibilita uma perigosa entrada para outras comprometidas por RAA é cara e
formas de deterioração da estrutura. complexa.
AGREGADOS GRAÚDOS
Reação Álcali-Agregado

No caso de expansão livre, a


reação pode acarretar redução de
40% a 60% na resistência à
compressão, redução de 60% a
80% na resistência à tração e
iguais índices de redução no
módulo de elasticidade.

Detalhe de reação álcali-agregado: a seta indica a


borda de reação circundando o agregado graúdo
AGREGADOS GRAÚDOS
Reação Álcali-Agregado

Minimização do efeito

 A adoção de agregados não reativos tem sido considerada a maneira mais


eficiente de evitar a ocorrência da reação;
 Se por questões econômicas isso não for possível, uma boa alternativa é
lançar mão de materiais que permitam a neutralização da reatividade como:
 Cimento Portland Pozolânico – CP-IV (com quantidade de pozolana que
comprovadamente neutralize a reação) ou
 Cimento Portland de Alto-forno – CP-III (com quantidades de escórias
suficientes para neutralizar a reação)
AGREGADOS GRAÚDOS

Granulometria

 Amostragem: NBR 7216 (MB 6)

 Análise granulométrica: NBR 7217 (MB 7)

 Composição granulométrica

 Dimensão máxima característica

 Módulo de finura
AGREGADOS GRAÚDOS
Limites da composição granulométrica do agregado graúdo:
Classificação do agregado graúdo quanto à
dimensão
AGREGADOS GRAÚDOS

Índices de qualidade para o agregado graúdo – EB 4

 Os agregados graúdos para serem de qualidade devem:

 Ter grãos resistentes;

 Duráveis;

 Inertes;

 Não ter impurezas e

 Apresentar boa composição granulométrica.


AGREGADOS GRAÚDOS

Índices de qualidade para o agregado graúdo – EB 4

 Forma dos grãos (NBR 7809)

 O índice de forma não deve ser maior que 3

 Abrasão Los Ângeles (NBR 6465)

 Inferior a 50%

 Tendo em vista que a resistência do concreto é função do

constituinte mais fraco  agregado graúdo deve ter resistência

superior à argamassa
AGREGADOS GRAÚDOS

Substâncias nocivas – EB 4

Limites máximos de material em massa (%):

 Torrões de argila e partículas friáveis (NBR 7218)


 Em concreto aparente 1,0
 Em concreto submetido à abrasão 2,0
 Nos demais concretos 3,0
 Materiais pulverulentos (NBR 7219)
 1,0
 Materiais carbonosos (ASTM C123)
 Em concreto aparente 0,5
 Nos demais concretos 1,0
AGREGADO RECICLADO DE CONCRETO - ARC

 Agregado obtido pela cominuição de concreto proveniente de demolições;


 Até o momento são aplicados em obras de pavimentação e concretos não
estruturais;
 Pela a ASTM C294-05 é classificado como agregado artificial;
 Um método para a determinação da composição do ARC é prescrito pela
BS 8500-2:2002;
 O tratamento necessário dos resíduos não são simples e a utilização de
agregados produzidos com resíduos requer o conhecimento de
especialistas, já que nenhum material é normalizado*;
 Pode conter quantidades prejudiciais de cerâmica, vidro, gesso ou
cloretos.
* NBR 15116:2004 estabelece os requisitos para a utilização de agregados de
resíduos sólidos da construção civil em obras de pavimentação e em concreto
sem função estrutural.
AGREGADOS RECICLADO DE CONCRETO - ARC
 Existem novas e crescentes possibilidades da utilização de resíduos
processados como agregados
 Pela NBR 9935: 2011
 Agregado reciclado = material obtido de processos de reciclagem de
rejeitos ou subprodutos da produção industrial, mineração ou
construção ou demolição de construção civil e inclui agregados
recuperados de concreto fresco por lavagem;
 Pertencem à classe A de resíduos de acordo com a Resolução 307 do
CONAMA
 Classificado em:
 Agregado reciclado de concreto – ARC – resíduos com fração
graúda (>4,75 mm) de, no mínimo, 90% em massa
 Agregado reciclado misto - ARM – fração grossa contribuíndo
com menos de 90 %, em massa, de fragmentos.

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