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04.04.2017
Definição de agregados
Os agregados para concreto e argamassa podem ser
definidos como materiais de forma granular, de origem
natural ou artificial, relativamente inertes,
classificados em função das dimensões de suas
partículas e que, ao serem misturados com cimento
Portland, em presença de água, adquirem um aspecto
compacto.
De onde vêm os agregados?
Agregados “naturais” são
aqueles resultantes dos
processos naturais de desgaste
ou erosão. Portanto são
tipicamente arredondados e
necessitam somente de lavagem
e classificação (tamanho de
partículas).
São provenientes da exploração
de jazidas naturais, tais como:
depósitos fluviais de areia,
cascalho e seixos, areia de mina,
pedreiras com rochas de
diversos tipos: gnaisse, granito,
calcário, basalto, etc., sendo
utilizados em sua forma e
dimensões originais.
Naturais
De onde vêm os agregados?
Agregados britados ou
“artificiais” são mais
angulares e originados
de rochas que foram
britadas, lavadas e
classificadas.
Típicos de Minas
Gerais: calcário
calcítico e gnaisse.
Britados (artificiais)
De onde vêm os agregados?
Outros agregados Argila expandida Escória de aciaria
artificiais: materiais
reciclados (ex. vidro
moído, concreto
reciclado) ou
agregados leves, tais
como argila
expandida,
vermiculita, flocos Agregados Leves (artificiais)
de isopor, etc.
Vidro Reciclado
Extração
Dragagem ou exploração de
jazidas
Britagem
Quebra e redução do tamanho
das rochas
Lavagem
Redução das impurezas
Classificação
Seleção dos tamanhos
(peneiramento)
Entrega ao cliente
Trem, caminhões, barcas, etc.
Como os agregados são obtidos?
Extração de agregados
Como os agregados são obtidos?
Lavagem e classificação
O Que cobrar de um fornecedor?
Qualidade consistente!
Baixa densidade
Menor resistência
Maior absorção de água
Comparação de absorção de água
Hematita
Argamassa baritada
Classificação quanto à
dimensão O modo mais comum de se
classificar os agregados
quanto as suas dimensões
Peneiras da ABNT baseia-se na composição
granulométrica, que
consiste em separar os
grãos em diferentes
peneiras, cujas aberturas
estão definidas na NM-
248/2001: Agregados -
Determinação da
Composição
Granulométrica.
Classificação quanto à
dimensão
Agregado miúdo Areia de origem natural
ou resultante do
britamento de rochas
estáveis, ou a mistura de
ambos, cujos grãos
passam pela peneira
ABNT 4,8 mm e ficam
retidos na peneira 0,15
mm.
Classificação quanto à
dimensão
Agregado graúdo
Pedregulho ou a brita
proveniente de rochas
estáveis, ou a mistura de
ambos, cujos grãos
passam por uma
peneira de malha
quadrada com abertura
nominal de 75 mm e
ficam retidos na peneira
ABNT 4,8 mm.
Classificação quanto à
dimensão O material resultante do
britamento de rochas é
Areia artificial denominado "pó-de-
pedra". Quando lavado,
para a retirada do excesso
Perda de material em
18%
britamento de finos, passa a ser
classificado como "areia
Perda de material em artificial”.
britamento com beneficiamento 3%
e produção de areia artificial
Brita n° 3
50,0 mm
Ensaios dos agregados
Análise granulométrica (NM 248/2001)
Definir o percentual de
grãos retidos na série
normal de peneiras ABNT.
Em função das
porcentagens retidas e
acumuladas calcular o
módulo de finura e a
dimensão máxima dos
agregados.
Análise granulométrica (NM 248/2001)
Amostragem
Definir o percentual de
grãos retidos na série
normal de peneiras ABNT.
Em função das
porcentagens retidas e
acumuladas calcular o
módulo de finura e a
dimensão máxima dos
agregados.
Análise granulométrica (NM 248/2001)
Para cada agregado a ser ensaiado deverá ser
formada duas amostras (M1 e M2);
As amostras para o ensaio são previamente
secas em estufa (105 a 110) ºC e depois
resfriadas a temperatura ambiente;
Após a pesagem cada amostra é peneirada
através do conjunto de peneiras (série normal
e intermediária) previamente encaixadas na
ordem crescente de suas aberturas. As
peneiras deverão estar assentadas sobre o
fundo.
O tempo de peneiramento deverá ser o
suficiente para que após um minuto de
agitação contínua não passe mais de 1% do
material retido em cada peneira;
Módulo de finura: É a soma das
Após o peneiramento o material retido em
cada peneira deverá ser pesado
porcentagens acumuladas nas
separadamente; peneiras da série normal, dividida
O somatório das massas não deve diferir mais por 100. Não considerar o fundo e
de 0,3% da amostra inicial. as peneiras intermediárias
Análise granulométrica (NM 248/2001)
Exemplo: Calcular a composição granulométrica de um agregado
graúdo
Material ensaiado: Brita 2 massa inicial = 10.000 g
Módulo de finura: É a
soma das
porcentagens
acumuladas nas
peneiras da série
normal, dividida por
100. Não considerar o
fundo e as peneiras
intermediárias
MF = (66+97+ 100
+100+ 100+ 100+ 100+
100) /100 = 7,63
Análise granulométrica (NM 248/2001)
Exemplo: Calcular a composição granulométrica de um agregado
graúdo
Material ensaiado: Brita 2 massa inicial = 10.000 g
Dimensão máxima
característica é a
abertura da peneira,
em mm, que retém
uma porcentagem
acumulada igual ou
imediatamente
inferior a 5%.
Peneira 25 mm
contém 13% retido
Dmax = 32 mm
Curva granulométrica dos agregados
Curva granulométrica é um
gráfico que expressa o
percentual passante ou retido
em função do tamanho das
partículas (peneiras)
Curva típica de
areias
Material mais
fino
Material mais grosso
Tamanho da penenria
no eixo X
Percentual
passante ou retido
no eixo Y
Uma boa curva granulométrica
Em azul os limites aceites para sua
aplicação
Em vermelho está a
curva da sua areia Nesse caso, sua areia está dentro
dos limites
Negativo
- Aumenta o consumo de
água;
- Diminui a resistência;
- Aumenta o consumo de
cimento
Curva granulométrica: influência nos
concretos
Efeito da areia grossa
em um concreto
Positivo:
- Aumenta a
resistência;
- Diminiu o consumo de
água;
- Aumenta aderência,
no caso de
argamassas
Negativo
- Piora o acabamento
superficial
Compondo uma curva granulométrica
com vários agregados (areias)
Exemplo 1:
Você possui 4 areias
Areia 1= muito fina 1
Areia 2= areia normal
Areia 3= areia normal Limites aceitáveis
Areia 4= areia grossa
2
4
Teste as areias 2
e 3, pois ambas
estão dentro dos
limites
aceitáveis.
Compondo uma curva granulométrica
com vários agregados (areias)
Exemplo 2:
Você tem 2 areias
1 Mix das duas areias
Areia 1 = muito fina
Areia 2 = muito grossa 2
GRANULOMETRIA
DE UMA AREIA
GRANULOMETRIA
GROSSA
DE UMA AREIA
Falta finos! BEM DOSADA
Estrutura aberta,
maior Partículas maiores contribuem com
permeabilidade resistência, enquanto que as menores
com melhor acabamento
Vazios reduzidos, menor permeabilidade
Outros ensaios importantes…
Determinação da massa unitária e massa específica
dos agregados miúdos e graúdos
Areia grossa
Agregados para concreto – Especificações
(NBR 7211)
Limites granulométricos para agregados graúdos
Agregados para concreto – Especificações
(NBR 7211)
Substâncias nocivas (agregados miúdos)
Agregados para concreto – Especificações
(NBR 7211)
Substâncias nocivas (agregados graúdos)
Agregados para concreto – Especificações
(NBR 7211)
Durabilidade
Dicas gerais sobre
agregados para concretos
Areias para concretos
Preferencialmente de granulometria média;
Arredondados
Típico de areias naturais
Confere boa trabalhabilidade
Confere bom acabamento superficial
Pior adesão à pasta de cimento
Angulares
Típico de agregados britados
Ótima adesão à pasta, conferindo melhor resistência mecânica
Pior acabamento, maior permeabilidade em alguns casos
Em fábrica de pré-fabricados, desgassta mais os equipamentos
Britas para concretos
Geralmente utilizamos, no concreto, britas de
graduação 0, 1 e 2. Como a brita n.º 0 tem grãos
menores que a n.º 1 e a brita n.º 1 menores que a brita
n.º 2 dá-se preferência as britas de maior graduação.