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Universidade Estadual de Feira de Santana

Departamento de Tecnologia
Disciplina: Materiais de Construção II – TEC 157
MATERIAIS DE CONSTRUÇÃO: AGREGADOS -PARTE 1
Professor: Antônio Freitas Filho
Estagiária: Lidianne do Nascimento Farias

AGREGADOS – PARTE 1

Feira de Santana - 2018


INTRODUÇÃO

Definição
 Materiais granulosos, naturais ou artificiais, divididos em partículas de formatos e tamanhos
mais ou menos uniformes, cuja função é atuar como material inerte nas argamassas e
concretos aumentando o volume da mistura e reduzindo seu custo.
 Segundo Petrucci (1970) define-se agregado como o material granular, sem forma e volume
definidos, geralmente inerte de dimensões e propriedades adequadas para a engenharia.
 Os agregados conjuntamente com os aglomerantes, especificamente o cimento, formam o
principal material de construção, o concreto.
INTRODUÇÃO

 Tratado como material de enchimento inerte dos concretos durante muito tempo;
 Atualmente, o papel dos agregados tem sido questionado, uma vez que estudos tem
demonstrado sua influência na determinação de propriedades importantes;
o Resistir aos esforços: Mecânico; desgaste e intemperismo
o Reduzir as variações volumétricas
o Reduzir custos
COMPOSIÇÃO MINERALÓGICA

 As propriedades mineralógicas dos agregados devem ser conhecidas, pois, suas


características físicas e químicas, tem influência nas propriedades do concreto;
 É conhecida por exame microscópio, analise mineralógica e petrográfica;
 Segundo seu modo de formação, as rochas que dão origem aos agregados podem ser:
o Rochas Ígneas
o Rochas Sedimentares
o Rochas Metamórficas
COMPOSIÇÃO MINERALÓGICA

 Rochas ígneas
As rochas ígneas são formadas a partir do resfriamento e consequente cristalização de um
magma.

Granito
Dá-se ao nome de Basalto
granito a uma rocha É uma rocha efusiva, de cor
eruptiva que é preta ou cinza escura,
composta por podendo apresentar vesículas,
três minerais essenciais, que quando preenchidas
sendo eles: o quartzo, formam as amígdalas, cuja
o feldspato alcalino e as constituição pode apresentar
micas. minerais como o quartzo
COMPOSIÇÃO MINERALÓGICA

 Rochas Sedimentares
Em geologia, são rochas formadas por sedimentos provenientes do intemperismo e erosão, transportadas
pela ação de água, vento e geleiras.

Arenito
Rocha sedimentar com Calcário
granulado grosso, Tipo comum de rocha
formada por massas sedimentar, composta
consolidadas de areia. por calcita. O calcário
Sua composição cristalino metamórfico
química é a mesma da é conhecido como
areia. mármore.
COMPOSIÇÃO MINERALÓGICA
 Rochas Metamórficas
São rochas cuja composição e textura originais foram alteradas pela ação da temperatura e pela pressão existentes
nas profundidades da crosta terrestre.
Ardósia
É uma argila alterada sob Mármore
Gnaisse forte calor e pressão. Em Variedade cristalina e
Rocha metamórfica na determinadas regiões, usam- compacta de calcário
qual os minerais se placas de ardósia para metamórfico, que pode
separaram-se em cobrir as casas. Essas placas ser polida até que se
camadas paralelas, são leves e impermeáveis. obtenha um grande
criando uma estrutura brilho. Empregada
laminar ou de bandas. principalmente em
construção e como
material para esculturas.
COMPOSIÇÃO MINERALÓGICA

 Quadro-resumo
CLASSIFICAÇÃO DOS AGREGADOS

 Quanto à origem
 Quanto à massa unitária
 Quanto à dimensão
QUANTO À ORIGEM
 Naturais
São os agregados que não sofreram nenhum processo de beneficiamento, sendo
encontrado na natureza já na forma particulada e com dimensões aplicáveis a produção
de produtos da construção, como argamassas e concretos.
Ex.: areia de rio e seixos.
QUANTO À ORIGEM

 Artificiais
São os agregados que sofreram algum processo de beneficiamento por processos
industriais, como por exemplo, britagem.
Ex.: britas, argilas expandidas, escória granulada de alto forno, vermiculita.
QUANTO À MASSA UNITÁRIA

 Agregados leves Pedra-pomes

São os agregados com massa unitária inferior a 1000 kg/m³


Argila expandida

Pérolas de EPS
Vermiculita expandida
QUANTO À MASSA UNITÁRIA

 Agregados normais
São os agregados com massa unitária entre 1000 e 2000 kg/m³
Brita comum
Seixos

Areia
QUANTO À MASSA UNITÁRIA

 Agregados pesados
São os agregados com massa unitária superior a 2000 kg/m³

Brita de magnetita Granalha de aço


Brita de barita
QUANTO À DIMENSÃO

 Agregados miúdos: 0,075mm < φ < 4,8mm


Esses fragmentos passam na peneira com 4,8 mm de abertura
Ex.: pó de pedra, areia e siltes

 Agregados graúdos: φ > 4,8mm


São retidos na peneira 4,8 mm
Ex.: seixo rolado, brita e argila expandida
PROPRIEDADES

Dentre as características dos agregados estudadas estão:


 Granulometria
 Forma dos grãos e textura
 Absorção de água
 Teor de umidade
 Massa unitária
 Massa específica
 Inchamento
 Durabilidade (substâncias nocivas presentes)
COMPOSIÇÃO GRANULOMÉTRICA

 É uma propriedade que reflete a distribuição dos tamanhos dos grãos de um agregado,
ou seja, determinam-se as porcentagens de uma amostra que pertence a uma
determinada faixa granulométrica, de acordo com os tamanhos dos grãos.
 A composição granulométrica tem grande influência nas propriedades das argamassas
e concretos.
 Determinação: É determinada através de peneiramento, através de peneiras com
determinada abertura constituindo uma série padrão.
 Método de ensaio: NBR NM 248:2003 – Agregados – Determinação da composição
granulométrica
COMPOSIÇÃO GRANULOMÉTRICA
ENSAIO DE GRANULOMETRIA
 A abertura nominal de cada peneira (abertura da malha) é considerada como “diâmetro das
partículas”
 Trata-se de um diâmetro equivalente

Material passante:
Até 15% da massa pode ficar retida na peneira especificada.
No mínimo 85% deve passar
Material retido:
Até 15% da massa pode passar na peneira especificada.
No mínimo 85% deve ficar retido.
COMPOSIÇÃO GRANULOMÉTRICA

 O ensaio de peneiramento tem como limitação a abertura da malha da peneira mais fina, que
ainda pode permitir a passagem de partículas com o diâmetro muito menor
 A menor peneira costumeiramente empregada é a Peneira nº. 200 (#200), cuja abertura é de
0,075mm, que praticamente coincide com a dimensão que separa a areia dos siltes (0,06 mm)
Série normal Série intermediária

76 mm
ENSAIO DE 64 mm
50 mm
38 mm
32 mm
25 mm
19 mm
12,5 mm
9,5 mm
6,3 mm
4,8 mm
2,4 mm
1,2 mm
0,6 mm
0,3 mm
0,15 mm
COMPOSIÇÃO GRANULOMÉTRICA: PENEIRAMENTO

 EXEMPLO (NBR 7211):

23
68
193
375
209
85
47
COMPOSIÇÃO GRANULOMÉTRICA: PENEIRAMENTO

 Porcentagem, em peso, retida acumulada na peneira – NBR 7211 – Limites


granulométricos agregados miúdos
CURVA GRANULOMÉTRICA

A representação gráfica final do


resultado final da análise
granulométrica é conhecida como
CURVA GRANULOMÉTRICA e
é obtida plotando-se o diâmetro
das partículas no eixo das
abcissas em escala logarítmica.
As porcentagens de
correspondentes de partículas
passantes para cada diâmetro é
marcado no eixo das ordenadas
em escala linear
MÓDULO DE FINURA
 Soma das porcentagens retidas acumuladas de um agregado nas peneiras da série NORMAL
divididas por 100.
 Consegue-se classificar:
1. Areia grossa MF > 3,3
2. Areia média 2,4 < MF < 3,3
3. Areia fina MF < 2,4

 O que acontece com as misturas de concreto se você utilizar uma areia muito grossa ou
muito fina?
DIMENSÃO MÁXIMA CARACTERÍSTICA (DMC)

 A dimensão máxima do agregado é, designada pela dimensão da abertura da peneira


em milímetros na qual fica uma porcentagem retida acumulada igual ou
imediatamente inferior a 5% em massa.
 Um dos fatores que governam a escolha da dimensão máxima do agregado para uma
mistura de concreto é a compatibilização do tamanho do agregado com as dimensões
da peça e espaçamento das armaduras dentro desta peça.
COMPOSIÇÃO GRANULOMÉTRICA

 Curvas granulométricas agregados miúdos

A) Contínuo

B) Uniforme

C) Descontínuo
COMPOSIÇÃO GRANULOMÉTRICA

 Limites granulométricos para agregados graúdos (NBR 7211 – 2009)


COMPOSIÇÃO GRANULOMÉTRICA

 Limites granulométricos para agregados graúdos (NBR 7211 – 2009)


COMPOSIÇÃO GRANULOMÉTRICA

 Conjunto de grãos menores em substituição a grãos maiores implica em uma maior


quantidade de vazios, uma maior superfície específica e portanto um maior consumo
de cimento
Universidade Estadual de Feira de Santana
Departamento de Tecnologia
Disciplina: Materiais de Construção II – TEC 157
MATERIAIS DE CONSTRUÇÃO: AGREGADOS -PARTE 1
Professor: Antônio Freitas Filho
Estagiária: Lidianne do Nascimento Farias

AGREGADOS – PARTE 2

Feira de Santana - 2018


FORMA E TEXTURA SUPERFICIAL DOS GRÃOS

 Da mesma forma que a textura superficial, a forma dos grãos do agregado influencia mais as
propriedades do concreto no estado fresco do que no estado endurecido.
 Quanto mais arredondada for a forma dos agregados, mais trabalhável será o concreto e
argamassa com eles produzidos.
 A medida da lamelaridade do agregado é realizada pelo método do paquímetro
FORMA E TEXTURA SUPERFICIAL DOS GRÃOS

 Grãos alongados ou lamelares:


 Prejudicam a trabalhabilidade;
 Geram mais vazios entre os grãos e exigem maior consumo de cimento

ALONGADOS: LAMELARES:
Quando uma das Quando uma das
dimensões (espessura) é dimensões (espessura) é
bem maior que as outras bem menor que as outras
duas dimensões; duas dimensões;
FORMA E TEXTURA SUPERFICIAL DOS GRÃOS

 Grãos arredondados:
 Favorecem a trabalhabilidade;
 Geram menos vazios entre os grãos e possibilitam a produção de concreto com menos cimento;
 Lisos: Baixa aderência, em compensação melhoria da trabalhabilidade, diminuição do consumo de
água
MASSA UNITÁRIA
 A massa unitária de um agregado é a sua densidade (massa/volume) com todos os espaços
vazios, ou seja, esses espaços vazios são os "vãos" entre um grão e outro e seus espaços
internamente (poros permeáveis).

Vtotal = é o volume total do material, incluindo vazios

Grãos de areia com espaços vazios

 O fenômeno da massa unitária surge porque não é possível empacotar as partículas dos
agregados juntas, de tal forma que não haja espaços vazios.
 A massa unitária aproximada dos agregados varia de 1,30 a 1,75 kg/dm³.
MASSA ESPECÍFICA

 A massa específica é a densidade do agregado sem nenhum vazio, ou seja, não inclui
poros permeáveis e não possui espaços entre os grãos.
 Para efeito de dosagem do concreto, é importante conhecer o volume ocupado pelas
partículas do agregado, incluindo os poros existentes dentro das partículas.

Grãos de areia excluindo-se os espaços vazios

    A massa específica é como se o agregado fosse totalmente comprimido de forma que


não houvesse nenhum espaço (tanto internamente quanto externamente).
MASSA ESPECÍFICA

 Portanto, é suficiente a determinação da massa específica, que é definida como a


massa do material por unidade de volume, incluindo os poros internos das partículas,
como dado pela expressão:

Agregados leves: < 2 kg/dm³


Agregado normal: 2 – 3 kg/dm³
Agregado pesado: > 3 kg/dm³
DETERMINAÇÃO DA MASSA UNITÁRIA
 Determinação do M.U. agregados miúdos:
 Determinação do M.U. agregados graúdos:

Mistura compactada em recipiente para pesagem


Agregados miúdos no estado solto
DETERMINAÇÃO DA MASSA ESPECÍFICA

 Balança hidrostática (NM 53/2003): Agregados graúdos


DETERMINAÇÃO MASSA ESPECÍFICA

 Picnômetro (NBR NM 52/2009): Agregados miúdos


TEOR DE UMIDADE

 Para saber o quanto de água incorporada na areia


 Importante para dosagem de concreto, pois deve haver uma proporção entre água e
cimento
 No entanto, se a areia estiver úmida e essa umidade não for determinada, a água
incorporada pode ser excessiva, afetando a relação água/cimento, ocasionando
diminuição de resistência mecânica
 Com a umidade conhecida, corrige-se a relação água/cimento
TEOR DE UMIDADE

 Seca em estufa: toda umidade, externa e interna, foi eliminada por um aquecimento a 100°C
 Seca ao ar: não apresenta umidade superficial, tendo umidade interna sem saturação
 Saturada superfície seca: a superfície não apresenta água livre, mas os vazios permeáveis das
partículas dos agregados estão cheios dela.
 Úmida ou saturada: apresenta água livre na superfície
TEOR DE UMIDADE

 Teor de umidade: Secagem em estufa

 Métodos de umidade (determinação) H(%) = Pu – Ps x 100


Ps – Pc
 Secagem em estufa
 Aquecimento ao fogo (fogareiro)  Onde:

 Frasco de Chapmann H% = teor de umidade em porcentagem

 Picnômetro Pu = massa do agregado úmido

 Speedy Test Ps = massa do agregado seco em estufa


Pc = massa da cápsula
TEOR DE UMIDADE: FRASCO DE CHAPMANN

 A norma deste ensaio é especificada pela NBR 9775:1987. Ela determina uma amostra de 500g


de areia úmida e a técnica de operação consiste em encher o recipiente de água até a marca de 200cm³,
colocar os 500g de areia úmida e fazer a leitura final no gargalo graduado. Durante a colocação de
areia, agita-se o frasco para eliminar as bolhas de ar aderente aos grãos.
ABSORÇÃO

 É a quantidade de água que tem "dentro" do agregado, enquanto sua superfície está na
condição seca.
 Essa condição é chamada de Saturada Superfície Seca (SSS).
  
Condição SSS

A(%) = Pss – Ps x 100


Ps ANALOGIA

o A condição Saturada Superficie Seca nada mais é que o grão de areia seco por fora e saturado por dentro
(cheio d'agua internamente).
importância para definir o
ndo o traço éfornecido pelo
INCHAMENTO

do tipo de areia, já que otraço


olume e não em peso. Um
A umidade presente no agregado miúdo é uma propriedade que
afeta o inchamento do agregado, que é o aumento de volume causado pela separação das
partículas de agregado pela água
 Como o agregado miúdo, ao contrário do agregado graúdo, é capaz de absorver grandes
quantidades de água, por ser consideravelmente mais fino,
 O conhecimento da umidade presente em uma determinada quantidade de agregado miúdo é
de extrema importância para definir o traço de um concreto.
INCHAMENTO

 A umidade aderente nas superfícies dos inchamento altera o volume de areia a ser
grãos dos agregados miúdos transforma usada quando a produção de concreto é
estes em partículas com cargas elétricas feita por volumes de agregados
negativas.
 Por repulsão elétrica os grãos se afastam
causando o inchamento

O
INCHAMENTO

 É expresso em porcentagem pela variação do volume úmido em relação ao volume seco


INCHAMENTO

Varia em função da umidade e da composição granulométrica do agregado


SUBSTÂNCIAS NOCIVAS

 Torrões de Argila: Partículas de agregado desagregáveis sob pressão dos dedos


(torrões friáveis). A presença de areias ou argila, sob a forma de torrões é bastante
nociva, para a resistência de concreto e argamassas;
 Materiais finos (pulverulentos): Constitui-se de partículas inferiores a 0,075 mm;
Partícula de argila (< 0,002 mm); Silte (0,002 a 0,06 mm). Prejudicam a
trabalhabilidade e aderência pasta/agregado
 Materiais carbonosos: partículas de carvão, madeira, etc. São considerados
prejudiciais pois são materiais de baixa resistência, diminuindo a resistência do
concreto
SUBSTÂNCIAS NOCIVAS

 Matéria orgânica:
A matéria orgânica é a impureza mais frequente nas areias. São detritos de origem
vegetal na maior parte. São partículas minúsculas, mas em grande quantidade chegam a
escurecer a argila.
As impurezas orgânicas formadas por húmus exercem uma ação prejudicial sobre a
pega e o endurecimento das argamassas e concretos.
A cor escura da areia é indício de matéria orgânica (exceto para agregado resultante de
rocha escura como o basalto).
DURABILIDADE
 Limites máximos de substâncias nocivas (ABNT NBR 7211:2009)
DURABILIDADE

 Reação álcali-agregado:
DURABILIDADE

 Sulfatos:
Podem acelerar ou retardar a pega. Podem reagir com a alumina do cimento originando
o sulfoalumianto de cálcio (etringita secundária).
 Cloretos:
Nas argamassas geram o aparecimento de eflorescências e manchas de umidade. No
concreto aceleram o processo de corrosão do aço. Cuidado com alguns aditivos
aceleradores de pega que contém cloretos (não usar em concreto protendido).
DURABILIDADE

 Em agregados provenientes de regiões litorâneas, ou extraídos de águas salobras ou ainda


quando houver suspeita de contaminação natural (regiões onde ocorrem sulfatos naturais
como a gipsita) ou industrial (água do lençol freático contaminada por efluentes industriais),
os teores de cloretos e sulfatos não devem exceder os limites estabelecidos (ABNT NBR
7211:2009)
REFERÊNCIAS

 BAUER, L. F. Materias de Construção. volumes 1 e 2, 2000 Editora Livros Técnicos e Científicos,


São Paulo – SP.
 PETRUCCI, E. G. R. Materiais de Construção, 1998, Editora globo, Rio de Janeiro – RJ.
 PETRUCCI, E. G. R. Concreto de Cimento Portland,1998, Editora Globo, Rio de Janeiro – RJ.
 MEHTA, P. K.; MONTEIRO, P. J. M. Concreto Microestrutura, Propriedade e Materiais. 3
Ed. São Paulo: IBRACON, 2008.

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