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Esta capacitação, não objetiva capacitar o técnico para trabalhos de cálculos estruturais
de concreto armado, não obstante, porém, este poderá corretamente interpretar e orientar a
sua execução.
MATERIAIS DE CONSTRUÇÃO
AGREGADOS:
1. DEFINIÇÃO
NATURAIS – São os que se encontram na natureza prontos para serem utilizados, não
precisando passar por transformação. Ex.: areia de mina, areia de rios, seixos rolados, etc.
ARTIFICIAIS – São os que precisam ser trabalhados para chegarem à condição de uso. Ex.:
pó de pedra, pedriscos e britas, etc.
MIÚDOS – Com diâmetro máximo ou inferior a 4,8 mm. Ex.: pó de pedra, areia lavada, etc.
GRAÚDOS – Com diâmetro máximo superior a 4,8 mm. Ex.: britas, seixos rolados, etc.
LEVES – Com peso menor que 1 T/m3 Ex.: pedra pomes, vermiculita e argila expandida
NORMAIS – Com peso entre 1 a 2 T/m3 Ex.: britas de gnaisses e granito, areias
quatrzosas
3. AGREGADOS NATURAIS
Jazidas de rio: jazidas que se formam no leito ou nas margens dos rios.
Residuais: São depósitos que se localizam perto da rocha matriz. São de boa
granulometria, mas contêm muitas impurezas.
Eólicas: São depósitos formados pela ação do vento (dunas). Possuem má
granulometria, pois contêm muitos finos, porém são de grande pureza.
Aluviais: São depósitos formados pela ação transportadora das águas do mar ou de
rios. Os marítimos apresentam má granulometria, enquanto os fluviais são normalmente os
melhores agregados encontrados na natureza.
3.1. AREIA
Nas construções, podem ser usadas as de rio e de terreno. Não devem ser usadas a
areia de praia e areia barrenta com húmus que provocam trincas nos emboços e rebocos
(revestimentos).
No revestimento denominado emboço usa-se areia média; no reboco usa-se areia fina;
para assentamento de tijolos usa-se areia média com pequena quantidade de terra ou outro
traço regional.
Para uso em concreto, deve-se optar por areias de rio, limpa (esfregada na mão deve
ser sonora e não sujar), médias ou grossas, afim de diminuir água de amassamento,
chegando-se a maiores resistências.
Para uso de argamassas do revestimento deve-se optar pelo uso de areia fina, pois
provoca melhor final no acabamento do reboco.
Devido à porcentagem de sal, não se usa areia de praias à beira mar e regiões salinas,
bem como as provenientes de estradas, por serem finas e com impurezas.
3.2. SAIBRO
4. AGREGADOS ARTIFICIAIS
4.1. BRITA
A brita ou pedra britada é usada no concreto como agregado graúdo; como bloco de
alvenaria, em trabalhos de cantaria; como pavimentação, em pisos, soleiras e peitoris; em
bancadas de pias e lavatórios, e como revestimento de paredes e pisos.
A brita, para uso em concreto, pode ser extraída de qualquer rocha, desde que tenha
resistência superior à do concreto a ser produzido e seja inerte, isto é, possua características
físicas e químicas que não influem diretamente na qualidade final.
A classificação comercial da brita é feita de acordo com o seu tamanho, após passar por
peneiras de malhas diversas, conforme ilustrado na Tabela 1. A brita O é chamada de
pedrisco. É importante haver vários tamanhos de brita, pois, de acordo com a densidade da
armadura e a dimensão da peça a concretar, usa-se brita maior ou menor. Por isso, as pedras
são classificadas por tamanho, medidos em peneiras (pela abertura da malha). As NORMAS
TÉCNICAS BRASILEIRAS estabelecem 6 tamanhos:
O concreto das benfeitorias rurais pode ser feito com pedra 1 ou 2, as mais encontradas
no comércio de materiais de construção. Se forem utilizados seixos rolados, cascalho ou
pedregulho das propriedades convém classificar esse material antes do seu uso. A forma mais
simples, porém menos precisa, de fazer isso é apanhar um punhado de pedras do monte a ser
usado e medir a maior dimensão de cada uma com uma régua milimetrada. A maioria das
pedras medidas deverá se enquadrar na faixa de pedra 1 = (9,5mm a 19mm) e pedra 2 =
(19mm a 25mm) .Caso o material disponível não esteja de acordo com essas medidas,
consulte um profissional especializado a respeito. Tanto os seixos rolados como a pedra
britada devem estar limpos antes do seu uso. O pó da britagem, o barro da jazida, galhos,
folhas, raízes, etc, devem ser retirados à mão ou por lavada.
A qualidade dos agregados pode ser avaliada por índices definidos pelas normas ABNT
pertinentes, de acordo com os respectivos valores de qualidade que os agregados devem
possuir. Os principais índices de qualidade dos agregados, que podem influir na composição
final das argamassas e concretos, são mencionados a seguir:
Os agregados devem ter grãos resistentes e duráveis. Sua resistência aos esforços
mecânicos deve ser pelo menos superior à da pasta (cimento + água). Os grãos de um
agregado devem ser resistentes à compressão e ao desgaste (abrasão), geralmente os
agregados naturais satisfazem esta condição.
Material carbonoso: Sob a forma de carvão, madeira e matéria vegetal, são substâncias
igualmente nocivas encontradas nos agregados e que devem ter o seu teor limitado, segundo a
NBR 7211/83, em 0,5% para concretos cuja aparência é importante e 1,0% para os demais
concretos.
Substâncias químicas: Contidas nas areias, também podem ser nocivas. A presença do
cloreto de sódio provoca escamações e umidade em revestimentos executados com areias
provenientes de jazida de mar. Os muros feitos com areia do mar ficam permanentemente
úmidos. Nos concretos, por ser um a material higroscópico, vai acelerar a corrosão das
ferragens, porque os íons Cl facilitam a oxidação dos aços.
A influência da forma é mais acentuada nos agregados miúdos. Por esta razão, muitas
especificações proíbem o emprego de areia artificial na elaboração de concretos.
Sempre que sua determinação não for viável, pode-se tomar o valor de ( o) = 2,65
kg/dm3, para os agregados em geral.
6.3. UMIDADE
Leva-se essa amostra ao fogo numa frigideira, mexendo-se a areia até que esteja
totalmente seca; pesa-se em seguida e determina-se o peso seco (P);
Aplica-se a fórmula:
6.4. INCHAMENTO DOS AGREGADOS MIÚDOS
6.6. POROSIDADE:
PEDRAS NATURAIS
1. UTILIZAÇÃO
As pedras naturais têm sua maior aplicação na realização de alicerces, muros de arrimo,
pavimentação de pisos rústicos e algumas vezes na execução de revestimento e paredes. De
preferência, deve-se utilizar apenas as pedras duras, pesadas e que apresentem textura
homogênea quando forem partidas. Pedras porosas absorvem água, sendo indesejável sua
utilização, principalmente em alicerces.
Pedra porosa e calcárea absorvem água, sendo indesejável seu uso em alicerces;
3. TIPOS:
PROPRIEDADES
1. DEFINIÇÃO E USO
As pastas são, portanto, misturas de aglomerante com água. São pouco usadas devido
aos efeitos secundários causados pela retração. Podem ser utilizadas nos rejuntamentos de
azulejos e ladrilhos.
As natas são pastas preparadas com excesso de água. As natas de cal são utilizadas
em pintura e as de cimento são usadas sobre argamassas para obtenção de superfícies lisas.
Aéreos: são os aglomerantes que endurecem pela ação química do CO2 no ar, como
por exemplo, a cal aérea.
Hidráulicos: são os aglomerantes que endurecem pela ação exclusiva da água, como
por exemplo, a cal hidráulica, o cimento Portland, etc. Este fenômeno recebe o nome de
hidratação.
3. CONCEITO DE PEGA
No caso dos cimentos de pega normal, o fim da pega se dá, de cinco a dez horas depois
do lançamento da água ao aglomerante. Nos cimentos de pega rápida, o fim da pega se
verifica poucos minutos após o seu início.
4. CAL
Existem três tipos de cales: cal aérea (cal virgem e cal hidratada) e a cal hidráulica.
Além das rochas calcárias, a cal também é obtida de resíduos de ossos e conchas de
animais.
O fenômeno ocorrido na calcinação do calcário é o seguinte:
O produto que se obtém com a calcinação do carbonato de cálcio recebe o nome de cal
virgem, ou cal viva (CaO), que ainda não é o aglomerante usado em construção. O óxido deve
ser hidratado para virar hidróxido de cálcio Ca(OH)2 denominado de cal extinta ou cal
queimada.
Após a hidratação das pedras, o material deverá descansar por 48 horas no mínimo,
antes de ser utilizado na obra.
A cal hidratada oferece sobre a cal virgem algumas vantagens, entre elas:
Maior facilidade de manuseio, por ser um produto pronto, eliminando do canteiro de
obras a operação de extinção;
Maior facilidade de transporte e armazenamento;
Produto pronto para uso;
É um produto seco, o que facilita a elaboração de argamassas.
Este tipo de cal é um aglomerante hidráulico, ou seja endurece pela ação da água, e foi
muito utilizado nas construções mais antigas, sendo posteriormente, substituído pelo cimento
Portland.
A cal pode ser utilizada como único aglomerante em argamassas para assentamento de
tijolos ou revestimento de alvenarias ou em misturas para a obtenção de blocos de solo/cal,
blocos sílico/calcário e cimentos alternativos.
Durante muito tempo a cal foi largamente empregada em alvenarias, que vêm
atravessando muitos séculos de vida útil. Atualmente o maior emprego da cal se dá, misturada
ao cimento Portland.
A cal também é muito utilizada, dissolvida em água para pinturas, na proporção de mais
ou menos 1,3 gramas por litro de água. A esta solução chama-se nata de cal e sua utilização é
conhecida como caiação. As tintas de cal, além do efeito estético, têm, também, efeito
asséptico, devido a sua alta alcalinidade (PH alto).
5. GESSO
5.1. DEFINIÇÃO
Dos aglomerantes utilizados na construção civil, o gesso é o menos utilizado no Brasil.
No entanto, ele apresenta características e propriedades bastante interessantes, dentre as
quais, pode-se citar o endurecimento rápido, que permite a produção de componentes sem
tratamento de aceleração de endurecimento. A plasticidade da pasta fresca e a lisura da
superfície endurecida são outras propriedades importantes.
6. CIMENTO PORTLAND
6.1. DEFINIÇÃO
Detalhando um pouco, podemos dizer que a mistura moída de calcário e argila ao atingir
a fusão incipiente (±30% de fase líquida), apresenta reações entre o carbonato de cálcio
(CaCO3), presente no calcário e os diversos óxidos (SiO2, AI2O3 Fe2O3, etc.) presentes na
argila, formando silicatos e aluminatos, que apresentam reações de hidratação, podendo,
então, o material resultante apresentar resistência mecânica.
Os teores médios dos componentes dos cimentos brasileiros são dados na tabela 2.
b) o silicato dicálcico (C2S) é o maior responsável pelo ganho de resistência em idades mais
avançadas, principalmente, após um ano de idade;
e) o silicato tricálcico (C3S) e o aluminato tricálcico (C3S) muito contribuem para a liberação do
calor de hidratação do cimento, devido ao grande ganho de resistência que apresentam no 1 o
dia.
Existem vários tipos de cimento Portland, cuja diferença é feita basicamente em função
das adições das matérias-primas, vistas anteriormente, que entram na composição final do
cimento. Conforme estas adições as características e propriedades dos cimentos variam,
influenciando seu uso e aplicação.
A classe dos cimentos define a sua resistência mecânica aos 28 dias e, ai como os tipos
de cimento, também é expressa de forma abreviada, ou seja, em código.
No Brasil existem três classes de cimento e a Tabela 3 mostra como elas eram definidas
e codificadas até 1986 e como são agora.
Nem todos os tipos de cimento Portland são oferecidos nas três classes. A oferta de
cimento segundo o tipo e a classe é apresentada na Tabela 4.
A escória, como já foi explicado, da forma como é obtida, também possui a propriedade
potencial de ligante hidráulico, ou seja, em presença de água e meio alcalino, desenvolve uma
reação química que a torna primeiro pastosa e depois endurecida.
Por outro lado, o cimento de alto-forno produz menos calor durante a hidratação. Este
fato, em geral, beneficia as argamassas e os concretos confeccionados com esse tipo de
cimento.
O cimento Portland pozolânico se caracteriza por conter uma quantidade maior de
adição de materiais pozolânicos.
Por outro lado, como a velocidade da reação do cimento pozolânico com a água é mais
lenta, também é menor o efeito do calor gerado nessa reação, sobre as argamassas e
concretos.
O cimento Portland de alta resistência inicial não é propriamente um tipo de cimento que
se diferencia dos demais pelas matérias-primas que são adicionadas ao seu clínquer moído
com gesso. Trata-se, na realidade, de um tipo particular de cimento Portland comum, cuja
principal diferença em relação aos demais tipos é atingir altas resistências nos primeiros
dias. O que faz o cimento de alta resistência inicial desenvolver essas altas resistências nos
primeiros dias é a utilização de uma dosagem diferenciada de calcário e argila na produção
do clínquer, bem como a sua moagem mais fina, de modo que esse cimento, ao reagir com a
água, adquira elevadas resistências, com velocidade muito maior.
Nos dois primeiros casos o cimento deve atender, ainda, a uma das normas NBR 5732,
5733, 5735, 5736 e 11578. Se cimento Portland de alta resistência inicial (NBR 5733), admite-
se a adição de escória granulada de alto-forno ou de materiais pozolânicos, para os fins
específicos da NBR 5737.
O cimento Portland branco é um tipo de cimento que se diferencia dos.demais tipos pela
coloração. Trata-se de um cimento composto basicamente de clínquer e gesso, sendo que no
processo de fabricação do seu clínquer é eliminado o ferro contido na argila, já que é esse
mineral o responsável pela coloração cinza dos demais tipos de cimento Portland.
Tudo isso leva a conclusão de que é necessário estudar a dosagem ideal dos
componentes das argamassas e concreto a partir do tipo de cimento escolhido, conforme será
mostrado nos Capítulos 4 e 5.
abrigar da umidade - o cimento não deve, antes de ser usado, entrar em contato com a
água ou com a umidade, pois caso isto aconteça, empedrará, Devemos reservar um
local para construção de um barracão coberto, e com estrados de madeira, para isolar o
contato dos sacos com o solo;
não formar grandes pilhas - a pressão dos sacos superiores sobre os inferiores
diminuem o módulo de finura do cimento. Recomenda-se não fazer pilhas com mais de
10 sacos.
não estocar por muito tempo - o cimento deve ser estocado por um período máximo de
um mês, mesmo assim tomando-se as precauções acima.
PRODUTOS CERÂMICOS
1. INTRODUÇÃO
Dá-se o nome de cerâmica à pedra artificial obtida por meio da moldagem, secagem e
cozedura de argila ou mistura contendo argila. Em certos casos, pode ser suprimida alguma
das etapas citadas, mas a matéria-prima é a argila.
2. COMPOSIÇÃO DA ARGILA
3. COZIMENTO DA ARGILA
O calor fornecido pelo forno durante o processo de cozimento elimina todo tipo de água
O
presente nas argilas. Entre 900 e 1000 C, a estrutura cristalina transforma-se em massa
amorfa, quando então a sílica e a alumina se recombinam e cristalizam, formando novos
minerais.
A formação de vidro no interior da cerâmica, pela fusão da sílica livre (1200 0C) com
posterior solidificação, também contribui para a estabilidade estrutural das cerâmicas,
principalmente as de alta vitrificação.
Dos materiais cerâmicos secos ao sol, apenas o adobe e as argamassas de barro têm
alguma importância na construção. O adobe é argila simplesmente seca ao ar, sem cozimento
e usada em construções rústicas. Ele pode resistir a tensões de compressão até de 70 kg/cm 2,
o que é um bom índice; mas tem o inconveniente de, ao receber água, tornar-se novamente
plástico. Por isso as paredes desse material devem ser revestidas por camada isolante de
umidade, para que tenham alguma duração.
Devido à alta resistência, a argila também é bastante empregada com argamassa de
assentamento de tijolos. As vantagens e desvantagens são as mesmas citadas acima.
São materiais que servem para dividir compartimentos ou vedá-los. Quando sobrepostos
e rejuntados formam o que se chama de alvenaria ou, vulgarmente, paredes. Os blocos
também podem desempenhar função estrutural, formando alvenarias portantes, dispensando
em alguns casos o uso de vigas e pilares de concreto armado. Assim, existem no mercado
blocos para uso de vedação e para uso portante.
No recebimento dos tijolos na obra é preciso atentar para as seguintes particularidades:
- as partidas com grande quantidade de quebra indicam material fraco, não devendo ser
aceitas;
- as cores desmaiadas ou os miolos escuros indicam material cru;
- as cores muito carregadas indicam excesso de vitrificação.
Os tijolos e blocos variam conforme a forma e a dimensão. Podem ser classificados em:
Apresentado na Figura 39, tem a forma de paralelepípedo. São especificados pela NBR-
7170 e padronizados pela NBR- 8041, com dimensões que variam segundo a Tabela 17.
TABELA 17 - Classificação e dimensões do tijolo maciço.
Seu principal emprego é feito em alvenaria externa, sem muitas exigências quanto à
aparência e para fins estruturais (fundação e sustentação).
Um tijolo maciço deve apresentar como principais características de qualidade:
- regularidade de forma e dimensão;
- arestas vivas e cantos resistentes;
- cozimento uniforme (produz som metálico quando percutido com mar telo);
- resistência à compressão dentro dos limites da NBR-7170/83;
- massa específica aparente de 1,80 kg/dm3
- absorção de água em torno de 15%.
As principais vantagens dos tijolos furados sobre os tijolos maciços são estas:
- menor peso por unidade de volume;
- aspecto mais uniforme, arestas e cantos mais fortes;
- menor propagação da umidade;
- melhor isolante térmico e acústico;
- menor custo de mão-de-obra e material.
A Tabela 23 ilustra alguns padrões comparativos entre os diferentes tipos de telhas abordados.
4.2.3. TIJOLEIRAS
(a) (b)
FIGURA 44 – Tijoleira retangular em piso (a) e em degrau (b)
São materiais de melhor qualidade usados quando se tem em vista a boa aparência,
sobretudo nos casos em que não se pretende fazer revestimento posterior (Figura 45).
Apresentam uniformidade de tamanho e cor e maior resistência à abrasão. São materiais
moldados por meio de prensagem e dotados de certo grau de vitrificação.
FIGURA 45 – Parede de tijolos a vista
4.2.4. LADRILHOS
São materiais cerâmicos prensados a seco e cozidos a 1300 °C, com certo grau de
vitrificação e espessura em torno de 5 a 7 mm. São empregados no revestimento de pisos
(Figura 46) e paredes, sendo encontrados no mercado nos mais variados formatos,
destacando-se o quadrado, o retangular e o sextavado.
São placas de louça de pouca espessura, vidradas numa das faces. Podem levar
corantes e possuir padrão liso ou decorado. A face posterior e as arestas são porosas, a fim de
garantir melhor aderência das placas ao paramento. O azulejo comum mede, em geral, 15 cm
2
x 15 cm. São usados para revestimento e requerem, neste caso, 45 unidades para cobrir 1 m
de parede.
Os aparelhos sanitários (lavatórios, vasos, bidês) são feitos por moldagem. Seu vidrado
é obtido pela pintura da peça com esmalte de bórax com feldspato. Existe louça branca,
conforme figura 48 e colorida (a cor é obtida pelo uso de pigmentos), bem como vários
elementos decorativos, tais como saboneteiras, papeleiras, etc.
4.3.1.2. PASTILHAS
As pastilhas são fabricadas pelo mesmo processo dos azulejos e têm, normalmente,
forma quadrada ou sextavada. Quando quadradas, as pastilhas medem 2,5 cm x 2,5 cm. São
usadas para fins de revestimento; para facilitar sua colocação, vêm coladas em folha de papel,
que depois é retirada por lavagem.
(a) (b)
FIGURA 48 – Pastilhas e lavatório de louça (a) e pastilhas quadradas (b)
4.4.2.1 MANILHAS
1. INTRODUÇÃO
2. BLOCOS DE CONCRETO
Os traços de concreto para blocos são dados em dosagem volumétrica, variando de 1:8
a 1:14 na relação cimento:agregado. O consumo de cimento aumenta quando se desejam
blocos mais resistentes e sem revestimentos, embora não se deva aumentar muito o consumo
de cimento que acarretará trincas e problemas no controle da cura das peças, que é
extremamente importante.
O agregado é formado por pedrisco (brita 0), ou pó de pedra. O fator água cimento deve
ser baixo para se obter boa resistência.
Existem o bloco de dois furos, são vazados e suas paredes devem ter no mínimo 1,5 cm
e por isso são mais resistentes. Existem meio bloco que possuem um furo. Também existe o
bloco canaleta inteira e meia canaleta. É perfeito para fazer vigas de amarração entre as
paredes e a laje e também para fazer as vergas e contravergas nas portas e paredes evitando
trincas.
Estes blocos fornecem grande rendimento de mão de obra. Seu peso pode variar de 850
a 1.200 kg/m3. Também, os blocos de concreto constituem uma alvenaria de grande
resistência, podendo dispensar revestimento, recebendo pintura diretamente sobre o bloco. Os
blocos podem ser assentes com argamassa de cimento e areia. Existem tipos que possuem
um sistema de encaixe que dispensam a argamassa.
As medidas mais comuns dos blocos de concreto encontrados no mercado são 9 cm x
19 cm x 39 cm (conhecido como 10x20x40), 19 cm x 19 cm x 39 cm (conhecido como
20x20x40) e 14x19x39 cm 3 (conhecido como 15x20x40).
3. TUBOS DE CONCRETO
CARACTERÍSTICAS ESPESSURA
4 mm 5mm 6mm 8 mm
O comprimento é variável:
para largura de 0,468: 2,00; 2,50; 3,00; 3,50; 4,00; 4,50; 5,00; 5,50; 6,00; 6,50; 7,00 m.
para largura de 0,998: 3,00; 3,70; 4,60; 6,00; 6,70; 7,40; 8,20; 9,20 m.
MADEIRA
1. INTRODUÇÃO
A madeira é um dos mais antigos materiais de construção utilizados pelo homem.
É um material de grande beleza e de larga utilização nas construções. No entanto é muitas
vezes mal empregado, de forma intuitiva, trazendo uma série de problemas. Suas
características devem ser bem estudadas afim de que não sejam nem superestimadas e nem
subestimadas, a fim de seu uso ser mais econômico e com qualidade.
pode ser trabalhada com ferramentas simples e ser reempregada várias vezes;
é combustível;
Como material de construção, a madeira se destaca por ser, depois do aço, o material
de maior consumo, já que pode participar provisória ou definitivamente de todas as etapas de
uma construção, desde as fundações, a estrutura, os pavimentos, as vedações e
revestimentos, até a cobertura.
Algumas utilizações:
- cercas para pastos e currais, postes: aroeira, amoreira, eucalipto tratado, braúna,
candeia;
Madeira Serrada
Ripas: 1,2x5,0.
Madeira Beneficiada
Soalho: 2,0x10,0.
Forro: 1,0x10,0.
Batente: 4,5x14,5.
5. PRODUTOS INDUSTRIALIZADOS
São encontrados no mercado com o nome comercial de. Eucatex, Duratex, etc.
Esses produtos são obtidos industrialmente mediante o desfibramento mecânico de
fragmentos de madeira, saturados e amolecidos em soluções alcalinas, com posterior
prensagem. O processo de fabricação assemelha-se ao do papelão. O material fabricado
apresenta-se sob forma de placas, as quais possuem, de um lado, a desvantagem de serem
pouco resistentes à água e, do outro, a vantagem de serem excelentes isolantes acústicos.
Na construção civil o compensado tem múltiplos usos, que vão desde as formas para
concreto até aplicações mais nobres, no revestimento de paredes.
5. DEFEITOS DA MADEIRA
A madeira, como qualquer outro material orgânico, está sujeita principalmente ao ataque
de outros organismos vivos. Dentre estes, destacam-se os microorganismos - fungos e
bactérias - causadores do apodrecimento do material. Também devem ser relacionados, como
agentes destruidores da madeira, o fogo e o intemperismo: chuvas, raios, ventos, etc.
A aplicação da película protetora pode ser feita por pintura ou pela simples imersão do
elemento em pequenos tanques. Os produtos mais usados e indicados nesse tipo de
tratamento são os derivados de petróleo e do alcatrão. Produtos de comprovada eficiência em
tratamentos superficiais são encontrados no mercado. Citem-se o Creosoto, o Carbolíneo e o
Pentox, que têm a vantagem da facilidade de aplicação.
PRODUTOS SIDERÚRGICOS
1. INTRODUÇÃO
2. FERRO
O ferro é o metal de mais larga aplicação nas construções. É usado puro ou em ligas,
em estruturas, coberturas, painéis, grades, esquadrias, etc., ou como reforço junto com outros
materiais, como é o caso do concreto armado. A metalurgia do ferro tomou o nome especial de
siderurgia, daí a designação de produtos siderúrgicos dada aos que são confeccionados com
ferro e suas ligas.
O ferro não é encontrado puro na natureza. Está sempre ligado, principalmente com o
oxigênio, constituindo óxido ferroso. No processo siderúrgico são incorporados elementos
metalóides e metais, como o carbono, o silício, o enxofre, o fósforo, o manganês e outros.
Estas substâncias influem nas propriedades do ferro, ao qual conferem qualidades especiais,
conforme a quantidade em que entram na sua composição. O conteúdo de carbono, por
exemplo, é de grande importância, dado que influi na dureza, elasticidade, fusibilidade e
maleabilidade do ferro. A classificação tradicional do ferro e suas ligas tem sido feita a partir do
teor de carbono. Conforme seu percentual de carbono, os ferros podem ser:
Ferro fundido ou coado - (teor de carbono entre 1,7 e 6,7%) - O ferro obtido
diretamente do alto-forno é o ferro gusa, bastante impuro, desuniforme e poroso. Este
ferro é levado para fornos menores (aciaria), nos quais sofre nova fundição, refinando-
se mais. Ao sair do forno, o ferro é chamado de ferro coado, de segunda fusão ou
fundido. Este tipo de ferro ainda permanece impuro e não uniforme, além de conter
bolhas de ar no seu interior.
Aço - (teor de carbono entre 0,2 e 1,7%) - O aço pode ser obtido diretamente do
minério ou carbonatando-se o ferro doce (que veremos a seguir), descarbonando-se o
ferro fundido ou por processos mistos.
Ferro forjado ou doce - (teor de carbono inferior a 0,2 %) - O ferro doce ou forjado,
também chamado de ferro pudlado (do inglês to puddle = mexer), é obtido da afinação
do ferro gusa branco, preparado pelo processo de pudlagem (quer dizer, agitado ao ar
por meio de barras, para a redução do teor de carbono, com consequente formação
do aço.
Toda essa etapa de 'obtenção dos diferentes tipos de ferro é desenvolvida em altos-
fornos ou em fornos menores e específicos de cada processo.
O ferro e o aço tem grande utilização como material estrutural, devido a seu elevado
módulo de resistência (permite vencer grandes vãos com peças relativamente delgadas e
leves).
Seu emprego pode ser em estruturas ou componentes, como por exemplo: peças
estruturais em geral (vigas, perfis, colunas), trilhos, esquadrias, coberturas e fechamentos
laterais, painéis (fachadas e divisórias), grades e peças de serralheria, reforço de outros
materiais (concreto armado), hangares, galpões, silos e armazéns.
A resistência à ruptura por tração ou compressão dos aços utilizados em estruturas varia
de 30 a 120 kgf/mm².
Maior confiabilidade; menor tempo de execução; maior limpeza da obra; maior facilidade
de transporte e manuseio; maior facilidade de ampliação; maior facilidade de montagem;
facilidade de desmontagem e reaproveitamento; menores dimensões da peças; facilidade de
vencer grandes vãos; precisão das dimensões dos componentes estruturais; maior facilidade
de reforço e redução de carga nas fundações.
A composição química determina muitas das características dos aços. Alguns elementos
químicos são conseqüência dos métodos de obtenção, outros são adicionados
deliberadamente, para atingir fins específicos.
- Carbono => principal elemento para aumento da resistência. em geral, cada 0,01% de
aumento de teor de carbono aumenta o limite de escoamento em ± 0,35 MPa; no entanto, é
acompanhado por redução de ductibilidade, tenacidade e soldabilidade;
- Cobre => aumenta a resistência à corrosão (adição de até 0,35%); aumenta também o limite
de resistência à fadiga;
- Vanádio => em teores até 0,12%, aumenta o limite de resistência à abrasão e à deformação,
sem prejudicar a soldabilidade e a tenacidade;
a) Quanto à apresentação:
- Fios: elementos de diâmetro nominal inferior ou igual a 12 mm, fornecidos em rolos de grande
comprimento.
- Classe a: barras e fios laminados a quente, com escoamento definido, caracterizado por
patamar no diagrama tensão-deformação; são barras lisas.
- Classe b: são as barras e fios encruados por deformação a frio, com tensão de escoamento
convencionada em uma deformação permanente de 0,2%; são as barras torcidas ou com
mossas.
- Barras: 5 - 6 - 8 - 10 - 12 - 16 - 20 - 22 - 25 - 32 - 40 mm.
Entre produtos de ferro fundido são importante os tubos para a construção de rede de
água e esgotos, no entanto de elevado preço. Servem também como colunas para suporte de
carga. São tubos retos com bolsa para encaixe, com diâmetro à partir de 3”, além de conexões
tais como curvas, tês, cruzetas e forquetas. Sua resistência é superior a dos similares.
2.4.3. ARAMES
Para transformamos calibre para mm usamos a tabela TABELA JAUGE PARIS (JP). Ex:
calibre 15 = 2,4 mm
2.4.4. CORDOALHAS
Em aço, diversos fios trançados formando bitola ¼” ou 3/8”, utilizados para cercas de
currais para bovinos, hoje mais econômicas que divisórias de madeira.
2.4.5. PREGOS
3.1. ALUMÍNIO
Emprego do Alumínio
3.2 COBRE
- Metal de cor avermelhada, muito dúctil (É a capacidade que alguns materiais possuem de se
deformarem antes da ruptura, quando sujeito a tensões muito elevadas) e maleável, embora
duro, pode ser reduzido a lâminas e fios extremamente finos;
- Ponto de fusão entre 1.050 e 1.200 ºC, densidade relativa entre 8,6 e 8,96, rompimento à
tração entre 20 e 40 kgf/mm²;
- Apresenta grande condutibilidade térmica e elétrica.
Emprego do Cobre
3.3. ZINCO
- Metal cinza-azulado, ponto de fusão 400-420 ºC, densidade relativa entre 7 e 7,2, resistência
à tração 16 kgf/mm², possui baixa resistência elétrica;
- Em pouco tempo de exposição cobre-se de uma camada de óxido, que o protege, mas é
muito atacável pelos ácidos (quando usado em calhas ou telhas deve apresentar caimento
uniforme, para não permitir acumulo de águas que possam trazer acidez).
Emprego do Zinco
- É utilizado principalmente sob a forma de chapas lisas ou onduladas, para coberturas ou
revestimentos, em calhas e condutores de fluidos (líquidos e gases);
- É empregado também como composto em tintas e em ligas.
3.4. LATÃO
Emprego do latão
São tubos cerâmicos de barro, cozidos em fornos, com adição de sal para vitrificação.
Empregados especialmente em canalizações de esgotos e águas pluviais, podem ser utilizados
também na confecção de chaminés de fogões à lenha.
Tem em uma das extremidades um alargamento ou bolsas e na outra uma série de
ranhuras que facilitam a aderência de argamassa. Peças especiais são usadas para derivação
e mudança de direção, tais como curvas, tês, ipsilon, cruzeta e sifões.
O diâmetro interno varia de 3” a 6”.
São qualidades requeridas: impermeabilização, diâmetro uniforme e som cheio
denotando ausência de trincas.
O PVC ou cloreto de polivinila em forma de tubos sanitários tem largo emprego nas
construções em geral, devido a uma série de características tais como resistência, flexibilidade,
durabilidade e economia. Suas paredes lisas e o menor número de junções nas linhas
dificultam o entupimento e as incrustações. Sua espessura pequena (3,00 mm) e a facilidade
de união com cola (junta-soldada) permitem grande rendimento da mão-de-obra. Normalmente
são encontrados nas bitolas de 40, 50, 75 e 100 mm.
Uma grande variedade de materiais de conexão é encontrada, tal como bolsas, luvas,
cotovelo, curvas, junção simples 450, junção dupla, tês, cruzetas, além de ralos simples e
sifonados e tubos de descargas.
Toda linha pode ser consultada em catálogos de empresas especializadas.
Para instalações de água fria na zona rural são usados tubos PVC classe 12 (6 kg/cm2
ou 60 m.c.a.) com diâmetro de 20 a 110 mm.
Para prédios ou tubos submetidos a pressões de 7,5 kg /cm 2 recomenda-se a série A.
Sob encomenda são fornecidos tubos de classe 20 (10 kg/cm2 ), com comprimento de 6 m.
Existe linha completa de conexões para os tubos anteriores. Os tubos encontrados no
comércio são de dois tipos: junta soldada (cola especial), de acoplamento e rosqueáveis.
Tubos galvanizados ou de ferro- ver materiais siderúrgicos
3. LOUÇA SANITÁRIA
Nesta linha estão incluídos os aparelhos tais como vaso sanitário, bidê, lavatório e
acessórios (porta toalha, saboneteiras, papeleiras, cabides), bebedouros e mictórios. Banheiras
e tanques podem também acompanhar em louça durovitrificada. São apresentadas em
diferentes modelos e cores conforme sua origem industrial.
5. METAIS SANITÁRIOS