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AGREGADOS PARA

CONCRETO

DISCIPLINA: MATERIAIS DE
CONSTRUÇÃO
Condições Gerais
• Os agregados constituem um
componente importante no concreto,
contribuindo com cerca de 80% do
peso e 20% do custo de concreto
estrutural sem aditivos, de fck da
ordem de 15 Mpa;
• Não devem reagir perante o cimento e
ser estáveis perante os agentes que
irão entrar em contato com o concreto;
Devem ser excluídos os agregados
provenientes de rochas macias, friáveis
ou de baixa resistência a compressão,
ou que contenham pirita, gesso e
componentes ferrosos; devem ser
isentos de argila e matéria orgânica, ou
de materiais que prejudiquem sua
aderência à argamassa ou interfiram na
pega e no endurecimento.
DE MODO GERAL:
O calcário e o arenito podem ser usados
se suas resistências à compressão forem
compatíveis com a resistência desejada
para o concreto e se este não for
submetido a ambientes ácidos;
A areia de cava contém argila, que
recobre os grãos e reduz a aderência; por
isso deve-se limitar o teor de argila a 3%
Não devem existir impurezas
orgânicas, porque prejudicam o
endurecimento;
Não devem conter argila, húmus,
turfa, carvão, compostos de enxofre e
de ferro, linhitos, gesso, anidrita e
impurezas salinas;
Areia de praia, só teor de de Cloreto
de sódio for inferior a 0,08%.
CORRELAÇÃO COM AS
PROPRIEDADES DO
CONCRETO
RESISTÊNCIAS MECÂNICAS:
 À COMPRESSÃO - Os agregados
naturais e os produzidos de rochas são,
como granito, gnaisse, basalto, hematita,
barita, assim como os de escória de alto-
forno, tem resistência à compressão
muito superior à da argamassa de
concretos de composição usual.
Nos concretos de muito alta
resistência, como os que se obtêm
com cimentos de alta resistência e
adição de microsílica (fck da ordem
de 50-70 Mpa), a resistência dos
grãos do agregado pode ser
insuficiente, rompendo-se o concreto
por fratura dos grãos, mesmo com
agregado graúdo provindo de granito;
Se o agregado provém de
algumas rochas sedimentares,
como o arenito, precisará ter
resistência previamente
verificada, mesmo que se trate
de concreto comum.
TRAÇÃO E CHOQUE
Durante a betonagem, alguns dos
maiores grãos do agregado graúdo
podem receber choques, mas os
esforços geram tensões muito abaixo
das taxas de ruptura dos agregados. Na
confecção do concreto, estas
características dos agregados não
necessitam ser levadas em
consideração.
ABRASÃO
Em algumas aplicações do concreto a
resistência à abrasão é característica a
levar em conta. Em pistas de aeroportos
principalmente, em vertedouros de
barragens e em pistas rodoviárias, o
concreto sofre atrição.Sendo necessário
o emprego de agregado de alta
resistência à abrasão.
FRAGILIDADE
Esmagamento;

Mesmo as rochas mais frágeis têm


propriedade muito além das mínimas
necessárias para que os grãos não se
alterem durante o preparo e posterior
lançamento do concreto.
FORMA DOS GRÃOS
A forma dos grãos do agregado graúdo
influi na qualidade do concreto, ao lhe
alterar a trabalhabilidade; afetando, em
consequência, as condicionantes de
bombeamento, lançamento e
adensamento;
Os grãos podem classificados, segundo
a forma: cubóides, alongados e lamelares
Cubóides – o cascalho apresenta
grande porcentagem de grãos cubóides,
de forma arredondada, e superfícies
lisas;
Os agregados industrializados tem
forma de grãos que dependem da
natureza da rocha, do tipo de britador;
As britas provenientes de basalto e
produzidas em britadores de mandíbulas
possuem grande porcentagem de grãos
irregulares, alongados e lamelares. As
provenientes de calcário tem menor
porcentagem. As britas de basalto, para se
apresentarem com porcentagem de grãos
disformes da mesma ordem de grandeza
das de granito, necessitam ser processadas
em rebritadores de cone especiais ou
rebritadores de martelo.
Os grãos irregulares tem maior
superfície específica que os
cubóides e têm, ainda o
inconveniente de poderem ficar
presos entre as barras da armação
do concreto armado, o que pode
resultar os ninhos de ratos,
fenômeno altamente nocivo ao
desempenho de peças estruturais.
A alta trabalhabilidade possível com
concretos preparados com pedregulho
deve-se não só às formas
arrendondadas dos grãos, mas também
à lisura das suas superfícies;
Quando aumenta a porcentagem de
alongados e lamelares, o concreto perde
a trabalhabilidade.
Mantido invariável o traço, concretos
preparados com cascalho, brita de granito,
brita de basalto tem trabalhabilidade
decrescente.
A obtenção, nas pedreiras, de brita sem
excesso de grãos irregulares torna-se de alta
prioridade (particulamente nas graduações
mais finas como pedra 1), sobretudo se se
leva em conta que o principal mercado de
brita é o de agregado para concreto.
Por outro lado, os grãos irregulares, devido
a forma e textura superficial, apresentam
maior aderência da argamassa, resultando e
concretos de maior resistência – mantidas
inalteradas as demais condições do traço
IMPUREZAS
É quando ocorre nos agregados miúdos
a presença de impurezas tem maior efeito
no concreto. Nos agregados graúdos, as
impurezas são de natureza pulverulenta;
Fragmentos macios e friáveis presentes
no agregado são altamente perniciosos:
alterm a distribuição granulométrica e
introduzem material de alta absorção de
água, o que altera a trabalhabilidade e a
resistência do concreto.
LIMITES DE ACEITAÇÃO-NBR
7211
Torrões de argila – 1,5 %
Materiais carbonosos – concretos
aparentes -0,5%, demais concretos
– 1,0%
Materiais pulverulentos –
concretos submetidos a desgaste
superficial – 3,0%, demais
concretos – 5,0%
NBR 7220
Impurezas orgânicas – a solução,
em contato com a amostra, deve
apresentar coloração mais clara que
a solução padrão; se apresentar
coloração mais escura, a areia
deverá ser submetida aos ensaios
de qualidade, conforme NBR 7221.
RESISTÊNCIA AOS SULFATOS
Não ocorrem no Brasil as condições
climáticas que, eventualmente,
poderiam levar a estudar o agregado
sob o ponto de vista dos danos que
causariam o gelo e o degelo.
REATIVIDADE POTENCIAL
O agregado não deve apresentar condições
de uma possível reação com os álcalis do
cimento. Estes, reagindo em presença de
alguns agregados, produzem aumento de
volume, que leva a deterioração das
estruturas. Os agregados naturais contêm
sílica hidratada; certas rochas carbonosas
reagem intensamente, especialmente
calcários dolomíticos argilosos.
MASSA ESPECÍFICA
ABSOLUTA
A massa específica absoluta de agregado tem
reflexo direto na massa específica do concreto,
já que ele contribui com cerca de 80% da massa
do concreto, e dos três componentes principais,
é o único que tem densidades variáveis.
O concreto comum, executado com granito
britado, tem massa espcífica da ordem de 2400
Kg/m³, valor que pode chegar a menos de 1000
quando se usam agregados leves e a cerca de
4500, quando se usam agregados pesados.
Os concretos leves são usados
como material isolante e em
peças não estruturais;
Usam-se os concretos pesados
em blindagens biológicas
(proteção contra radiações
radiativas)
MASSA ESPECIFICA
APARENTE
O que se procura é obter um concreto
com agregado de distribuição
granulométrica que apresente o menor
índice de vazios, ou de máxima massa
específica aparente.
Tende-se portanto, a usar o agregado
de maior diâmetro compatível com a
peça a concretar.
Uma maneira de se obter um
agregado de máxima densidade
e máximo diâmetro é misturar
dois agregados graúdos, assim
será de maior compacidade, ou
de mínimos vazios (rochas de
mesma origem)
COMPACIDADE,
POROSIDADE, ÍNDICES DE
VAZIOS
Para um mesmo agregado, estas
características estão interligadas.
Exprimem relações entre volume do
agregado, volume total dos grãos e o
volume de vazios.
A compacidade, relação entre o volume
total dos grãos e o volume do agregado
(ou relação entre as densidades aparentes
e absoluta), vem a ser característica
importante no preparo do concreto.
A resistência à compressão e a
durabilidade do concreto
aumentam quando aumenta a
compacidade do agregado. Com
isto, diminui o índice de vazios
e, portanto, a quantidade de
argamassa a empregar.
GRANULOMÉTRICA
Tem influência na trabalhabilidade
do concreto fresco: alta porcentagem
de material fino exige aumento de
água de emassamento e,
consequentemente, de cimento-para o
mesmo fator água/cimento;
O diâmetro máximo do agregado
deverá ser inferior ao espaçamento
entre as barras e à distãncia delas à
parede da forma.
Denomina-se granulometria ótima a que,
para uma mesma trabalhabilidade e o
mesmo fator água/cimento, corresponde a
um mínimo consumo cimento. Verifica-se
que a granulometria ótima varia com a
proporção cimento/agregado, devendo-se
procurar empregar a menor porcentagem
de finos economicamente viável, para
conduzir a menores quantidades de água.
MÓDULO DE FINURA
Influi na definição da
quantidade de água e,
portanto, na quantidade de
cimento.
TEOR DE UMIDADE
Na dosagem do concreto é necessário
considerar o teor de umidade do
agregado miúdo que, de modo geral,
leva consigo por volta 15% do total da
água de emassamento. O teor de
umidade do agregado graúdo, exceto se
encharcado por água de chuva é
praticamente nulo em condições
normais.
ABSORÇÃO DE ÁGUA
A água absorvida pelos grãos do
agregado é função da maior ou menor
porosidade do material desses grãos.
Depois de misturado o concreto, esta
água se incorpora à de emassamento,
alterando o fator água/cimento, se não
tiver sido considerado na dosagem.
Trata-se, aqui, da porosidade do
material de que é constituído o grão
do agregado e não do agregado
INCHAMENTO
O inchamento do agregado miúdo
só terá de ser levado em conta por
ocasião da dosagem do concreto se
esta não for feita por volume dos
agregados. Este modo de dosagem
tem pouca precisão e só é aceitável
em obras de pequena
responsabilidade.
ADERÊNCIA
Os grãos de agregado de superfície
altamente rugosa apresentam maior
resistência ao descolamento da
argamassa do que os grãos de
superfície.
TEOR DE CLORETOS
 Os cloretos tem efeito deletério em
concretos destinados a estruturas
armadas (ocorrem nas areias de dunas e
de praias), mas podem ser adicionado
como acelerador de pega. O cloreto
ataca o aço das armações de modo que a
seção reta de uma barra pode crescer até
16 vezes o tamanho original, lascando o
concreto e expondo a armadura.

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