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UNIDADE III – ARGAMASSAS E PEDRAS NATURAIS DE CONSTRUÇÃO

OBJETIVOS
• Explorar as principais rochas naturais aplicáveis na construção civil, abrangendo suas dife-
rentes composições e processos geológicos de formação;
• Apresentar as definições, classificações e aplicações das principais argamassas utilizadas na
construção civil brasileira;
• Compreender as propriedades mais importantes das misturas de argamassas, as quais influ-
enciarão sua aplicação e desempenho;
• Explicar o conceito do traço de argamassa e como os futuros profissionais irão utilizá-lo em
suas obras.

PEDRAS NATURAIS DE CONSTRUÇÃO


// Classificação
A variedade de tipos de rochas existentes é resultado de diferentes combinações de minerais
e processos geológicos de formação. Assim, os minerais são substâncias naturais, sólidas, inorgâni-
cas e homogêneas, com composição química e estrutura atômica bem definidas. Os principais mine-
rais presentes nas rochas utilizadas na construção civil são:
• Quartzo: Mineral muito comum na natureza, está presente, por exemplo, em granitos,
gnaisses e quartzitos. Apresenta as cores cinza e incolor;
• Dolomita: Também é solúvel em meio ácido e está presente em mármores e calcário. Possui
cor branca;
• Feldspato: Outro mineral muito abundante na natureza. Pode ser encontrado nas cores bran-
ca, cinza, rosa e avermelhada, compõe rochas com granitos, arenitos e gnaisses e possui du-
reza elevada;
• Caulinita: Principal componente de argilas, possui baixo índice de dureza;
• Calcita: Material solúvel em meio ácido, pode ser branco ou incolor. Esse mineral está pre-
sente em mármores e calcário.

Isso posto, de acordo com os processos geológicos de formação é possível classificar as ro-
chas em três tipos: ígneas, sedimentares e metamórficas.
As rochas ígneas, também conhecidas como rochas magmáticas, são originárias da solidifi-
cação do magma. Quando formadas no interior da crosta terrestre, são nomeadas rochas ígneas in-
trusivas ou plutônicas, possuindo uma estrutura cristalina com textura de graduação grossa, que é o
caso do granito. Já as rochas formadas quando o magma é expelido por erupções vulcânicas são no-
meadas rochas ígneas extrusivas ou vulcânicas, podendo ser uma estrutura vítrea ou cristalina mas
com textura de graduação fina, como o basalto.
Já as rochas sedimentares são resultantes da consolidação de sedimentos de outras rochas
que, a partir dos processos erosivos, se desagregaram e se acumularam em regiões mais baixas do
relevo. Esses fragmentos depositados vão sendo recobertos por outros durante milhares de anos, cri-
ando uma condição de pressão e temperatura responsável pela formação de aglomerados rochosos.
De modo geral, essas rochas são formadas por camadas, que indicam diferentes sedimentos e perío-
dos em que houve depósito. Normalmente, são rochas com menor resistência mecânica quando
comparadas com outros tipos. Os arenitos e calcários são exemplos de rochas sedimentares.
As rochas metamórficas são formadas a partir de rochas preexistentes. Quando rochas íg-
neas, sedimentares ou até mesmo outras rochas metamórficas são expostas a altas temperaturas e
pressões, pode ocorrer mudanças em sua estrutura química, originando novos tipos de rochas.
Exemplos desse tipo são os mármores – originados do calcário – e o gnaisse – originado do granito.

Principais utilizações na construção civil


A definição de um tipo específico de rocha para um projeto de construção civil depende de
alguns critérios técnicos e econômicos. Assim, a análise técnica busca definir se o material atende
às propriedades exigidas para sua aplicação. Para o concreto, por exemplo, os agregados graúdos
normalmente não possuem influência direta na resistência, mesmo sendo, isoladamente, mais resis-
tentes que os outros elementos que compõem a mistura.
As características físicas do agregado graúdo (forma, tamanho, textura e porosidade) são es-
senciais para definir e manter as propriedades desejadas. Dependendo do tipo de rocha e dos proces-
sos de britagem na usina, o agregado pode possuir atributos indesejados, que afetam negativamente
as propriedades do concreto. Segundo dados do antigo Departamento Nacional de Produção Mine-
ral (DNPM), substituído em 2017 pela Agência Nacional de Mineração (ANM), os tipos de rochas
utilizados na produção brasileira são:
1. Rochas plutônicas (granito, migmatito, granodiorito, granulito, sienito, migmatito, gabro, to-
nalito, diorito);
2. Rochas vulcânicas (basalto, riolito, diabásio);
3. Rochas calcárias (calcário calcítico, calcário dolomítico, dolomito);
4. Outras rochas (arenito, quartzito, gnaisse, cascalho, serpentinito, fonolito, xisto e micaxisto).

A seguir, observe alguns exemplos das principais rochas e suas utilizações mais relevantes
na construção civil:
• Granito: é uma rocha ígnea plutônica, composta principalmente de quartzo, feldspato, mi-
cas e anfíbolas. É homogênea, isotrópica (possui as mesmas propriedades independente da
direção analisada), tem alta resistência à compressão e baixa porosidade.
Na construção civil, além de poder compor a brita, o granito é utilizado como blocos de fun-
dações, na composição de muros e calçamentos e como rocha ornamental para pisos, pare-
des, fachadas, tampos de pias, bancadas e mesas;
• Basalto: é uma rocha ígnea vulcânica que constitui-se como uma das rochas mais abundan-
tes na crosta terrestre. É rico em silicatos de magnésico e ferro e, por sua dureza e resistên-
cia a desintegração, é muito utilizado como agregados, lastros de ferrovias, pedra para cal-
çamento e outros tipos de pavimentação. Quando polido, é utilizado como rocha ornamen-
tal, principalmente em pisos;
• Calcário: rochas sedimentares constituídas predominantemente por calcita (carbonato de
cálcio) e/ou dolomita (carbonato de cálcio e magnésio). Sua principal aplicação na constru-
ção civil é na indústria cimentícia. Além disso, participa da composição do cal;
• Arenito: são rochas sedimentares constituídas principalmente de sílica e quartzo. É muito
utilizado em revestimentos de pisos e paredes;
• Mármore: é uma rocha metamórfica que possui mais de 50% de sua composição de mine-
rais carbonáticos (calcita e dolomita). Na construção civil, é predominantemente utilizado
como rochas ornamentais, sendo aplicado em pisos, paredes, tampos e outros detalhes de
acabamentos;
• Ardósia: é uma rocha metamórfica originada a partir do metamorfismo do siltito. Possui
como característica boa capacidade de isolamento térmico e alta resistência mecânica. É co-
mumente utilizada como rocha ornamental de pisos, tampos e bancadas;
• Quartzitos: são rochas metamórficas resultantes do metamorfismo dos arenitos. São consi-
deradas duras, com alta resistência ao corte e normalmente utilizadas em revestimentos de
pisos;
• Gnaisse: é uma rocha metamórfica resultante do metamorfismo de granitos ou arcóseos. Sua
composição possui quartzo, feldspato e outros minerais. É amplamente empregada na cons-
trução civil como brita e rocha ornamental.

ARGAMASSA
A argamassa é um material de construção, com propriedades de aderência e endurecimento,
produzido a partir de misturas de aglomerantes, agregado miúdo inerte e água, podendo conter ain-
da aditivos que atuam em propriedades específicas.
Há algumas formas de classificar os diferentes tipos de argamassas, sendo a mais aplicável
referente a suas funções na construção:

// Classificação
• Para construção de alvenarias:
◦ Argamassa de assentamento – elevação de alvenaria;
◦ Argamassa de fixação – encunhamento;
• Para revestimentos de paredes e tetos:
◦ Argamassa de chapisco;
◦ Argamassa de emboço;
◦ Argamassa de reboco;
◦ Argamassa para revestimento decorativo monocamada;
• Para pisos:
◦ Argamassa de contrapiso;
◦ Argamassa de alta resistência para piso;
• Para revestimentos cerâmicos – pisos e paredes:
◦ Argamassa colante;
◦ Argamassa de rejuntamento;
• Para pequenas recuperações estruturais:
◦ Argamassa de reparo.

Outra maneira de classificação é em relação aos aglomerantes presentes na mistura das arga-
massas. Nas obras, geralmente são utilizadas argamassas de cimento, cal ou mistas (cimento + cal).
Cada tipo é escolhido conforme a finalidade desejada para o material.
As argamassas de cimento, por exemplo, são utilizadas em situações nas quais a resistência é
mais significativa. São também empregadas em pisos cimentados, no qual há necessidade de resis-
tência mecânica e ao desgaste, e utilizadas como chapisco, devido a sua resistência a curto prazo. Já
as argamassas de cal são indicadas para situações nas quais trabalhabilidade e elasticidade sejam es-
senciais, como na execução de emboço e reboco, o que acaba por proporcionar um acabamento pla-
no e regular (FIORITO, 2009).
As argamassas de cimento são mais resistentes, porém mais difíceis de manusear e aplicar, o
que indica baixa trabalhabilidade. Para torná-las mais plásticas, facilitando o acabamento, a alterna-
tiva é adicionar cal na mistura. Essas são conhecidas como argamassas mistas de cimento e cal, sen-
do utilizadas nas alvenarias estruturais, nos contrapisos, nos assentamentos de revestimentos e no
emboço de paredes.
A seguir, é possível visualizar um resumo das principais propriedades influenciadas por dife-
rentes quantidades de cimento e cal nas misturas das argamassas comumente aplicadas nas obras.

Figura 6. Influência das propriedades das argamassas conforme quantidade de cimento e cal utilizados na mistura.
Aplicações
É necessário que os engenheiros conheçam as possíveis aplicações das argamassas, suas pro-
priedades e o comportamento do material interagindo com o substrato ou elemento de acabamento,
além de como especificar as misturas que atendam a tudo isso. Dessa maneira, na sequência serão
apresentadas suas principais aplicações na construção civil brasileira e as propriedades desejáveis
para os diferentes tipos de argamassas.

// Argamassa de assentamento
É utilizada para formar as juntas de assentamento na elevação de paredes e muros, utilizando
blocos ou tijolos.
As funções das juntas nas alvenarias são:
1. Unir solidamente os componentes, criando um elemento monolítico;
2. Distribuir uniformemente as tensões devido às cargas aplicadas na parede;
3. Acomodar deformações naturais a que as paredes estão sujeitas, como as de origem térmica;
4. Selar as juntas, garantindo a estanqueidade da parede.

Para essas funções serem obtidas da maneira desejada, as seguintes propriedades são essen-
ciais: trabalhabilidade; capacidade de retenção de água; capacidade de sustentar os blocos; resistên-
cia inicial adequada e potencial de aderência – estas propriedades serão exploradas futuramente.
A argamassa deverá preencher as reentrâncias dos blocos ou tijolos, possibilitando a união
dos diferentes elementos. Essa interação ocorre devido à sucção, por parte dos blocos, da argamas-
sa, a qual contém os produtos de hidratação do cimento.
Durante a elevação de uma parede de alvenaria a argamassa é colocada sobre um bloco, sen-
do absorvida por essa unidade de alvenaria inferior. Na sequência da execução, coloca-se um bloco
superior sobre a argamassa. Esta estará mais seca e, portanto, o bloco superior absorverá menos
água e produtos de hidratação do cimento que o bloco inferior.
Com o passar do tempo, ocorre a formação de cristais de etringita nas reentrâncias das uni-
dades de alvenaria, unindo o sistema. Em um ensaio de tração nesses blocos, a ruptura ocorre na in-
terface argamassa/unidade superior devido a menor aderência desta unidade (CARASEK, 2010).

// Argamassa de revestimento
É utilizada para revestir paredes e tetos, os quais normalmente recebem aplicações de acaba-
mentos, como pintura e revestimentos cerâmicos. Nas obras, os revestimentos são utilizados princi-
palmente nas seguintes camadas: chapisco, emboço, reboco e camada única.
O chapisco é uma camada de preparo da base e possui como finalidade uniformizar a super-
fície em relação a aderência e absorção, além de também contribuir com a estanqueidade da veda-
ção. É a primeira camada, aplicada diretamente sobre os blocos ou tijolos das paredes.
Já emboço é a camada de regularização, e é executada sobre o chapisco, proporcionando
uma superfície que permite receber outra camada, como reboco ou um revestimento decorativo; ao
passo que reboco é uma camada de cobrimento do emboço, na qual é dado o acabamento da arga-
massa. Sobre ela, é possível aplicar a pintura ou outro revestimento.
Por fim, na camada única utiliza-se apenas um tipo de argamassa aplicado à base e, sobre
esta, aplica-se a camada decorativa. Conhecida popularmente como “massa única” ou “reboco pau-
lista”, é atualmente o tipo de revestimento mais empregado na construção brasileira (CARASEK,
2010).
As principais funções dos revestimentos das paredes com argamassa são:
1. Proteger a alvenaria contra a ação do intemperismo, no caso de paredes externas;
2. Regularizar a superfície e possibilitar a aplicação de acabamentos decorativos;
3. Integrar o sistema de vedação, contribuindo para estanqueidade à água, isolamento térmico e
acústico, resistência ao fogo e resistência física.
As propriedades essenciais ao bom desempenho dessas argamassas são: trabalhabilidade; re-
sistência mecânica, principalmente superficial; retração; aderência; permeabilidade à água e capaci-
dade de absorver deformações (CARASEK, 2010).

// Argamassa para contrapiso


Possui a função de regularizar a superfície (uma laje ou um piso sobre terreno, por exemplo)
para receber o piso de acabamento, possibilitar desníveis entre ambientes e criar declividades para
escoamento.

Figura 10. Contrapiso de regularização e colagem de piso sobre laje. Fonte: FIORITO, 2009, p. 27.

A argamassa para esse tipo de aplicação deve possuir boa aderência e resistência mecânica
adequada, conforme as utilizações do piso.

// Argamassa colante e de rejuntamento


A argamassa colante é aplicada no assentamento de revestimentos cerâmicos, tanto no piso
como nas paredes. Possui como função fixar a peça cerâmica no substrato e auxiliar na absorção das
deformações as quais o sistema estiver sujeito. Os principais requisitos para esse material são: ade-
rência, trabalhabilidade e flexibilidade.
Em uma reforma, nem sempre é necessário o “quebra-quebra” para realizar a troca de pisos.
Com as novas tecnologias no mercado, há a opção de utilizar uma argamassa colante de piso sobre
piso, por exemplo. Essa argamassa, que possui alta capacidade de colagem, permite a instalação de
um novo revestimento cerâmico que sobrepõe o antigo.
Com isso, evita-se toda a fase de demolição – que gera muito entulho, sujeira e barulho. Ao
utilizar essa técnica, aconselha-se realizar o processo de dupla colagem das peças cerâmicas, no
qual a argamassa é aplicada tanto na base quanto na peça.
Já a argamassa de rejuntamento veda as juntas entre as peças e absorve pequenas deforma-
ções do sistema. Deve possuir baixa retração, aderência, trabalhabilidade e flexibilidade.

// Argamassa de reparo estrutural


É utilizada para pequenas reconstituições geométricas de elementos estruturais, normalmen-
te em falhas de concretagem ou reparos necessários. O principal requisito para esse material é a re-
sistência mecânica, uma vez que a argamassa substituirá um trecho de concreto da estrutura. Tam-
bém deve possuir aderência ao concreto e às armaduras originais, baixa retração, trabalhabilidade e
boa durabilidade.

Propriedades e ensaios
Como visto anteriormente, cada aplicação exige propriedades específicas das argamassas
que serão utilizadas. Lembrando que elas devem ser conhecidas pelos engenheiros, que especifica-
rão e fiscalizarão suas aplicações na obra. Isso posto, observe a seguir a descrição das propriedades
desejáveis para as argamassas, além dos principais ensaios praticados no mercado.
// Trabalhabilidade
É a propriedade, no estado fresco das argamassas, que caracteriza a facilidade com que o
material pode ser misturado, manuseado, aplicado e acabado em uma condição homogênea. Assim,
uma argamassa trabalhável não pode segregar; deve ser possível aplicá-la com facilidade, distribu-
indo-a por toda a superfície; deve preencher as reentrâncias dos substratos; e manter-se plástica du-
rante sua aplicação.
A trabalhabilidade é resultante da somatória de diversas outras propriedades, conforme evi-
dencia Carasek (2010). A primeira delas é a consistência, e diz respeito à maior ou menor facilidade
de a argamassa deformar-se sob ação de cargas.
Em uma argamassa seca, os agregados (areia) ficam em contato uns com os outros, posto
que a pasta aglomerante somente preenche os vazios entre eles. Com isso, o resultado é uma arga-
massa áspera, com uma trabalhabilidade baixa. Esse tipo de argamassa é utilizada para contrapisos,
em que o material é aplicado sobre a base e compactado, não sendo necessário um manuseio inten-
so.
Já uma argamassa muito fluida apresenta uma pasta sem firmeza, líquida. Com isso, os grãos
de agregados flutuam na pasta aglomerante, sem nenhuma coesão entre si, e a tendência é que essas
partículas se depositem no fundo devido à gravidade. Essa é uma argamassa que, de tão líquida, é
impossível de ser manuseada, e quando aplicada se espalha pela base.
Para uso em assentamentos e revestimentos, o ideal é a utilização de uma argamassa plásti-
ca, na qual uma fina camada de pasta aglomerante envolve os grãos de agregados, criando coesão
entre as partículas e mantendo-as aderidas. Isso possibilita que o material seja manuseado, aplicado
e moldado de forma adequada pelos pedreiros da obra.
O ensaio mais comum possível de ser realizado nos canteiros de obra para a determinação
das consistências das argamassas é a penetração do cone. Similar ao ensaio que determina o tempo
de pega do concreto, esse utiliza um aparelho de Vicat adaptado, que permite a leitura da penetração
de uma haste cônica na amostra de argamassa.
Já em relação à plasticidade, a argamassa tende a conservar-se deformada após a retirada
das tensões de deformação. Segundo Cascudo e Carasek, os métodos de ensaios
que impõem à argamassa uma deformação através de vibração ou choque me-
dem ao mesmo tempo a consistência e a plasticidade, como no caso do ensaio
denominado no Brasil de avaliação do índice de consistência pelo espalha-
mento do tronco de cone na mesa ABNT (flow table), prescrito pela ABNT
NBR 7215 ([s.d], p.2).

Esse ensaio é realizado com um aparelho conhecido como mesa de consistência. Normatiza-
do pela NBR 13276, o ensaio consiste em colocar uma amostra de argamassa sobre o aparelho, rea-
lizar a movimentação de subida e queda da mesa e, por fim, aferir a medição do diâmetro da amos-
tra.

Quadro 1. Resumo dos métodos para determinação de consistência e plasticidade da argamassa. Fonte: CARASEK, 2010, p. 40.
Há outros ensaios, menos comuns no mercado, para a determinação da consistência e plasti-
cidade, como o Gtec test e o Vane test.
A retenção de água é a propriedade que está associada à capacidade de a argamassa fresca
manter sua trabalhabilidade quando sofre ações que ocasionam a perda da água da mistura, o que
pode ocorrer por absorção da base ou evaporação. Assim, argamassas com cal possuem uma maior
retenção de água quando comparadas com argamassas de cimento, posto que a cal possui essa ca-
racterística. Entretanto, há aditivos retentores de água (ésteres de celulose) que potencializam essa
propriedade na mistura.
Uma argamassa que possui baixa capacidade de retenção da água pode ficar muito seca fa-
cilmente, diminuindo a trabalhabilidade da mistura. O ensaio para determinação do grau de retenção
de água é normatizado pela NBR 13277 e consiste na comparação de pesos de discos de papel-filtro
seco com os mesmos discos, mas após o contato com a amostra de argamassa.
Já coesão refere-se às forças físicas de atração existentes entre as partículas sólidas que
compõem a mistura e as ligações químicas da pasta aglomerante; ao passo que a exsudação, como
acontece no concreto, reflete a tendência que a água possui de se separar da mistura da pasta, subin-
do para superfície. Argamassas mais fluídas apresentam maior tendência à exsudação excessiva. Ao
perder água na mistura, consequentemente, a argamassa perde trabalhabilidade.
Densidade de massa é a relação entre a massa e o volume de material. Argamassas pesadas
(densidade maior que 2,30 g/cm³) possuem uma trabalhabilidade menor, enquanto que as argamas-
sas normais, de aplicações convencionais, possuem densidade entre 2,30 e 1,40 g/cm³. Argamassas
abaixo dessa densidade são conhecidas como argamassas leves, e são normalmente utilizadas para
isolamentos acústicos e/ou térmicos. Por fim, adesão inicial é a capacidade de união inicial da arga-
massa aplicada em estado fresco na base.

// Retração
O endurecimento das argamassas é acompanhado por uma diminuição de volume da pasta
aglomerante, graças à perda de água por evaporação e pelas reações de hidratação do cimento. Tal
fenômeno é conhecido como retração, sendo uma das propriedades mais significativas na fissura-
ção das argamassas, que podem acarretar em patologias. Segundo Fiorito (2009), mesmo após a se-
cagem das argamassas, com até quatro meses, é possível notar variações dimensionais.
O encunhamento das paredes de alvenaria nas obras é uma medida importante para a ligação
alvenaria-estrutura, sendo definido como o preenchimento do último trecho da parede com arga-
massa ou espuma de poliuretano. Ele deve ser realizado após certo tempo posterior à execução do
restante da alvenaria: até que a alvenaria esteja “assentada”, o que equivale ao ponto em que a arga-
massa de assentamento já secou e retraiu significativamente, ficando estável; e após a “acomoda-
ção” da estrutura de concreto que, devido ao aumento das cargas durante a evolução da obra, sofre
movimentações.
São muitas as variáveis que influenciam na retração das argamassas, e estas podem ser sepa-
radas em dois grupos: quanto à composição da mistura e quanto à condição do ambiente em que o
material estará exposto. Em relação à composição, as variáveis mais influentes são a relação água
cimento (a/c) e o volume de pasta. Já quanto à condição de exposição, há influências da umidade re-
lativa do ar, temperatura, período de cura, relação superfície/volume e atuação do vento (PEÑA,
2010).
A retração da argamassa de assentamento é uma das patologias mais comuns nas obras e
ocasiona o desplacamento de revestimentos de pisos e paredes. Para evitar esse problema, é impor-
tante aguardar que a argamassa de contrapiso, ou do emboço, atinja um grau elevado em seu proces-
so de retração antes que o revestimento seja assentado (FIORITO, 2009).

// Aderência e resistência mecânica


A aderência deriva da combinação de outras três propriedades da interface argamassa-subs-
trato: resistência de aderência à tração; resistência de aderência ao cisalhamento; e extensão de ade-
rência – razão entre a área de contato efetivo e a área total possível de ser unida (CARASEK, 2010).
A resistência à tração e ao cisalhamento são dependentes da aderência entre o elemento (blo-
co ou revestimento) e a argamassa. Essa aderência varia conforme as características do estado fres-
co das argamassas (trabalhabilidade, retenção de água, entre outros), das características superficiais
dos elementos e substrato (rugosidade, porosidade, sucção inicial, entre outros), qualidade da execu-
ção e condições climáticas.
O ensaio de determinação da resistência à aderência à tração, comumente utilizado no mer-
cado, é normatizado pela NBR 13528. Ele consiste nas seguintes etapas:
• Etapa 1: Em uma parede revestida com argamassa, realiza-se um corte do revestimento per-
pendicular ao seu plano, delimitando os corpos-de-prova que serão utilizados no teste;
• Etapa 2: Executa-se a colagem da pastilha no corpo-de-prova, a fim de possibilitar o acopla-
mento do equipamento de tração;
• Etapa 3: Emprega-se o acoplamento do equipamento de tração e execução do esforço de tra-
ção até a ruptura da amostra ensaiada;
• Etapa 4: Analisa-se a superfície de ruptura, anotando o tipo e percentual de ruptura;
• Etapa 5: Aplica-se o cálculo da resistência de aderência.

Este último é definido pela seguinte fórmula:

Onde: Ra = resistência de aderência, em MPa;


F = carga de ruptura (N);
A = área do corpo-de-prova, em m²;

Desta maneira, o engenheiro precisa entender e analisar qual tipo de ruptura ocorre e como
isso poderá afetar a aplicação da argamassa que deseja utilizar:

Figura 14. Tipos de ruptura possíveis no ensaio de resistência à tração das argamassas de revestimento. Fonte: CARASEK, 2010, p. 60.

Traços
A dosagem das argamassas é o processo que permite a determinação das proporções dos
componentes que formam a mistura conhecida como traço, no qual o profissional qualificado leva
em consideração as características dos insumos envolvidos e as especificações para utilização na
obra.
O traço dos materiais constituintes de uma argamassa (a lógica é a mesma para o concreto) é
expresso em massa ou volume, tomando-se como referência o cimento:
Traço: 1 : p : q : a/c (em massa ou em volume)
Onde: p = traço de cal (ou outro plastificante);
q = traço de areia (agregado);
a/c = relação água/cimento da mistura.
Em laboratório, é possível realizar a dosagem em massa, utilizando equipamentos adequa-
dos, o que gera resultados mais precisos e confiáveis. Já na obra, realizar a dosagem em massa é im-
praticável. Como alternativa, nas obras os materiais são medidos em volume. Logo, para uma arga-
massa mista de cimento, cal e areia com o traço 1 : 0,5 : 8, entende-se que no preparo dessa mistura
deve ser utilizado um volume de cimento para meio volume de cal para oito volumes de areia. Na
obra, é comum utilizar-se latas de 18 litros (recipiente comum de tintas) como medidas de volume.
Para o volume da areia, o teor de umidade pode interferir significativamente no volume de-
vido ao fenômeno do inchamento. Assim, é importante estar atento à umidade da areia que será uti-
lizada. Isso posto, segundo Fiorito a “NBR 7200 indica traços em volume de argamassas para reves-
timentos, informando que para a areia o teor de umidade é de 2% a 5%” (2009, p. 30).
O autor afirma ainda que devido a essas influências dos vazios nos volumes considerados, é
indispensável, na avaliação das quantidades a serem utilizadas em um traço de argamassa, analisar
os valores de massa específica e massa específica aparente para areia, cimento e cal utilizados. Nas
obras, a argamassa pode ser preparada através da mistura de cada elemento de forma individual,
sendo importante utilizar uma masseira ou, no melhor dos casos, uma betoneira, a fim de evitar con-
taminação da mistura com impurezas.
A determinação do traço é geralmente realizada de forma empírica, no qual a mistura final
deve ser avaliada em relação as propriedades que devem ser atendidas e conforme os usos planeja-
dos. No Quadro 2 há diversos traços tradicionais utilizados na construção civil brasileira:

Quadro 2. Traços tracionais utilizados na construção civil brasileira.

Uma opção disponível no mercado é a utilização de argamassa pronta. Esta é fabricada na


indústria, na qual os aglomerantes, os agregados miúdos e os aditivos são misturados a seco e ensa-
cados, sendo portanto produzida com alto grau de controle. No momento da utilização, é necessário
apenas a mistura com água, conforme indicação do fabricante.
A utilização de argamassas prontas traz grandes vantagens para os projetos, como:
• Garante um traço mais adequado para cada tipo de utilização da argamassa;
• Aumenta a agilidade na execução, uma vez que será necessário apenas misturar água no pro-
duto;
• Elimina erros de execução no processo de mistura da argamassa, diminuindo assim a neces-
sidade de fiscalização;
• Evita perda de material antes da mistura – areia e cimento armazenados individualmente;
• Economiza espaço de estoque na obra;
• Facilita a repetição de um traço com grau de confiança satisfatório.
Ainda existe uma terceira opção, que é a argamassa preparada em central. Estas são dosadas
em centrais concreteiras e fornecidas em caminhões betoneiras, estando completamente prontas
para aplicação na frente de trabalho. Adotando-se este tipo de argamassa, elimina-se a necessidade
de qualquer central de preparo e área de estocagem de materiais. Porém, seu custo é elevado, sendo
esta uma solução justificável apenas para grandes obras que aplicarão grandes quantidades de arga-
massa em um curto período de tempo.
SINTETIZANDO
Nessa unidade tivemos contato com dois assuntos muito decorrentes na construção civil: pe-
dras naturais e argamassa. Primeiramente, nos aprofundamos em relação às rochas que podem ser
utilizadas nas obras, compreendendo os minerais que fazem parte de sua composição (como quart-
zo, feldspato, calcita, entre outros) e os processos geológicos de sua formação, os quais resultam
nas rochas ígneas, sedimentares e metamórficas.
Na sequência, foram listadas as principais rochas – com destaque para aquelas utilizadas
como agregado graúdo do concreto –, algumas das suas características e suas aplicações nos proje-
tos de construção.
No restante da unidade exploramos a argamassa, um material muito versátil e essencial em
obras de acabamento. As argamassas são utilizadas para o assentamento de blocos ou tijolos na exe-
cução de paredes; como revestimento de paredes e tetos, muitas vezes compondo camadas (chapis-
co, emboço e reboco); como contrapiso; atuando como argamassa colante e de rejuntamento em re-
vestimentos cerâmicos; e para reparo estrutural.
Para todas as aplicações possíveis, é importante que o engenheiro entenda as funções da ar-
gamassa em suas combinações com os outros elementos e, com isso, avalie como as propriedades
desse material influenciarão no resultado final da execução.
As principais propriedades estudadas das argamassas são: a trabalhabilidade – que caracteri-
za a facilidade com que o material é utilizado, resultando da combinação de diversas outras proprie-
dades, como consistência, plasticidade, retenção de água, coesão, exsudação, densidade e adesão
inicial; retração; aderência; resistência à tração e resistência ao cisalhamento. Para verificação e
mensuração das propriedades, é sempre interessante ter conhecimento sobre os ensaios específicos
disponíveis.
Por fim, estudamos o conceito de traço, que é a maneira como são apresentados os compo-
nentes para o processo de dosagem de uma argamassa. É muito importante a compreensão da lógica
por trás desse termo, que é muito utilizado na construção civil.

EXERCÍCIOS
1. As rochas se formam a partir da junção de minerais, após processos geológicos de milhões de
anos. Essa formação pode ocorrer nas camadas abaixo da litosfera, compostas por magma, ou no
exterior, como as rochas formadas a partir de processos erosivos.
Considerando essas informações e o conteúdo estudado sobre rochas na construção civil, analise as
afirmativas a seguir, e assinale V para a(s) verdadeira(s) e F para a(s) falsa(s).
I. (F) Rochas plutônicas são resíduos de asteroides, que passaram pela atmosfera e se acumularam
na superfície do planeta;
II. (V) Rochas sedimentares são formadas por camadas, que se acumularam durante anos, sobre
condições de alta pressão;
III. (V) Rochas ígneas são formadas pela solidificação do magma, podendo ocorrer abaixo da litos-
fera da Terra;
IV. ( ) Rochas metamórficas são originárias de solos e compostos orgânicos, que, devido às altas
pressões as quais estão sujeitos, se solidificam.
Agora, assinale a alternativa que apresenta a sequência correta:
a) V, F, V, F;
b) F, V, V, V;
c) F, V, V, F;
d) V, F, F, V;
e) F, V, F, V.

2. Uma das mais importantes propriedades da argamassa é a trabalhabilidade, que caracteriza a faci-
lidade com que o material pode ser misturado, manuseado, aplicado e acabado. Para isso, a traba-
lhabilidade é resultante da somatória de diversas outras propriedades, como consistência, plasticida-
de, adesão e retenção de água.
Considerando essas informações e o conteúdo estudado sobre as propriedades que impactam na tra-
balhabilidade das argamassas, analise as afirmativas a seguir e assinale V para a(s) verdadeira(s) e F
para a(s) falsa(s).
I. (V) A consistência é a capacidade de a argamassa deformar-se sob ação de cargas, sendo classifi-
cada em seca e fluída;
II. ( ) Quanto maior for o tempo de mistura durante a preparação da argamassa, mais trabalhável
ela será;
III. ( ) Uma argamassa sem adesão inicial pode ser considerada uma argamassa com trabalhabilida-
de ruim;
IV. (V) Perdas de água por evaporação diminuem a trabalhabilidade da argamassa.
Agora, assinale a alternativa que apresenta a sequência correta:
a) V, V, V, F;
b) F, V, F, V;
c) V, F, V, V;
d) V, F, F, V;
e) F, V, V, F.
3. As argamassas colantes são aplicadas em revestimentos em placas, como cerâmicos, porcelana-
tos, mármore e granito. Atualmente, no Brasil, há três designações normalizadas: AC-I, AC-II e AC-
III. Porém, encontra-se, no mercado, o tipo E, que é uma argamassa colante com tempo em aberto
estendido, ou seja, com um maior intervalo de tempo para que a placa do revestimento possa ser as-
sentada sobre a pasta.
Considerando essas informações e o conteúdo estudado sobre argamassas, analise as asserções a se-
guir e a relação proposta entre elas.
I. As principais propriedades requeridas para as argamassas colantes são a secagem rápida e a resis-
tência à compressão.
Porque:
II. Essas argamassas fixam as peças cerâmicas no substrato e auxiliam na absorção das deformações
às quais o sistema possa estar sujeito.
A seguir, assinale a alternativa correta:
a) As asserções I e II são proposições verdadeiras, mas a II não é justificativa correta da I;
b) A asserção I é uma proposição verdadeira, e a II é uma proposição falsa;
c) As asserções I e II são proposições falsas;
d) As asserções I e II são proposições verdadeiras, e a II é justificativa correta da I;
e) A asserção I é uma proposição falsa, e a II é uma proposição verdadeira.

4. Paredes de alvenaria, geralmente, recebem revestimentos de argamassa, para que, depois, seja
aplicado o acabamento final, que pode ser uma pintura, uma cerâmica, uma rocha, ou outro elemen-
to ornamental. Uma composição comum para os revestimentos em argamassa é a utilização de três
camadas: chapisco, emboço e reboco.
Considerando essas informações e o conteúdo estudado sobre as argamassas de revestimento, anali-
se as afirmativas a seguir e assinale V para a(s) verdadeira(s) e F para a(s) falsa(s).
I. (V) O chapisco possui a finalidade de uniformizar a superfície para a aderência e absorção;
II. (F) Emboço é a terceira camada, responsável pelo acabamento e, por isso, deve ter uma traba-
lhabilidade elevada;
III. ( ) O reboco é a principal camada, podendo ser aplicado diretamente sobre a alvenaria;
IV. ( ) Para a execução do chapisco, uma boa opção é a utilização da argamassa de cimento.
Agora, assinale a alternativa que apresenta a sequência correta:
a) F, V, V, F;
b) V, V, V, F;
c) F, V, V, V;
d) V, F, V, V;
e) V, F, F, V.
5. Considere a seguinte situação:
Você faz parte de um projeto de construção de um edifício, e como engenheiro(a) residente da obra,
é sua função informar a equipe de pedreiros qual argamassa adequada deve ser preparada para a
execução do revestimento das paredes de alvenaria.
Considerando essas informações e o conteúdo estudado sobre traço de argamassa, pode-se afirmar
que a maneira mais adequada para passar essa informação é:
a) informar o traço dessa argamassa em massa, em relação a um kg de cimento, descrevendo os
pesos proporcionais de cal, areia e fator a/c, respectivamente;
b) informar o traço dessa argamassa em volume, descrevendo as quantidades necessárias na
mistura em ordem alfabética – areia, brita, cal e cimento;
c) informar o traço dessa argamassa em volume, em relação a uma parte de cimento, descre-
vendo as quantidades proporcionais de cal, areia, brita, respectivamente;
d) informar o traço dessa argamassa em volume, em relação a uma parte de cimento, descre-
vendo as quantidades proporcionais de cal, areia e fator a/c, respectivamente;
e) informar o traço dessa argamassa em massa, em relação a um kg de cimento, descrevendo os
pesos proporcionais de areia, cal e fator a/c, respectivamente.

6. O calcário é uma rocha muito utilizada na construção civil e sua principal aplicação ocorre na in -
dústria cimentícia, sendo uma das matérias primas na produção do cimento. Além disso, ele é o
componente-chave do aglomerante cal.
Considerando essas informações e o conteúdo estudado sobre rochas na construção civil, analise as
asserções a seguir e a relação proposta entre elas.
I. O calcário é uma rocha sedimentar, formada em camadas, que possui a característica de ser solú-
vel em meio ácido.
Porque:
II. Se trata de uma rocha constituída predominantemente por calcita (carbonato de cálcio) e/ou dolo-
mita (carbonato de cálcio e magnésio).
A seguir, assinale a alternativa correta:
a) As asserções I e II são proposições falsas;
b) As asserções I e II são proposições verdadeiras, mas a II não é justificativa correta da I;
c) A asserção I é uma proposição falsa, e a II é uma proposição verdadeira;
d) A asserção I é uma proposição verdadeira, e a II é uma proposição falsa;
e) As asserções I e II são proposições verdadeiras, e a II é justificativa correta da I.

7. Antes de iniciar a execução de uma alvenaria ou o revestimento de uma parede, é importante ana-
lisar qual é o material adequado a ser utilizado, possuindo as propriedades que gerarão um resultado
final adequado. Há três tipos de argamassas utilizadas nas obras: argamassas de cimento, de cal ou
mista.
Considerando essas informações e o conteúdo estudado sobre argamassa, analise as asserções a se-
guir e a relação proposta entre elas.
I. A argamassa mista é a mais utilizada nas obras brasileiras, pois atende a características necessá-
rias e possibilitando que seja utilizada desde a execução de estruturas até o acabamento final da
obra.
Porque:
II. Sua composição é uma proporção de dois aglomerantes, sendo o cimento o elemento que possi-
bilita maior resistência para a argamassa, e a cal aumenta a trabalhabilidade da mistura, tornando-a
mais plástica.
A seguir, assinale a alternativa correta:
a) A asserção I é uma proposição falsa, e a II é uma proposição verdadeira;
b) As asserções I e II são proposições verdadeiras, mas a II não é justificativa correta da I;
c) A asserção I é uma proposição verdadeira, e a II é uma proposição falsa;
d) As asserções I e II são proposições falsas;
e) As asserções I e II são proposições verdadeiras, e a II é justificativa correta da I.

8. O granito (do latim granum, grão, em referência à textura da rocha) é um tipo muito comum de
formação rochosa no planeta Terra. Quase sempre compacto, duro e resistente, sendo por essas qua-
lidades usado como pedra para as diversas funcionalidades na construção civil.
Considerando essas informações e o conteúdo estudado sobre rochas na construção civil, analise as
asserções a seguir e a relação proposta entre elas::
I. O granito é uma rocha homogênea, com alta resistência à compressão, baixa porosidade e iso-
trópica (possui as mesmas propriedades, independente da direção analisada);
Porque:
II. Sua formação ocorre pela solidificação do magma, após ser expelido por erupções vulcânicas.
Trata-se de uma rocha ígnea extrusiva ou vulcânica, possuindo uma estrutura vítrea, com textura de
graduação fina.
A seguir, assinale a alternativa correta:
a) A asserção I é uma proposição verdadeira, e a II é uma proposição falsa;
b) As asserções I e II são proposições falsas;
c) A asserção I é uma proposição falsa, e a II é uma proposição verdadeira;
d) As asserções I e II são proposições verdadeiras, e a II é justificativa correta da I;
e) As asserções I e II são proposições verdadeiras, mas a II não é justificativa correta da I.

9. Leia o trecho a seguir:


“Existem diferentes sistemas de argamassa projetada. Basicamente, a tecnologia é constituída por
equipamentos misturadores para o preparo da argamassa e bombas para o transporte e a aplicação
[...]. São necessários dois profissionais para sua operação e ele [o equipamento] possibilita a proje-
ção na horizontal e na vertical.”
Fonte: AECWEB. Argamassa projetada aumenta a produtividade e qualidade do revestimento. AECWEB, [s. l] [s. d]. Disponível em: <https://www.a-
ecweb.com.br/revista/materias/argamassa-projetada-aumenta-produtividade-e-qualidade-do-revestimento/12147>. Acesso em: 27 set. 2020. (Adapta-
do).
Considerando essas informações e o conteúdo estudado sobre argamassa projetada, analise as asser-
ções a seguir, e a relação proposta entre elas.
I. Além do grande aumento de produtividade, a argamassa projetada proporciona uma melhora de
qualidade na execução dos revestimentos de argamassa.
Porque:
II. A ação mecânica de projetar uma argamassa garante, com maior grau de confiabilidade, a ade-
rência do revestimento no substrato. Na maneira convencional, aplicada com colher, a tendência de
criação de vazios é maior.
A seguir, assinale a alternativa correta:
a) A asserção I é uma proposição verdadeira, e a II é uma proposição falsa;
b) As asserções I e II são proposições falsas;
c) A asserção I é uma proposição falsa, e a II é uma proposição verdadeira;
d) As asserções I e II são proposições verdadeiras, mas a II não é justificativa correta da I;
e) As asserções I e II são proposições verdadeiras, e a II é justificativa correta da I.

10. A resistência à tração e cisalhamento são dependentes da aderência entre o elemento (bloco ou
revestimento) e a argamassa, variando conforme características do estado fresco da argamassa, das
características superficiais dos elementos e substratos, qualidade da execução e condições climáti-
cas. Para garantir que as resistências à tração e cisalhamento estejam atendidas, executa-se o ensaio
de arrancamento.
Considerando essas informações e o conteúdo estudado sobre os ensaios as propriedades e ensaios
da argamassa, ordene as etapas a seguir de acordo com o ensaio de determinação da resistência à
aderência à tração normatizado pela NBR 13528:
(3) Aplicação do esforço de tração;
(4) Ruptura da amostra;
(2) Colagem da pastilha;
(1) Delimitação dos corpos-de-prova;
(5) Cálculo da resistência de aderência.
Agora, assinale a alternativa que apresenta a sequência correta:
a) 5, 3, 1, 4, 2;
b) 4, 5, 1, 2, 3;
c) 2, 3, 4, 1, 5;
d) 3, 1, 5, 4, 2;
e) 3, 4, 2, 1, 5.

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