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PROGRAMA:
UNIDADE I
1. INTRODUÇÃO
1.1 Conceitos, objetivos, importância, divisões da Geologia e suas relações com
outras ciências
1.2 Evolução da Ciência
1.3 Noções de Universo
UNIDADE II
2. A TERRA EM CONJUNTO
2.1 Forma, massa, volume e densidade da Terra
2.2 Constituição interna do globo terrestre
2.3 Gravidade e isostasia
2.4 Temperatura no interior da Terra
2.5 O tempo geológico
2.6 Crosta terrestre: limites, divisão e constituição
UNIDADE III
3. MINERAIS E ROCHAS
3.1 Principais minerais formadores de rochas
3.2 Rochas ígneas, sedimentares e metamórficas
UNIDADE IV
4. DINÂMICA EXTERNA
4.1 Intemperismo
4.2 Formação dos solos
4.3 Ação geológica dos rios
4.4 Ação geológica do mar
4.5 Ação geológica do vento
4.6 Ação geológica do gelo
UNIDADE V
5. DINÂMICA INTERNA
5.1 Magmatismo
5.2 Vulcanismo
5.3 Plutonismo
5.4 Terremotos
5.5 Epirogênese
5.6 Orogênese
UNIDADE VI
6. NOÇÕES DE ESTRATIGRAFIA
6.1 Princípios de estratigrafia
6.2 Nomenclatura estratigráfica
UNIDADE VII
7. Noções sobre construção e interpretação de perfis e mapas geológicos.
BIBLIOGRAFIA:
UNIDADE I
1. INTRODUÇÃO
1.1. Conceitos, objetivos, importância, divisões da Geologia e sua relação
com outras ciências.
Conceito: A Geologia é a ciência que visa decifrar a história geral da Terra, desde o
momento em que se formaram as primeiras rochas até os dias atuais, incluindo os fenômenos
físicos, químicos, físico-químicos e biológicos.
Importância da Geologia: sendo a ciência que estuda a Terra, a Geologia tem uma
importância vital no desenvolvimento da humanidade, pois há milhares de anos o homem já
buscava recursos naturais e matérias primas.
Divisões da Geologia:
Interna
GEOLOGIA GERAL (Dinâmica)
Externa
GEOLOGIA
GEOLOGIA HISTÓRICA
Dinâmica Interna: conjunto de fenômenos gerados pela energia interna da Terra, formando
e modificando sua composição e estrutura. Principais áreas de estudo:
Geofísica: dedica-se ao estudo dos fenômenos físicos que atuam na Terra, como os
terremotos
Dinâmica externa: conjunto de processos impulsionados pela energia solar e pela gravidade
que esculpem a superfície do globo, através da ação das águas, do gelo e do vento.
Principais áreas de estudo:
Intemperismo
Ação geológica das águas
Ação geológica do vento
Ação geológica do gelo
Atividade geológica dos organismos
Poluição de aqüíferos
Poluição de rios, lagos, mares, represas.
Erosão dos solos
Deslizamentos de encostas
Erosão de áreas lavradas
Assoreamento de rios, etc.
1.2. EVOLUÇÃO DA CIÊNCIA
TALES DE MILETO (366-548 a.C.): observou depósitos em deltas de rios (Nilo) e opinou
que a água era o agente formador da Terra.
HERÁCLITO (576-480 a.C.): acreditava que a Terra havia sido formada pelo fogo.
ARISTÓTELES (384-322 a.C.): achava que os terremotos eram produzidos por ventos
dentro da Terra, gerados pelo seu próprio calor e pelo calor solar.
HERÓDOTO (484-425a. C.): dedicou-se à dinâmica externa. "O Egito é uma dádiva do
Nilo".
PITÁGORAS (séc. IV a.C.): "a terra se converte em mar e vice-versa". Encontrou fósseis
no alto de montanhas.
XANTO DE SARDIS (500 a.C.): os fósseis seriam a prova da presença pretérita do mar em
áreas continentais.
EMPÉDOCLES (490-430 a.C.): primeiras idéias sobre seleção natural. Imaginou criaturas
bizarras. Caiu no Etna.
CAIO PLÍNIO SEGUNDO (primeiros anos da Era Cristã): publicou História Natural, cujos
cinco últimos volumes foram dedicados ao reino mineral. Morreu sufocado por gases do
Vesúvio.
A GEOLOGIA NO BRASIL:
A Origem do Universo:
Teorias naturais: O Sistema Solar teria se formado a partir de uma nebulosa ou nuvem de
gases e pó cósmico giratória, que se condensou em corpúsculos para formar os núcleos
planetários.
UNIDADE II
2. A TERRA EM CONJUNTO
Forma:
A Terra é aproximadamente um elipsóide de rotação com diâmetro equatorial de 12.756.776
metros e diâmetro polar de 12.713.824 metros, portanto a Terra é 44km mais larga na região
do equador, o que se deve ao movimento de rotação do planeta.
Massa:
A massa da Terra tem sido calculada como 6 sextilhões de toneladas (Princípio de Issac
Newton).
Volume:
Já era conhecido pelos antigos gregos: 1,08 bilhão de km3.
Densidade:
A densidade média das rochas da crosta terrestre é de 2,76 e a densidade global é de 5,527
(peso dividido pelo volume).
Ondas Primárias (P): ondas longitudinais tipo sonora, que apresentam velocidades maiores
em meios mais densos. Nos líquidos diminui significativamente de velocidade, sofrendo
refração quando entra em contato com este estado.
Ondas secundárias (S): ondas transversais. Não se propagam nos líquidos
Ondas Longas (L): de grande comprimento, se propagam na crosta terrestre
Baseando-se nos dados recolhidos das ondas nos sismógrafos, é possível separar as camadas
da Terra e inferir seus estados físicos.
Meteoritos:
São corpos metálicos ou rochosos/metálicos que caem na Terra vindos do espaço sideral.
Distingue-se três grupos:
Todos os meteoritos apresentam uma idade de 4,5 bilhões de anos. Admite-se que venham
de um cinturão de asteróides entre Marte e Júpiter. Como são rochas desconhecidas na
superfície terrestre e têm idades próximas da idade de formação da Terra, os pesquisadores
concluíram que representam provavelmente materiais que podem compor as camadas mais
internas do globo.
Profundidade em Denominação Constituição litológica Densidade Temperatura Velocidade das
km das camadas ondas P em km/s
25-90 Crosta Superior SIAL 2,7 800 5,6
(continental)
5-10 Crosta Inferior SIMA (basaltos) 3,0 1.000 6,5
(oceânica)
Descontinuidade
de Mohorovicic
400 Manto Superior Peridotitos com 3,3 2.000 8,2
Granadas
1.050 Manto Médio Peridotitos com Fe e
] sulfetos
2.900 Manto Inferior Similar a certos 5,5 13,6
meteoritos
Descontinuidade
de Wiechert-
Gutemberg
5.155 Núcleo Externo Fe-S-Ni 9-11 3.000 8,1
Líquido (suposta fonte
do campo magnético da
Terra)
6.370 Núcleo Interno Fe-Ni 12-14 Cerca de 5.000 11,2
Similar aos sideritos
Sólido
O valor da força da gravidade (g) varia de acordo com a latitude e com a altitude, pois a
Terra não é uma esfera homogênea e imóvel.
Devido à força centrífuga que tende a afastar os corpos do eixo da Terra tanto mais
próximos estejam do equador, um mesmo corpo pesa mais nos polos que no equador. Assim
1 tonelada no polo pesará 995 kg no equador. Além disso um corpo nos polos estará mais
próximo do centro da Terra.
O valor de (g) também varia com a altitude. Se aterra fosse homogêneam, a força da
gravidade seria maior nas montanhas, devido à maior massa de rocha para atrair a matéria
(Newton), mas é nos oceanos que se encontram os maiores valores de (g), pois os fundos
oceânicos são constituídos de rochas mais dendas que as encontradas nas montanhas.
Idade da Terra
Idéias místicas
Observações da velocidade de fenômenos atuais
As rochas mais antigas da Terra têm idades em torno de 4,5 bilhões de anos.
Compreende-se por Tempo Geológico o tempo decorrido desde a formação das rochas mais
antigas até os dias atuais.
3. MINERAIS E ROCHAS
Estrutura (estado cristalino): disposição regular dos átomos. Esta propriedade não é
visível.
Dureza: propriedade relativa dos minerais de riscarem ou serem riscados por um grupo de
minerais escolhidos como padrões, Escala de Mohs:
Dureza 1: talco
2: gipsita
3. calcita
4. fluorita
5. apatita
6. ortoclásio
7. quartzo
8. topázio
9. coríndon
10. diamante
Peso específico: número que indica quantas vezes um certo volume de mineral é mais
pesado do que um mesmo volume de água destilada a 4o C.
Brilho: capacidade de reflexão de luz incidente. Um mineral pode Ter brilho metálico,
vítreo, perláceo, micáceo, graxo e terroso.
Hábito: forma pela qual o mineral se apresenta na natureza. Os hábitos mais comuns são:
placoso, maciço, terroso, fibroso, granular, botrioidal, prismático, rosáceo.
As rochas que formam a crosta terrestre dividem-se em três grandes grupos, as ígneas
(magmáticas), as sedimentares e as metamórficas. Para cada grupo existe uma sistemática de
estudo e classificação específica.
Dependendo da proporção destes minerais uma rocha ígnea pode ser classificada em:
Rochas Sedimentares
Macroclásticas:
Microclastos:
Pelitos
Biogênicos: são os calcários construídos por organismos que secretam CaCO 3, como
corais e algas, que constroem recifes.
Bioacumulados: são formados por restos esqueletais, conchas e carapaças, e classificam-
se de acordo com o tamanho das partículas em:
Calciruditos: fragmentos maiores que 2mm
Calcarenitos: partículas entre o,oo62 e 2mm
Calcipelitos: partículas menores que 0,062mm
Estratificação cruzada:
Granodecescência ascendente:
Gretas de dessecação:
Fósseis:
Marcas onduladas:
Rochas Metamórficas
4. DINÂMICA EXTERNA
Nas regiões tropicais húmidas os mantos de intemperismo são mais espessos e extensos que
nas regiões de climas mais secos. Nas regiões desérticas ou geladas, quase não existem
mantos de intemperismo, o que resulta em extensas exposições de rochas.
O clima é o fator mais condicionante do tipo de intemperismo que se processa numa
determinada região. A seguir são enumerados os principais tipos de processos intempéricos:
Desintegração física:
2. ÁGUA NO MAR > EVAPORAÇÃO > CHUVAS > INFILTRAÇÃO NOS SOLOS >
ABSORÇÃO POR PLANTAS > ATMOSFERA > CHUVAS > RIOS > MARES
ÁGUAS SUBTERRÂNEAS
Conceitos importantes:
POROSIDADE: relação entre o volume dos poros e o volume total da rocha (em
percentagem).
AQUÍFERO: quando um material tem uma porosidade tal que permite uma extração
econômica da água.
a) de camada ou contato:
b) de falha:
c) de vale:
d) de fissura:
ÁGUAS SUPERFICIAIS
TOPOGRAFIA
A CONFIGURAÇÃO E VELOCIDADE REGIME PLUVIAL
DE UM RIO DEPENDE DE: LITOLOGIA DAS REGIÕES
ERODIDAS
ESTÁDIO EROSIVO DO RIO
EROSÃO FLUVIAL:
MENOR DECLIVIDADE
MENOR PODER TRANSPORTADOR
CURSO MÉDIO MENOR ATIVIDADE EROSIVA
DEPOSIÇÃO DOS FRAGMENTOS MAIORES
VALES EM FORMA DE “V” ABERTO
FORMAÇÃO DE MEANDROS
GRANDE PODER DE DEPOSIÇÃO
CURSO INFERIOR LEITOS LARGOS
TRANSPORTE DE MATERIAL FINO EM SUSPENSÃO
POR SALTOS
SEIXOS IMBRICADOS
4.5 Atividade geológica do vento
a. destrutivos
EFEITOS DO VENTO b. transportadores
c. construtivos
a. Efeitos destrutivos
CORRASÃO: erosão provocada pelo atrito das partículas transportadas pelo vento contra
as rochas.
b. Efeitos transportadores
suspensão
transporte de partículas rolamento
(dependendo do tamanho) saltos
c. Efeitos construtivos
Quando a velocidade do vento diminui, inicia-se a sedimentação dos grãos maiores e depois
dos menores, formando os chamados DEPÓSITOS EÓLICOS.
5.1 Magmatismo
CARACTERÍSTICAS DO MAGMA:
Temperatura: admite-se uma temperatura entre 800 e 900ºC para os magmas nas
grandes profundidades.
MAGMA ÁCIDO = mais rico em sílica e portanto mais viscoso ( menos fluido)
Discordantes:
SIL: corpos extensos e tabulares formados à partir de magmas poucos viscosos. Ex. sils de
diabásio e basalto.
LACÓLITO: corpos lenticulares parecidos com cogumelos formados por magmas mais
viscosos que se acumulam mais nas proximidades das câmaras magmáticas.
LOPÓLITO: forma intrusiva de grandes dimensões, lenticulares e comprimidas na parte
central, ocorrendo nos fundos de grandes dobras sinclinais.
FACÓLITO: corpos semelhantes aos anteriores que ocorrem nas partes superiores de
dobras anticlinais e lembram uma foice.
Formas discordantes:
5.5 Epirogênese
5.6 Orogênese
Os fenômenos orogenéticos resultam de forças complexas cuja energia pode vir das
correntes de convecção do manto, motivadas por diferenças térmicas. Assim, os movimentos
orogenéticos seriam originados por correntes e deslocamentos de massas que se substituem
mutuamente nas profundidades abaixo da delgada crosta terrestre. Os movimentos
continentais que resultam destes fenômenos são atualmente chamados de TECTÔNICA DE
PLACAS.
As rochas submetidas a esforços orogenéticos são caracteridadas por deformações
irreversíveis, cujas formas estruturais mais comuns são as diáclases, falhas e dobras.
Falhas: rupturas onde se observa um deslocamento das partes ao longo do plano de fratura
(plano de falha)
a. falha normal: um dos blocos desce na mesma direção do mergulho do plano de falha.
c. falha transcorrente: deslocamento horizontal dos blocos (Ex. Falha de Santo André na
Califórnia e Lineamento Paraíba)
UNIDADE VI
6. NOÇÕES DE ESTRATIGRAFIA
Parâmetros físicos:
velocidade da água, vento ou gelo
direção do agente transportador
variação do agente transportador (vento, onda, água corrente)
clima (temperatura, pluviosidade, umidade etc)
Parâmetros químicos:
composição da água
geoquímica das rochas na área de influência
Ph
Parâmetros biológicos:
associações faunísticas e/ou florísticas
características dos organismos (bioconstrutores, bioturbadores)
Existem áreas da superfície terrestre onde predominam processos erosivos e áreas onde
predominam processos deposicionais, sendo estas últimas as responsáveis pela acumulação
e preservação de sedimentos no registro geológico.
A análise ambiental de seqüências sedimentares é normalmente parte de um estudo mais
amplo que pode envolver toda uma bacia sedimentar.
O reconhecimento de ambientes de sedimentação tem importância prática na exploração de
recursos naturais associados às rochas sedimentares, tais como petróleo, carvão, calcário,
fosfato, depósitos aluvionares etc.
Fácies Sedimentares
Gressly em 1838 observou na região dos Alpes que litologias e fósseis distintos podiam ser
depositados na mesma época em porções distintas e propôs o termo fácies para designar
unidades de rochas caracterizadas por propriedades litológicas e/ou paleontológicas
similares.
Segundo Moore (1949), fácies sedimetar é uma parte restrita em área de uma determinada
unidade estratigráfica, que exibe características significativamente diferentes das outras
partes da unidade. À medida que a sedimentação prossegue, os limites faciológicos migram,
formando muitas vezes complexos arcabouços tridimensionais no interior das unidades.
De acordo com Selley, a definição de fácies abrange cinco parâmetros: geometria, litologia,
paleontologia, estruturas e padrões de paleocorrentes. Desse modo podemos Ter: fácies de
camadas vermelhas, fácies lagunar, fácies de praia, fácies de diatomáceas etc.
Dentro das fácies podemos individualizar ainda os sets, que são pacotes menores
depositados sob o mesmo regime sedimentar, por exemplo durante a migração de uma duna
para um determinado lado.
Algumas geometrias:
lobulares (deltas)
em cunhas (leques aluviais)
lineares (canais fluviais)
tabulares (depósitos de planícies de maré, lagunas)
5. 2 – Ciclos sedimentares
Quando uma unidade nova é proposta é necessário que se eleja uma Seção Tipo, que
contenha as características principais do corpo rochoso descrito. Unidades difinidas antes da
existência dos códigos geralmente não têm seção tipo. Para complementar as informações da
seção tipo, pode-se recorrer a seções complementares (de referência).
Unidades litoestratigráficas:
Grupo – unidade formal que congrega duas ou mais formações contíguas verticalmente.
Bacias Sedimentares
Uma bacia sedimentar é uma porção da crosta submetida a subsidência (afundamento) que
recebe um preenchimento lítico durante um certo intervalo de tempo. Uma antiga bacia
sedimentar pode apresentar-se atualmente sob a forma de montanha devido aos grandes
eventos tectônicos globais, que podem comprimir, por exemplo, os depósitos de um antigo
fundo oceânico.
A parte mais profunda de uma bacia sedimentar chama-se depocentro.
Transicional Deltáico
Estuarino
Lagunar
Litorâneo (intermaré)
Marinho Recifal
Nerítico (maré baixa até 180m)
Batial (180 – 1800m)
Abissal (mais de 1800 m de profundidade)