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UNIVERSIDADE FEDERAL DA PARAÍBA

CENTRO DE CIÊNCIAS EXATAS E DA NATUREZA


DEPARTAMENTO DE GEOCIÊNCIAS
DISCIPLINA: FUNDAMENTOS DE GEOLOGIA
PROFESSOR: JOSÉ AUGUSTO COSTA DE ALMEIDA

EMENTA: CONCEITO; HISTÓRICO; DIVISÃO; A TERRA EM CONJUNTO; A


LITOSFERA; DINÂMICA EXTERNA E INTERNA; TECTÔNICA E ESTRATIGRAFIA;
NOÇÕES SOBRE TECTÔNICA GLOBAL.

PROGRAMA:
UNIDADE I

1. INTRODUÇÃO
1.1 Conceitos, objetivos, importância, divisões da Geologia e suas relações com
outras ciências
1.2 Evolução da Ciência
1.3 Noções de Universo

UNIDADE II

2. A TERRA EM CONJUNTO
2.1 Forma, massa, volume e densidade da Terra
2.2 Constituição interna do globo terrestre
2.3 Gravidade e isostasia
2.4 Temperatura no interior da Terra
2.5 O tempo geológico
2.6 Crosta terrestre: limites, divisão e constituição

UNIDADE III

3. MINERAIS E ROCHAS
3.1 Principais minerais formadores de rochas
3.2 Rochas ígneas, sedimentares e metamórficas

UNIDADE IV

4. DINÂMICA EXTERNA
4.1 Intemperismo
4.2 Formação dos solos
4.3 Ação geológica dos rios
4.4 Ação geológica do mar
4.5 Ação geológica do vento
4.6 Ação geológica do gelo

UNIDADE V
5. DINÂMICA INTERNA
5.1 Magmatismo
5.2 Vulcanismo
5.3 Plutonismo
5.4 Terremotos
5.5 Epirogênese
5.6 Orogênese

UNIDADE VI

6. NOÇÕES DE ESTRATIGRAFIA
6.1 Princípios de estratigrafia
6.2 Nomenclatura estratigráfica

UNIDADE VII
7. Noções sobre construção e interpretação de perfis e mapas geológicos.

BIBLIOGRAFIA:

ALTABA, M. F. & ARRIBAS, S. M. "Atlas de Geologia" - Tradução de Fausto Luiz de


Souza Cunha. Livro Ibero Americano Ltda, Rio de Janeiro.
BLOOM, A. L. 1970 "Superfície da Terra". Tradução de Setembrino Petri. Reinhold
Ellert. Série Textos Básicos de Geociências, Editora Edgard Blücher/EDUSP.
CLARK, S. P. 1973 "Estrutura da Terra". Tradução de Jositem Hasni,
coordenação de Sérgio Estanislau. Série Textos Básicos de Geociências. Editora
Edgard Blücher/EDUSP.
EICHER, D. L. 1982 "O Tempo Geológico".Série de Textos Básicos de
Geociência, Editora Edgard Blücher, São Paulo, 172p.
HEVIA, A. M. & HEVIA, F. M. 1978 "Geologia". Editora Paraninfo, Madrid,
518p.
LEINZ, V. & AMARAL, S. E. 1989 "Geologia Geral". Cia Editora Nacional São
Paulo, 399p.
POPP, J. H. 1995 "Geologia Geral". Livros Técnicos e Ciêntíficos Edt. S. A., Rio de
Janeiro.
WYLLIE, P. J. 1976 "A Terra: Nova Geologia Global". Tradução J. Renato Araújo, Ed.
da Fundação Caloustre Gulbenkian. Lisboa.

UNIDADE I

1. INTRODUÇÃO
1.1. Conceitos, objetivos, importância, divisões da Geologia e sua relação
com outras ciências.
Conceito: A Geologia é a ciência que visa decifrar a história geral da Terra, desde o
momento em que se formaram as primeiras rochas até os dias atuais, incluindo os fenômenos
físicos, químicos, físico-químicos e biológicos.

Importância da Geologia: sendo a ciência que estuda a Terra, a Geologia tem uma
importância vital no desenvolvimento da humanidade, pois há milhares de anos o homem já
buscava recursos naturais e matérias primas.

As matérias primas: minerais metálicos e não metálicos


águas subterrâneas

Fontes de energia: combustíveis fósseis (carvão, petróleo e gás).


hidroelétrica
atômica

Divisões da Geologia:

Interna
GEOLOGIA GERAL (Dinâmica)
Externa
GEOLOGIA

GEOLOGIA HISTÓRICA

GEOLOGIA GERAL: trata da composição, estrutura e fenômenos genéticos formadores


da crosta terrestre, desde os processos que agem no interior do planeta até aqueles que
atuam em sua superfície.

Dinâmica Interna: conjunto de fenômenos gerados pela energia interna da Terra, formando
e modificando sua composição e estrutura. Principais áreas de estudo:

Petrologia Ígnea: trata da investigação do magma e das rochas resultantes, plutônicas ou


vulcânicas.

Petrologia Metamórfica: estuda a formação de rochas derivadas do metamorfismo de


rochas ígneas ou sedimentares.

Geotectônica: estuda os grandes movimentos e deformações da crosta.

Geofísica: dedica-se ao estudo dos fenômenos físicos que atuam na Terra, como os
terremotos
Dinâmica externa: conjunto de processos impulsionados pela energia solar e pela gravidade
que esculpem a superfície do globo, através da ação das águas, do gelo e do vento.
Principais áreas de estudo:

Intemperismo
Ação geológica das águas
Ação geológica do vento
Ação geológica do gelo
Atividade geológica dos organismos

As rochas resultantes da dinâmica externa são estudadas pela Sedimentologia

DINÂMICA INTERNA < > DINÂMICA EXTERNA

GEOLOGIA HISTÓRICA: estuda e data cronologicamente a evolução das modificações


estruturais, geográficas e biológicas ocorridas na história da Terra. Principais áreas de
estudo:

Estratigrafia: estuda a sequência e a cronologia dos eventos da geologia interna e externa.

Paleogeografia: tenta recompor a configuração dos continentes e dos mares do passado,


bem como a distribuição pretérita da vida e dos climas.

Paleontologia: estuda restos e vestígios de animais e plantas pré-históricos, numa tentativa


de conhecer a origem e evolução da vida no planeta.

GEOLOGIA DINÂMICA > PROCESSOS

GEOLOGIA HISTÓRICA > TEMPO DECORRIDO NOS PROCESSOS

GEOLOGIA AMBIENTAL: estudo dos problemas geológicos decorrentes da relação


entre a ação antrópica e a superfície terrestre. Área da Geologia de maior crescimento
atualmente. Exemplos de assuntos tratados:

Poluição de aqüíferos
Poluição de rios, lagos, mares, represas.
Erosão dos solos
Deslizamentos de encostas
Erosão de áreas lavradas
Assoreamento de rios, etc.
1.2. EVOLUÇÃO DA CIÊNCIA

A Geologia tem início quando os homens primitivos começaram a procurar rochas


para a confecção de instrumentos e cavernas para habitação.

TALES DE MILETO (366-548 a.C.): observou depósitos em deltas de rios (Nilo) e opinou
que a água era o agente formador da Terra.

ANAXÍMENES (480 a.C.): atribuiu a formação da Terra ao ar.

HERÁCLITO (576-480 a.C.): acreditava que a Terra havia sido formada pelo fogo.

ARISTÓTELES (384-322 a.C.): achava que os terremotos eram produzidos por ventos
dentro da Terra, gerados pelo seu próprio calor e pelo calor solar.

ANAXÍMENES: os terremotos seriam gerados pelo desabamento de grandes blocos terra


adentro.

ESTRABÃO (63 a.C. - 20 d.C.) (Geógrafo): reconheceu o Vesúvio como um vulcão


adormecido.

HERÓDOTO (484-425a. C.): dedicou-se à dinâmica externa. "O Egito é uma dádiva do
Nilo".

ARISTÓTELES: sedimentação no mar Negro. Admitiu a existência de "fósseis" no interior


das rochas. Na Era Cristã estes seriam tidos como rejeitos de tentativas da criação divina ou
formados por forças do mal ou ainda como provas do Dilúvio.

PITÁGORAS (séc. IV a.C.): "a terra se converte em mar e vice-versa". Encontrou fósseis
no alto de montanhas.

HERÓDOTO: Numulites das pirâmides do Egito eram lentilhas petrificadas.

XANTO DE SARDIS (500 a.C.): os fósseis seriam a prova da presença pretérita do mar em
áreas continentais.

EMPÉDOCLES (490-430 a.C.): primeiras idéias sobre seleção natural. Imaginou criaturas
bizarras. Caiu no Etna.

CAIO PLÍNIO SEGUNDO (primeiros anos da Era Cristã): publicou História Natural, cujos
cinco últimos volumes foram dedicados ao reino mineral. Morreu sufocado por gases do
Vesúvio.

IDADE MÉDIA: pequeno progresso da geologia

AVICENZA (979-1073): grande conhecedor da filosofia aristotélica, observou fenômenos


de erosão, orogênese,tectônica.
LEONARDO DA VINCI (1452-1519): origem correta dos fósseis; início das observações
de campo.

AGRÍCOLA (1494-1555): mineralogênese.

STENO (1631-1687): Geologia Geral e Geologia Histórica.

LEIBNIZ (1646-1716): resfriamento da crosta.

ARDUÍNIO (1714-1795): grande impulso à estratigrafia.

BUFFON (1707-1788): subdividiu a história geológica da Terra em sete grandes épocas.

CUVIER (1769-1832): paleontólogo de vertebrados; desaparecimento catastrófico de


formas de vida.

WILLIAM SMITH (1769-1839): primeiro mapa geológico; estratigrafia baseada em fósseis.

WERNER (1749-1815): orientação moderna da Geologia; responsável pelo Netunismo:


todas as rochas tinham origem num oceano de águas espessas.

HUTTON (1726-1797): Plutonismo, o magma seria o responsável pela formação das


rochas, além da água.

LYELL (1797-1875): Teoria do Atualismo.

FINAL DO SÉCULO PASSADO: publicação dos primeiros periódicos geológicos.

A GEOLOGIA NO BRASIL:

Início: fins do século XVIII (José Vieira Souto)

Transferência da corte portuguesa para o Brasil (Eschvege e Varhagen): pesquisas sobre


mineração.

Chegada dos naturalistas Pohl, Martius e Spix.

Criação da Comissão Geológica do Império: inúmeras expedições pelo interior do Brasil.

Criação dos cursos de Geologia: pesquisas sistemáticas.

1.3. NOÇÕES SOBRE UNIVERSO


O Universo é formado por milhões de Galáxias e estas por milhões de estrelas.

A Origem do Universo:

A teoria mais aceita é a de que o Universo tenha se formado a partir da ruptura e


expansão centrífuga de uma grande massa inicial, processo que ainda está em curso.

Velocidade de afastamento das Galáxias: 20.000 km/s

Idade aproximada do Universo: 5 x 109 anos.

Unidade de distância no Universo: "ano-luz" ( distância que a luz percorre em um ano à


velocidade de 300.000 km/s 9,5 x 10 Km)

Teorias sobre a origem do Sistema Solar:

Há várias hipóteses e modelos físico-matemáticos para explicar a origem do Sistema


Solar, mas nenhum deles explica satisfatoriamente o ponto de partida dos fenômenos que
ocorrem atualmente.

Teorias naturais: O Sistema Solar teria se formado a partir de uma nebulosa ou nuvem de
gases e pó cósmico giratória, que se condensou em corpúsculos para formar os núcleos
planetários.

Teorias catastróficas: supõem a origem do Sistema Solar pela aproximação de duas


estrelas, cuja atração gravitacional teria desprendido da menor uma nuvem de gases, que ao
condensar-se teria gerado os planetas.

UNIDADE II

2. A TERRA EM CONJUNTO

2.1 Forma, massa, volume e densidade da Terra

Forma:
A Terra é aproximadamente um elipsóide de rotação com diâmetro equatorial de 12.756.776
metros e diâmetro polar de 12.713.824 metros, portanto a Terra é 44km mais larga na região
do equador, o que se deve ao movimento de rotação do planeta.

Massa:
A massa da Terra tem sido calculada como 6 sextilhões de toneladas (Princípio de Issac
Newton).

Volume:
Já era conhecido pelos antigos gregos: 1,08 bilhão de km3.
Densidade:
A densidade média das rochas da crosta terrestre é de 2,76 e a densidade global é de 5,527
(peso dividido pelo volume).

2.2 Constituição interna do globo terrestre

Todas as observações a respeito da densidade e da gravidade do globo terrestre mostram


que o interior da Terra tem uma constituição e composição diferentes da superfície. Como as
porções profundas do planeta estão submetidas a altas pressões e temperaturas, os cientistas
têm que recorrer a observações indiretas (inferências) para estudá-las. Além do estudo de
rochas formadas em profundidade que chegam à superfície devido a isostasia e aos materiais
provenientes de vulcões, pose-se recorrer a dois métodos indiretos para inferências sobre
constituição e composição da Terra:

Propagação de ondas sísmicas:

Ondas sísmicas propagam-se em todas as direções, através de vibrações de naturezas


diversas, viajando com diferentes velocidades na superfície ou atravessando as profundas
camadas da Terra e voltando à superfície. Estas ondas podem ser naturais, provocadas por
abalos sísmicos ou terremotos ou artificiais, produzias especialmente para análises do
interior da Terra.

Ondas Primárias (P): ondas longitudinais tipo sonora, que apresentam velocidades maiores
em meios mais densos. Nos líquidos diminui significativamente de velocidade, sofrendo
refração quando entra em contato com este estado.
Ondas secundárias (S): ondas transversais. Não se propagam nos líquidos
Ondas Longas (L): de grande comprimento, se propagam na crosta terrestre

Baseando-se nos dados recolhidos das ondas nos sismógrafos, é possível separar as camadas
da Terra e inferir seus estados físicos.

Meteoritos:

São corpos metálicos ou rochosos/metálicos que caem na Terra vindos do espaço sideral.
Distingue-se três grupos:

Sideritos: metálicos, compostos de ferro e níquel.


Assideritos: rochosos com silicatos e ferro
Litossideritos: grupo intermediário.

Todos os meteoritos apresentam uma idade de 4,5 bilhões de anos. Admite-se que venham
de um cinturão de asteróides entre Marte e Júpiter. Como são rochas desconhecidas na
superfície terrestre e têm idades próximas da idade de formação da Terra, os pesquisadores
concluíram que representam provavelmente materiais que podem compor as camadas mais
internas do globo.
Profundidade em Denominação Constituição litológica Densidade Temperatura Velocidade das
km das camadas ondas P em km/s
25-90 Crosta Superior SIAL 2,7 800 5,6
(continental)
5-10 Crosta Inferior SIMA (basaltos) 3,0 1.000 6,5
(oceânica)
Descontinuidade
de Mohorovicic
400 Manto Superior Peridotitos com 3,3 2.000 8,2
Granadas
1.050 Manto Médio Peridotitos com Fe e
] sulfetos
2.900 Manto Inferior Similar a certos 5,5 13,6
meteoritos

Descontinuidade
de Wiechert-
Gutemberg
5.155 Núcleo Externo Fe-S-Ni 9-11 3.000 8,1
Líquido (suposta fonte
do campo magnético da
Terra)
6.370 Núcleo Interno Fe-Ni 12-14 Cerca de 5.000 11,2
Similar aos sideritos
Sólido

2.3 Gravidade e isostasia

O valor da força da gravidade (g) varia de acordo com a latitude e com a altitude, pois a
Terra não é uma esfera homogênea e imóvel.
Devido à força centrífuga que tende a afastar os corpos do eixo da Terra tanto mais
próximos estejam do equador, um mesmo corpo pesa mais nos polos que no equador. Assim
1 tonelada no polo pesará 995 kg no equador. Além disso um corpo nos polos estará mais
próximo do centro da Terra.
O valor de (g) também varia com a altitude. Se aterra fosse homogêneam, a força da
gravidade seria maior nas montanhas, devido à maior massa de rocha para atrair a matéria
(Newton), mas é nos oceanos que se encontram os maiores valores de (g), pois os fundos
oceânicos são constituídos de rochas mais dendas que as encontradas nas montanhas.

Dá-se o nome de ISOSTASIA ao estado de equilíbrio entre os blocos continetais (chamados


de sial porque contêm rochas mais ricas em sílica e alumínio) que flutuam sobre um
substrato mais denso chamado de sima (composto de rochas ricas em sílica e magnésio). Na
realidade a Terra não consegue estabelecer o estado de equlíbrio, e é exatamente esta
tentativa constante que resulta em toda a dinâmica que observamos na superfície terrestre.
A teoria isostática de Ayre é a mais aceita atualmente.

2.4. Temperatura no interior da Terra

Grau Geotérmico: quantidade de metros em profundidade na crosta terrestre necessários


para haver um aumento de 1° C. O valor médio situa-se em torno de 30 metros. Em áreas de
atividade magmática recente o grau geotérmico tende a ser menor (11 metros). Áreas
estabilizadas desde o Pré-Cambriano, apresentam grau geotérmico maior.

2.5. O Tempo Geológico

Idade da Terra
Idéias místicas
Observações da velocidade de fenômenos atuais

RADIOATIVIDADE: transmutação de elementos químicos em outros.


Meia-vida: tempo decorrido para a transmutação de metade de uma massa inicial. A meia-
vida do Urânio é de 4,6 x 109 anos

1 g de Urânio > 1 x 4,6 x 109 anos 0,5g U


0,43g Pb
0,07g He

Método Rubídio – Strôncio (Rb-Sr)

Rb87 > Sr87 meia-vida de 50 bilhões de anos

As rochas mais antigas da Terra têm idades em torno de 4,5 bilhões de anos.

Compreende-se por Tempo Geológico o tempo decorrido desde a formação das rochas mais
antigas até os dias atuais.

Coluna do Tempo Geológico

2.6 Crosta terrestre, limites, divisão e constituição

Denomina-se de crosta a parte externa e consolidada da Terra. Nos continentes a crosta é


formada por duas camadas, uma mais leve (SIAL), composta por rochas de sílica e alumínio
e outra mais pesada por baixo (SIMA), composta por rochas de sílica e magnésio. Nos
oceanos falta o sial.
UNIDADE III

3. MINERAIS E ROCHAS

Minerais: elementos ou compostos químicos de composições definidas e encontrados


naturalmente na crosta terrestre. Geralmente aparecem sob a forma sólida, exceto a água e o
mercúrio.

Rochas: agregados naturais formados por um ou mais minerais. Resultam de processos


físico-químicos e constituem a crosta terrestre.

3.1. Principais minerais formadores de rochas

Propriedades dos minerais:

Estrutura (estado cristalino): disposição regular dos átomos. Esta propriedade não é
visível.

Clivagem: propriedade dos minerais de se dividirem em planos paralelos, à semelhança de


uma bolacha sete capas. Alguns minerais não apresentam clivagem e outros têm até 3.

Dureza: propriedade relativa dos minerais de riscarem ou serem riscados por um grupo de
minerais escolhidos como padrões, Escala de Mohs:

Dureza 1: talco
2: gipsita
3. calcita
4. fluorita
5. apatita
6. ortoclásio
7. quartzo
8. topázio
9. coríndon
10. diamante

Peso específico: número que indica quantas vezes um certo volume de mineral é mais
pesado do que um mesmo volume de água destilada a 4o C.

Brilho: capacidade de reflexão de luz incidente. Um mineral pode Ter brilho metálico,
vítreo, perláceo, micáceo, graxo e terroso.

Cor: depende da absorção seletiva de luz.

Hábito: forma pela qual o mineral se apresenta na natureza. Os hábitos mais comuns são:
placoso, maciço, terroso, fibroso, granular, botrioidal, prismático, rosáceo.

Polimorfismo: alguns minerais têm a mesma composição química e estrutura molecular


diferentes, como calcita e aragonita.

Mineral Cor Dureza Brilho Hábito Clivagem Estrutur Rochas


a onde pode
ocorrer
Quartzo Incolor ou 7 Vítreo, às Maciço, Não tem Romboédrico Granitos, xistos,
branco, vezes granular, pegmatitos,
amarelado,ve gorduroso prismático gneisses
rmelho, rosa,
cinza escuro
Biotita Preta, 2,5 a 3 Micáceo, Escamoso, Perfeita, em Monoclínico Granitos,
acastanhada sedoso lamelar, folhas pegmatitos,
tabular segundo um micaxistos,
plano gneisses
Muscovita Incolor, 2 a 2,5 Micáceo, Escamoso, Perfeita Monoclínico Granitos,
esverdeada, sedoso lamelar, segundo um pegmatitos,
amarelada tabular plano, em micaxistos,
folhas gneisses
Ortoclásio Branca, 6 Vítreo Prismático, Boa Seg. Monoclínico Graníticas,
rósea, maciço, dois plans xistos,
amarela, cor granular ortogonais pegmatitos,
de carne gneisses
Blenda/esfa Castanha, 3,5 a 4 Adamantino, Boa segundo
relita amarela, resinoso três planos
preto-
aveludada
Piroxênios Preta e verde 5 a 6 Vítreo Granular Boa em Graníticas
escura prismático prismas
retangulares
Anfibólios Verde 5a6 Vítreo Granular Boa Seg. Graníticas
escura, preta prismático dois planos
opaca
Turmalina Preta, verde, 7 a 7,5 Vítreo a Cristais Ausente Trigonal Granitos,
vermelha, resinoso prismáticos pegmatitos e
azul estriados metamórficas
Plagioclásio Branca, 6 Vítreo Maciço, Seg. dois Graníticas,
amarela, granular, planos pegmatíticas,
cinza e rósea tabular oblíquos vulcânicas e
quase metamórficas
perpendicula
res
Clorita Esverdeada, 2 a 2,5 Vítreo, Tabular, Lamelar boa Monoclínico Metamórficas
vermelha micáceo lamelar,
escura, escamosa
amarela
Olivina Verde, verde 6 a 7 Vítreo Cristalino, Imperfeita Ortorrômbico Ígneas escuras e
escura granular, metamórficas
prismático,
tabular
Granada Vermelho 5,5 a 6 Vítreo Cristais Não tem Isométrico Metamórficas e
acastanhada, resinoso perfeitos ígneas
branco- arredondad
esverdeada, os
jacinto
Nefelina Incolor ou Vítreo hexagonal
leitosa
Calcita Branca, 3 Vítreo Romboédri Ótima Seg. Trigonal Sedimentares e
rósea, co, dois ou três metamórficas,
laranja, prismático, planos escarnitos
amarela, granular,
raramente fibroso,
incolor sacaroidal
Dolomita Branca, 3,5 a 4 Vítreo Romboédri Ótima Seg. Trigonal Sedimentares e
cinza, co dois ou três metamórficas,
amarelada planos veios
Hematita Preta e cinza 5,5 a 6,5 Metálico Tabular, Subconchoid Trigonal Metamórficas
escura escamoso al a irregular (itabirito) e
sedimentares
Epidoto Verde 6,5 Vítreo Maciço e Metamórficas,
amarelado granular escarnito
Pirita Amarelo 6,5 Metálico Cúbico, Sedimentares,
ouro maciço ígneas e
metamórficas

3.2. Rochas ígneas, sedimentares e metamórficas

As rochas que formam a crosta terrestre dividem-se em três grandes grupos, as ígneas
(magmáticas), as sedimentares e as metamórficas. Para cada grupo existe uma sistemática de
estudo e classificação específica.

Rochas ígneas: as rochas ígneas ou magmáticas são aquelas formadas diretamente da


cristalização do magma, sendo por isso chamadas de primárias. Esta cristalização pode dá-se
a muitos quilômetros de profundidade (Rochas Plutônicas) ou na superfície quando o
magma extravasa através de vulcões ou falhas (Rochas Efusivas).
Chama-se de composição mineralógica o conjunto de minerais que formam uma rocha
ígnea. Sua textura, que é a arquitetura e tamanho dos minerais dentro da rocha, diz respeito
às condições de formação da rocha. Estes dois parâmetros são fundamentais na classificação
da rocha.

Segundo as condições geológicas de cristalização do magma (profundidade), uma rocha


ígnea pode ser classificada em:

 INTRUSIVA (Plutônica ou Abissal)


 HIPABISSAL
 VULCÂNICA (Extrusiva ou Efusiva)

As intrusivas geralmente resultam de um resfriamento magmático lento, e por isso


apresentam as seguintes características texturais:

 apresenta séries de cristais desenvolvidos sucessivamente


 textura equigranular (cristais mais ou menos do mesmo tamanho) e fanerítica
(minerais bem formados e grandes)

As vulcânicas podem extravasar na superfície, o que provoca um resfriamento rápido. A


brusca passagem do estado líquido para o sólido não permite a boa formação dos cristais,
resultando numa textura fina vítrea.

Quando o resfriamento é rapido mas o magma já trás cristais previamente formados


(fenocristais), a textura resultante chama-se porfirítica. Os fenocristais aparecem
disseminados numa matriz afanítica (fina).
Quando ocorre desprendimento de gases durante o resfriamento, formam-se vesículas no
interior da rocha, resultando numa textura que pode lembrar queijo furado ou espuma de
colchão: textura vesicular (pedra pome).

As Hipabissais formam-se em condições quase superficiais, principalmente em diques e


“sils”. Uma textura comum é a microcristalina ou afanítica, podendo conter fenocristais.

Composição mineralógica de rochas ígneas:

Um pequeno grupo de minerais, chamados de essenciais, caracterizam as rochas ígneas:


feldspato, quartzo, anfibólio-piroxênio, olivina, muscovita, biotita e nefelina. Os demais
são chamados de acessórios.

Dependendo da proporção destes minerais uma rocha ígnea pode ser classificada em:

Leucocrática: rica em minerais claros (feldspato, quartzo, muscovita)


Melanocrática: rica em minerais escuros (> 60% de biotita, anfibólios, piroxênio, olivina)
Mesocrática: intermediária (30-60% de minerais escuros)
Rocha Textura Coloração Composição Cor Ambiente Comp.
mineralógica (proporção química
de
minerais)
Granito Equigranul Cinza-clara Quartzo, Leucocrátic Plutônica Ácida
ar fanerítica a bem feldspatos, a
ou escura, biotita,
porfirítica amarelada, anfibólios e
rósea ou piroxênios
vermelha.
Sienito Equigranul Cinza, Feldspato Leucocrátic Plutônica Sub-ácida a
ar branca, e alcalino, o neutra
tons biotita,
azulados anfibólio,
piroxênio e
nefelina
Diorito Equigranul Cinza- Plagioclasios Mesocrátic Plutônica Sub-ácida a
ar escura, sódico- a ácida
mosqueada cálcicos,
s minerais
escuros
(anfibólios e
piroxênios)
Gabro Equigranul Preta ou Piroxênios, Melanocrát Plutônica Básica
ar verde plagioclásio ica
escura cálcico
Peridotit Fanerítica Preta, Olivina, Melanocrát Plutônica Ultrabásica
o esverdeada magnetita ica
Jacupira Fanerítica Preta Piroxênios, Melanocrát Plutônica Ultrabásica
nguito magnetita ica
Tinguaít Porfirítica Verde- Feldspato, Melanocrát Vulcânica Ácida
o escura, piroxênios ica
quase preta
Riolito Porfirítica Cinza- Quartzo, Vulcânica Ácida
avermelhad feldspato
a, azulada e
às vezes
preta
Obsidia Vítrea Acinzantad Similar ao Vulcânica Subácida a
na a a preta riolito neutra
Traquito Cinza ou Feldspatos, às Leococrátic Vulcânica Sub-ácida a
e esverdeada vezes biotita, a/mesocráti neutra
fonólito anfibólios ou ca
piroxên
Andesito Cinza Feldspatos, Mesocrátic Vulcânica Sub-ácida a
escura ou anfibólios ou a neutra
verde piroxênios
escura
Basalto Microcrista Geralmente Plagioclásio Leoucocrát Vulcânica Básica
lina, vítrea preta cálcico e ica
ou piroxênios, às
porfirítica vezes olivina

Rochas Sedimentares

As rochas sedementares são formadas à partir da destruição (intemperismo) de qualquer


tipo de rocha. Os materiais resultantes desta destruição são transportados por rios, ventos,
geleiras, dando origem aos sedimentos clásticos. Os sedimentos químicos são aqueles que
precipitam diretamente das águas e os orgânicos os formados pela acumulação de matéria
orgânica. Os recifes de corais e outras construções biogênicas podem ser enquadrados na
categoria de sediemntos químicos biogênicos.
Depois de consolidados (litificados) os sediemntos transformam-se em rochas sedimentares,
que geralmente são estratificadas.

Várias são as maneiras de classificar-se uma rocha sedimentar:

 pelo ambiente deposicional


 pelo tipo de sedimentação
 pela constituição mineralógica
 pelo tamenho das partículas

Segundo o tamanho das partículas, as rochas clásticas, que resultaram do transporte e


deposição de partículas de rochas pré-hexistentes, podem ser classificadas em:

Macroclásticas:

 Psefitos (fragmentos do tamanho de seixos)


 Psamitos (fragmentos do tamenho de areia)

Microclastos:
 Pelitos

Tabela de classificação de sedimentos clásticos segundo o tamanho dos grãos:

Grupos Granulometria Nome do Nome da rocha Outras


principais (mm) sedimento sedimentar características
Psefito 256 Matacões Conglomerado Quando as
partíclulas são
angulosas:
Brecha; Quando
periclacial: Tilito
Psefito 64-256 Blocos (cascalho Conglomerado
grosso)
Psefito 4-64 Seixos (cascalho Conglomerado
fino)
Psefito 2-4 Grânulos Conglomerado
Psamito ¼-2 Areia grossa Arenito grosso Quando há
predomínio de
feldspato:
Arcósio
Psamito 1/16-1/4 Areia fina Arenito fino
Pelito 1/256-1/16 Silte Siltito Quando é
periglacial:
Varvito
Pelito 1/256 Argila Argilito Quando é
folheado:
Folhelho

Classificação das rochas carbonáticas:

Podemos dividir os calcários em:

 Biogênicos: são os calcários construídos por organismos que secretam CaCO 3, como
corais e algas, que constroem recifes.
 Bioacumulados: são formados por restos esqueletais, conchas e carapaças, e classificam-
se de acordo com o tamanho das partículas em:
Calciruditos: fragmentos maiores que 2mm
Calcarenitos: partículas entre o,oo62 e 2mm
Calcipelitos: partículas menores que 0,062mm

Rochas sedimentares químicas:

São aquelas formadas à partir de substâncias em solução iônica ou coloidal através de


processos químicos variados e que se depositam por evaporação e precipitação. Pode-se
classificar estas rochas de acordo com a composição química:
 Calcários – formados pela precipitação de carbonatos de cálcio e magnésio. Quando há
uma proporção de argila são chamados de margas e quando há predomínio de magnésio
recebem a designação de dolomitos.
 Rochas ferríferas – formados pela precipitação de hidratos férricos coloidais (ex. crostas
lateríticas).
 Rochas silicosas – depósitos de sílica criptocristalina (calcedônia) e quartzo
mocrocristalino sob a forma de sílex.
 Evaporitos – depósitos de cloreto de sódio, potássio, sulfatos, carbonatos, boratos e
outros sais resultantes de evaporação.
 Rochas orgânicas – acumulações de matéria orgânica em pântanos, planícies costeiras,
turfeiras e fundos oceânicos. A matéria orgânica de origem vegetal acumulada em
alagadiços recebe o nome de turfa, que evolui para linhito, hulha e antracito. Quando
há acumulação de matéria orgânica algálica, os sedimentos resultantes são chamados de
sapropélicos, e de sua diagênese resultam os folhelhos betuminosos e o petróleo.

Estruturas das rochas sedimentares:

De acordo com o processo de sedimentação as rochas sedimentares apresentam estruturas,


que são muito importantes na idendificação dos ambientes antigos de sedimentação:

Estratificação plano paralela:

Estratificação cruzada:

Estratificação cruzada sigmiodal:

Granodecescência ascendente:

Gretas de dessecação:

Fósseis:
Marcas onduladas:

Rochas Metamórficas

As rochas metamórficas resultam do metamorfismo de rochas mais antigas,


sedimentares, ígneas ou já metamofizadas. O metamorfismo é um conjunto de
transformações físico-químicas que ocorre quando corpos rochosos são submetidos a
pressões e temperaturas elavadas. Durante um derrame basáltico, por exemplo, as
rochas que estão em contato com a lava são “cozidas” e têm sua mineralogia e textura
transformadas. Nesta situação um calcário se transforma em mármore.
Outros metamorfismos ocorrem em grandes profundidades, principalmente em áreas
de instabilidade tectônica.
As rochas metamórficas caracterizam-se por uma eterogeneidade textural. Uma das
feições mais carcterísticas é o bandamento, uma textura em faixas escuras e claras, e a
xistosidade, onde os minerais placosos como as micas ficam orientadas em planos.

Principais rochas metamórficas:

Gneisse (textura bandada)


Xisto (textura xistosa)
Milonito (textura cataclasada)
Quartzito
Mármore
Filito
Ardósia
UNIDADE IV

4. DINÂMICA EXTERNA

Intemperismo: conjunto de processos que operam na superfície terrestre ocasionando a


decomposição das rochas, graças à ação de agentes atmosféricos e biológicos.

Manto de intemperismo (o mesmo que regolito): material resultante do intemperismo,


que corresponde a uma cobertura arenosa ou argilosa que passa gradativamente para a rocha
inalterada.

Nas regiões tropicais húmidas os mantos de intemperismo são mais espessos e extensos que
nas regiões de climas mais secos. Nas regiões desérticas ou geladas, quase não existem
mantos de intemperismo, o que resulta em extensas exposições de rochas.
O clima é o fator mais condicionante do tipo de intemperismo que se processa numa
determinada região. A seguir são enumerados os principais tipos de processos intempéricos:

Desintegração física:

Variação da temperatura: a ação do aquecimento diurno e esfriamento noturno dos


minerais das rochas expostas faz com que estas se fragmentem. Um processo muito
interessante é a esfoliação esferoidal, que é um misto de degradação física e química que
atua nos blocos de rochas, descascando-os à semelhança de cebolas e resultando em blocos
arredondados, que com o passar do tempo ficam expostos, muitas vezes formando o que se
conhece como mar de bolas. Estes blocos são comuns na região da Serra da Borborema.

4.3. AÇÃO GEOLÓGICA DAS ÁGUAS

O Ciclo das águas (alguns caminhos):

1. ÁGUA NO MAR > EVAPORAÇÃO > PRECIPITAÇÃO > CHUVAS NOS


CONTINENTES > MARES

2. ÁGUA NO MAR > EVAPORAÇÃO > CHUVAS > INFILTRAÇÃO NOS SOLOS >
ABSORÇÃO POR PLANTAS > ATMOSFERA > CHUVAS > RIOS > MARES

3. ÁGUA JUVENIL (das profundezas da crosta) > ATIVIDADES VULCÂNICAS >


ATMOSFERA > CHUVAS > RIOS > OCEANOS > DEPOSIÇÃO EM SEDIMENTOS
ABISSAIS > SUBSIDÊNCIA > MAGMA > VULCANISMO

CAMINHOS DAS ÁGUAS DEPOSITADAS SOBRE OS CONTINENTES (dependem


do clima, da morfologia do terreno da vegetação e da litologia)

ÁGUAS SUBTERRÂNEAS

ZONA DE AERAÇÃO (Subsaturada)


ÁGUA DE INFILTRAÇÃO
ZONA SATURADA

Que escoa terra


ÁGUA GRAVITATIVA adentro após a
precipitação

ZONA DE AERAÇÃO ÁGUA PELICULAR Aderida às partículas


(ÁGUA EDÁFICA OU
DO SOLO)
ÁGUA CAPILAR Retida nos interstícios
capilares

Onde todos os poros e interstícios


ZONA SATURADA estão saturados de água
A ÁGUA CONTIDA NESSA ZONA É A QUE
RECEBE A DESIGNAÇÃO DE ÁGUA SUBTERRÂNEA,
situando-se abaixo da Superície Piezométrica.

SUPERFÍCIE PIEZOMÉTRICA: superfície que separa a zona de aeração da zona


saturada = LENÇOL FREÁTICO = NÍVEL HIDROSTÁTICO. Acompanha
levemente a superfície do terreno.

VELOCIDADE DE MIGRAÇÃO DAS ÁGUAS SUBTERRÂNEAS: de alguns


centímetros a 6 metros por dia.

REGIÕES SECAS: nas regiões de climas áridos, como no Sertão do Nordeste, a


superfície piezométrica é mais profunda.

ARMAZENAMENTO DE ÁGUAS SUBTERRÂNEAS:

Conceitos importantes:

POROSIDADE: relação entre o volume dos poros e o volume total da rocha (em
percentagem).

AQUÍFERO: quando um material tem uma porosidade tal que permite uma extração
econômica da água.

ROCHAS SEDIMENTARES GROSSAS: têm grande capacidade de armazenar e


fornecer água, pois normalmente os poros são grandes e intercomunicáveis.

PERMEABILIDADE: propriedade dos sedimentos ou rochas sedimentares de


permitir a circulação da água por seus poros.

POROSIDADE MÍNIMA POROSIDADE MÁXIMA


FONTE: interseção do lençol freático pela superfície do terreno:

tipos (procure os conceitos no livro texto):

a) de camada ou contato:

b) de falha:

c) de vale:

d) de fissura:

ÁGUAS SUPERFICIAIS

Ação geológica dos rios.

 TOPOGRAFIA
A CONFIGURAÇÃO E VELOCIDADE  REGIME PLUVIAL
DE UM RIO DEPENDE DE:  LITOLOGIA DAS REGIÕES
ERODIDAS
 ESTÁDIO EROSIVO DO RIO

GRADIENTE MÉDIO DOS RIOS: 30 - 40 cm / km.

EROSÃO FLUVIAL:

- GRANDE ATIVIDADE EROSIVA


- GRANDEATIVIDADE
- TRANSPORTADORA
CURSO SUPERIOR DE UM RIO: - GRANDE QUANTIDADE DE DETRITOS
-VALES ESTREITOS EM FORMA DE V

MENOR DECLIVIDADE
MENOR PODER TRANSPORTADOR
CURSO MÉDIO MENOR ATIVIDADE EROSIVA
DEPOSIÇÃO DOS FRAGMENTOS MAIORES
VALES EM FORMA DE “V” ABERTO

FORMAÇÃO DE MEANDROS
GRANDE PODER DE DEPOSIÇÃO
CURSO INFERIOR LEITOS LARGOS
TRANSPORTE DE MATERIAL FINO EM SUSPENSÃO

JUVENIL = EXCESSO DE ENERGIA, QUE ERODE E


TRANSPORTA (CABECEIRAS)
MADURA = ENERGIA SUFICIENTE PARA
O TRANSPORTE, NÃO ERODINDO MAIS
O FUNDO DO LEITO
FASES DE UM RIO
SENIL = DEPOSIÇÃO DOS DETRITOS GROSSOS
COM ALARGAMENTO DO VALE E
FORMAÇÃO DE MEANDROS

EM SOLUÇÃO (dissolvido na água) (CO2 ; Ca++; SO4--; SiO2;


Cl; Na+, Mg2+;(Al.Fe)2O3; K+; NO3-)

EM SUSPENSÃO MECÂNICA = Partículas sólidas

COLOIDAL Hidróxidos de ferro


TRANSPORTE hidróxidos de Al
FLUVIAL argilas
sílica
colóides orgânicos
POR ARRASTAMENTO

POR SALTOS

SEDIMENTA ÇÃO FLUVIAL

DEPÓSITOS DE PIEMONTE = CONES OU


LEQUES ALUVIAIS. DIFEREM DOS
DEPÓSITOS DE TALUS POR TEREM
SOFRIDO PEQUENO TRANSPORTE
SEDIMENTOS DE CURSO PELAS ÁGUAS. ROCHA = FANGLOMERADO
SUPERIOR (rocha grossa e não estratificada, semelhante
a um tilito)

ALUVIÃO = DEPÓSITO DE SEDIMENTOS FORMADOS JÁ NOS VALES DOS


RIOS
( CONGLOMERADOS; ARENITOS E ARGILITOS)

FORMA DOS DEPÓSITOS = CAMADAS LENTICULARES E


IRREGULARES. Observa-se gradação
FLUVIAIS na granulometria da base para o topo e
horizontalmente.

RIPPLE MARKS (marcas onduladas):

ESTRUTURAS ESTRATIFICAÇÃO CRUZADA

SEIXOS IMBRICADOS
4.5 Atividade geológica do vento

VENTO: deslocamento de ar provocado por diferenças de pressões atmosféricas, no


sentido da região de maior para a de menor pressão.

a. destrutivos
EFEITOS DO VENTO b. transportadores
c. construtivos

a. Efeitos destrutivos

CORRASÃO: erosão provocada pelo atrito das partículas transportadas pelo vento contra
as rochas.

VENTIFACTO: nome que recebe um seixo exposto a ventos de várias direções.


Lembrauma pirâmide de faces de brilho fôsco.
DEFLAÇÃO: ação do vento ao soprar sobre um solo desértico, removendo os materiais
mais finos. Os materiais mais grossos que ficam recebem o nome de “reg”. Este fenômeno
ocorre sempre acima da superfície piezométrica. Quando esta encontra a superfície do
terreno formam-se os oásis.

b. Efeitos transportadores

suspensão
transporte de partículas rolamento
(dependendo do tamanho) saltos

c. Efeitos construtivos

Quando a velocidade do vento diminui, inicia-se a sedimentação dos grãos maiores e depois
dos menores, formando os chamados DEPÓSITOS EÓLICOS.

DUNA: depósito eólico de forma regular e característica formado pelo transporte de


partículas trasportadas por ventos direcionados. Podem se formar graças a obstáculos no
percurso ou não.

TIPOS MORFOLÓGICOS DE DUNAS:

a. duna longitudinal (seif)


b. barcana: duna em forma de lua crescente com as duas pontas voltadas a favor da
direção do vento
5. DINÂMICA INTERNA

5.1 Magmatismo

MAGMA: mistura complexa de substâncias em estado de fusão gerado abaixo da crosta


consolidada, principalmente em regiões vulcânicas e submetidas a esforços tectônicos. O
magma se cristaliza de acordo com leis fisico-químicas para dar origem às rochas ígneas.
Esta substância fundida tem a capacidade de movimentar-se por forças tectônicas ou por
energia própria.

VULCANISMO: atividade magmática que


atinge a superfície.
ATIVIDADES MAGMÁTICAS

PLUTONISMO: atividade magmática abaixo


do espesso teto da crosta

CARACTERÍSTICAS DO MAGMA:

Constituição: predomínio de silicatos, seguidos de óxidos e de compostos voláteis,


sendo a água o mais importante.

Temperatura: admite-se uma temperatura entre 800 e 900ºC para os magmas nas
grandes profundidades.

Viscosidade: depende essencialmente da temperatura e da composição química.

MAGMA ÁCIDO = mais rico em sílica e portanto mais viscoso ( menos fluido)

MAGMAS BÁSICOS = menor quantidade de sílica e menor viscosidade ( maior


fluidez)

ROCHAS ÍGNEAS DE ACORDO COM O TEOR DE SÍLICA (SiO2):

ÁCIDAS = > 65% de SiO2


INTERMEDIÁRIAS = entre 65 e 52 % de SiO2
BÁSICAS = entre 52 e 45% de SiO2
ULTRABÁSICAS = < 45% de SiO2
5.3 Plutonismo

Fenômenos magmáticos que ocorrem nas profundezas da crosta terrestre. Graças ao


levantamento epirogenético e à denudação os corpos formados nestas condições podem ser
estudados diretamente.

Plútons: corpos formados nas condições acima.


Rocha encaixante: rocha preexistente que encerra os plútons.

Formas das intrusões ou plútons:

CONCORDANTES = obedecem às estruturas das


encaixantes, como estratificação e xistosidade.SIL,
LACÓLITO, LOPÓLITO E FACÓLITO.
Quanto à relação
com as encaixantes
DISCORDANTES = cortam as referidas estruturas.
DIQUES, “NECKS”, APÓFICES E BATÓLITOS.

Discordantes:

SIL: corpos extensos e tabulares formados à partir de magmas poucos viscosos. Ex. sils de
diabásio e basalto.

LACÓLITO: corpos lenticulares parecidos com cogumelos formados por magmas mais
viscosos que se acumulam mais nas proximidades das câmaras magmáticas.
LOPÓLITO: forma intrusiva de grandes dimensões, lenticulares e comprimidas na parte
central, ocorrendo nos fundos de grandes dobras sinclinais.

FACÓLITO: corpos semelhantes aos anteriores que ocorrem nas partes superiores de
dobras anticlinais e lembram uma foice.

Formas discordantes:

DIQUES: massas tabulares que cortam as estruturas das encaixantes preferencialmente


aproveitando fraturas. São muito conhecidos os diques de pegmatito da região do Seridó.

NECKS: antigas chaminés de vulcões preenchidas por lavas.

APÓFICES: massas digitiformes irregulares que derivam diretamente de batólitos ou


lacólitos.
BATÓLITOS:

5.5 Epirogênese

Conceito: movimentos verticais de vastas áreas continentais sem perturbação da estrutura e


disposição das rochas que compõem os blocos afetados. São movimentos de grande
lentidão, cujas provas diretas são mais óbvias nas regiões à beira-mar.

Movimento epirogenético positivo: quando um bloco continental é soerguido, acarretando


num recuo do mar = REGRESSÃO.

Movimento epirogenético negativo: quando um bloco continental baixa, acarretando num


avanço localizado do mar = TRANSGRESSÃO.

5.6 Orogênese

Os fenômenos orogenéticos resultam de forças complexas cuja energia pode vir das
correntes de convecção do manto, motivadas por diferenças térmicas. Assim, os movimentos
orogenéticos seriam originados por correntes e deslocamentos de massas que se substituem
mutuamente nas profundidades abaixo da delgada crosta terrestre. Os movimentos
continentais que resultam destes fenômenos são atualmente chamados de TECTÔNICA DE
PLACAS.
As rochas submetidas a esforços orogenéticos são caracteridadas por deformações
irreversíveis, cujas formas estruturais mais comuns são as diáclases, falhas e dobras.

Diáclases: rupturas nas rochas provocadas por tensão ou tração.

Falhas: rupturas onde se observa um deslocamento das partes ao longo do plano de fratura
(plano de falha)

a. falha normal: um dos blocos desce na mesma direção do mergulho do plano de falha.

b. falha inversa: um dos blocos é empurrado sobre o outro.

c. falha transcorrente: deslocamento horizontal dos blocos (Ex. Falha de Santo André na
Califórnia e Lineamento Paraíba)

Dobras: curvaturas ou flexões produzidas por esforços tectônicos, por intrusões


magmáticas ou até causas atectônicas.

UNIDADE VI

6. NOÇÕES DE ESTRATIGRAFIA

Ambientes de sedimentação e fácies sedimentares


Entende-se por ambiente de sedimentação a uma determinada porção da superfície
terrestre com propriedades físicas, químicas e biológicas bem definidas e diferentes das
apresentadas pelas áreas adjacentes.

Parâmetros físicos:
 velocidade da água, vento ou gelo
 direção do agente transportador
 variação do agente transportador (vento, onda, água corrente)
 clima (temperatura, pluviosidade, umidade etc)

Parâmetros químicos:
 composição da água
 geoquímica das rochas na área de influência
 Ph

Parâmetros biológicos:
 associações faunísticas e/ou florísticas
 características dos organismos (bioconstrutores, bioturbadores)

Existem áreas da superfície terrestre onde predominam processos erosivos e áreas onde
predominam processos deposicionais, sendo estas últimas as responsáveis pela acumulação
e preservação de sedimentos no registro geológico.
A análise ambiental de seqüências sedimentares é normalmente parte de um estudo mais
amplo que pode envolver toda uma bacia sedimentar.
O reconhecimento de ambientes de sedimentação tem importância prática na exploração de
recursos naturais associados às rochas sedimentares, tais como petróleo, carvão, calcário,
fosfato, depósitos aluvionares etc.

6.1 Princípios de estratigrafia

Fácies Sedimentares

Gressly em 1838 observou na região dos Alpes que litologias e fósseis distintos podiam ser
depositados na mesma época em porções distintas e propôs o termo fácies para designar
unidades de rochas caracterizadas por propriedades litológicas e/ou paleontológicas
similares.

Segundo Moore (1949), fácies sedimetar é uma parte restrita em área de uma determinada
unidade estratigráfica, que exibe características significativamente diferentes das outras
partes da unidade. À medida que a sedimentação prossegue, os limites faciológicos migram,
formando muitas vezes complexos arcabouços tridimensionais no interior das unidades.

De acordo com Selley, a definição de fácies abrange cinco parâmetros: geometria, litologia,
paleontologia, estruturas e padrões de paleocorrentes. Desse modo podemos Ter: fácies de
camadas vermelhas, fácies lagunar, fácies de praia, fácies de diatomáceas etc.
Dentro das fácies podemos individualizar ainda os sets, que são pacotes menores
depositados sob o mesmo regime sedimentar, por exemplo durante a migração de uma duna
para um determinado lado.

A forma geométrica de uma fácies sedimentar resulta da topografia pré-deposicional, da


geomorfologia do ambiente deposicional e da história pós-deposicional. Muitas vezes
processos de erosão e tectônica deformam de tal maneira as litofácies, que a geometria não
pode mais ser usada como critério diagnóstico. A geometria das litofácies pode ser
identificada tanto em superfície, quando se dispõe de bons afloramentos, quanto em sub-
superfície através de testemunhos de sondagem.

Algumas geometrias:
 lobulares (deltas)
 em cunhas (leques aluviais)
 lineares (canais fluviais)
 tabulares (depósitos de planícies de maré, lagunas)

5. 2 – Ciclos sedimentares

Unidades estratigráficas formais:

A estratigrafia distingue as unidades de tempo (cronoestratigráficas) das unidades


materiais, de rochas, que são chamadas de unidades litoestratigráficas.
À partir da análise do preenchimento lítico de uma bacia sedimentar, pode-se observar que
existem porções de rochas com características distintas que podem ser individualizadas sob a
forma de unidades, cuja hierarquia dependerá, por exemplo, do enfoque petrográfico,
estrutural, paleontológico e geoquímico.
A definição de uma unidade litoestratigráfica deve obedecer princípios estabelecidos no
Léxico Brasileiro de Nomenclatura Estratigráfica e International Stratigrafic Guide.
Apesar destes códigos, a definição de unidades estratigráficas é um dos assuntos mais
controversos da sedimentologia/estratigrafia, estando sempre a mercê de modificações e às
vezes intermináveis discussões.

Quando uma unidade nova é proposta é necessário que se eleja uma Seção Tipo, que
contenha as características principais do corpo rochoso descrito. Unidades difinidas antes da
existência dos códigos geralmente não têm seção tipo. Para complementar as informações da
seção tipo, pode-se recorrer a seções complementares (de referência).

6.2 Nomenclatura estratigráfica

Unidades litoestratigráficas:

Formação – é a unidade fundamental. Deve ser “mapeável” em superfície ou subsuperfície e


deve Ter contatos “bem” definidos e espessura razoável.
Uma formação pode ser subdividida em Membros, como a formação litologicamente
distintos dos adjacentes. Geralmente ocorrem formações com membros que representam
variações laterais.

Camada – unidade de menor hierarquia que a formação, geralmente distinguível dentro de


um membro, podendo estender-se para outras unidades.

Grupo – unidade formal que congrega duas ou mais formações contíguas verticalmente.

Supergrupo – conjunto de dois ou mais grupos.

Unidades cronoestratigráficas são definidas pelo tempo. Sistema compreende rochas


depositadas num período geológico; Estágio compreende rochas depositadas em uma época
geológica. A marcação do tempo pode ser feita por fósseis, resultando nas unidades
bioestratigráficas (biozonas) ou em eventos magnéticos (unidades magnetoestratigráficas).

Um exemplo de unidade litoestratigráfica que tem sofrido modificações é a Formação


Barreiras, que já foi considerada Grupo Barreiras e desceu para formação e que também já
teve membros, atualmente abolidos.

Atualmente utiliza-se muito o conceito de Sequências Sedimentares (Sistemas) para


definis grandes pacotes de rochas de proporções regionais, geneticamente relacionadas, e
separados de outros pacotes por grandes eventos erosivos ou hiatos deposicionais
(inconformidades). Por exemplo um evento regional de invasão marinha (trangressão) pode
representar uma seqüência, enquanto que uma regressão pode ser outra seqüência. Além
disso seqüências podem ser englobadas em megaseqüências, como exemplificado a seguir
para a costa do Brasil:

Ponte (1994) utiliza o conceito de Seqüência, aplicando às bacias marginais brasileiras o


corresponde a seqüências de sistemas deposicionais relacionados aos sucessivos estágios
evolutivos, episódios, da evolução da margem continantal brasileira durante a abertura do
Atlântico. Ponte (op. Cit.) elevou as seqüências originais de Asmus & Ponte (1973) à
categoria de Superseqüências, subdividindo assim os estágios da evolução tectono-
sedimentar da margem continental brasileira nas seguintes mega-unidades sedimentares
genéticas:

(1)Superseqüência Continental (incluindo a Seqüência Pré-Rifte e a Seqüência Rifte) –


sedimentos lacustres, fluviais e eólicos neo-jurássicos (Pré-Rifte); arenitos, siltitos e
folhelhos lacustres, além de cunhas conglomeráticas sintectônicas depositadas sob a
forma de leques aluviais, que correspondem à seqüência eo-cretácica do Estágio Rifte.

(2)Superseqüência Transicional do Golfo (incluindo a Seqüência Evaporítica e a


Seqüência Transicional) – evaporitos associados a carbonatos, folhelhos, siltitos e
arenitos depositados em bacias isoladas do golfo proto-oceânico, em ambientes
lagunares, planícies marginais e sabkhas, depositadas no andar Alagoas na fase
Evaporítica; sedimentos depositados em praias, deltas, planícies de maré, lagunas,
sabkhas, estuários e mangues da Seqüência Transicional.

(3)Superseqüência Marinha (incluindo a Seqüência Carbonática, a Seqüência Marinha


Transgressiva e a Seqüência Marinha Regressiva) – compreende uma grande
seqüência de depósitos ao longo da costa brasileira, extremamente fossilíferos e
relativamente bem conhecidos do ponto de vista bioestratigráfico. Formam cunhas
momoclinais mergulhando para o oceano. A Seqüência Carbonática inclui sedimentos de
plataforma rasa de alta energia, interdigitados com terrígenos litorâneos, representados
principalmente por carbonatos ricos em aloquímicos (oóides, pelóides, intraclastos e
bioclastos) e calcisistitos e calcilutitos, intercalados com margas e folhelhos de mar mais
profundo, despositados em condições de mar interior. A está seqüência pertencem as
formações Jandaíra e Ponta do Mel (Bacia Potiguar), Cotinguiba e Riachuelo (Albiano-
Santoniano das bacias de Sergipe e Alagoas). A Seqüência Marinha Transgressiva
compreende folhelhos, margas e calcilutitos e calciruditos, depositados em ambientes
marinhos cada vez mais profundos, de neríticos a batiais, durante o intervalo Albiano
Superior-Maastrichtiano. A Seqüência Marinha Regressiva foi depositada no intervalo
Campaniano-Maastrichtiano-Recente. Compreende folhelhos escuros, margas, arenitos
finos, siltitos, depositados em condições que progradam de águas profundas a
plataformais e litorâneas.

Bacias Sedimentares

Uma bacia sedimentar é uma porção da crosta submetida a subsidência (afundamento) que
recebe um preenchimento lítico durante um certo intervalo de tempo. Uma antiga bacia
sedimentar pode apresentar-se atualmente sob a forma de montanha devido aos grandes
eventos tectônicos globais, que podem comprimir, por exemplo, os depósitos de um antigo
fundo oceânico.
A parte mais profunda de uma bacia sedimentar chama-se depocentro.

Três parâmetros podem ser utilizados para a classificação de bacias:


 composição e constituição do embasamento, que pode ser continental ou oceânico
 tipo de movimento tectônico que gerou a bacia (convergente, divergente, transcorrente)
 posição da bacia em relação às placas tectônicas (continental interior ou margina)

Classificação dos Ambientes de Sedimentação

Como já foi dito, um ambiente de sedimentação é uma porção da superfície com


características físicas, químicas e biológicas próprias.
Um termo que difere deste é o de Sistema Deposicional, que é empregado não para o
espaço geográfico (ambiente) mas para o pacote de rochas tridimensional, reconhecido por
critérios litológicos e designado por termos genéticos como sistema deltáico, sistema fluvial
etc. Na definição de sistemas deve-se considerar dimensões e geometrias dos pacotes e
relações entre as fácies genéticas.

Classificação dos ambientes sedimentares:


Continental terrestre Desértico
Glacial
Espélico
aquoso Fluvial
Paludal (pantanoso)
Lacustre

Transicional Deltáico
Estuarino
Lagunar
Litorâneo (intermaré)

Marinho Recifal
Nerítico (maré baixa até 180m)
Batial (180 – 1800m)
Abissal (mais de 1800 m de profundidade)

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