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UNIZAMBEZE - FEARN

DISCIPLINA DE GEOLOGIA
AMBIENTAL
INTRODUÇÃO À GEOLOGIA

O nosso conhecimento sobre a Terra baseia-se em séculos de observações, movidas


pela curiosidade nata do Homem em saber sempre mais e de ir mais além. Esta
curiosidade e ânsia de saber, levaram o Homem a enfrentar mares desconhecidos
séculos e milénios atrás, levaram ainda, mais recentemente, a aventurar-se pelo espaço
cósmico. A atracção pelo desconhecido é a característica da espécie humana, que a
distingue de todas as outras espécies animais. E é esta característica que tem levado ao
avanço das ciências e da tecnologia, que nos últimos anos tem dado passos
gigantescos. A Geologia, como ciência, tem obviamente beneficiado destes avanços.

Como se sabe, o Homem só tem acesso a uma ínfima parte do planeta, que é a
superfície terrestre. Tudo o resto está fora do alcance da vista directa. Só se pode
estudar por via indirecta, por meio de vários métodos de análise e observação: as
lavas que vêm à superfície, as ondas sísmicas que se comportam de modo diferente
consoante as rochas que atravessam, etc. Assim, a Geologia é uma ciência com uma
dose bastante grande de especulação, mas é uma especulação lógica e sã, baseada
em princípios e conceitos científicos. E como em todas as outras ciências, as teorias
evoluem, são comprovadas ou negadas, e aparecem outras teorias.

Em que medida o ser humano altera incessantemente a face da Terra? Se bem que as
nossas contribuições individuais sejam pequenas, o somatório dos milhões de seres
humanos que somos é enorme.

Influenciamos a atmosfera, os rios, os lagos e os oceanos; afectamos as taxas de erosão


dos solos e o modo como os desertos se expandem ou reduzem; cobrimos a superfície
da Terra com estradas e cidades; redistribuímos os materiais terrestres cavando-os e
transportando-os para onde os queremos usar; criamos lagos artificiais com a construção

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de diques e barragens; em suma, estamos constantemente a alterar as condições
ambientais. Nós, Humanos, tornámo-nos uma força vital na modelação do nosso
ambiente.

Há muitas questões que se podem levantar sobre as interacções humanas com o


ambiente, para as quais ainda não há respostas definitivas. Por exemplo:

 Ainda não há certeza até que grau a contínua queima de combustíveis


fósseis (carvão, gás, petróleo) e a respectiva emissão de CO2 afecta o clima
global hoje e afectará amanhã;

 Como é que a mudança climática pode influenciar a produtividade agrícola


do mundo, a distribuição dos gelos polares, ou a posição do nível do mar.

Nos últimos 50 anos ocorreram avanços revolucionários no conhecimento que temos da


nossa Terra. Nunca na história humana ocorreram avanços tão grandes e dramáticos em
tão curto espaço de tempo. A Geologia é um campo em ebulição, cheio de desafios, com
novas descobertas e novas teorias a aparecer todos os dias.
Há alguns anos atrás, a ideia de que a camada superficial da Terra se movia a uma
velocidade anual de 10 cm/ano, defendida pela teoria da tectónica de placas, não era
senão uma teoria. Hoje essa teoria já não pertence ao campo da especulação; é uma
realidade, comprovada por evidências das rochas dos fundos marinhos.

Em 1986, medições feitas através de satélites e de lasers, demonstraram que de facto


os continentes se estão a mover.

Podemos agrupar os avanços nas ciências geológicas em 3 grupos:

 O primeiro refere-se à nossa compreensão sobre o modo como a Terra


funciona; a tectónica de placas é um produto dessa compreensão. Os
avanços aconteceram com o contributo de outros estudos (aparentemente
não inter-relacionados), como a exploração dos fundos oceânicos, os
estudos sísmicos do núcleo da Terra, e medições a longo prazo da
intensidade do campo magnético terrestre.

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De facto, estes estudos estão todos correlacionados entre si. Assim, o
campo magnético terrestre surge do núcleo, e as rochas dos fundos
oceânicos são influenciadas pelo campo magnético de formas diversas.

A constatação do facto de que todos os processos terrestres, grandes ou


pequenos, interagem das formas mais diversas, forçou os geólogos a
reexaminar todas as evidências e a repensar as suas conclusões.

 O segundo avanço vem da exploração espacial, em particular das pesquisas


sistemáticas da Lua, Marte, Mercúrio, Vénus e dos satélites rochosos dos
planetas gigantes (Júpiter e Saturno). Todos os planetas, luas, asteróides e
cometas do Sistema Solar têm uma origem comum, e se bem que cada um
destes corpos celestes tenha evoluído à sua maneira, eles têm aspectos
comuns ao longo das suas histórias.

O estudo destes aspectos comuns levou à criação duma nova disciplina – a


Planetologia Comparativa – a qual ajuda a encontrar respostas a várias
questões: porque é que a Terra existe? Porque é que ela é como é? Porque é
que os outros corpos do Sistema Solar não são adequados à vida humana?
Haverá corpos no Universo que sejam adequados a esta vida? Etc., etc., etc.

 O terceiro avanço consiste no crescer da consciência do efeito da actividade


humana no meio ambiente à superfície terrestre.

Essa consciência mostrou que a análise desses efeitos se torna complexa porque os
múltiplos processos naturais actuantes à superfície da Terra interagem de maneira
muito complexa e variada.

Chegámos finalmente à conclusão de que as pessoas não são só uma das forças
menores da natureza, antes porém uma força maior. O que a Terra vai ser no futuro
depende muito de como agirmos hoje.

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Então, que é Geologia?

O termo Geologia deriva da junção das palavras gregas - (geo - Terra) e (lógos -
Ciência) - e significa literalmente Ciência da Terra.

Segundo Lapidus (1987), Geologia é o estudo da Terra em termos do seu


desenvolvimento como planeta desde a sua origem. Isto inclui a história das formas de
vida, os materiais de que é feita, os processos que afectam estes materiais e os
produtos que deles resultam.

Em várias obras se podem encontrar várias definições de Geologia mas, basicamente,


a definição anterior congrega todos os conceitos que devem constar da definição deste
termo.

A palavra Geologia foi utilizada pela primeira vez por Jean André de Luc, cientista de
origem suíça e conselheiro da Rainha Carlota de Inglaterra, e pelo químico suíço S.B.
de Saussure em 1778 (Whitten & Brooks, 1972).

Objectivos da geologia

Os objectivos da geologia podem ser sintetizados desta forma:


 Estudo das características do interior e da superfície da Terra, em várias
escalas;
 Compreensão dos processos físicos, químicos e físico-químicos que levaram o
planeta a ser tal como o observamos;
 Definição da maneira adequada (não destrutiva) de utilizar os materiais e
fenómenos geológicos como fonte de matéria-prima e energia para melhoria da
qualidade de vida da sociedade;
 Resolução de problemas ambientais causados anteriormente e estabelecimento
de critérios para evitar danos futuros ao meio ambiente, nas várias actividades
humanas;
 Valorização da relação entre o ser humano e a Natureza.

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GEOLOGIA AMBIENTAL

Ao se deparar com os problemas ambientais, é fundamental uma visão integrada e


multidisciplinar para resolvê-los, tanto de ordem científica como técnica. A Geologia
Ambiental é necessariamente interdisciplinar, envolvendo, não somente o
conhecimento de várias disciplinas geológicas, mas, também, de outras áreas, tais
como a biologia, a conservação dos solos, a meteorologia, a geografia, a química, a
legislação ambiental, a arquitectura e a engenharia, além de aspectos culturais e
socioeconómicos.

Os estudos sobre geologia ambiental têm por objectivo incentivar a aplicação de


conhecimento das ciências geológicas ao desenvolvimento de estudos e novos
métodos e tecnologias a serviço da preservação ambiental e melhoria da qualidade de
vida da população. Neste sentido, vêm sendo desenvolvidas, de forma sistemática,
linha de acção com enfoque na análise e redução de danos e perdas provocados por
desastres naturais (em especial, desertificação, escorregamentos e inundações):
avaliação de anomalias geoquímicas em sedimento de fundo, água e solo e possíveis
associações com problemas de saúde pública; e análise e remediação de impactos
ambientais promovidos pela actividade mineral por meio de subsídios à execução de
planos de recuperação de área desagradadas pela mineração.

A importância do homem como agente geológico e como modificador do ambiente é


muito significativa e vários processos geológicos, distribuição e sobrevivência de
espécies animais e vegetais, estão sendo directamente ou indirectamente afectados
por intervenção humana.

Evidentemente que a planificação e a correta gestão do território e seus recursos não


pode ser feita sem um conhecimento e uma compreensão aprofundada da constituição
e dinâmica da superfície da terra. Com esse objectivo, se desmembra a Geologia
Ambiental nas seguintes subáreas: Zoneamento Ecológico-Económico e Apoio Técnico
aos Municípios e Regiões Metropolitanas; Mineração e Meio Ambiente/Recuperação de
Áreas Degradadas; Estudos Geológico-Ambientais e Geoecoturismo; Geoquímica
Ambiental e Geologia Médica; e Cartografia para o Ordenamento Territorial e Meio
Ambiente.

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Conceitos gerais

O termo geologia ambiental apareceu pela primeira vez publicado por Hackett em
1967, num artigo relativo a planeamento e uso do meio físico e seus recursos. A partir
dessas datas os geológicos, tradicionalmente voltados para a exploração dos recursos
minerais e energéticos e ao estudo da evolução geológica, começaram a voltar sua
atenção na compreensão do funcionamento actual dos sistemas terrestres de prever
seu comportamento futuro e de prevenir e corrigir os danos e prejuízos que podem
derivar da interacção entre processos terrestres, meio ambiente e actividade humana.
(CENDRERO, A., 1990).

O ramo de Geologia Ambiental tem demonstrado um crescimento considerável nos


últimos anos no país, principalmente, devido às exigências legais cada vez mais
restritivas em relação às obras de engenharia, mineração e meio ambiente, além do
aumento dos investimentos em obras de infra-estrutura. Ela enfatiza a abordagem de
soluções não estruturais, baseadas em parâmetros ambientais, com a finalidade de
estabelecer impactos e indicadores de qualidade ambiental.

A geologia ambiental está directamente ligada à geodiversidade, definida como o


estudo da natureza abiótica (meio físico) constituída por uma variedade de ambientes,
composição, fenómenos e processos geológicos que dão origem às paisagens, rochas,
minerais, águas, fósseis, solos, clima e outros depósitos superficiais que propiciam o
desenvolvimento da vida na Terra, tendo como valores intrínsecos a cultura, o estético,
o económico, o científico, o educativo e o turístico.

Proveniente da ciência geológica, ela estuda e apresenta soluções para os problemas


que o homem passa a enfrentar ao fazer uso do solo e para os problemas advindos da
reacção do solo ao seu uso, ou seja, procura estabelecer o equilíbrio nas relações
homem-habitat geológico. Nesse panorama, a geologia ambiental enfatiza a articulação
de muitos campos distintos para um objectivo comum: Obter o máximo benefício do
sistema natural com o mínimo distúrbio no ecossistema Terra-Água, como auxiliar
naqueles estudos e decisões a fim de minimizar os impactos humanos sobre o
ambiente.

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Como é de amplo conhecimento, actualmente têm ocorrido graves acidentes
geológicos, desta forma, a prevenção e o gerenciamento de riscos se tornam
essenciais para a redução da incidência de tais processos e as consequências sociais
e económicas. O conhecimento prévio das fragilidades e potencialidades da superfície
terrestre, destacando o conhecimento das características geológicas e pedológicas, é
fundamental para subsidiar acções e tomadas de decisão para que a ocupação e o uso
da terra sejam compatíveis com a capacidade de suporte do meio .

GEOLOGIA E GEOLOGIA AMBIENTAL

A Geologia, na qual significa estudo da Terra, é uma ciência multidisciplinar, mas que é
considerada academicamente como uma ciência da área de ciências exactas. Ela tem
um campo muito vasto, necessitando de muito conhecimento em química, física,
matemática e até em zoobotânica. Dentro dela estão contidas diversas
especializações, como a Geologia Ambiental, que é a abordada nesta pesquisa. Sendo
a geologia uma ciência da terra, soa redundante colocar o termo ambiental após a
mesma. A geologia chamada ambiental se caracteriza pela interacção com outras
ciências como geografia, biologia, geomorfologia e etc. Ela fornece conhecimentos
para a base física onde ocorrem os efeitos do impacto de aumento populacional sobre
o meio ambiente, sem descuidar da parte social que envolve o meio físico.

A Geologia Ambiental é um ramo da Geologia que actualmente apresenta um grande


desenvolvimento graças às preocupações em relação ao meio ambiente e às
legislações cada vez mais exigentes e restritivas. Os estudos sobre geologia ambiental
têm por objectivo incentivar a aplicação do conhecimento das ciências geológicas no
desenvolvimento de estudos, novos métodos e tecnologias a serviço da preservação
ambiental e da melhoria da qualidade de vida da população. Nesse sentido, vêm sendo
desenvolvidas, de forma sistemática, linhas de acção com enfoque na análise e
redução de danos e perdas provocados por desastres naturais (em especial
desertificação, escorregamentos e inundações); na avaliação de anomalias
geoquímicas em sedimento de fundo, água e solo e possíveis associações com
problemas de saúde pública; e na análise e remediação de impactos ambientais

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promovidos pela actividade mineral por meio de subsídios à execução de planos de
recuperação de áreas degradadas pela mineração.

Estuda e analisa as interacções entre o ser humano e o meio físico, dando grande
ênfase para os estudos ambientais, a cartografia geológico-geotécnica (planeamento
urbano), os riscos geológicos (terremotos, deslizamentos, etc) e a disposição de
resíduos (lixo), sendo todos esses temas integrados principalmente aos processos
geológicos.

FONTE: Unesp/IGCE, 1999


Figura 1: Interação da Geologia Ambiental

Entre as definições abaixo, podemos observar que o conceito de Geologia Ambiental


sofreu poucas mudanças na sua concepção ao longo das três últimas décadas. Note
que em todos os conceitos o estudo das interacções entre o meio físico e o Homem é
enfatizado.

"Geologia Ambiental é o ramo da Ecologia que trata das relações entre o homem e seu habitat

geológico; ela se ocupa dos problemas do homem com o uso da terra - e a reacção da terra a este uso."

(FLAWN, 1970).

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"Geologia Ambiental inclui os ramos tradicionais da Geologia de Engenharia e da Geologia

Económica, ou uma pequena parte desta última, referente aos recursos minerais." (HOWARD &

REMSEN, 1978)

"A inter-relação entre o Homem e o ambiente geológico considerada em escala local e global,

sendo que o ambiente geológico inclui a topografia, o manto de cobertura de solo e de outros materiais

desagregados, o substrato rochoso, os processos naturais que modificam a paisagem e os factores que

influenciam os processos em actividade, tais como vegetação ou subsolo congelado permanentemente."

(HOWARD & REMSEN, 1978)

"Aplicação prática de princípios geológicos na solução de problemas ambientais" (COATES,

1981).

"Geologia é a ciência da terra. Geologia Ambiental é a área que estuda a relação daquela ciência

com as actividades humanas" (COATES, 1981).

"Geologia Ambiental é geologia aplicada abrangendo um amplo espectro de interacções

prováveis entre o Homem e o ambiente físico. Especificamente, é a aplicação da informação geológica

para resolver conflitos, minimizando a possibilidade de degradação ambiental, ou maximizando a

possibilidade de adequado uso do ambiente natural ou modificado". (KELLER, 1982)

"Geologia Ambiental é o domínio da geologia que aproveita os respectivos conteúdos e dados

analíticos das várias ciências da terra para a protecção e melhor aproveitamento dos recursos naturais,

de modo que a qualidade de vida da humanidade seja protegida e melhorada". (CARVALHO, 1982)

"Geologia Ambiental é o campo do conhecimento geológico que estuda as variações (melhor:

transformações) do meio físico, decorrentes da interacção entre os processos naturais e a ocupação

humana. Inclui o estudo das noções fundamentais sobre o meio físico e o equilíbrio ecológico. Abrange o

estudo de conservação e reciclagem de recursos naturais; a valorização económica das jazidas,

incluindo os parâmetros ambiental e social, como os efeitos da mineração. Engloba também o estudo da

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conservação de solos, das alterações devidas aos seus diversos usos, das voçorocas e da

desertificação". (SBG, 1983)

"A Geologia Ambiental preocupa-se essencialmente com a aplicação prática das informações

geológicas na resolução de problemas geológicos, naturalmente existentes ou artificialmente criados,

durante a ocupação e exploração do meio físico pelo Homem". (BATES & JACKSON, 1987)

"Geologia Ambiental é a ciência geológica fronteira com as ciências ambientais, cujo objectivo é

o conhecimento dos sistemas ambientais, terras e águas continentais, com vista à compreensão do meio

ambiente e, em cooperação com a geologia de engenharia e as ciências e tecnologias ambientais, ao

seu aproveitamento racional e conservação. (AYALA CARCEDO, 1988)

"A Geologia Ambiental consiste no estudo dos problemas geológicos decorrentes da relação

que existe entre o homem e a superfície terrestre.". (LEINZ & AMARAL, 1989)

"O termo Geologia Ambiental é usualmente empregado para se referir particularmente às

relações directas da Geologia com as actividades humanas [...]. Geologia Ambiental é geologia aplicada

à vida" (MONTGOMERY, 1992)

"Os processos do meio físico são aqueles que atuam na atmosfera, na hidrosfera e na litosfera.

Geologia Ambiental aborda os processos da hidrosfera e da litosfera". (PROIN/CAPES e UNESP/IGCE,

1999)

Um dos mais famosos autores da Geologia Ambiental é Edward A. Keller, que já


publicou uma considerável quantidade de textos e livros sobre o tema, seja como
títulos inéditos ou como reedição.

Desta forma, o conceito de Geologia Ambiental a ser adoptado é de Keller

(1982), qual seja: "Geologia Ambiental é geologia aplicada abrangendo um amplo espectro de

interacções prováveis entre o Homem e o ambiente físico. Especificamente, é a aplicação da informação

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geológica para resolver conflitos, minimizando a possibilidade de degradação ambiental, ou

maximizando a possibilidade de adequado uso do ambiente natural ou modificado".

O CONTEXTO DA GEOLOGIA AMBIENTAL

Os livros didácticos que tratam a Geologia Ambiental consideram-na como uma


disciplina muito ampla, com conteúdo muito semelhante ao da disciplina Geologia
Geral.

Coates (1981) entende que a Geologia Ambiental pode ser definida a partir da
integração de três ramos da Geologia, que são: a Geologia de Engenharia, a Geologia
Económica (aproveitamento dos recursos naturais) e a Geologia Geral (estudo dos
processos geológicos).

Para entendermos como a Geologia Ambiental está inserida neste contexto,


primeiramente precisamos conhecer os conceitos desses três ramos geológicos:

 A Geologia de Engenharia pode ser definida como a ciência dedicada à


investigação, estudo e solução de problemas de engenharia e meio ambiente,
decorrentes da interacção entre a Geologia e os trabalhos e actividades do
homem, bem como à previsão e desenvolvimento de medidas preventivas ou
reparadoras de acidentes geológicos.
 A Geologia Económica é definida como a geologia aplicada aos problemas
económicos, sendo o ramo que estuda as matérias-primas do reino mineral que
o homem extrai para suas necessidades e comodidades.
 A Geologia Geral é o estudo da composição, da estrutura e dos fenómenos
genéticos formadores da crosta terrestre, assim como do conjunto geral de
fenómenos que agem não somente sobre a superfície, como também em todo o
interior do nosso planeta.

Portanto, a partir da análise desses conceitos a Geologia Ambiental apresenta uma


relação bem estreita com a Geologia de Engenharia, sendo difícil delinear onde
começa uma e termina a outra.

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Já com referência à Geologia Geral e Económica, nota-se que esta relação não é tão
estreita. A relação com a Geologia Geral se dá a partir do entendimento dos processos
geológicos, sejam eles superficiais ou internos, entre eles podemos citar:
escorregamentos, erosão, terremotos, etc. Na Geologia Económica a relação é
representado pela resolução de problemas ambientais decorrentes da exploração
mineral.

Além dos ramos geológicos citados acima, a Geologia Ambiental apresenta ligações
com diversas áreas, tais como: Biologia, Ecologia, Direito, Geografia, Engenharias,
Economia, Sociologia, Medicina, entre outras.

FONTE: Coates, 1981


Figura 2: resumo das relações interdisciplinares da Geologia Ambiental.

OBJECTIVOS PRINCIPAIS

Segundo Suguio (1999) "as tarefas inerentes à Geologia Ambiental podem incluir,
desde a avaliação de riscos naturais como enchentes, deslizamentos, terremotos e

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actividades vulcânicas, na tentativa de mitigar as perdas de vidas humanas e as
danificações de propriedades; avaliação da paisagem para a ocupação planejada do
espaço com mínimo possível de impacto ambiental, até a avaliação das
potencialidades dos recursos naturais (minerais, rochas, solos e água), bem como
actuando na selecção de sítios mais adequados para deposição de rejeitos sem causar
efeitos danosos à saúde humana.”.

Neste contexto, podem-se enumerar os objectivos principais da Geologia Ambiental da


seguinte forma:

 Reconhecer e caracterizar as feições e os processos que correspondem à


contínua transformação do Planeta, considerando o Homem como um dos
principais agentes dessa transformação;
 Realizar diagnósticos geológicos das relações de causa e efeito dos processos
actuais, desencadeados no meio geológico pelas actividades humanas;
 Contribuir e participar da elaboração de instrumentos de gestão ambiental, como
os estudos de impacto ambiental e inúmeros outros.

Em complemento aos objectivos principais descritos acima, Heling (1994) e Suguio


(1999) coloca de maneira mais abrangente, que a "Geologia Ambiental deve realizar
prognósticos sobre o futuro da geosfera, com abordagens quantitativa e interdisciplinar
incluindo, além das ciências naturais, as ciências humanas (sociologia e economia),
oferecendo alternativas integradas aos tomadores-de-decisão. Para tanto, a
abordagem de um fenómeno pela Geologia Ambiental, deve levar em conta aspectos
como características gerais, abrangências temporal e espacial, além da ciclicidade,
resistência e elasticidade do fenómeno".

Suguio (1999) coloca que um dos objectivos mais importantes da Geologia Ambiental
consiste em aperfeiçoar as actividades antrópicas para que os ambientes naturais
possam suportar as comunidades humanas. Já outros autores ressaltam que a
Geologia Ambiental busca estudar os ambientes naturais para definir suas limitações,
buscando a melhor forma de uso e ocupação deste pelo Homem.

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O objectivo da geologia em relação ao meio ambiente é claramente o mesmo de outras
ciências, ou seja, encontrar soluções para a questão ambiental, no que se refere ao
objecto meio ambiente. Pode-se esboçar aquilo que, no contexto da gestão ambiental
parece constituir seu principal objectivo: a identificação e caracterização das formas
geológicas e dos processos naturais actuantes no subsistema físico, incluindo a
compreensão de suas interacções com os demais subsistemas bem como a análise e a
avaliação dos recursos minerais, hídricos e energéticos envolvidos.

As condições ambientais vigentes não resultam apenas de acções humanas, mas


reflectem também aspectos decorrentes de processos e fenómenos naturais actuantes,
entre os quais aqueles de origem puramente geológica. Tais processos podem causar
mudanças ambientais importantes sendo pouco perceptíveis ao sentido humano. Os
processos geológicos que, com frequência, tem interessado à gestão ambiental,
especialmente em razão da potencialidade que apresentam no sentido de influir
significativamente na sustentabilidade e na qualidade ambiental de um determinado
contexto associam-se especialmente ao ramo de conhecimentos da geodinâmica
externa, como a erosão hídrica, erosão eólica, movimentos de massa, escoamento de
águas superficiais, deposição de assoreamento, movimentação de águas subterrânea,
inundação, subsidências e colapsos, processos costeiros, intemperismo, sismicidade e
vibrações no solo.

Em Geologia Ambiental deve-se ter sempre presente que:

 O Homem é totalmente dependente da Terra (p. ex.: o ar que respira, a água


que bebe, o solo que utiliza para a agricultura e para edificar as suas casas, os
metais que explora para construir os seus artefactos, a energia que consome no
seu quotidiano,..);
 Utilizando os recursos terrestres o Homem torna-se parte do ciclo
geológico(p.ex.: quando procede a movimentações de materiais, quando altera
os produtos naturais, quando modifica os ciclos biogeoquímicos naturais, ...)

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 A modificação do funcionamento natural dos sistemas pode ter aspectos
positivos mas, com frequência, tem aspectos negativos (sobre a qualidade de
vida, a saúde, os ecossistemas, etc.)
 O deficiente conhecimento do funcionamento dos sistemas naturais pode
conduzir à indução de impactes negativos de grande magnitude.

O que devemos saber na nossa interacção com a Terra?

Devemos ter consciência plena de que:

 Viajamos através do espaço numa nave espacial natural chamada Terra, da qual
estamos completamente dependentes;
 Os sistemas de sobrevivência (purificação de ar e de água, controlo de
temperatura, sistema de estabilização, etc.) na nave espacial Terra funcionam
adequadamente, mas têm capacidade limitada de regeneração / purificação dos
produtos;
 A nave espacial Terra tem classes diferenciadas: na Europa, viajamos em 1ª
classe; todavia, a esmagadora maioria dos "passageiros" viaja em 2ª e 3ª
classes.

Efectivamente, se o planeta Terra fosse reduzido a uma pequena aldeia de


exactamente 100 habitantes, mantendo as proporções existentes actualmente,
verificar-se-ia que:

 6 pessoas possuiriam 59% da riqueza total da aldeia


e 80 viveriam em condições sub-humanas;
 70 não saberiam ler e 50 sofreriam de desnutrição;
 Só 1 (sim, só 1) teria educação universitária;
 Apenas uma pessoa possuiria um computador;

Devemos ter sempre presente que:

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 Não temos acesso directo aos engenheiros que construíram a nave espacial
chamada Terra;
 Que o nosso conhecimento do funcionamento da Terra é ainda bastante
deficiente;
 Que sempre que nela efectuamos modificações interferimos no seu
funcionamento (e, nalguns casos, essas modificações podem mesmo alterar os
"sistemas de sobrevivência");
 Que, devido ao nosso limitado conhecimento do seu funcionamento, devemos
utilizar SEMPRE o Princípio da Precaução.

FUNDAMENTOS BÁSICOS

MEIO AMBIENTE

"Conjunto de condições, leis, influências e interacções de ordem física, química e biológica, que
permite, abriga e rege a vida em todas as suas formas"

"Determinado espaço onde ocorre a interacção dos componentes bióticos (fauna e flora),
abióticos (água, rocha e ar) e biótico-abiótico (solo). Em decorrência da acção humana, caracteriza-se
também o componente cultural" (ABNT, 1989).

Meio físico
(ar, água, solo/rocha)

MEIO AMBIENTE
NATURAL
MEIO Meio biológico
AMBIENTE (fauna e flora)

Meio Socioeconômico MEIO AMBIENTE


(atividades antrópicas) CULTURAL OU
ANTRÓPICO

Figura 4: Subdivisão do meio ambiente

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SISTEMA TERRA

Sistema é definido como conjunto de elementos que interagem entre si, realizando
trocas e influenciando-se uns aos outros.

Também pode-se definir como um conjunto de elementos que se relacionam entre si,
que estão organizados em função de um objectivo e que estão delimitados por uma
fronteira, a qual permite a troca matéria e/ou energia entre o interior e o exterior do
mesmo.
Assim sendo, o Planeta Terra é um sistema, sendo, por isso, um conjunto de
elementos que se relacionam entre si e que estão organizados em função de um
objectivo, trocando matéria e/ou energia.

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Tipos de Sistemas:
Sistema isolado- não existe qualquer tipo de trocas com o exterior.
Sistema fechado- onde ocorre trocas de energia mas não de matéria com o meio
exterior
Sistema aberto- onde ocorre trocas constantes de energia e matéria com o exterior.

Uma pequena síntese sobre os tipos de sistemas:

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Que tipo de sistema é o Sistema Terra?
O Sistema Terra é constituído por vários subsistemas: A Atmosfera, a Hidrosfera, a
Biosfera e a Litosfera.
A Atmosfera é formada pela camada gasosa que envolve a hidrosfera, a geosfera e a
biosfera, podendo também penetrar nestes subsistemas, estabelecendo, com eles,
continuamente, trocas de matéria e energia. Da Biosfera fazem parte todos os seres
vivos que povoam a Terra. Os seres vivos interagem, de forma contínua, com os
diferentes subsistemas onde estão integrados, influenciando-se mutuamente. Existem
seres vivos na geosfera, na atmosfera e na hidrosfera. A Litosfera é representada pela
parte sólida da Terra, quer a parte superficial (à qual se dá o nome de Litosfera), quer a
parte mais profunda. As rochas e os solos fazem parte deste subsistema. A Litosfera
serve de suporte a grande parte da vida terrestre, fornecendo muitos dos materiais
necessários à manutenção dessa vida. As plantas terrestres, por exemplo, captam do
solo grande parte dos seus nutrientes. Muitos dos produtos resultantes da
decomposição dos cadáveres e restos de seres vivos ficam integrados na geosfera. A
Hidrosfera é constituída pelos reservatórios de água que existem na Terra. Os
oceanos, os mares, os rios, os lagos, os glaciares, e as águas subterrâneas fazem
parte da hidrosfera.

O planeta Terra é um corpo dinâmico composto por diversos subsistemas que estão
sempre interagindo entre si e as alterações sofridas em um destes sistemas produz
alterações nos demais. Podemos imaginar este integração analisando, por exemplo,
uma erupção vulcânica: A partir da erupção vulcânica são lançados blocos de rocha e
lava na superfície da Terra. Este material pode obstruir vales e criar lagos, modi cando
o sistema de drenagem da região; Grandes quantidades de gases e cinzas vulcânicas
são lançadas na atmosfera, influenciando na quantidade de energia solar que chega à
superfície da Terra. Isto pode causar uma diminuição na temperatura do ar devido a
pouca quantidade de raios solares que conseguem atravessar a atmosfera nestas
condições; Esta mudança climática certamente afectará a biosfera, além disso, muitos
organismos e seus habitats podem ser eliminados pela lava ou por cinza vulcânica. Em

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1864, o escritor Jules Verne imaginou, em Jornada para o Centro da Terra, um mundo
subterrâneo cheio de serpentes marinhas gigantes e outras grotescas criaturas.
Contudo, o que os cientistas conhecem hoje sobre o interior do planeta está muito
longe da fantástica estória de Verne: actualmente sabe-se que o interior da Terra é
formado por rochas e metais, sujeitos a altíssimas temperaturas e pressões,
progressivamente mais densos à medida que se chega aos níveis mais profundos.
Apenas em circunstâncias muito raras (que serão discutidas no próximo item) as
rochas de regiões profundas da Terra chegam à superfície ou próximo dela. Devido a
essa dificuldade, os geólogos tiveram que utilizar mecanismos ou ferramentas que lhes
possibilitasse inferir a composição interna da terra. A grande ferramenta utilizada para
conhecer o interior da Terra é a geofísica.

Os conhecimentos sobre como a Terra funciona podem causar uma modificação real
nas relações que cada pessoa tem com o ambiente. Ao invés de uma visão utilitária e
imediatista da Natureza e de seus recursos, a pessoa consciente do significado dos
processos naturais sente que faz parte da Natureza e passa a ter um cuidado maior em
suas actividades quotidianas. Todas elas interferem nos processos naturais e trazem
consequências desejáveis ou indesejáveis, em prazos mais longos ou mais curtos.
Antes de tratar de questões ambientais globais como poluição, efeito estufa,
aquecimento global e diminuição da camada de ozónio, processos que fazem parte do
cotidiano das crianças podem ter um efeito educativo maior na medida em que têm um
sentido prático e imediato.
Na superfície da Terra, ou seja, no ambiente onde hidrosfera, atmosfera, biosfera e
litosfera interagem, ocorrem os chamados processos geológicos de superfície. Todos
podem ocorrer fisicamente (nas partículas) ou quimicamente (nos materiais dissolvidos
na água):
 Intemperismo, que transforma as rochas duras em grãos soltos;
 Erosão, ou seja, a retirada do seu local de formação;
 Transporte (pela água, na forma de rios, enxurradas, ou mesmo nos oceanos,
pelas ondas, marés e correntes, vento ou geleiras);

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 Sedimentação, que ocorre quando o agente de transporte não tem mais energia
para continuar a carregar o material.
No decorrer do longo tempo geológico - 4 bilhões e 600 milhões de anos, a idade da
terra - os processos naturais foram acontecendo e deixando marcas em rochas e em
demais formações geológicas.

A Terra sendo um "sistema natural essencialmente fechado", é necessário um


conhecimento mais perfeito possível das taxas de mudanças nos processos de
retroalimentação, antes de se tentar resolver (prevenir ou remediar) os problemas
ambientais. A Terra, até o presente momento, constitui o único planeta a apresentar
habitats apropriados às vidas animal e vegetal, incluindo a humana, mas os seus
recursos são reconhecidamente finitos.

Os processos físicos actuantes estão modificando a paisagem terrestre, analogamente


ao que aconteceu em tempos geológicos passados e, além disso, as intensidades e as
frequências de ocorrência desses processos são modificadas por processos naturais e
também artificiais induzidos ou exacerbados. Nas transformações que ocorreram na
Terra através dos tempos geológicos, sempre houve actuação de processos
geodinâmicos perigosos ao Homem e, deste modo, esses riscos devem ser
identificados e, na medida do possível, evitados ou os seus efeitos minimizados como
ameaças às vidas humanas ou às propriedades.

Nas actividades de planeamento de usos dos solos e da água, por exemplo, deve-se
ter em mente a preocupação em se obter o equilíbrio entre os custos económicos,
incluindo qualidade e quantidade, além de aspectos menos quantificáveis, como a
estética. Os efeitos dos usos do solo, incluindo os recursos renováveis (fauna e flora) e
não renováveis (minérios e combustíveis fósseis) são cumulativos e irreversíveis e,
deste modo, deve haver um firme compromisso da sociedade humana actual com as
gerações futuras no sentido de não extingui-los. O cenário natural ("pano de fundo") do
ambiente da vida humana mais ou menos transformado por factores antrópicos é
comumente condicionado por factores geológicos, de modo que existe a necessidade

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de ampla compreensão dos processos geológicos e dos conhecimentos científicos
afins.

O principal problema ambiental é o incremento da população humana e, neste


contexto, são cada vez mais frequentes as situações em que se torna bastante
complicado discernir as causas socioeconómicas das ambientais.

Oliveira (1990) & Suguio (1999) consideram o Homem como "o mais novo e agressivo
agente geológico", devendo ser entendido como um factor importante de dinâmica
externa, causando impactos locais e globais. Neste contexto, pode-se fazer as
seguintes afirmações:

 O campo de investigação dos fenómenos ligados à dinâmica externa não pode


restringir-se às pesquisas dos processos naturais, pois, as actividades humanas
interferem nos cenários geológicos e climáticos da Terra.
 A geologia, que nos seus aspectos de aplicação, esteve ligada à prospecção e
exploração de recursos minerais e combustíveis fósseis para suprir a sociedade
industrial, passa agora a ter que se preocupar também com os efeitos e os
impactos comumente danosos dos seus usos sobre os ambientes naturais
terrestres.
 As mudanças químicas qualitativas e quantitativas, por conta desses efeitos e
impactos podem ser comprovadas sobre os fenómenos geológicos e
geodinâmicos externos, em escala global, pela exacerbação do "efeito estufa",
pela depleção da camada de ozónio na estratosfera, pela ocorrência de chuvas
ácidas, etc.

Como já foi explicado anteriormente, o Sistema Terra realiza trocas de energia com o
Universo. Relativamente à troca de matéria, há pequenas quantidades de hidrogénio e
de hélio que devido à sua baixa densidade, sobem na atmosfera, escapando para o
espaço. Entretanto, alguma matéria proveniente da queda de meteoritos ou poeiras
cósmicas se acumula à matéria terrestre.

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Teoricamente, existe um intercâmbio. No entanto, estas trocas de matéria são
desprezáveis, já que não afectam a massa terrestre. Por isso é que se considera a
Terra um sistema quase fechado.

Fig2- Representação dos quatro subsistemas

Estes subsistemas são enormes reservatórios tanto de energia como de matéria e


funcionam entre si como sistemas abertos, interagindo de diferentes modos e
mantendo um equilíbrio dinâmico.
Atenção: Quando há uma alteração num dos subsistemas, todos os restantes também
serão afectados. Qualquer alteração drástica que ocorra no Sistema Terra pode
conduzir a graves desequilíbrios provocando a extinção de muitas espécies.
O facto de a Terra ser um sistema quase fechado implica que os recursos naturais
sejam finitos e por isso, é necessário fazer uma gestão racional dos mesmos. Outra
consequência de ser um sistema quase fechado é que os materiais poluentes
existentes permanecem dentro das fronteiras, podendo afectar o equilíbrio do planeta.

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