Você está na página 1de 74

Então...

 Alterações numa parte da Terra podem


influenciar outra parte do planeta!

 PORQUÊ????
Possíveis razões
para a extinção
Alterações ambientais?
A Terra é um sistema.

A Terra é um sistema: possui uma ou


, ou seja, um sistema é qualquer parte
do Universo constituída por massa e energia que se
considere separadamente com a finalidade de se
estudar.

(teoria dos sistemas proposta em 1968 pelo biólogo Ludwing


von Bertalanffy; proposta utilizada em Biologia e Sociologia).
Tarefa 2
 Realize a atividade 1 da página 15 do
manual adotado.

 Realize a atividade A1 da ficha de


trabalho.
Que tipo de sistema constitui o
planeta Terra?

Quanto ao comportamento relativamente à massa e


à energia, os sistemas podem ser classificados:

Sistema isolado: não há troca de matéria e energia.


Sistema fechado: só há troca de energia.
Sistema aberto: há troca de matéria e energia.
Consequências da Terra ser
um sistema fechado
 Problemas na gestão dos recursos naturais.

 A quantidade de matéria é finita, limitada. Significa que os


recursos naturais do planeta são tudo o que temos na atualidade
e no futuro.

 O ritmo de consumo é superior ao ritmo da sua formação;

 Escassez de recursos para as gerações futuras.

 Os materiais poluentes de natureza humana acumulam-se no


interior do sistema.

 Alterações num do subsistema da Terra provoca alterações,


nos outros, pois são abertos, dinâmicos e interdependentes
uns dos outros.
A Terra é um sistema composto.

A Terra é um sistema composto porque é


formado pela união de várias partes.

A Terra é constituída por vários subsistemas.


Subsistemas terrestres

 Geosfera
 Criosfera
 Hidrosfera
 Atmosfera
 Biosfera
• Parte superficial
da Terra, que se
encontra no
estado sólido;

• materiais que se
encontram no
interior da Terra,
separados por
camadas.
• Grandes massas de
gelo das calotes
polares, camadas de
gelo dos lagos e rios,
depósitos de neve,
glaciares.

Neste subsistema estão


as grandes reservas de
água dos glaciares e
depósitos de gelo.
• Toda a água no estado
líquido.

• Inclui os mares, os lagos, os


rios, os ribeiros, os riachos e
a água no subsolo.

Importância: importante para


qualquer forma de vida,
agricultura, indústria,
produção, de energia, saúde,
desporto, divertimento,…

A água é a substância comum


a todos os subsistemas da
Terra.
• Constituída por toda a
biomassa:

 inclui a cobertura
vegetal e a fauna da
superfície do globo –
Homem e restante
fauna, flora e outros
seres vivos da parte
sólida e líquida.
• Invólucro gasoso da Terra;

• Atualmente é constituída
pelos seguintes gases.
- azoto
- oxigénio 99,98%
- árgon
- CO2
- vapor de água
- substâncias e partículas
suspensas – fumos, poeiras e
matéria orgânica

Protege a Terra dos efeitos das


radiações solares e do
bombardeamento das
partículas sólidas do espaço.
Interação de subsistemas
 Os
subsistemas terrestres constituem sistemas
abertos

Porque apresentam uma complexa rede de


interações entre si.

Um subsistema alterado pode modificar outros?


(pág. 20) + atividade A2 da ficha de trabalho
Interações entre subsistemas
Interação entre subsistemas

 Consulte as páginas 20, 21, 22, 23 e 24.

 No seu grupo de trabalho, faça um levantamento de


possíveis alterações em subsistemas e as interações
com os outros subsistemas que poderão ter
contribuído .

 Realize a atividade B1 da ficha de trabalho.

Que tipo de causas terão sido responsáveis pelo


desaparecimento dos dinossauros? Lentas ou
catastróficas?
O que poderá ter causado as alterações dos
subsistemas e o desaparecimento dos
dinossauros?
Terão sido catástrofes ou acontecimentos lentos?

 Impacto meteorítico
 Vulcanismo ativo
 Pragas
 Intoxicação dos ovos
 A estrela da morte (intervalos de 26 milhões de anos)
 Radiação resultante de uma supernova
 Poeira galática
 Doenças epidémicas
 Predação dos ovos pelos mamíferos
Como ocorrem estas
alterações nos
subsistemas?
Tarefa 4

 Realize a atividade 1 da página 57


Séc. XVIII
 O Homem começa a preocupar-
se com a determinação da idade
da Terra e dos fenómenos que
nela acontecem.

 Alguns defendem que as


alterações observadas nas rochas
poderiam ter sido provocadas por
catástrofes violentas.

 Destaque: é um
dos grandes defensores do
Catastrofismo geológico.
Catastrofismo geológico

 Foi
a linha de interpretação dominante até
meados do século XVIII,

 Princípio
baseado na crença de que as grandes
modificações da superfície do nosso planeta se
devem a catástrofes de iguais proporções.
Catastrofismo geológico

 Princípio segundo o qual as estruturas terrestres (exs. montanhas e


oceanos) foram produzidas por grandes catástrofes. Através das
catástrofes também era explicada a extinção de algumas espécies
de seres vivos.

 A Terra esteve sujeita , com uma certa regularidade, a rápidas e


violentas alterações que teriam provocado a extinção da fauna e
da flora existentes.

 A estes períodos de extinção seguiam-se períodos estáveis em que


uma nova flora e fauna voltariam a ocupar a superfície da Terra.

 As alterações ocorridas na Terra eram consideradas manifestações


diretas da intervenção divina.
Exemplos de catástrofes que servem
de base ao Catastrofismo geológico

O “Dilúvio”, referido na Bíblia;


 Queda de meteoritos;
 Inundações;
 Tsunamis;
 Sismos;
 Erupções vulcânicas;
…
Hoje em dia haverá indícios de alterações bruscas
em subssistemas que comprometam outros?
O estudo do passado pode ajudar a prevenir o
futuro?

 Poderão
as alterações e interações entre sistemas
comprometer as espécies atuais?

 Veja o exemplo dos casos evidenciados nas


atividades da página 22 e da página 24-

 Atualmente, qual a espécie que mais interage com


os outros subsistemas?
Muitas das teorias que procuram esclarecer o
desaparecimento dos dinossauros explicam que todos
se extinguiram ao mesmo tempo.

Pelo contrário, outros autores afirmam que


aqueles animais começaram a desaparecer
de uma forma gradual.

Como costuma acontecer?


Hutton afirmou que os processos que
observou ocorriam de um modo cíclico –

 Princípio
segundo o qual os
processos externos e internos
atuais são os mesmos que
atuaram ao longo da maior
parte da História da Terra.

 Segundo este princípio as


alterações que ocorrem no
nosso planeta são lentas e
graduais.
James Hutton baseava-se em 2 ideias
fundamentais:

 Princípio do Gradualismo ou Gradualismo uniformitarista – a


maior parte das mudanças geológicas são lentas e
graduais.

 Princípio do Atualismo geológico ou das causas actuais –


os acontecimentos geológicos do passado são o
resultado de forças da natureza idênticos às que se
observam hoje em dia. Por outras palavras, as leis
naturais são constantes no espaço e no tempo.
Neocatastrofismo

 Reconhece o uniformitarismo como guia


principal que permite entender os processos
terrestres.

 Não exclui que os fenómenos catastróficos


ocasionais tenham contribuído para eventuais
alterações da superfície terrestre.
Exercícios
 Realize
a atividade B2 da ficha de
trabalho.
A reconstituição dos ambientes em que os
dinossauros viveram, assim como a própria
reconstituição dos organismos, evidenciam a
existência de mudanças no planeta Terra.

A Terra é um planeta em
mudança, do ponto de
vista biológico, mas
também do ponto de vista
geológico.
Em 1915, Alfred
Como? Wegener, um
cientista,
revolucionou a
Geologia
Alfred Wegener
 Alfred Lothar Wegener (Berlim, Alemanha, 1 de
novembro de 1880 — Groenlândia, 5 de
novembro de 1930) foi um geógrafo e
meteorologista alemão, proponente da teoria da
deriva continental em 1912.

 A formação inicial de Alfred Wegener foi a


astronomia, concluindo um doutoramento em
1904 na Universidade de Berlim. Contudo, sempre
teve interesse pela geofísica e tornou-se também
interessado nos campos emergentes da
meteorologia e climatologia.
Wegener
apresentou
uma série de
dados…

Atividades B3 e B4 da
ficha de trabalho
Argumentos apresentados por
Wegener
 Morfológicos
 Paleontológicos
 Litológicos
 Paleoclimáticos
Argumentos apresentados por Wegener

os continentes
encaixam entre , si como num
puzzle, sendo mais evidente entre as
costas Oeste de África e Este da
América do Sul.

fósseis da mesma
espécie foram encontrados em
locais que distam milhares de
quilómetros e estão atualmente
separados por oceanos. É pouco
provável que esses seres vivos
pudessem ter percorrido estas
elevadas distâncias.
Argumentos apresentados por
Wegener
rochas com a
mesma idade, e do
mesmo tipo, apresentam
um registo fóssil
semelhante, embora se
encontrem atualmente na
América do Sul e na
África do Sul, separadas
pelo oceano Atlântico.
Argumentos apresentados por
Wegener
os sedimentos glaciares que só se
formam a altas latitudes e baixas temperaturas, foram
encontrados em zonas como a África do Sul. Isto indica
que estes continentes já estiveram a latitudes próximas
do pólo sul e que entretanto se afastaram, mantendo os
registos nas rochas.
Teoria da Deriva dos
Continentes
 Wegener afirma que os continentes, agora
afastados, já estiveram juntos formando uma
única massa continental. Posteriormente ter-
se- iam deslocado de modo a ocupar as suas
posições atuais.

 Wegener admitia que os continentes


deslizavam sobre o fundo dos oceanos.
Esquema dos fundos oceânicos
Esquema dos fundos oceânicos
Esquema dos fundos oceânicos
Conceito de Expansão dos fundos
oceânicos
O fundo do oceano não é uma grande planície,
como se imaginava;

 No
fundo oceânico existem grandes cadeias de
montanhas e profundas fossas submarinas.

 No meio das cadeias de montanhas submarinas


existe uma fissura (rifte), por onde sai magma
que acrescenta rocha a cada lado da cadeia
montanhosa (dorsal médio-oceânica ou crista
médio-oceânica);
Conceito de Expansão dos fundos
oceânicos
 HarryHess concluiu que a zona do rifte era o local
por onde o magma proveniente do interior da
Terra era expelido, estando a crusta oceânica a
ser continuamente criada.
Vista aérea da área de Thingvellir,
na Islândia, onde é possível ver
uma zona de fissura que
corresponde à exposição sub-
aérea da crista média atlântica.

À direita da fissura está a placa


norte-americana e à esquerda a
placa euroasiática.

Na parte superior da fotografia é


visível o Lögberg, primeiro
parlamento da Islândia, fundado
no ano 930.

(Oddur Sigurdsson, National Energy Authority,


Iceland.)
Conceito de Expansão dos
fundos oceânicos
 Se há formação contínua de crusta
oceânica nas zonas de rifte, então, implicaria
a expansão do planeta como um balão!

 Hess sugeriu que ocorria destruição da crusta


oceânica mais antiga. Isto acontecia ao
longo das fossas oceânicas.

 A crusta estaria em contínua formação e


destruição
Diagrama esquemático ilustrando os processos vulcano-tectónicos de acordo com a
Teoria da Tectónica de Placas.

Fonte: "This Dynamic Planet: World Map of Volcanoes, Earthquakes, Impact Craters, and Plate Tectonics"
publicado por U.S. Geological Survey em cooperação com Smithsonian Institution, 1995.
Rochas vulcânicas e vulcanoclásticas terciárias geradas pela subducção
da Placa Pacífica sob a Placa Antártica. Península Fildes, Ilha Rei George.
Como reunir as ideias de
Wegener e de Hess?
Robert Palmer e Donald Mackenzie
propuseram uma nova teoria:

Teoria da Tectónica de
Placas
Teoria da Tectónica de Placas
 Considera
que o planeta Terra possui
uma zona terrestre (listosfera) sólida,
fragmentada em placas, que se
encontram em constante movimento.

Alitosfera é formada pela crosta e por


parte do manto.
Teoria da tectónica de placas
Teoria da Tectónica de Placas
As grandes Placas litosféricas
ou placas tectónicas
 Placa norte-americana
 Placa sul-americana
 Placa euroasiática
 Placa indo-australiana
 Placa africana
 Placa pacífica
Limites de placas litosféricas
 Limites divergentes ou construtivos

 Limites convergentes ou destrutivos

 Limites conservativos
Limites divergentes ou
construtivos
 As placas deslocam-se, afastando-se uma da outra.

 Nestes locais, a crusta é formada por magma que ascende do manto


através de vulcões submarinos;

 Ocorrem fenómenos sísmicos e vulcânicos.

 Exemplos: Açores; Em África existe um rifte continental que está a


dividir o continente africano, levando à formação, neste local, de um
oceano.
Limites divergentes ou
construtivos
Limite convergente ou
destrutivo
 As placas colidem uma na outra.
Limite convergente placa
oceânica – placa oceânica

Exemplo: Japão
Tipos de limites convergentes
Placa oceânica – placa oceânica:
 uma das placas oceânicas mergulha – subducção -
por baixo da outra. A placa que sofre subducção ao
longo de uma fossa é a mais antiga, pois apresenta
maior espessura de sedimentos.

 No interior da Terra, ocorre fusão do material,


formando-se magmas.

 O magma poderá originar fenómenos vulcânicos, ao


longo de arcos vulcânicos (Formam-se ilhas
vulcânicas).

 Ocorrem diversos fenómenos sísmicos que resultam do


atrito entre as duas placas em movimento.
Limite convergente placa
oceânica – placa continental

Exemplo: Montanhas dos Andes ou Montanhas


Rochosas
Tipos de limites convergentes
Placa oceânica – placa continental :

 A placa oceânica mais densa mergulha sob a


continental – subdução. O atrito gerado origina
sismos profundos – até 700Km de profundidade.

 No interior da Terra, ocorre fusão do material,


formando-se magmas, que podem solidificar em
profundidade ou originar fenómenos vulcânicos.

 Ocorrem fenómenos sísmicos violentos.


Limite convergente placa
continental – placa continental

Exemplo: Alpes, Himalaias


Tipos de limites convergentes
Placa continental– placa continental :

 nenhuma das placas sofre subducção, pois


ambas são pouco densas.

 Do choque resulta a formação de cadeias


montanhosas, com dobramentos e
levantamentos dos materiais que se encontravam
no fundo oceânico.

 Presença de fenómenos sísmicos e vulcânicos.


Limites conservativos

Exemplo: Califórnia
Limites conservativos
 As placas deslizam horizontalmente, uma em
relação à outra. Este movimento causa
grande atrito, com intensa atividade sísmica.

 Não há formação ou destruição de crusta.

 Como nenhuma placa é subductada, nem


se abrem fissuras, não estão associados a
este tipo de limite fenómenos vulcânicos
(com excepções).
Distribuição dos sismos no mundo
As correntes de O que faz
convecção são o
motor da tectónica de mover as
placas.
placas
litosféricas?
Correntes de convecção do Manto

Proposta por Holmes em 1925 e apoiada por Hess.

No :

 em zonas mais profundas, as aumentam a


plasticidade dos materiais e permitem a deste material quente
(menos denso e menos pesado) do interior do manto para zonas mais
superficiais (astenosfera).

 em zonas mais superficiais, (Astenosfera) esse material desloca-se


horizontalmente, , torna-se mais denso e pesado e um
pouco por todo o Manto…

 define-se assim, um movimento cíclico de magma -


Correntes de convecção do
Manto
Consequências das Correntes
de convecção do Manto
 Pensa-se que:

 A força exercida pelo magma, ao sair


pelos riftes, faz mover as placas litosféricas.

 Por outro lado, a subducção de uma


densa placa oceânica poderá também
gerar uma força capaz de deslocar a
restante placa.
A tectónica de placas apresenta diversas
consequências
 Formação de cadeias montanhosas

 o choque de placas origina a formação de montanhas.

 Deformação de materiais

 as forças que actuam sobre as massas de rochas podem causar-lhes deformações,


como falhas, dobras e metamorfismo.

 Distribuição dos seres vivos

 ao moverem-se e ao moldarem o relevo, as placas podem aproximar ou afastar as


populações de seres vivos, contribuindo para o mecanismo da evolução das
espécies. A abertura de um oceano pode isolar grupos de seres vivos. As populações
podem tornar-se mais frágeis podendo algumas extinguir-se. Terá sido isso que
aconteceu aos dinossauros?

Você também pode gostar