Você está na página 1de 127

Métodos diretos para estudar o

interior da Terra

VULCANOLOGIA
Vulcanismo

 O vulcanismo é uma manifestação do geodinamismo


terrestre;

 Constitui o mecanismo central da evolução do


planeta;

 As manifestações vulcânicas são apenas a


exteriorização de fenómenos complexos que ocorrem
no interior do planeta –
.
Atividade vulcânica – efeitos nefastos

As erupções
provocam
destruição e morte,
tomando, muitas
vezes, aspetos
catastróficos
Atividade vulcânica – efeitos positivos
 Interesse turístico,
 Utilização agrícola dos atraindo todos os anos
solos, que são muito centenas de milhar de
férteis devido à deposição visitantes, como acontece
de cinzas vulcânicas; com o Etna, o Vesúvio, o
Hawai e a Islândia;
 Exploração de vários
produtos minerais, como  Aproveitamento da
enxofre, cobre, ferro, energia geotérmica.
platina e diamantes, em
alguns casos;
Atividade vulcânica – efeitos positivos
Tipos principais de vulcanismo

Tipos principais de vulcanismo


Vulcanismo
Vulcanismo principal, primário ou
secundário ou
eruptivo
residual

Vulcanismo Vulcanismo
central fissural
Vulcanismo principal, primário ou eruptivo

 Caracteriza-se
pela
ocorrência de
erupções
vulcânicas
Vulcanismo residual ou secundário

 Caracteriza-se por um
conjunto de emanações
gasosas ou líquidas que
podem manifestar-se
durante longo tempo,
após uma erupção Geisers , Islândia

vulcânica;

 Dão-nos a indicação de
que a atividade vulcânica
não cessou.

Fumarolas, São Miguel


Vulcanismo
principal :

VULCANISMO
CENTRAL
Aparelho vulcânico = vulcão
Esquema de um aparelho vulcânico
Aparelho vulcânico = vulcão

 Cone vulcânico: elevação de forma cónica, resultante da acumulação


de materiais libertados durante as erupções.

Vulcão El Misti - Peru Vulcão Pinatubo- Filipinas


Aparelho vulcânico = vulcão

 Chaminé vulcânica: canal no interior do aparelho vulcânico que


estabelece a comunicação entre a câmara magmática e o exterior.

Algar do carvão
Terceira
Aparelho vulcânico = vulcão

 Cratera:
Abertura do cone vulcânico, em forma de funil, que se localiza no
topo da chaminé vulcânica, formada por explosão ou por colapso da
chaminé.

Cratera do vulcão Puu Oo- Havai


Aparelho vulcânico = vulcão

 Câmara magmática:
local situado no interior da Terra, onde se acumula material rochoso
fundido, que se designa magma e que constitui a bolsada magmática.
Materiais expelidos numa erupção

Materiais
sólidos

Materiais Materiais
expelidos líquidos

Materiais
voláteis - gases
Material
sólido
Materiais sólidos - piroclastos

 São materiais resultantes da solidificação de lava que é projetada para o


ar.
 Têm dimensões variadas.
Classificação dos piroclastos quanto ao tamanho

 Bombas vulcânicas
 Lapilli ou bagacina
 Cinza vulcânica
Tipos de piroclastos quanto ao tamanho
Cinza vulcânica

fragmentos muito finos,


com menos de 2mm de
diâmetro, que podem ser
facilmente transportados
pelo vento até longas
distâncias.
Lapilli ou bagacina

Fragmentos angulares,
arredondados, com
diâmetro entre 2 e 50mm,
que podem ser expelidos
em estado sólido ou
plástico, isto é,
semifundido.
Bombas vulcânicas

Fragmentos com diâmetro


superior a 50mm. Podem
pesar várias dezenas de
quilos. Caracterizam-se
pela forma particular que
adquirem durante o seu
trajecto no ar.
Tipos de Piroclastos quanto ao comportamento

 Piroclastos de queda:
- Durante as erupções explosivas, os fragmentos de lava são
projetados, solidificando os que ainda estão pastosos, no trajeto pelo
ar.

- Devido ao seu peso acabam por cair. (entre eles podem estar
fragmentos de rocha encaixante pertencente às paredes da câmara
magmática e chaminé vulcânica).
Tipos de piroclastos quanto ao
comportamento

 Piroclastos de fluxo:
há piroclastos que podem movimentar-se ao longo
das vertentes envolvidos em água ou em gases.

São geralmente classificados de acordo com as suas


dimensões.

Entre estes piroclastos, destacam-se as nuvens


ardentes(cujos piroclastos principais são as cinzas).

Depois de acumulados, os piroclastos podem ser,


posteriormente, cimentados, formando rochas mais
ou menos coerentes.
Classificação de alguns piroclastos consoante a sua
constituição

 Pedra-pomes
 Escórias
Pedra-pomes
Fragmentos com diâmetro
igual ou inferior a 50mm,
irregulares na forma;

São muito vesiculares,


pelo que se caracterizam
por reduzida densidade.

Têm cor clara;

São resultantes de lavas


ácidas – erupções
explosivas.
Escórias

Fragmentos de cor escura,


com diâmetro igual ou
superior a 50mm.

Estão associados a magmas


básicos ou intermédios. Têm
porosidade variável.
Material
líquido
Materiais líquidos - lava

 A lava é um material
rochoso líquido com
origem no magma, mas
com diferente
composição, visto que
perdeu uma parte
substancial de gases.
Parâmetros de classificação das lavas
Viscosidade
Teor em sílica:
(resistência em fluir)

A quantidade de sílica,
isto é, do composto A viscosidade depende:
químico de fórmula SiO2.
- Da temperatura da lava face
à temperatura de
solidificação;

- Da quantidade de sílica;

- Da quantidade de gás
dissolvido.
Classificação das lavas quanto ao teor em sílica

Lavas
ácidas

Tipos de Lavas
lava intermédias

Lavas
básicas
Tipos de lava quanto à viscosidade

Tipos de lava

Lava viscosa Lava fluida

Lava muito
Lava fluida
viscosa

Lava viscosa Lava muito fluida


Tipos de lava

CLASSIFICAÇÃO DAS LAVAS


QUANTO À VISCOSIDADE E
RELAÇÃO COM A ACIDEZ NA
LAVA
Características dos tipos de Lavas quanto à viscosidade
Lavas viscosas - são ácidas ou intermédias

 Temperatura: entre os 800ºC e os 1000ºC


– a lava é expelida a uma temperatura
próxima da temperatura de solidificação;

 Rica em sílica (ácida);

 Rica em gases;

 Lavas muito viscosas - fluem mais


lentamente;

 Solidificam dentro da própria cratera ou


perto dela;

 Os gases têm dificuldade em libertar-se,


adquirindo grandes tensões que
provocam erupções extremamente
violentas.
Características dos tipos de Lavas quanto à viscosidade
Lavas fluidas - são lavas básicas

 Temperatura: entre os 1100 e os 1500ºC


– a lava é expelida a uma temperatura
muito superior à da solidificação;

 Pobre em sílica (básica);

 Pobre em gases;

 Lavas pouco viscosas - fluem mais


rapidamente, percorrendo grandes
distâncias;

 A fracção volátil (gases), além de ser


relativamente reduzida, liberta-se
facilmente;

 Composição semelhante à do basalto;

 Representam cerca de 80% das lavas


expelidas por vulcões.
Principais características das lavas básicas
observadas após solidificação

 Lavas encordoadas ou pahoehoe


 Lavas escoriácias ou aa
 Túneis de lava
 Disjunção prismática ou tubos de órgão
 Lava em almofada ou pillow-lava
Lavas encordoadas ou lavas pohoehoe

 Lavas muito fluidas que, por isso, se deslocam


facilmente, formando longas escoadas de lava (rios
de lava).

 Originam superfícies lisas, de aspeto semelhante a


cordas, após solidificação.
Lavas encordoadas ou lavas pahoehoe
Lavas escoriáceas ou lavas aa

 Lavas fluidas (menos fluidas do que as pahoehoe), que


se deslocam lentamente.

 Originam superfícies ásperas e muito fissuradas


(devido à perda rápida de gases), após solidificarem.
Lavas escoreácias ou lavas aa
Formação dos Túneis lávicos
Formação dos túneis lávicos

 Os tubos lávicos resultam do arrefecimento das zonas da escoada lávica


em contacto com o ar e as formações envolventes (laterais e em
profundidade), formando-se uma crosta mais ou menos endurecida,
debaixo da qual continua a escorrer lava ainda quente e fluida.
Formação dos túneis lávicos

 Posteriormente, devido a uma diminuição nas emissões a partir da boca


eruptiva, há um abaixamento do nível de lava no interior do tubo, com a
formação de um vazio sob a crosta superficial já solidificada.
Formação dos túneis lávicos

Quando a erupção vulcânica termina, fica formada a gruta ou tubo lávico, podendo,
mais tarde, ocorrer abatimentos do tecto, com a formação de skylights ou clarabóias.
Com o decorrer do tempo ocorre, ainda, a colonização dos campos lávicos por
plantas, em especial junto às aberturas da gruta.
Túneis lávicos – gruta do carvão
Pillow-lavas ou lavas em almofada

 Lavas fluidas que arrefecem dentro de água.

 Originam estruturas com aspeto de travesseiros em


forma de rolo, sobrepostos uns em cima dos
outros, após solidificarem.
Pillow-lavas ou lavas em almofada
Disjunção prismática

 A Disjunção prismática é também


designada por Disjunção colunar;

 Corresponde a um tipo de
alteração existente em rochas
vulcânicas;

 Origina-se pelas contracções que


se geram no seio da escoada de
lava, aquando do arrefecimento e
solidificação da mesma, formando
prismas de forma hexagonal que
são sempre perpendiculares à
superfície de arrefecimento.
Disjunção prismática
Principais características das lavas ácidas após
solidificação

 Agulhas vulcânicas
 Domos ou cúpulas
 Nuvens ardentes
Agulhas lávicas

 formam-se quando a lava, de elevada viscosidade,


solidifica na chaminé.
Agulhas lávicas
Domas/ domos vulcânicos/ cúpulas

 a lava viscosa solidifica sobre a abertura


vulcânica obstruindo a cratera
Domas vulcânicos/ domos vulcânicos/ cúpulas
Nuvens ardentes

 Nuvem de cinzas vulcânicas e gases, formando uma mistura


densa que se desloca à semelhança de um derrame de lava a
uma grande velocidade. Pode dispersar-se e atingir grandes
distâncias do vulcão, através da acção do vento.

 Estas nuvens tendem a ocorrer associadas a vulcanismo


explosivo e podem dar origem a ignimbritos.
Nuvens ardentes
Material
volátil
Materiais voláteis - Material gasoso libertado
pelos vulcões

-Vapor de água (predomina)


- Dióxido de carbono
- Monóxido de carbono
- Hidrogénio
- Azoto
- Ácido clorídrico
- Compostos de enxofre
Tipos de
erupções
vulcânicas
Tipos de erupções vulcânicas

Erupções
explosivas

Tipos de Erupções
erupções efusivas

Erupções
mistas
Erupções explosivas

 Lavas muito viscosas, pois possuem grande quantidade de


sílica;
 Libertação difícil de gases;
 Não se formam escoadas, a lava acumula-se na zona da
cratera;
 Cone alto e estreito;
 Há piroclastos, principalmente cinzas;
 Erupções violentas;
 Possibilidade de formação de domas e de agulhas, que podem
obstruir a cratera, provocando explosões muito violentas;
 Formação de nuvens ardentes.
Erupção explosiva
Erupções explosivas
Erupções efusivas

 Lavas muito fluidas a fluidas, devido ao baixo teor


em sílica;
 Libertação fácil de gases;
 Formam-se escoadas;
 Cone baixo e largo;
 Não há piroclastos;
 Erupções calmas.
Erupção efusiva
Erupções efusivas
Erupções mistas

 Assumem aspectos intermédios entre as


erupções efusivas e explosivas;

 Observam-se fases efusivas e fases explosivas,


com predomínio de uma ou outra, conforme a
viscosidade do magma;

 Cones mistos que alternam camadas de lava e


de piroclastos;
Erupção mista
Erupções mistas
VULCANISMO
FISSURAL
VULCANISMO FISSURAL

 As erupções ocorrem ao
longo de fracturas da
superfície terrestre;

 Os materiais expelidos
acabam por preencher
vales profundos ou de
relevo muito acidentado,
acabando por formar
vastos planaltos de
acumulação vulcânica, com
centenas de quilómetros
quadrados e com
espessuras que podem
exceder 1 Km.
Vulcanismo fissural

 Vulcanismo associado a zonas de limite divergente


de placas.
Classificação das erupções segundo Lacroix
Classificação das erupções segundo Lacroix

- A lava é muito fluida formando extensas


escoadas lávicas.

- Não ocorrem explosões.

- Os cones vulcânicos são largos e baixos


ou por vezes até são inexistentes.

- A actividade vulcânica é de tipo efusivo.

Exemplo: Ilhas do Hawai - (Vulcões - Mauna Loa


e Kilawea)
Classificação das erupções segundo Lacroix

- Neste tipo de erupção ocorrem


explosões violentas seguidas de
derramamento de lava formando
escoadas extensas de lava.

- Os cones vulcânicos são de tamanho


intermédio (nem muito altos nem
muito baixos, nem muito largos nem
muito estreitos).

- A actividade vulcânica é de tipo


misto.

Exemplo: Sicília - (Vulcão - Stromboli)


Classificação das erupções segundo Lacroix

- Neste tipo de erupção ocorrem


explosões muito violentas seguidas
de derramamento de lava formando
rios de lava.

- Os cones vulcânicos são de tamanho


intermédio (nem muito altos nem
muito baixos, nem muito largos nem
muito estreitos).

- A actividade vulcânica é de tipo


misto.

Exemplo: Sicília - (Vulcão - Vulcano)


Classificação das erupções segundo Lacroix

- A lava é muito viscosa, solidificando


ainda dentro da chaminé e dando
origem a verdadeiras AGULHAS de lava
solidificada
que tapam a cratera originando
explosões muito violentas.

- Neste tipo de erupção não há


derramamento de lava.

- Os cones vulcânicos são muito


altos e estreitos. A actividade vulcânica
é de tipo explosivo.

Exemplo: Martinica - (Vulcão - Montanha


Pelada)
Classificação das erupções segundo Lacroix e
Alwyn Scarth

Alwyn Scarth em “Volcanoes“ no ano de 1994,


acrescenta mais dois estilos, à classificação de
Lacroix: o Surtseyano e o Pliniano.

Estes novos estilos de erupções foram


considerados tendo em conta as novas tecnologias
e as observações mais pormenorizadas, que têm
fornecido dados que eram desconhecidos ou
negligenciados anteriormente.
Classificação das erupções segundo Lacroix e
Alwyn Scarth

- Erupções submarinas muito


explosivas.

- Emissões de nuvens de vapor e


cinzas, e por vezes pedra-pomes.

- A actividade vulcânica é de tipo


explosivo.

Exemplo:Vulcão dos Capelinhos nos Açores


e Surtsey na Islândia.
Classificação das erupções segundo Lacroix e
Alwyn Scarth

- São as erupções mais violentas de toda


a actividade vulcânica.

- A lava é muito fragmentada e espalha- -


se por uma grande área (cerca de 500
Km2), atingindo grande espessura
(pode exceder os 100 km3 de volume).

- A coluna de gases e cinzas pode ter


alguns quilómetros de altura.

- A actividade vulcânica é de tipo


explosivo.

Exemplo: Monte Santa Helena nos Estados


Unidos e Pinatubo nas Filipinas.
Classificação das erupções segundo Lacroix e Alwyn
Scarth

- Tipo de vulcanismo até hoje


apenas observado nos Açores;

- Caracteriza-se por ser submarino;

- A lava vem à superfície na forma


de blocos flutuantes que
rebentam e se afundam de
seguida, havendo ainda formação
de colunas de vapor.

Exemplo – Vulcão da Serreta,


Terceira, Açores.
Trabalho de pesquisa – tipos de erupções

 Breve descrição da erupção;


 Fenómenos percursores da erupção;
 Classificação do tipo de erupção;
 Tendo em conta o tipo de erupção, descrever:
 Tipo de lava quanto ao teor em sílica;

 Temperatura da lava;

 Quantidade de gases;

 Tipos de materiais libertados durante a erupção (escoadas de lava;


tipos de piroclastos predominantes)
 Forma, tamanho e constituição do Cone;

 Formações geológicas vulcânicas associadas à erupção;


VULCANISMO RESIDUAL OU
SECUNDÁRIO

POR VEZES, A ACTIVIDADE VULCÂNICA PODE

MANIFESTAR-SE DE UM MODO MENOS

ESPECTACULAR E VIOLENTO, NOMEADAMENTE

ATRAVÉS DA LIBERTAÇÃO DE GASES E/OU ÁGUA

A TEMPERATURAS ELEVADAS
Fenómenos de vulcanismo secundário

 Nascentes
termais;

 Fumarolas;

 Géiseres.
Nascentes termais

 Fontes de libertação
de águas quentes,
ricas em sais
minerais, que se
misturam com água
fria ao ascender – não
atingem o ponto de
ebulição;

 Podem ser águas


magmáticas ou
juvenis ou, então,
águas de infiltração
Fumarolas
 Quando a água quente não
se mistura com água fria, as
águas termais, ao
encontrarem uma abertura,
começam a ferver devido à
diminuição de pressão;

 Há dois tipos de Fumarolas:

os gases
emitidos são ricos em
enxofre. Originam depósitos
de enxofre sobre as rochas;

os gases emitidos
são tóxicos – dióxido de
carbono e monóxido de
carbono.
Géiseres

 A água sobreaquecida ascende a


reservatórios subterrâneos, sujeitos,
inicialmente a uma pressão que
impede a sua ebulição;

 Devido ao aumento progressivo da sua


temperatura, alguma água começará a
ferver;

 O vapor formado, aumentará a


pressão no reservatório, fazendo com
que este ascenda, arrastando água
consigo;

 A pressão diminui, aumentando a


produção de vapor, o que culmina na
expulsão violenta, sob a forma de
jacto, do resto da água acumulada;

 Este processo pode durar horas, pelo


que os géiseres têm carácter
intermitente
Aplicações do vulcanismo secundário – aproveitamento da energia
geotérmica.
(O seu aproveitamento depende da temperatura de emergência
(TE))
50ºC<TE<150ºC 150ºC<TE<370ºC

 Conversão de calor em
 Sem conversão energética (a electricidade;
água pode ser utilizada
directamente na fonte);  Uso da electricidade nos mais
diversos fins (domésticos,
industriais);

 Aplicações:
Vantagens: níveis reduzidos de
 balneoterapia/ termalismo; emissão de Co2;
 climatização;
 piscicultura; Desvantagens: os vapores podem
culturas de estufa; produzir alterações climatéricas

(diminuição da incidência dos
 confecção de alimentos; raios solares na superfície;
 secagem de madeira; aumento da temperatura e da
secagem de alimentos
humidade atmosférica com
 consequências directas na
agricultura.
vulcões e tectónica de
placas

TIPOS DE VULCANISMO EM FUNÇÃO


DA LOCALIZAÇÃO TECTÓNICA
Relação das manifestações vulcânicas de tipo explosivo com as zonas de convergência de
placas e as de tipo não explosivo com as zonas de rifte e zonas oceânicas intra placa.

Limite divergente

Intraplaca

Frequentemente
explicado pela
existência de um
ponto quente (hot
spot), no qual ocorre a
ascensão de magma
altamente básico.

•Nas regiões de subducção, no contacto entre placas oceânicas e Limite convergente


entre a placa oceânica e a continental. Encontram-se marcados por
anéis de vulcões paralelos às zonas de subducção.
•Magma de composição intermédia a ácida, com erupções
essencialmente de estilo misto a explosivo.
Divergência de placas tectónicas

 Vulcanismo de vale de rifte;

 Estes magmas originam,


geralmente, erupções do
tipo não explosivo (efusivas
e/ou mistas);

 Representa cerca de 15%


dos vulcões activos;

 Normalmente não se torna


visível porque os riftes,
normalmente encontram-
se a grandes
profundidades, nos
oceanos.
Divergência de placas tectónicas - Limite
divergente de placas

Resumindo…

•Ocorre nas zonas de rifte;

•O vulcanismo é maioritariamente
efusivo (elevados volumes de lava
basáltica muito fluida)
Convergência de placas tectónicas (O-C) (O-O)

 Vulcanismo de subducção;

 Este magma, de origem


pouco profunda, origina,
geralmente, erupções do
tipo explosivo;

 O choque de 2 placas
oceânicas origina uma arco
de ilhas;

 A colisão de 1 placa oceânica


com 1 continental origina
cadeias montanhosas
costeiras com actividade
vulcânica.
Vulcanismo intraplaca
Vulcanismo intraplaca – Porquê????

 Explica a existência de ilhas no interior de placas


oceânicas (ex. Hawai) e de alguns vulcões isolados
no interior dos continentes (ex. África Ocidental);

 Representa cerca de 5% dos vulcões activos;

 Frequentemente esse vulcanismo origina ilhas que


emergem das águas, outras vezes mantos de
basalto nos continentes ou nos fundos oceânicos.
Pontos quentes (hot spot) – Porquê???

 São centros de atividade


vulcânica passada ou
presente;

 Podem estar
representados por vulcões
isolados ou por grupos de
vulcões nos fundos
oceânicos, ou ainda nos
bordos divergentes,
próximos dos riftes e
mesmo em zonas
continentais.
Pontos quentes e as plumas mantélicas
 Os pontos quentes podem estar relacionados com as
plumas térmicas

 São longas colunas de material quente e pouco denso que


sobem através do manto até à base da litosfera. As plumas
térmicas terminam em forma de cogumelo;
Plumas térmicas

 Devido à subida, o material


experimenta uma
descompressão, o que pode
levar à sua fusão, originando
uma fonte de magma que
alimenta o vulcão à superfície
da Terra;

 Os pontos quentes mantêm


uma posição fixa no manto e
originam vulcões à superfície
com uma acumulação de lava
basáltica;

 Noutros casos, a placa


desloca-se sobre o ponto
quente, afastando-se da fonte
de magma devido ao seu
movimento. O vulcão
formado extingue-se,
originando-se outro sobre o
ponto quente
Distribuição dos pontos quentes no mundo
Distribuição geográfica dos vulcões

 As zonas do Globo onde ocorre actividade


vulcânica coincide, modo geral, com as zonas de
elevada sismicidade:

- “Anel de Fogo do Pacífico”;

- Cintura Mediterrânico - asiática;

- Cristas Médio-oceânicas.
Distribuição dos vulcões em Portugal
Portugal continental: Ilhas

Açores:
- O vulcanismo primário está
- Vulcanismo primário activo
inactivo há milhares de anos, - Última erupção mais
mas ainda é possível encontrar espectacular- vulcão dos
testemunhos dessa actividade: Capelinhos;

• Estremadura (Lisboa, Mafra, Madeira:


Monsanto, Loures, e Odivelas); - considera-se que o vulcanismo
primário está extinto
• Alentejo
- É possível ainda observar
estruturas resultantes dessa
actividade eruptiva.
Minimização de riscos vulcânicas – previsão e
prevenção

 Vulcão ativo: quando entrou em erupção recentemente


ou, pelo menos, num período em que tenha havido um
registo histórico dessa erupção.

 Vulcão extinto: se se apresenta muito erodido, sem sinais


de futura actividade, não existindo registos históricos de
erupção.

 Vulcão adormecido: se não há memória de erupções e o


vulcão não evidencia sinais de actividade, mas ainda não
está completamente erodido.
Minimização de riscos vulcânicas – previsão e
prevenção

•Formação de uma nuvem ardente;


•Libertação de gases tóxicos a elevadas temperaturas ;
•Deslizamentos de terra (principalmente depósitos de piroclastos recentes e
pouco consolidados);
•Formação de chuvas ácidas;
•Impactes imediatos na agricultura (uso dos solos)

•As erupções explosivas são as mais perigosas devido às nuvens ardentes

•Nas erupções efusivas o trajecto da lava tende a ser previsível


Minimização de riscos vulcânicas – previsão e
prevenção

•Sismicidade

•Topografia

•Gases emitidos

•Monitorização do termalismo
Vigilância vulcânica – instalação de observatórios
vulcânicos sobre os flancos ou nas proximidades do
vulcão

 Clinómetros: detectar a deformação do cone vulcânico, através de


aparelhos que medem a inclinação, de modo a detectar a formação de
abaulamentos.

 Magnetómetros: detectar a variação do campo magnético através


destes aparelhos.

 Sismógrafos: registar sismos utilizando uma rede destes aparelhos


ligados a uma estação central.
Vigilância vulcânica – instalação de observatórios vulcânicos
sobre os flancos ou nas proximidades do vulcão

 Detectar a variação da distância entre 2 pontos específicos do vulcão.

 Detectar variações súbitas da temperatura do solo nas proximidades do


vulcão, através de sensores localizados em satélites artificiais.

 Detectar a variação da temperatura das fumarolas, de fontes termais,


da água dos lagos e dos poços próximos.

 Analisar a composição química dos gases libertados em estações


geoquímicas.

 Detectar variações da força gravítica, utilizando gravímetros.


Aplicações destas técnicas

 São analisadas e interpretadas; permitem uma previsão


ou mesmo uma predição de uma erupção vulcânica.

 Elaborar mapas de risco vulcânico, para vulcões


potencialmente activos – zonas de risco vulcânico
Paisagem
vulcânica
Formação de uma Caldeira vulcânica – caldeiras de
colapso

 As caldeiras de colapso formam-se devido ao afundamento da parte central do vulcão, após uma
grande erupção, em que grande quantidade de magma e de piroclastos é rapidamente expelida,
ficando um vazio na câmara magmática

 A existência de fracturas circulares e o peso do cone provocam o colapso do tecto da câmara, o


que ocasiona o seu afundamento

 Nota: há caldeiras que se formam apenas devido às grandes esplosões.

Você também pode gostar