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Infeção
✓ Invasão dos tecidos corporais de um organismo hospedeiro por organismos patogénicos (capazes de
causar doenças);
✓ Estes organismos patogénicos multiplicam-se causando reações nos tecidos do organismo hospedeiro
que podem ser reações:
• Causadas pelos próprios organismos patogénicos;
• Causadas pelas toxinas produzidas e libertadas pelos organismos patogénicos.
✓ É qualquer doença clinicamente evidente que surja devido à presença e multiplicação de organismos
patogénicos no organismo hospedeiro.
Infeção Cruzada
✓ Transferência de microrganismos entre:
• Humano-Humano;
• Objeto-Humano;
• Animal-Humano;
• Animal-Animal.
✓ Origina a cadeia epidemiológica;
✓ Pressupõe a existência de:
• Hospedeiro Portador;
• Reservatório;
• Meio de Transmissão;
• Hospedeiro Suscetível.
1. Hospedeiro
Portador
Cadeia
4. Humano ingere a Epidemiológica 2. Água infetada com
alface microrganismos
Hospedeiro Intoxicação Reservatório
Suscetível
Alimentar por
Microrganismo
3. Alface Lavada
Meio de
Transmissão
Organismos
Bactérias Fungos Vírus Patogénicos
Calor Rubor
Dor Tumefação
Sinais
de
Celsus
Infeção Hospitalar/Nosocomial
✓ Pressupõe sempre a existência de um internamento
✓ Infeção diagnosticada clínica ou laboratorialmente;
✓ De causa diferente da que originou a hospitalização do cliente;
✓ Pode manifestar-se entre 48 a 72 horas após o internamento do cliente ou nos dias subsequentes à
alta;
✓ Significa que o cliente não sofria da infeção nem estava em período de incubação da mesma;
✓ Adquirida na sequência do internamento.
✓ Exemplo:
• Cliente internado devido a pneumonia;
• Necessita ser algaliado;
• Contrai infeção urinária devido à algaliação.
Assepsia
✓ Todas as técnicas implementadas para reduzir e/ou eliminar a carga microbiana;
✓ Assepsia dos instrumentos (esterilização):
• Calor ou Ácidos;
• Álcool a 70 %.
✓ Assepsia das Mãos divide-se em 2:
• Assepsia Médica
❖ SABA (Soluções Antissépticas de Base Alcoólica) indicados para a fricção
antisséptica das mãos. Inativam os microrganismos criando uma película na mão,
porém não os eliminam na totalidade. Contêm emolientes que asseguram a hidratação
da pele.
• Assepsia Cirúrgica
❖ Uso de luvas esterilizadas visto que são as únicas que protegem da transmissão dos
microrganismos quer do cliente para as mãos do enfermeiro, quer do enfermeiro para
o cliente. Utilizadas para a palpação de feridas, por exemplo.
Infeção Percentagem
Infeção das Vias Respiratórias (Exceto das vias respiratórias superiores) 34.6 %
Infeção das Vias Urinárias 24 %
Infeção do Local Cirúrgico 12.2 %
Infeções Hematogéneas (rede vascular) 8.5 %
Infeções da pele e tecidos moles 7%
Infeção do Aparelho Gastrointestinal 4.9 %
Infeções dos olhos, ouvidos, nariz, garganta e boca 3.1 %
Infeções ósseas ou articulares 1.7 %
Infeção Sistémica 1.5 %
Infeção do Aparelho Cardiovascular 1.4 %
Infeções do Aparelho Reprodutor 0.8 %
Infeção do SNC 0.5 %
Notas:
Notas:
✓ Pseudomonas aeruginosa
• Bactéria que se desenvolve em feridas já existentes;
• Ao atingir a árvores respiratória:
❖ Provoca grande quantidade de secreções;
❖ Pode originar pneumonias;
❖ Expetoração amarelada e com cheiro fétido – pelas características da expetoração é
possível identificar este microrganismo.
✓ Realiza-se a limpeza do intestino antes de procedimentos como a colonoscopia ou cirurgia aos
intestinos para desobstruir a via e para que as bactérias endógenas do intestino não passem para a
corrente sanguínea.
Unidades Percentagem
Unidades de Cuidados Intensivos 45.7 %
Unidades de Queimados 44 %
Unidades de Hematologia 32.9 %
Unidades de Transplante 30.8 %
Unidades de Nefrologia 24.6 %
Unidades de Cirurgia Digestiva 19.6 %
Notas:
Taxa de IACS
6% recomendada
pela OMS
✓ Entidade sedeada na DGS porém com administrações regionais espalhadas pelo país;
✓ Controlo de Infeção e Resistência aos Microbianos são duas faces do mesmo problema, por isso é
necessário que as estratégias para o seu combate sejam comuns;
✓ Pretende:
• Reduzir as infeções associadas aos cuidados de saúde;
• Reduzir o consumo de antimicrobianos;
• Reduzir a resistência a antimicrobianos;
• Reduzir a transmissão de resistência a antimicrobianos.
✓ Estratégias de Atuação:
• Informação e educação;
❖ Dinamização de formação sobre controlo e prevenção de infeções relacionadas com
os cuidados de saúde e sobre resistências aos antimicrobianos;
❖ Dinamização da formação sobre uso adequado de antibióticos, tanto em meio
hospitalar como em ambulatório;
❖ Dinamização de reuniões da Aliança Intersectorial para a Preservação do Antibiótico,
agregando instituições e representantes das áreas da saúde, da farmácia, da
veterinária, da indústria e do consumidor;
❖ Dinamização da campanha de sensibilização do cidadão para o uso prudente dos
antibióticos, nomeadamente relevando os riscos associados ao seu uso
• Vigilância epidemiológica:
❖ Dinamização da participação dos hospitais e dos laboratórios de microbiologia nos
sistemas de vigilância das infeções, resistência aos antimicrobianos e consumo de
antibióticos;
❖ Reforço dos sistemas de vigilância de resistência aos antimicrobianos, de forma a
poder desenvolver processos de resposta rápida e eficiente a situações preocupantes;
❖ Integração das bases de dados de vigilância epidemiológica de infeção associada a
cuidados de saúde na Plataforma de Dados da Saúde.
• Controlo da prescrição de antimicrobianos;
• Normalização de estruturas, procedimentos e práticas clínicas:
❖ Reforço da relação e sintonia com os Grupos Coordenadores Regionais de Prevenção
e Controlo de Infeção;
❖ Normalização das estruturas periféricas (comissões) de controlo de infeção e
prevenção de resistência aos antimicrobianos, em termos de estrutura e missão, de
forma sintónica com o programa nacional;
❖ Extensão para os ACES e Unidades de Cuidados Continuados das estruturas de
consultadoria em controlo de infeção e uso de antimicrobianos;
❖ Emissão de Normas e Orientações Clinicas;
❖ Emissão de “bundle” de práticas de controlo de infeção e de política de antibióticos;
❖ Emissão e atualização de Manuais de Boas Práticas.
• Incentivos financeiros por via do financiamento hospitalar:
❖ Inclusão de indicadores de desempenho hospitalar relacionados com controlo de
infeção, prevenção de resistências antimicrobianas e consumo de antibióticos.
• Monotorização:
❖ A execução do Programa é avaliada através de indicadores de processo e de
resultados. A especificação destes indicadores, tal como das medidas de impacte e dos
recursos a utilizar, são atualizados no Plano de Atividades anual.
• Consultadoria.
✓ Prescrição de antibióticos:
• Necessário efetuar teste de sensibilidade ao antibiótico;
• Evitar a prescrição desnecessária de antibióticos:
❖ Exemplo: Furadantina = antibiótico muito utilizado para tratar infeções urinárias. Por
ser muito usado criou-se resistência a este antibiótico.
✓ Antibióticos de terceira geração:
• Mais desenvolvidos;
• Maior capacidade de destruição dos microrganismos, especialmente os mais resistentes.
✓ Controlo de Infeção no Bloco Operatório:
• Utiliza-se uma Placa de Petri para controlar a colonização do espaço por microrganismos e
para saber que tipo de microrganismos se encontram no local.
✓ Para instalação de novos dispositivos médicos a Comissão de Infeção do serviço de saúde em causa
tem de avaliar se o dispositivo é de fácil e/ou possível descontaminação.
Cadeia Epidemiológica
Agente
Infecioso
Hospedeiro
Reservatório
Susceptível
Porta de Porta de
Entrada Saída
Modo de
Transmissão
Tríade Ecológica do Processo Infecioso
Fator Agente
Fator Fator
Hospedeiro Ambiente
Fator Agente:
✓ Mecanismos de Ação:
• Ser humano, secreções, mãos.
✓ Tipo de Reservatório
✓ Porta de Entrada/Saída:
• Boca;
• Nariz.
✓ Mecanismo de Transmissão:
• Mãos;
• Via aérea (partículas).
Fator Hospedeiro:
✓ Fatores Intrínsecos:
• Determinados pelo SI;
• Tecido adiposo a mais; stress; predisposição genética (ex: lúpus) – fatores que comprometem o
SI;
✓ Fatores Extrínsecos:
• Relacionados com a duração e proximidade com o agente.
• Acessos externos:
❖ CVC – perigoso porque está próximo da circulação central;
❖ Colheitas de sangue (CVP)
• Métodos de Diagnóstico:
❖ Colonoscopia;
❖ Endoscopia.
• Tratamentos:
❖ Quimioterapia.
Fator Ambiente:
✓ Físico:
• Distância entre camas (1 metro entre cada) e tamanho do corredor de circulação (2 metros).
✓ Biológico:
• Hospital é mais perigoso que cuidados de saúde primários (maior risco biológico).
✓ Socioeconómico:
• Salubridade; literacia; situação económica.
✓ Ambientes Patogénicos
• Podem ser reservatórios ou estão dentro do “contentor” infecioso.
Fatores Percentagem
Cateter Venoso Periférico 70.5 %
Cirurgia 28.5 %
Cateter urinário 27.1 %
Alimentação Entérica 9%
Cateter venoso central 8.7 %
Terapêutico Imunosupressora 7%
Ventilação Assistida Invasiva 2.1 %
Alimentação Parentérica 2.1 %
Portas de Saída
✓ Desbridamento Venoso:
• Utilizado quando não é possível cataterizar uma veia na rede venosa periférica;
• Muito frequente em queimados;
• Realiza-se uma incisão nos membros inferiores e assim obter acesso direto ao vaso
sanguíneo.
✓ Punção Lombar:
• Colheita de líquido cefalorraquidiano para análise ou alívio de pressão;
• Administração de epidural.
Vias de Transmissão
✓ A transmissão de um microrganismo pode acontecer por mais de uma via:
Mais Frequentes
• Tuberculose;
• Rubéola;
• Gripe;
• Sarampo;
• Varicela;
• Legionelose.
Menos Frequentes
• Streptococcus gr A;
• Staph.aureus;
• B.pertussis;
• N. meningitidis.
Doentes, Sistemas de
Aerossóis Infeciosos
Profissionais Ventilação
• Streptococcus gr A; • Pseudomonas; • Legionella;
• Staph.aureus; • Acinetobacter; • Nocardia.
• N. meningitidis; • Legionella.
• B.pertussis;
• Mycobacterium
tubercolosis.
Notas:
Risco de
Infeção está
relacionado
Duração e
intimidade do com: Quantidade e
virulência dos
contato microrganismos
✓ Comunidade:
• Hospedeiros menos suscetíveis.
✓ Hospital:
• Hospedeiros mais suscetíveis que
na comunidade.
✓ Cuidados Intensivos:
• Ambiente mais agressivo;
• Hospedeiros mais suscetiveis;
• Maior virulência e
patogenicidade dos
microrganismos;
• Maior número de
microrganismos.
Risco diferencial de Infeção
Notas:
✓ Fluídos Biológicos:
• Saliva;
• Sangue;
• Urina;
• Suor;
• Sémen;
• Excreções;
• Exsudado de feridas;
• Líquido amniótico;
• Líquido Ascético;
• Excreções vaginais.
✓ SABA:
• Não atua em fluídos biológicos;
• Lavar com água e sabão.
✓ Hemograma com fórmula leucocitária:
• Análise que afere o número de leucócitos por ml de sangue;
• Cliente com leucócitos a < 500/ml e com múltiplos traumatismos tem de ser isolado porque
apresenta imunodeficiência e portas de entrada para microrganismos.
Colonização;
Infeção incluindo febre, tosse produtiva, alterações da pele, diarreia não diagnosticada com ou sem
vómitos.
Não Sim
Continuar as PBCI
Continuar as PBCI
Notas:
Sim Não
Sim
Sim
A minha roupa ou pele vai estar exposta a salpicos, aerossóis, ou itens contaminados com
sangue, excreções ou secreções?
Sim Não
imunodeprimidos) protozoários)
Saúde ocupacional
Rápida
Tratamento da identificação dos
doença de base microrganismos.
Higiene Ambiental
Reconhecer os
Desinfeção e
fatores de risco esterilização do
do doente equipamento
clínico
Via de Transmissão (contato
direto, superfícies, ingestão,
via aérea)
Porta de Saída Porta de Entrada
(membranas mucosas, trato
(secreções, excreções, GI, trato respiratório, pele
pele, gotículas) Higiene das lesada)
mãos
EPI Técnica
Esterilização Asséptica
Higiene das
mãos Controlo do ar
Dispositivos
Invasivos
Controle de
secreções e Manipulação
excreções de alimentos
Cuidaos com
as feridas
Triagem de Isolamento
resíduos/roupa
Notas:
✓ Sala de Trabalho:
• Zona limpa onde se prepara a medicação – Usar PBCI
✓ Saúde Ocupacional:
• Profissionais de saúde devem ter a vacinação em dia.
Controlo de Infeção – Medidas de Prevenção
✓ Diretas – Atuam ao nível da cadeia de infeção:
• Medidas Específicas
❖ Imunoprofilaxia;
❖ Quimioprofilaxia.
• Medidas não específicas
❖ Isolamento e vigilância;
❖ Cordão sanitário;
❖ Desinfeção/desinfestação;
❖ Declaração obrigatória.
✓ Indiretas – Atuam ao nível dos fatores ambientais e sociais
• Higiene;
• Saneamento.
Pressupostos
✓ O enfermeiro é, ética e deontologicamente, responsável por proporcionar ao cliente um ambiente
seguro:
• Evitar práticas negligentes é o mesmo que não quebrar os princípios éticos.
✓ A implementação das medidas de controlo das IACS diminuem o risco do cliente e/ou prestadores de
cuidados de saúde desenvolverem infeção:
• O enfermeiro deve conhecer as práticas de controlo de infeção;
• Saber quando e como aplicá-las;
• O enfermeiro deve, também, instruir as visitas sobre as normas de assepsia.
✓ A efetividade das práticas de controlo das IACS depende:
• Da competência do profissional de saúde;
• Do juízo acerca das medidas de prevenção e controlo da IACS mais adequadas
(nomeadamente sobre a técnica assética);
• Da sua responsabilidade individual.
✓ É função do enfermeiro a implementação das medidas mais efetivas no controlo das IACS, assim
como, a supervisão das medidas aplicadas por outros profissionais de saúde;
✓ Em todo e qualquer cuidado de saúde deve ser respeitada a assepsia.
Assepsia
✓ Definida como a redução da contaminação microbiana de tecidos vivos, fluidos ou materiais pela
exclusão, remoção ou morte dos microrganismos;
✓ Medidas de proteção do hospedeiro à exposição ao microrganismo através da eliminação de todos os
genes de uma determinada zona, evitando que os microrganismos patogénicos cheguem aos clientes.
Técnicas Assépticas
✓ A técnica assética é uma expressão para os métodos utilizados no sentido de garantir a assepsia;
✓ Técnicas que utilizam um conjunto de processos, medidas ou meios para impedir o contato do
microrganismo com o hospedeiro.
Assepsia Médica – Técnica Limpa
✓ Conjunto de ações que têm como finalidade limitar o número de microrganismos patogénicos a uma
determinada área, evitar o seu crescimento e a sua expansão;
✓ Compreende todas as ações utilizadas para confinar um microrganismo específico a uma área
determinada;
✓ É a “sombra” do enfermeiro visto que tem de estar sempre presente na sua rotina.
Higiene
oral e
corporal
Higienização Entubação
das mãos Nasogástrica
Exemplos de
Procedimentos
Alimentação
Tratamento
por sonda
de lixosdo
nasogástrica
Mudança de
saco coletor
de urina
Notas:
Cataterismo Limpeza de
venoso feridas
Exemplos de
Administração Procedimentos Cataterismo
de
Medicamentos vesical
Aspiração de Manuseamento
secreções de pacotes
endotraqueais estéreis
Notas:
✓ Feridas no estômago:
• Utilizar as 2 técnicas de assepsia porque há tecidos da parede do estômago que não é hábito
estarem expostas ao meio ambiente e no caso de ferida irão estar.
✓ Feridas:
• Feridas crónicas – assepsia médica;
• Queimaduras – assepsia cirúrgica.
✓ Tecido Ósseo:
• É o que mais rapidamente contamina e dissemina os microrganismos.
✓ A maior carga microbiana provém da descamação da pele.
Princípios de Assepsia
✓ Evitar falar, tossir, espirrar, curvar-se ou gesticular sobre o material estéril;
✓ Inutilizar objetos esterilizados que tocam em outros não-estéreis: são considerados contaminados/não
estéreis;
✓ Manter sob supervisão constante os dispositivos estéreis;
✓ Inutilizar pacotes húmidos, manchados, sem data e com ruturas na embalagem;
✓ Armazenar os materiais em locais próprios, limpos, longe de poeira, insetos e calor:
• Stock ativo – na sala de trabalho;
• Stock passivo – armazenamento de material para ir repondo o stock passivo;
• Compressas esterilizadas – armazenar nas prateleiras intermédias.
✓ Proceder à higienização das mãos sempre que necessário.
Bata
• Usar bata de manga comprida se se antecipa contaminação da pele ou das roupas,
baseado na avaliação de risco.
Luvas
• Usar luvas em caso de contato direto com sangue, fluídos orgânicos, secreções e
excreções;
• O uso de luvas não substitui a higienização das mãos;
• Remover imediatamente as luvas após o uso e higienizar as mãos.
Materiais e Equipamentos
• Descontaminar adequadamente todos os materiais e equipamentos entre
doentes.
Roupa e Resíduos
• Manipular a roupa suja e os resíduos com segurança, para prevenir a
contaminação pessoal e a transmissão cruzada para outros clientes.
✓ Aplicar as PBCI nos clientes com infeciosa ou com suspeita de infeção/colonização por
microrganismos alerta ou problema passíveis de transmissão direta (pele a pele através das mãos dos
profissionais de saúde) ou indireta (contato das mãos com superfícies ou utensílios do ambiente do
doente);
✓ Exemplos:
• Infeções ou colonizações gastrointestinais, respiratórias ou cutâneas por bactérias
consideradas multirresistentes, tais como:
❖ Staphylococcus aureus (MRSA) e Staphylococcus coagulase-negativo resistentes à
Meticilina;
❖ Enterococcus resistentes à Vancomicina (EVR), aminoglicosídeos ou betalactâmicos;
❖ Bacilos entéricos Gram-negativo resistentes às cefalosporinas de 3ª geração,
aminoglicosídeos ou quinolonas (Klebsiella, Serratia, Enterobacter,
Proteus,Providencia, Morganella e Citrobacter);
❖ Pseudomonas aeruginosa resistente à Piperacilina, Ceftazidima, Carbapenemes
❖ Streptococcus pneumoniae com níveis altos resistentes à Penicilina; ou
Aminoglicosídeos;
❖ Clostridium dificille.
Precauções de Gotículas
✓ Aplicam-se a doentes com patologia infeciosa ou colonização suspeita ou confirmada por
microrganismos transmitidos por gotículas (partículas de dimensões superiores a 5 μm) e que podem
ser geradas pelo doente durante a tosse, o espirro, a fala ou determinados procedimentos de risco
geradores de aerossóis como aspiração de secreções, broncoscopia, cinesiterapia respiratória;
✓ Exemplos:
• Doença estreptocócica em crianças (escarlatina, faringite, pneumonia);
• Gripe;
• Meningite por Haemophilus influenzae e Neisseria meningitidis;
• Parotidite;
• Tosse convulsa (B. pertussis);
• Difteria faríngea;
• Rubéola
✓ Aplicam-se a doentes com infeções suspeitas ou confirmadas por microrganismos transmitidos por
núcleos de partículas (“dropllet nuclei”) com dimensão < 5 μm, transportadas pelo ar;
✓ Estes núcleos resultam da evaporação das gotículas contendo microrganismos e que permanecem
suspensas no ar, podendo ser transportadas a longas distâncias por correntes de ar;
✓ Exemplos:
• Tuberculose pulmonar, laríngea ou brônquica;
• Varicela ou sarampo;
• Herpes Zooster disseminado ou herpes localizado em doentes imunodeprimidos.
Unidade do Doente
✓ 1 metro a contar de cada lado da cama e aos pés da cama;
✓ Cama;
✓ Mesa de cabeceira.
Limpeza de Feridas
1. Zona Rosa
Zona limpa da ferida;
A que se limpa em primeiro lugar.
2. Zona verde
Zona suja da ferida. Apresenta exsudado.
Parentérica
✓ Intradérmica;
✓ Endovenosa;
✓ Intramuscular;
✓ Subcutânea.
Verificação da qualidade/segurança:
✓ Garantia/validação das condições de armazenamento:
• Temperatura;
• Luz – normalmente as embalagens opacas têm de ser protegidas da luz.
• Humidade.
✓ Verificação da embalagem:
• Tamanho, nome e tipo de produto – reutilizável ou descartável, impermeável, etc.
• Identificação do fabricante;
• Mês, ano e tipo de esterilização (se for material esterilizado);
• Mês, ano de fabrico e lote de fabrico;
• Prazo de validade;
• Tempo de vida útil
✓ Importante saber fabricante e fabricante para identificar os produtos com defeito;
✓ O prazo de validade de esterilização pode ir até 6 meses se forem garantidas as condições de
armazenamento.
Luvas:
✓ Antes do uso de luvas:
• Certificar-se que as mãos estão limpas e secas, porque as proteínas do látex ligam-se ao pó,
ativando a reação alérgica que é potenciada pela humidade;
• Verificar se existem cortes e/ou outros ferimentos nas mãos. Se existirem utilizar a técnica de
oclusão (cobrir com um penso);
• Garantir que as luvas cobrem as mãos e os punhos;
• Proceder sempre à higienização das mãos antes e após o uso das luvas, porque poderão existir
defeitos inaparentes; as luvas podem rasgar-se durante o uso bem como existe a possibilidade
de contaminação das mãos após a remoção.
✓ Troca das luvas:
• Entre clientes;
• Entre procedimentos diferentes no mesmo cliente;
• Sempre que se encontrem danificadas.
✓ A lavagem das mãos com as luvas colocadas destrói a barreira protetora das luvas porque a água e o
detergente tornam as luvas permeáveis;
✓ Adequar o tipo de luvas aos procedimentos (não usar luvas duplas).
✓ Utilização das luvas:
• Protege o cliente da flora transitória existente nas mãos do prestador de cuidados;
• Reduz o risco de contaminação das mãos do prestador cuidados quando este o contata com
fluidos orgânicos e materiais e equipamentos contaminados;
• O uso indiscriminado de luvas pode constituir um risco para os clientes como para o
utilizador;
• A luvas não são totalmente impermeáveis porque é possível encontrar nas mãos dos
profissionais enterococos resistentes à vancomicina após a remoção das luvas:
❖ Vancomicina – antibiótico de largo espectro bastante forte.
✓ Luvas estéreis:
• Utilizadas em atos cirúrgicos;
• Procedimentos invasivos;
• Em conjunto com a técnica assética cirúrgica;
• Proteção pessoal do cliente e do profissional de saúde;
• Podem ser de: látex (mais comum), sintéticas e de nitrilo.
✓ Luvas não estéreis ou luvas de procedimento:
• Quando se prevê contato com fluídos orgânicos, pele não íntegra do cliente e material
contaminado;
• Podem ser fabricadas em todos os materiais referidos abaixo, porém as mais comuns são de
látex.
✓ Tipos de Luvas existentes (nenhuma delas protege contra picadas):
• Látex – fabricadas em borracha natural;
• Sintéticas – não têm proteínas de látex, sem produtos químicos residuais, utilizadas por
pessoas sensíveis ao látex, mais caras;
• Nitrilo – fabricadas de um polímero especial, sem proteínas de látex, mais resistentes a
químicos que o látex natural, mais resistentes a efeitos abrasivos. Utilizadas na preparação da
quimioterapia e na desinfeção de DM com ácidos abrasivos para a pele;
• Vinil – fabricadas com polímeros de adição (polivinil ou polietileno), rompem com mais
facilidade, utilizadas para contatos superficiais de curta duração como avaliar a temperatura
ou o pulso. Não protegem de riscos biológicos. Luvas transparentes largas. Podem ser de
procedimento ou esterilizadas.
• Menage – fabricadas em borracha e utilizadas apenas para procedimentos de limpeza, como
por exemplo descontaminar a unidade do doente.
Notas:
✓ Lavar e vestir o doente:
• Se o prestador de cuidados apresentar corte na mão utilizar a técnica oclusiva no corte e
utilizar luvas para proteção do prestador de cuidados e do cliente;
• Cuidados de higiene às partes limpas do corpo são efetuados sem luvas;
• Cuidados de higiene às partes sujas do corpo (genitais) são efetuados com luvas.
✓ Mudar os lençóis da cama:
• Limpos – não usar luvas;
• Com sangue, fezes ou urina – usar luvas de procedimento porque as mãos estarão em contato
com fluídos biológicos.
Notas:
Uniforme:
✓ Branco para identificar com facilidade a sujidade;
✓ Feita em tecido capaz de suportar altas temperaturas e hipoclorito de sódio (lixivia) logo facilmente
descontaminável;
✓ Deve ser apropriado à área/função para a qual vai ser utilizado;
✓ Ser mudado diariamente, ou pelo menos 2 a 3 vezes por semana:
• Ter sempre um uniforme no cacifo para substituição;
• A mudança da farda diária depende do serviço:
❖ Cuidados Intensivos, Queimados, Neonatalogia, Bloco Operatório – mudança diária
da farda;
✓ A farda não pode ser utilizada na rua;
✓ Cobrir a maior área de risco de exposição
Calçado:
✓ Apropriado à função/área onde vai ser utilizado;
✓ Fabricado em material descontaminável no momento e impermeável;
✓ Fechado;
✓ Cobrir a maior área de risco de exposição;
✓ Não circulam na rua;
✓ Em algumas unidades têm de ser cobertos por pantalonas (ex: cuidados intensivos);
✓ Não devem ter atacadores porque são de tecido logo não facilmente descontamináveis.
Batas:
✓ Compridas, largas, com cinto para ajuste na cintura e punhos elásticos para fácil ajustamento;
✓ Utilizadas quando:
• Se prevê contaminação de roupa ou pele;
• Se presta cuidados a pessoas com compromisso imunitário;
• Se presta cuidados a pessoas infetadas;
✓ De uso único;
✓ Sem bolsos;
✓ Retiradas do final do procedimento para que foi usada;
✓ Removidas/substituídas quando molhadas;
✓ Confortáveis, facilitando os movimentos;
✓ Reforçadas na cintura e braços;
✓ Impermeáveis;
✓ Maleáveis, leves e resistentes;
✓ Isentas de libertação de partículas;
✓ São barreira microbiana e virica;
Máscaras:
✓ Indicadas nas situações de risco de contaminação (quer do cliente quer do prestador de cuidados) por
via aérea;
✓ As máscaras cirúrgicas destinam-se a filtrar ou a direcionar os microrganismos expirados para longe
do campo estéril (transmissão por macro Gota);
✓ As máscaras convencionais destinam-se, apenas, a filtrar o ar expirado da pessoa que a usa; não é
eficaz para proteger o seu utilizador de doenças transmissíveis por via aérea;
✓ Os respiradores pessoas são máscaras destinadas a filtrar o ar inalado pela pessoa que usa a máscara;
conferem proteção ao utilizador na transmissão da microgota;
✓ Incluídas nas PBVT porque protegem contra a transmissão de microrganismos por via aérea;
Características Essenciais:
✓ Dimensões: cobrir o nariz e austar-se á face;
✓ Eficiência de filtragem e partículas não inferior a 98%;
✓ Eficiência de filtragem bacteriana não inferior a 95%;
✓ Constituída por material filtrante e revestida por camadas de polipropileno;
✓ A fixação deve ser feita por amarras, presilhas ou ajuste á cabeça;
✓ O ajuste á face deve ser incluído dentro do material de cobertura e não deve projetar-se para fora do
material da máscara;
✓ Repelência a fluidos – não deve haver evidencia de sangue alcançando a camada interna do material
da máscara.
Uso
✓ Colocação com ajuste correto á face;
✓ A remoção deve fazer-se pelas tiras, evitando tocar nas partes externas e internas da máscara;
✓ Não colocar a máscara ao pescoço nos momentos em que não está a ser utilizada;
✓ Respeitar o tempo máximo de uso indicado pelo fabricante.
Embalagem:
✓ Para além dos aspetos comuns deve fazer referência a:
• Indicações de utilização;
• Tempo de duração da máscara quanto à obstrução do filtro;
• Adaptabilidade nasal;
• Comodidade (respiração fácil e não irritante).
Colocação da Máscara
Tipos de Máscaras:
Respiradores
Padrão do Respirador Capacidade do filtro (% de partículas com 0.3
mícron ou mais que são eliminadas)
FF1 e P1 Pelo menos 80 %
FF2 e P2 Pelo menos 94 %
N95 Pelo menos 95 %
N99 e FFP3 Pelo menos 99 %
S3 Pelo menos 99.95 %
N100 Pelo menos 99.97 %
Proteção Ocular:
✓ Indicados quando se corre o risco de salpicos de produtos orgânicos nos olhos.
Colocação: Remoção:
1. Higienizar as mãos 1. Remover as luvas
2. Colocar a bata 2. Remover a bata
3. Colocar a máscara ou respirador n95 3. Higienizar as mãos
4. Colocar o protetor ocular 4. Remover o protetor ocular
5. Colocar as luvas 5. Remover a máscara ou respirador n95
6. Higienizar as mãos
Notas:
✓ A higienização das mãos acontece após tirar as luvas e bata e antes de remover os protetores
oculares porque:
• As luvas podem perder barreira protetora;
• Retira-se as luvas e bata com as mãos desprotegidas. A bata está contaminada e ao tirar a
proteção ocular se não higienização das mãos antes poderá acontecer a transmissão de
microrganismos.
Imunização
✓ De acordo com o Programa Nacional de Vacinação:
• O plano de vacinação atualizado é uma barreira de proteção;
• Todos os enfermeiros têm obrigação de conhecer o plano de vacinação, especialmente
os que trabalham nos serviços de urgência devem conseguir perceber se o cliente tem a
vacina contra o tétano atualizada ou não;
• Os enfermeiros que trabalham nos serviços de hemodiálise são seguidos nos Serviços
de Saúde Ocupacional e fazem reforços de vacinação especialmente contra as hepatites.
✓ De acordo com a Circular Informativa, anual, da DGS para a gripe sazonal;
✓ Preocupação maior: doenças transmitidas pelo sangue e fluidos orgânicos como a Hepatite B
e C e a infeção por HIV;
✓ Preocupação atual – COVID-19;
✓ Fatores que contribuem para o surgimento de infeção:
• quantidade de sangue transmitido;
• o número de partículas infetadas disponíveis no doente infetado;
• Se a exposição foi superficial (salpicos de fluidos orgânicos no rosto) ou profunda
(picada profunda com injeção de algum sangue).
Vacina anti-hepatite B:
✓ Os profissionais suscetíveis devem ser vacinados;
✓ É importante completar o esquema vacinal (3 infeções no total);
✓ Antes de iniciar a sua prática num serviço de saúde.
Sistemas de Isolamento
Colocação de Doentes:
✓ É uma das barreiras à transmissão de agentes patogénicos;
✓ Seleção do tipo de colocação/isolamento de acordo com:
➢ Cadeia epidemiológica da infeção;
➢ Situação clínica do doente (patologias);
➢ Vias de transmissão previstas (via aérea, gotículas e contato).
✓ Suscetibilidade imunológica do doente e o seu grau de colaboração;
✓ Nos hospitais são criadas unidades de isolamento com base em vários fatores, entre eles os meios de
transmissão como a via aérea ou gotículas.
Objetivos:
Notas e exemplos:
✓ Covid:
• Isolamento de contenção para o infetado;
• Isolamento de proteção para proteger os não infetados.
✓ Doentes Imunodeprimidos:
• Isolamento de proteção para o proteger o cliente.
Via Aérea:
✓ Aplicam-se a doentes com infeções suspeitas ou confirmadas por microrganismos transmitidos por
núcleos de partículas (“dropllet nuclei”) com dimensão < 5 μm, transportadas pelo ar.
✓ Estes núcleos resultam da evaporação das gotículas contendo microrganismos e que permanecem
suspensas no ar, podendo ser transportadas a longas distâncias por correntes de ar;
✓ Exemplos:
• Tuberculose pulmonar, laríngea ou brônquica;
• Varicela ou sarampo;
• Herpes Zooster disseminado ou herpes localizado em doentes imunodeprimidos
Gotículas:
✓ Aplicam-se a doentes com infeção suspeita ou confirmada por microrganismos transmitidos por
gotículas (partículas de dimensões superiores a 5 μm);
✓ Gotículas podem ser geradas pelo doente:
• Durante a tosse, o espirro, a fala;
• Procedimentos de risco geradores de aerossóis como aspiração de secreções, broncoscopia,
cinesiterapia respiratória.
✓ Exemplos:
• Doença estreptocócica em crianças (escarlatina, faringite, pneumonia);
• Gripe;
• Meningite por Haemophilus influenzae e Neisseria meningitidis;
• Parotidite;
• Tosse convulsa (B. pertussis);
• Difteria faríngea;
• Rubéola
Contato:
✓ Indicado em todos os doentes com suspeita ou confirmação de estarem infetados ou colonizados por
microrganismos epidemiologicamente importantes;
✓ Possam ser transmitidos por:
• Contacto direto com o doente (pele-a-pele, através das mãos dos profissionais de saúde);
• Indiretamente, por contacto das mãos com as superfícies ou utensílios do ambiente do doente,
com os quais este contactou.
✓ Exemplos: Infeções ou colonizações gastrointestinais, respiratórias ou cutâneas por bactérias
consideradas multirresistentes, tais como:
• Staphylococcus aureus (MRSA) e Staphylococcus coagulase-negativo resistentes à
Meticilina;
• Enterococcus resistentes à Vancomicina (EVR), aminoglicosídeos ou betalactâmicos;
• Bacilos entéricos Gram-negativo resistentes às cefalosporinas de 3ª geração,
aminoglicosídeos ou quinolonas (Klebsiella, Serratia, Enterobacter, Proteus,Providencia,
Morganella e Citrobacter);
• Pseudomonas aeruginosa resistente à Piperacilina, Ceftazidima, Carbapenemes;
• Streptococcus pneumoniae com níveis altos resistentes à Penicilina; ou Aminoglicosídeos;
• Clostridium dificille.
2. Dar uma arrumação ao espaço, antes de iniciar a limpeza e remover resíduos do chão ou outra
sujidade maior:
Exemplo: Apanhar papéis de chão e limpar salpicos de fluidos biológicos primeiro.
3. Seguir as indicações do fabricante e a norma interna, para diluição e tempo de contacto das soluções
detergente e desinfetante.
4. Reúna todos os materiais e produtos de que vai necessitar, antes de entrar no quarto ou na unidade do
doente.
Durante a Limpeza:
1. Iniciar a limpeza das áreas menos sujas (baixa frequência de toque) para as áreas mais sujas (alta
frequência de toque) e das superfícies mais altas ou superiores, para as mais baixas ou inferiores.
4. Minimizar a turbulência para impedir a dispersão do pó que pode conter microrganismos (não
utilizar vassouras e espanadores).
8. Mudar com maior frequência os produtos em áreas altamente contaminadas quando visivelmente
sujas e imediatamente apos a limpeza de sangue e fluidos corporais derramados .
9. Os dispensadores de sabão líquido, dos produtos de limpeza/desinfetantes devem ser de uso único ou
se forem de uso múltiplo, devem ser higienizados antes de os repor;
10. A prática de “atestar” o frasco reutilizável, sem o higienizar previamente, não é aceitável, uma vez
que pode resultar em contaminação do recipiente e da própria solução;
11. As carpetes/tapetes não são adequadas em unidades de prestação de cuidados de saúde. Se as existir
(ex. áreas administrativas) devem ser limpas com aspirador de vácuo, equipado com filtro HEPA;
12. Estar alerta para a presença de agulhas e outros objetos corto-perfurantes, durante a limpeza. Não
pegue nestes objetos á mão, apanhe-os com uma pinça especifica e coloque no contentor apropriado.
Faça o relatório de incidente e dirija ao supervisor da área;
13. Recolher os resíduos, manipulando os sacos de plástico, a partir do topo do mesmo (não comprimir
sacos com as mãos);
Após a Limpeza:
3. Enviar diariamente os pano e cabeças das esfregonas para a zona de lavandaria, para serem lavados e
secos, em máquina, com ciclo de desinfeção pelo calor
Semicrítica:
- Instalações utilizadas por utentes e onde se realizam
procedimentos de risco reduzido (salas de penso e
injetáveis);
- Onde se armazenam resíduos hospitalares com risco
biológico (zona de sujos).
Crítica:
- Onde existe um maior risco de transmissão de infeção, por
serem locais onde se realizam procedimentos de risco;
- Onde estão utentes com o sistema imunitário deprimido;
- Exigem um plano de limpeza e de desinfeção próprio.
2. Zona
Crítica
1. Zona Não Crítica
Notas:
Limpeza:
✓ Processo de remoção da sujidade por meios químicos, mecânicos ou térmicos, efetuada às
instalações num determinado período de tempo.
Frequência da Limpeza:
✓ Limpeza corrente:
• Hospital – De manhã e à tarde;
• Unidades de Saúde – ao final do dia.
✓ Limpeza de conservação ou semanal;
✓ Limpeza imediata:
• Alta do doente;
• Sujidade produzida no momento (salpicos de sangue ou outros fluidos, etc.)
✓ Limpeza global.
Notas:
Desinfeção:
✓ Processo de destruição ou inativação de microrganismos na forma vegetativa (geralmente não atua
nos esporos bacterianos) em superfícies inertes, mediante a aplicação de agentes químicos ou físicos.
Detergentes e Desinfetantes:
✓ A lista de detergentes e desinfetantes a utilizar pelas empresas contratualizadas deve ser submetida à
aprovação da Comissão de Controlo de Infeção das instituições.
✓ Não utilizar:
• Detergentes em pó;
• Produtos cerosos derrapantes;
• Detergentes e desinfetantes pré-diluídos ou que estejam fora das suas embalagens de origem;
• Produtos de limpeza ou de desinfeção que estejam sem ficha de segurança.
Detergentes:
✓ São substâncias tensioativas, solúveis em água e dotadas de capacidade de emulsionar gorduras e
manter os resíduos em suspensão, facilitando desta forma a remoção da matéria orgânica das
superfícies;
✓ Utilizados para:
• Limpeza de pavimentos;
• Equipamentos;
• Utensílios;
• Superfícies de trabalho.
Desinfetantes:
✓ São agentes químicos aplicados a superfícies inertes (ex: equipamentos, utensílios, instrumentos,
entre outros) capazes de eliminar, destruir ou inativar os microrganismos na forma vegetativa e
parcialmente os esporos;
✓ Utilização exclusiva nas situações de derrame/salpico de sangue ou de outra matéria orgânica;
✓ Exemplos: Hipoclorito de sódio (lixívia) a 1% de cloro livre ou o dicloroisocianurato de sódio
(grânulos ou pastilhas).
Triagem de Lixo:
✓ A triagem dos vários grupos de resíduos deve constar dos procedimentos emanados pelo Gabinete de
Gestão de Risco das Instituições de Saúde estando em consonância com as orientações definidas pela
DGS e/ou DRS;
✓ A triagem deve ser feita junto aos locais de produção;
✓ A colocação dos contentores deve estar de acordo com o lixo produzido no local de modo a não
favorecer a triagem incorreta;
✓ A periodicidade e a responsabilidade da descontaminação dos contentores devem estar definidas nos
serviços.
✓ Opacos;
✓ • Impermeáveis e de fácil desinfeção;
✓ • Equipados com dispositivos que facilitem o seu transporte;
✓ • Incineráveis, não podendo contaminar o meio ambiente (redução a 2% de cinzas após incineração);
✓ • Empilháveis sem ocupar muito espaço, tanto cheios como vazios;
✓ • Estanques: colocados na posição horizontal retêm, no seu interior, todos os líquidos, pelo menos
durante 24 horas.
Triagem de Roupas:
Princípios a ter em conta:
✓ “... Toda a roupa que esteja suja, com sangue ou matéria orgânica, deve ser tratada do mesmo modo,
independentemente do tipo de doente de que provenha.” (CDC, 2009);
✓ Na escolha de roupa hospitalar deve ser tida em conta a termo resistência e a durabilidade.;
✓ A roupa deve existir em quantidade suficiente de modo a que não se verifique rutura no fornecimento de
roupa lavada aos serviços;
✓ A roupa não deve, em caso algum, ser usada para outros fins (ex. limpar ou escorrer água do material, reter a
água do chão, limpar as mãos, cobrir almofadas, etc.);
✓ Devem existir nos serviços suportes para sacos em quantidade suficiente, de modo a que a triagem possa ser
feita junto da cama do doente;
✓ As instituições de saúde devem dispor de 3 tipos de cor de sacos, que entram diretamente na máquina de lavar,
de modo a que se possa proceder à separação da roupa. Por exemplo:
o Amarelo – cobertores e outra roupa termo sensível como por exemplo, cortinados;
o Vermelho – roupa suja de sangue e outra matéria orgânica (urina, fezes …), ou de doentes que
receberam citostáticos (quimioterapia) a menos de 48 h.
Objetivos:
✓ Fornecer a todos os serviços DM reutilizáveis, seguros para o utente e profissionais, atempadamente,
na quantidade certa para uso.
✓ Preparar, controlar, armazenar e distribuir os materiais esterilizados, requeridos por todas as
unidades e setores que prestam cuidados de saúde e que dela dependam.
✓ Produzir DM seguros para serem utilizados nos cuidados de saúde prestados aos clientes
✓ Tratar cargas perigosas (DM de risco biológico):
o Tesoura de sutura – menor risco biológico;
o Afastador – maior risco biológico.
✓ Garantir o fornecimento de DM seguros para clientes e profissionais.
✓ Cumprir as normativas da CE, do PPCIRA e exigência de utilizadores, por isso é um serviço
centralizado;
✓ Padronizar as técnicas de limpeza, preparação e empacotamento do material, garantindo maior rigor
e rentabilização de recursos económicos, materiais e humanos, assim como redução do tempo gasto;
✓ Concentra o material esterilizado, facilitando o seu controlo, conservação e manutenção;
✓ Promove a perícia dos profissionais pelo treino, permitindo obter maior produtividade;
✓ Facilita o controle da qualidade e das técnicas de esterilização, aumentando a segurança no uso dos
DM;
✓ Mantem reserva de material, a fim de atender prontamente às necessidades de qualquer unidade
DM Seguro:
✓ Isento de contaminação microbiana;
✓ Isento de resíduos químicos em quantidade que seja prejudicial para a saúde;
✓ Isento de riscos relativos à sua funcionalidade.
Recolha e Transporte
Lavagem e Desinfeção
Inspeção
Preparação e Embalagem
Esterilização
Armazenamento
Distribuição e Transporte
Classificação de Spaulding:
✓ Definição de critérios para a higienização dos DM.
Lavagem Manual
• Não permite o controlo da dosagem do detergente;
• Não permite grande rigor nos tempos de imersão;
• Não assegura a desinfeção térmica pela temperatura da água;
• Não permite o controlo dos parâmetros do processo;
• Representa um risco acrescido para o pessoal.
Lavagem Mecânica
• Requer o uso de equipamentos de:
• Lavagem/desinfeção térmica;
• Lavagem/desinfeção térmico-química;
• Lavagem por ultra sons
• Engloba os seguintes procedimentos:
• Pré lavagem a temperatura <45ºC;
• Lavagem com detergente apropriado;
• Enxaguamento;
• Enxaguamento de desinfeção térmica à temperatura recomendada;
• Secagem e arrefecimento.
Água
Mecânica Química
Eficácia do
Ciclo de
Lavagem
depende de:
Tempo Temperatura
✓ Dar preferência à lavagem na máquina a temperatura superior a 60º em detrimento da
lavagem manual;
✓ A lavagem é o único procedimento que pode ser efetuado sem depender da desinfeção e da
esterilização;
✓ A desinfeção implica a lavagem prévia;
✓ A esterilização implica a lavagem e desinfeção prévias.
Desinfeção:
✓ É o processo de destruição de agentes “patogénicos” na forma vegetativa existentes em superfícies
inertes, mediante a aplicação de meios físicos ou químicos;
✓ Pode ser efetuada por:
o Agentes Físicos – Calor húmido;
o Agentes Químicos – Desinfetantes e Biocidas.
Esterilização a Plasma
Processo:
Gás - H 2 O 2;
Energia - Campo
eletromagnético.
- Nuvem de partículas de Tipos:
carga + e - Formação de radicais
Alta temperatura; livres que atuam nas
- Agentes neutros,
atómicos e moleculares. Baixa temperatura. membranas celulares,
enzimas e ácidos
nucleicos destruindo as
funções vitais dos
microrganismos
Esterilização a Plasma
• Vantagens:
• Processo ecológico;
• Menor tempo de ciclo;
• Sem resíduos tóxicos;
• Não necessita de arejamento;
• Indicado para DM sensíveis ao calor e humidade;
• Preserva/prolonga o tempo de vida dos instrumentos.
• Desvantagens:
• Material de embalagem especial;
• Demasiada carga;
• Sem indicação para materiais de origem celulósica;
• Menor capacidade do que o óxido de etileno.