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Técnico em 

Enfermagem

Módulo II
FUNDAMENTOS DE
ENFERMAGEM
Aula 2
IH - CCIH
Histórico das Infecções

Hospitalares
O atendimento nos Hospitais (século XIX)
• Relatório Jacques-René Tenon (1777) 
no Hotel-Dieu (Paris):
– Mortos juntos com vivos Mortos
– Sujeira, umidade e pestilência
– Compartilhamento de camas
– Sarna presente em pacientes, profissionais de saúde e seus
familiares
– Morriam um a cada quatro pacientes
– Morriam anualmente de 6 a 12% dos 
funcionários
– Propostas corretivas que foram postergadas


Historia da Infecção Hospitalar
Ignaz Philipp Semmelweis, médico obstetra é considerado o pai do controle
de infecções hospitalares. 
Em meados de 1840, médico observou diferença de número de casos de
infecções puerperais (infecções pós-parto) em duas clínicas do hospital de
Viena - estudantes de medicina que circulavam livremente entre a sala de
autópsia e enfermaria X atendimentos eram realizados por parteiras
número de infecções puerperais era muito menor. 
Em maio de 1847 Semmelweis tornou compulsório para todos os médicos,
estudantes de medicina e pessoal da enfermagem a lavagem das mãos com
uma solução clorada, reduzindo drasticamente a mortalidade por infecção
puerperal.
A queda dos índices de infecção 
puerperal foi importante: 
de 12,24% para 1,89%! 

  
Controle de Infecção Hospitalar
História da Infecção Hospitalar no Brasil

▪ 1o Relato em 1956 Sobre esterilização do material
hospitalar e uso indiscriminado de antibióticos
▪ Anos 60 �� Temas sobre: microbiologia, infecções
estreptocócicas e estafilocócicas 
▪ 1963 �� Hospital Ernesto Dornelles – RS – Surge a
1o CCIH
▪ 1970 São Paulo – inicia as atividades em CCIH
▪ 1972 ��1o evento: “Curso de Epidemiologia e
Profilaxia das Infecções Hospitalares”
▪ 1976 �� INPS – órgão centralizador do Ministério da
Previdência Social - Determina que em todos os
seus hospitais sejam instituídos CCIH.
Controle de Infecção Hospitalar
1976 - Decreto do MS n° 77.052 de 19/01/1976, em seu Artigo 2°, Item
IV
Determinou que nenhuma instituição hospitalar pode funcionar no
plano administrativo se não dispuser de meios de proteção capazes de
evitar efeitos nocivos à saúde dos agentes, pacientes e circunstantes.
A fiscalização é responsabilidade dos órgãos estaduais - que devem
avaliar as condições de exercício das profissões e ocupações técnicas
e auxiliares diretamente relacionadas com a saúde.

1983 Ministério da Saúde promulga a Portaria 196 de 24/06 
 “Todos os hospitais deverão manter CCIH, independente
  da Entidade Mantenedora”



 15/5: Dia Nacional do Controle das 
Infecções Hospitalares

•O
Infecção 
que é infecção?
❑ É uma doença que envolve
microrganismos (bactérias, fungos,
vírus e protozoários). Inicialmente
ocorre a penetração do agente
infeccioso (microrganismos) no corpo
do hospedeiro (ser humano) e há
proliferação (multiplicação dos
microrganismos), com consequente
apresentação de sinais e sintomas
(febre, dor no local afetado, alteração Infecção é uma ação
de exames laboratoriais, debilidade...... exercida no organismo
. )
❑ As infecções podem acometer partes decorrente da
do corpo, ou disseminar-se pela presença de agentes
corrente sanguínea, a localização da patogênicos, podendo
infecção depende do tipo de ser por bactérias, vírus,
microrganismo.  fungos ou protozoários

INFECÇÃO
▪ Hospitalar: (IH)
  É a in fec ç ã o a dqu irida a pó s a
internação do paciente e que se manifeste
durante a internação ou mesmo após a
alta, quando puder ser relacionada com a
h o spita liza ç ã o o u pro c edimen to s
realizados.
▪ Comunitária: (IC)

 É a infecção constatada ou em
incubação no ato da admissão do
paciente, desde que não relacionada com
a sua internação anterior no mesmo
hospital.
Ex.: a infecção do RN, cuja aquisição por
via placentária, infecção do RN associado
TIPOS DE INFECÇÃO
Cruzada: Ocorre quando a equipe multidisciplinar transmite
através das mãos os microrganismos de um cliente para
outro.
 TIPOS DE INFECÇÃO

• Preveníveis: Infecções possíveis de controle de redução a níveis
  aceitáveis. 
Ex: pacientes em uso de cateteres vesicais, venosos etc.

• Não-preveníveis: São infecções que dependem basicamente do
hospedeiro e sua imunidade e não tanto dos fatores externos. 
 Ex: infecção em RN prematuro, pacientes terminais, idosos,
imunodeprimidos .

PRINCIPAIS CONCEITOS EM INFECÇÃO HOSPITALAR
Cont aminação: Presença t ransit ória de
microrganismos em superfícies sem invasão
tecidual ou relação de parasitismo. Pode
ocorrer em objetos inanimados ou em
hospedeiros.   Ex: microbiota
transitória das mãos.

Colonização: Multiplicação de microrganismos
que não resulta em lesão celular. Crescimento
e multiplicação de um microrganismo em
superfícies epiteliais do hospedeiro, sem
expressão clínica ou imunológica
Ex: flora normal do corpo humano
CADEIA DA INFECÇÃO HOSPITALAR 
Vias de Transmissão
 Transmissão direta e ocorrer de maneira imediata ou
m e d i a t a ��p o r c o n t a t o e t r a n s m i s s ã o d e g o t a s
(respiratórias).
Imediato: ocorre a justaposição de superfícies.
   Ex: respiração boca-boca;
Mediato: não há justaposição de superfícies e, o pouco
tempo de permanência do agente no meio exterior não
permite alteração do material infectante.
Transmissão
 indireta ar, veiculo e vetor

A transmissão de doenças infecciosas exige uma
interação entre o agente transmissor, hospedeiro
Todos os indivíduos
e ambiente.
possuem algum grau
Bactérias
Vírus
de susceptibilidade, a
Fungos
depender das
Parasitas
condições individuais e
Príons
do tipo de patógeno.
Ex. Tb
local onde
Agente infeccioso
o agente
atinge o hospedeiro
susceptível. infeccioso
Trato respiratório, se
Trato gastrointestinal, encontra
Trato urinário,
Pele não íntegra, . respiratório
Mucosas. Trato
forma de Trato geniturinário
transmissão ( Trato
direta ou indireta) do gastrintestinal
micro-organismo Sangue
que definirá o tipo Pele
de isolamento. Mucosas
As formas de transmissão referidas são:

• Através de gotículas eliminadas pelas vias aéreas
superiores;
• Por artigos médicos-hospitalares recentemente
contaminados;
• Pelas mãos da equipe de saúde que não foram
lavadas após o contato com material infectante.
Precauções: 
 Padrão
  Contato
   Gotículas
    Aéreas
PRECAUÇÃO PADRÃO 
• Medida aplicada no cuidado com
todos pacientes, desconhecendo a
suspeita ou confirmação da presença
de algum agente infeccioso;
• Contato com sangue, fluídos corporais,
pele não íntegra e mucosas; 

• É fundamental para a prevenção da
transmissão de microrganismos (MOs);

• Medidas para proporcionar um
ambiente seguro para os pacientes e
profissionais.

PRECAUÇÃO PADRÃO UNIVERSAL 
Inclui o uso de:
✔ Higienização das mãos
✔ Luvas
✔ Avental de contágio
✔ Máscara descartáveis;
✔ Óculos, protetor facial
✔ Prevenção de acidentes com perfurocortantes
✔ Segregação de resíduos
✔ Reprocessamento de materiais
✔ Descontaminação de superfícies
✔ Imunização profissional
PRECAUÇÃO DE CONTATO
É a maneira de reduzir o risco de transmissão de MO
epidemiologicamente importante por contato direto ou
indireto;
Contato com infecção transmitida por secreções,
excreções e sangue;
Contato com colonização/ infecção transmitidas através
das mãos. 
USO DE Precaução Contato
• Precaução Padrão +;
• Quarto privativo ou coorte ou separação de
01m entre pacientes;
• Higienização das mãos – sabonete líquido
ou clorohex degermante ou álcool gel;
• Uso de avental de contágio ( USO
EXCLUSIVO) e luvas em todas as situações
que possam envolver o contato com o
paciente ou seu ambiente – por turno e
individual;
• Artigos e equipamentos individualizados;
limpeza frequente do ambiente;
• Orientação ao paciente e a família quanto as
medidas de prevenção;
• Transporte de paciente: evitar ou limitar

SITUAÇÕES PARA PRECAUÇÕES DE
 CONTATO - PATOLOGIAS 
Paciente com incontinência fecal ou suspeita de
rotavírus;
Diarreia aguda e, provavelmente infecciosa em
paciente incontinente ou uso de fraldas.
Paciente com isolamento de VRE;
Paciente recém admitido vindo de outra
instituição hospitalar ou internação recente;
Outras doenças : Abscesso, Bactérias
multirresistentes, Conjuntivite, Escabiose,
Furunculose, Hepatite, Herpes simples, Pediculose,
Piodermite, Rubéola congênita, Vírus Sincicial
Respiratório.

PRECAUÇÃO DE CONTATO
PRECAUÇÃO COM GOTÍCULAS
• Barreira com partículas > 5 mícron
contato com infecção
transmitidas por gotículas de

orofaringe; Uso de Precauções por
• Eliminadas durante fala, Gotículas
respiração, tosse, espirro e Precaução Padrão +;
procedimentos como Quarto privativo ou coorte ( conjunto de
aspiração; medidas estabelecidas visando o bloqueio da
transmissão de infecção/ microorganismos do paciente

para o ambiente ou para os outros pacientes);
• Atingem até 01m de Máscara cirúrgica com proteção
distância, e rapidamente se
depositam no chão. de fluidos; usar próximo ao paciente
 ( - de 1m)
Transporte do paciente o paciente
usa máscara cirúrgica.
Materiais individualizados sempre
que possível.

PATOLOGIAS – Precaução Gotículas
• Menigite por: N . meningiditis
(Meningocócica ), 
 H. influenzae( haemophylus) , S.
pneumoniae ;
• Rubéola;
• Caxumba;
• Vírus influenzae ( influenzas);
• Difteria;
• M. pneumoniae (Pneumonias )
• Coqueluche (5 dias);
• Bronquiolites , Adenovírus, VRS,
• Faringite estreptococia

Precaução por gotículas
PRECAUÇÕES AÉREAS
BARREIRA COM
PARTÍCULAS < 5 micron., Precaução Padrão +;
Contato com infecção
transmitida pelo AR; 
 Quarto privativo
Eliminadas durante a quarto individual ou
fala, respiração, tosse coorte
que ressecam e ficam Máscara nº. 95 (“bico
suspensas são de pato”);
carreadas por corrente Materiais
de ar. individualizado
 sempre que possível
Transporte do
paciente: o paciente
usa máscara cirúrgica.

PATOLOGIAS – Precauções Aéreas

• Tuberculose - pulmonar
bacilífera suspeita ou
confirmada;
• Varicela ( Catapora)
• Sarampo;

MÁSCARAS
• Barreira de proteção quando houver risco de
respingo de sangue e secreção em mucosas
(cirúrgica)
• Barreira na assistência ao paciente em Precaução
de Goticulas (cirúrgica)
• Precaução Aérea N95: máscara com filtro HEPA,
com 99,97% de eficiência contra partículas de 0,3
mícron.
Precauções por aerossóis 
COMISSÃO DE CONTROLE DE
INFECÇÃO HOSPITALAR 
• Encarregado pela elaboração, implantação e
avaliação do Programa de controle de Infecções
Hospitalares que é o conjunto de ações desenvolvidas,
com vistas à redução máxima possível da incidência e
da gravidade das infecções hospitalares.
• Objetivo de prevenir e combater a infecção hospitalar,
beneficiando toda a população assistida e o corpo
clínico do hospital.
• SCIH- Serviço de Controle de Infecção Hospitalar.
Controle de Infecção Hospitalar
Procedimento de Risco de Infecção Hospitalar
- Cirurgias;
- Sondas vesicais;
- Cânulas;
- Cateteres venosos;
Infecções mais Frequentes:
- Feridas cirúrgicas
- Infecções do trato urinário;
- Infecções do trato respiratório;
- Corrente Sanguínea;

Comissão de Controle de Infecção
Hospitalar (CCIH)
Finalidade da CCIH: 

• Detectar casos de infecção hospitalar, seguindo critérios
de diagnósticos previamente estabelecidos.
• Conhecer as principais infecções hospitalares detectadas
no serviço e definir se a ocorrência destes episódios de
infecção estão dentro dos parâmetros aceitáveis.
• Elaborar normas de padronização para os procedimentos
realizados na instituição, visando protocolo de técnicas
assépticas.
• Colaborar no treinamento de todos os profissionais da
saúde no que se refere à prevenção e controle das
infecções hospitalares.
Comissão de Controle de Infecção
Hospitalar (CCIH)
Finalidade da CCIH: 

• Realizar controle da prescrição de antibióticos,
evitando que os mesmos sejam utilizados de maneira
descontroladas no hospital.
• Recomendar medidas de isolamento no caso de
doenças transmissíveis, quando se tratar de pacientes
hospitalizados, ou em caso de bactérias
multirresistentes.
• Oferecer apoio técnico à administração hospitalar
para a aquisição correta de materiais e equipamentos
e para o planejamento adequado da área física das
unidades de saúde.
Normas Básicas de Prevenção e CIH
Medidas de prevenção e controle de infecção hospitalar:

• Lavar sempre as mãos antes de realizar qualquer
procedimento é um dos mais importantes meios para
prevenir a infecção cruzada;
• Manter os cabelos longos presos durante o trabalho, pois
quando soltos acumulam sujidades, poeira e
microrganismos, favorecendo a contaminação do paciente
e do próprio profissional;
• Manter as unhas curtas e aparadas, pois as longas facilitam
o acúmulo de sujidades e microrganismos;
Normas Básicas de Prevenção e
Controle de Infecção Hospitalar
Medidas de prevenção e controle de
infecção hospitalar:

• Evitar o uso de joias e bijuterias, como
anéis, pulseiras e demais adornos, que
podem constituir-se em possíveis fontes de
infecção pela facilidade de albergarem
microrganismos em seus sulcos e
reentrâncias, bem como na pele
subjacente;
• Não encostar ou sentar-se em superfícies
com potencial de contaminação, como
macas e camas de pacientes, pois isto
favorece a disseminação de
CONCEITOS
ÁREAS CRÍTICAS: áreas que oferecem risco de
transmissão de infecção, seja pela imunodepressão
dos pacientes que as ocupam, podendo este ter ou
não a presença de pacientes, ambientes onde são
realizados procedimentos de risco ou onde se
encontram pacientes imunodeprimidos. Ex.:
unidades de isolamento, laboratório de Anatomia
Patológica e de Análises Clínicas, CCG, CCO e
Berçário, CME, Unidade de Diálise, Área Suja da
Lavanderia.....
ÁREAS SEMI-CRÍTICAS: são todas as demais
áreas onde se encontram pacientes internados, mas
cujo risco de transmissão de infecção é menor. Ex.:
enfermarias, ambulatórios.
ÁREAS NÃO-CRÍTICAS: são todas as áreas
hospitalares não ocupadas por pacientes. Ex.: áreas
administrativas, almoxarifado, sala de aula.

Assepsia, Antissepsia, Desinfecção,
Descontaminação e Esterilização
 ASSEPSIA


Conjunto de medidas, para impedir a


penetração de microrganismos em locais que
não os contenha, logo um ambiente asséptico é
aquele que está livre de infecção.


Assepsia médica: medidas adotadas para


reduzir o número de microrganismos e evitar
sua disseminação


Assepsia cirúrgica: medidas adotadas para


impedir a contaminação de uma área ou
ANTISSEPSIA
• C o n j u n t o de t éc n i c a s dest i n a do a
prevenção do crescimento ou proliferação
de microrganismos em tecidos vivos, com
o uso de substancias químicas
(antissépticos) usados com bactericidas ou
bacteriostático.
• Medidas que visam reduzir e prevenir o
crescimento de microrganismos em
tecidos vivos.


ANTISSEPTICO 
Composto químico usado externamente
sobre a pele em torno da ferida, ou para
limitar a infecção, que poderia causar a
Diferença entre: 
• ASSEPSIA = SEM • ANTISSEPSIA
INFECÇÃO
SSEPSIA=INFECÇÃO COMBATE
A R
SEM / ANT
Eliminar as
NÃO I infecções
•É o conjunto de medidas
adotadas para impedir que •Eliminação ou redução de
determinado meio (superfície, microorganismos em pele ou
equipamento) seja mucosa.
contaminado. •Ex.: lavagem das mãos com
•Ausência de matéria séptica antisséptico, bochecho com
 (infecciosa, patogênica) solução antisséptica. 
•Ex.: uso de barreiras físicas •Antissepsia = destruição de
(pele, pelos, saliva, muco...)  germes.

DEGERMAÇÃO
• Operação destinada a remover detritos e/ou
impurezas de superfície.
• Reduzir do número de microorganismos
patogênicos ou não, após a escovação da
pele com água e sabão. 
• É a remoção de impurezas depositados
sobre a pele.
DESCONTAMINAÇÃO
✔ Processo de destruir, remover ou neutralizar
agentes potencialmente perigosos (bactérias,
gazes de guerra, materiais radioativos de uma
pessoa, objetos de uma área).
✔ Processo que visa destruir microrganismos
patogênicos, em artigos contaminados ou em
superfície ambiental, tornando-os,
consequentemente, seguros ao manuseio. Pode
CONTAMINAÇÃO
•P r e s e n ç a d e m i c r o r g a n i s m o s
(micróbios) vivos em determinado local.
• S i t u a ç ã o em qu e da do ma t er i a l
encontra-se com microorganismos,
sejam estes patogênicos ou não.


IRRADIAÇÃO
É a exposição de um objeto à radiação
(raio), o que pode ocorrer a uma
distância, sem necessidade de um
contato mínimo.
“Irradiar não significa contaminar!”
DEFINIÇÃO: 
• Processo de eliminação de microrganismos na forma vegetativa.
• Processo de destruição de microrganismos em estado vegetativo (com
exceção das formas esporuladas) utilizando-se agentes físicos ou
químicos. 
CLASSIFICAÇÃO: 
• Alto nível – destrói todos os microrganismos na forma vegetativa e
alguns esporulados, bacilo da tuberculose, fungos e vírus. Requer
enxágue do material com água estéril e manipulação com técnica
asséptica. 
• Médio nível ou nível intermediário – destrói todos os microrganismos
na forma vegetativa,
QUÍMICA MANUAL exceto os esporulados, inativa o bacilo da
tuberculose, a maioria2%,
• glutaraldeído dos  vírus e fungo. 
• Baixo nível – destrói todos os microrganismos na forma vegetativa,
• ácido peracético, 
alguns vírus e fungos, não elimina o bacilo da tuberculose, nem os
• compostos
esporulados.  fenólicos, 
• cloro,
• álcool 70%
TERMODESINFECÇÃO
TERMODESINFECTADORA
✔ Desinfecção de materiais
termossensíveis;
✔ temperatura: 90 a 98º;
✔ tempo: 50 a 60 minutos;
✔ produto utilizado: ácido peracético
(peresal) + água sem espuma;
✔ materiais: máscara de inalação,
traquéia, ambú.....
ESTERILIZAÇÃO
Processo utilizado para destruir todas as formas de vida microbiana,
por meio do uso de agentes físicos:
• Vapor Saturado sobre Pressão: Autoclave;
• Vapor Seco: Estufa; 
• Esterilização Química: óxido de etileno, plasma de peróxido de
hidrogênio, formaldeído, glutaraldeído e ácido peracético. 
OBJETIVO:
• Destruir todos os microrganismos vivos, isso inclui esporos e
vírus.
• Ciclo de vida da bactéria as bactérias tem uma grande
 velocidade de reprodução e podem multiplicar-se
 rapidamente para milhões em horas.
Bactéria em estado vegetativo: são facilmente destruídas.
Forma esporulada: é um mecanismo protetor através da qual a
bactéria é capaz de permanecer latente por um grande período
de tempo.
 
RECOMENDAÇÕES GERAIS PARA PREVENÇÃO
PROFISSIONAIS: EM NÚMERO ADEQUADO, COM TREINAMENTO.

ENFERMARIAS: 
  - PIAS, SABÃO E PAPEL TOALHA;
 CONDIÇÕES ADEQUADAS PARA ALOJAMENTO COM
 DISTÂNCIA MÍNIMA ENTRE BERÇOS E CAMAS.

QUARTOS PRIVATIVOS: COM ANTE-SALA, PIA PARA LAVAGEM
 DE MÃOS E PARAMENTAÇÃO.

BANHEIROS: LIMPEZA E DESINFECÇÃO DE BANHEIRO ENTRE
  CADA BANHO.

TRIAGEM: PACIENTES E FAMÍLIA.

ORIENTAÇÃO: SOBRE AS NORMAS HOSPITALARES E LAVAGEM
  DE MÃOS.

Ordem de paramentação: 
Ação fora do quarto:

Higiene das mãos avental mascara óculos
gorro
Ações realizadas dentro do quarto higienizar
as mãos antes de colocar os EPI’s luvas
Remoção dos EPI’s
Ações realizadas dentro do quarto Luvas
higienizar as mãos após remover EPI
avental gorro higiene das mãos 
Ação fora do quarto:
higiene das mãos óculos ou protetor
facial mascara higiene das mãos 


Paramentação e desparamentação
O QUE PODE FACILITAR OU CAUSAR A
INFECÇÃO?
✔ Uso de material contaminado;
✔ Não lavar as mãos; 
✔ Uso desnecessário de antibióticos;
✔ Falta de hábitos de higiene;
✔ Pacientes com baixa resistência: idoso,
obeso, diabético, câncer e outras doenças
graves;
✔ Crianças prematuras e com baixo peso;
✔ Te m p o d e l o n g a p e r m a n ê n c i a
(internação).
O QUE FAZER PARA AJUDAR NO CONTROLE?

LAVAGEM DAS MÃOS: 


A MELHOR FORMA DE EVITAR
INFECÇÃO!

CCIH – Isolamento – Antibióticos – Comidas – Posturas


dentro do hospital – Depilação – Materiais descartáveis.
OS 5 MOMENTOS PARA A
HIGIENIZAÇÃO DAS MÃOS

https://www.youtube.com/watch?v=CRFG-
https://www.youtube.com/watch?v=6-
Rq0orZY2M
Disseminação das bactérias.

Mesa da enfermagem

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Maçaneta da porta
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Importância da lavagem das mãos
na prevenção de infecção
✔A principal via de transmissão das infecções hospitalares
são as mãos, em geral da equipe de saúde, sua
adequada lavagem é de grande importância. 

✔ Sua finalidade consiste em eliminar microrganismos,
evitando propagar infecções, eliminar da pele
substâncias tóxicas e medicamentosas e proteger-se
contra agressões do meio.

✔A lavagem das mãos é de extrema importância para a
segurança do paciente e do próprio profissional, haja
vista que, no hospital, a disseminação de
microrganismos ocorre principalmente de pessoa para
pessoa, através das mãos.
https://www.youtube.com/watch?v=ErLIEZuP_4g 

higiene das maos
Importância da lavagem das mãos
na prevenção de infecção
Passos da lavagem das mãos

• Abrir a torneira;
• Umedecer as mãos;
• Acionar o dispensador de sabão líquido e umedecer as
palmas das mãos;
• Espalhar a solução fazendo movimentos de fricção com as
palmas das mãos;
• Fechar a torneira e a seguir ensaboá-la e esfregá-la;
• Friccionar o punho com movimentos rotatórios com o
auxílio da palma da mão oposta;
• Repetir o movimento no punho oposto;
• Friccionar o dorso das mãos com auxílio da mão oposta;
• Repetir o movimento para a mão oposta.

Importância da lavagem das mãos
na prevenção de infecção
Passos da lavagem das mãos

• Unir as palmas das mãos, friccionando-as;
• Friccionar a região perineal dos dedos da mão com as pontas
dos dedos da mão oposta;
• Repetir o movimento para a outra mão;
• Abrir a torneira;
• Enxaguar as mãos iniciando pelo punho sem repetir os
movimentos;
• Enxaguar a torneira e fechá-la;
• Pegar o papel toalha e enxugar as mãos, seguindo a mesma
sequência da lavagem ou posteriormente utilizar álcool
glicerinado;
• Desprezar o papel toalha.

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https://www.youtube.com/watch?v=RrIPJ_K57_M
Paródia de Higienização das Mãos - Olha a infecção

USO DO ÁLCOOL GEL
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•O álcool gel é uma opção nas situações em


que a lavagem das mão não é possível;

• Previne infecções cruzadas;

• Evita disseminação de bactérias
multiresistentes.


QUANDO UTILIZAR

• Entre procedimentos;
• Entre pacientes ou diferentes sítios do mesmo
paciente;
• Somente nas mãos sem matéria orgânica – grande
quantidade (sangue, urina, etc...)

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69
Outras formas de
prevenção
✔Não sentar no leito;
✔Não fazer uso de joias, ou qualquer outro adorno;
✔Manter unhas limpas, curtas e sem esmalte;
✔Não se alimentar no posto de enfermagem;
✔Não usar chinelos e sandálias, apenas sapato fechado;
✔Avisar a chefia se estiver resfriado, com diarreia e com
feridas infectadas;
✔Não transitar pelo hospital com alimentos ( café, chá,
bolachas, pães.....) 

Uso de Luvas 
https://www.youtube.com/watch?
v=J0MKF1sMyqk

Uso de Luvas 
Técnica de calçar e descalçar luvas estéreis:

• Verifique se a numeração corresponda ao tamanho da
sua mão;
• Abra o pacote de luvas posicionando a abertura do
envelope para cima e o punho em sua direção;
• Toque somente a parte externa do pacote, mantendo
estéreis a luva e a área interna do pacote.;
• Segure a luva pela dobra do punho, pois é a parte que
irá se aderir à pele ao calçá-la, única face que pode ser
tocada com a mão não enluvada - desta forma, sua parte
externa se mantém estéril.
Uso de Luvas 
Técnica de calçar e descalçar luvas estéreis:


 Para pegar a outra luva,
introduza os dedos da
mão enluvada sob a
dobra do punho e calce-
a, ajustando-a pela face
externa.
• Calçando a luva,
mantenha distância dos
mobiliários e as mãos em
nível mais elevado,
evitando a contaminação Calçando Luvas
Estéreis
externa da mesma.

Uso de Luvas 
✔ Após o uso, as luvas estão contaminadas. 
✔ Durante sua retirada, a face externa não deve tocar a
pele.
✔ Para que isto não ocorra, puxe a primeira luva em
direção aos dedos, segurando-a na altura do punho com
a mão enluvada; em seguida, remova a segunda luva,
segurando-a pela parte interna do punho e puxando-a
em direção aos dedos. 
✔ Esta face deve ser mantida 
voltada para dentro para 
evitar autocontaminação e 
infecção hospitalar. Retirando Luvas
 Estéreis
Técnica para vestir e retirar avental

https://www.youtube.com/watch?
v=noyveJAHEco


Técnica para vestir e retirar avental
Precauções Padrão 
Equipamento de Proteção Individual (EPI)
Sequência: 
1. Avental
2. Mascara
3. Óculos
4. Touca 
5. Luvas
Retirada correta de Equipamento de Proteção Individual
Sequência: 
1. Luvas
2. Avental 
3. Touca
4. Óculos
5. Mascar
a

Precauções Padrão – Higiene
Respiratória / Etiqueta de Tosse
• Educar o pessoal sobre a importância
de contenção das secreções
respiratórias, especialmente durante
surtos sazonais de infecções virais do
trato respiratório. 
• Ex. Gripe, Vírus Sincicial Respiratório, adenovirus,
parainfluenza, síndrome respiratória aguda
grave (SARS).
Vírus respiratório 
Isolamento - COVID
Precauções para Aerossóis e
Contato
• Em paciente imunodeprimido ou herpes
zoster disseminado (quando acomete
dois ou mais dermátomos – regiões da
pele inervadas)
Isolamento - Bactérias
Isolamento – respiratório

Limpeza: 
• É o ato de remover a sujidade por meio de fricção e uso de água e
sabão ou soluções detergentes. 
• Limpar é um procedimento que deve sempre acontecer antes da
desinfecção e a esterilização, visto que quanto mais limpo estiver o
material, menor a chance de ocorrerem falhas nesses processos. 
• De maneira geral, a limpeza é suficiente para reduzir os
microrganismos existentes nas superfícies hospitalares, reservando-
se os processos de desinfecção e descontaminação para as áreas
onde há deposição de matéria orgânica. 
DESINFECÇÃO
É o p r o c e sso d e d e st r u i ç ã o d e m i c r o o r g a n i sm o s e m fo r m a
vegetativa/inanimada, mediante aplicação de agentes físicos ou químicos.
DESINFECÇÃO CONCORRENTE OU DIÁRIA
✔ É aquela realizada diariamente para manutenção da limpeza, ao
 arrumar a cama e sempre que necessário.
✔ O r g a n i z a ç ã o d o a m b i e n t e , c o n st a d a r e t i r a d a d o p ó e
microrganismo com  pano úmido (água e sabão) ou conforme o
protocolo da instituição.
✔ Presença do paciente.
✔ Material utilizado lavado, desinfetado e guardado em local
apropriado.
✔ Produto utilizado para limpeza: Surfic, álcool 70%

Limpeza concorrente
• É feita diariamente e
consiste na limpeza do
piso, remoção de poeira
do mobiliário, limpeza
completa do sanitário,
reposição de material de
higiene e recolhimento
do lixo, repetido
conforme a necessidade. 

DESINFECÇÃO TERMINAL OU GERAL
✔ Limpeza de unidade ou terminal
✔ É aquela feita após a saída do paciente por alta,
transferência, óbito, transferências, antes do preparo
da cama para operado, moléstias infectocontagiosas
ou suspensão de medidas de isolamento.
✔ Rigorosa limpeza com água e sabão, arrumação de
camas, limpeza do teto, piso, paredes e demais
equipamentos.
✔ TODO O AMBIENTE.
ALTA
Limpeza terminal
• É realizada periodicamente,
de acordo com a área de
risco do hospital, e consiste
na limpeza de paredes, pisos,
tetos, janelas, portas e
sanitários.
• Ela é utilizada após a alta do
paciente, ou quando este
demora muito no
internamento convém realizar
a remoção para outro leito
para ser realizado este
procedimento de limpeza

ARTIGOS
ARTIGOS CRÍTICOS: artigos que entram
em contato com tecidos, órgãos, sistema
vascular, assim como os conectados a
eles. (ex.: bisturi).


ARTIGOS SEMI-CRÍTICOS: artigos que


ent ram em cont ato com a mucosa
íntegra (ex.: tubos endotraqueais).


ARTIGOS NÃO-CRÍTICOS: artigos que


entram em contato apenas com a pele
íntegra (ex.: mesas de aparelhos de RX).

Artigos
• Aprofundar o conhecimento teórico sobre a
temática...
Não esqueçam de estudar!!!

Sugestão para leitura: http:
//www.ebserh.gov.br/documents/220250/1649711/POP+higieniza%C3%A7%C3%A3o+hospitalar+PADR%C3%
83O+EBSERH.pdf/a1efc390-aab4-4e7d-96ae-97b44872c09f
Referências
• LIMA, I.L.; MATÂO, M.E.L. Manual do Técnico em Enfermagem. 9ª Ed.Goiânia: AB,
2010.


• SOARES, M.A.M.; GERELLI, A.M.; AMORIM, A.S. Enfermagem: cuidados básicos ao
indivíduo hospitalizado. Porto Alegre: Artmed, 2010.


• TAYLOR, C. et al. Fundamentos de Enfermagem : a arte e a ciência do cuidado de 
• enfermagem. Porto Alegre: Artmed, 2007.


• VOLPATO, A.C.B.; PASSOS, V.C.S. Técnicas Básicas de Enfermagem. 2ª Ed. São
Paulo: Martinari, 2007. 


• POSSO, Maria Belem Salazar. Semiologia e semiotecnica de enfermagem. São Paulo:
Atheneu, 2000.
referências
•ANVISA. Agência Nacional de Vigilância Sanitária. Ministério da Saúde. Resolução - RDC nº 15, de 15
de março de 2012. Dispõe sobre requisitos de boas práticas para o processamento de produtos para
saúde e dá outras providências.
•BRASIL. Minis tério da Saúde. Manual de Proces s amento de Artigos e Superfícies em
Estabelecimentos de Saúde. Brasil, 2004.
•POSSARI, J. F. Centro de material e esterilização: planejamento e gestão. 3 ed. São Paulo, 2007. 
•SOBECC - Sociedade Brasileira de Enfermeiros de Centro Cirúrgico, Recuperação Anestésica e
Centro de Material e Esterilização. Práticas Recomendadas. 5 ed. São Paulo, 2009.
•LIMA, I.L.; MATÂO, M.E.L. Manual do Técnico em Enfermagem. 9ª Ed.Goiânia: AB, 2010.
•SOARES, M.A.M.; GERELLI, A.M.; AMORIM, A.S. Enfermagem: cuidados básicos ao indivíduo
hospitalizado. Porto Alegre: Artmed, 2010.
•TAYLOR, C. et al. Fundamentos de Enfermagem : a arte e a ciência do cuidado de enfermagem.
Porto Alegre: Artmed, 2007.
•POSSO, Maria Belem Salazar. Semiologia e semiotecnica de enfermagem. São Paulo: Atheneu, 2000.
•ANDRIS, D. A. et al. Semiologia: bases para a prática assistencial. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan,
2006.
•VOLPATO, A.C.B.; PASSOS, V.C.S. Técnicas Básicas de Enfermagem. 2ª Ed. São Paulo: Martinari, 2007.

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