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Prevenção das infecções hospitalares

Divisão de Moléstias Infeciosas e Tropicais


FATORES DE RISCO E PATOGÊNESE

Uso de Higienização
antimicobianos das mãos
e outras drogas

Fatores do Cirurgias Dispositivos


hospedeiro invasivos
DEFINIÇÃO

Portaria n° 2616 do Min. da Saúde


• “É a infecção adquirida após a admissão do
paciente, e que se manifeste durante a internação
ou após a alta, quando puder ser relacionada com
a internação ou procedimentos hospitalares”.
• “Quando não houver manifestações clínicas ou
evidência laboratorial de infecção na internação,
será considerada hospitalar toda infecção que se
instalar 72h após a admissão”.
DEFINIÇÃO

• Também são hospitalares as infecções


manifestadas antes de 72h de internação, quando
relacionadas a procedimentos invasivos.
• As infecções do RN são sempre hospitalares, com
exceção daquelas transmitidas via
transplacentária, ou quando ocorrer bolsa rota por
mais de 24 horas.
• Há critérios específicos para o diagnóstico de IH
em cada topografia corporal.
De que modo as mãos podem
transmitir infecções?
1) Microorganismos são transferidos de um paciente
para as mãos dos profissionais da saúde.
2) Estes microorganismos devem sobreviver por pelo
menos vários minutos nas mãos dos profissionais.
3) Em seguida, a higienização das mãos deverá ser
omitida ou realizada de forma inadequada pelo
profissional.
4) Finalmente, as mãos contaminadas transferem os
microorganismos a outro paciente através do
contato direto ou indireto.
Lavagem das mãos

• Conceito: aplicação de água corrente e sabonete


líquido, fricção, enxague e secagem em papel
toalha.
• Objetivo: remover sujidade e parte da microbiota
transitória das mãos.
• Indicações: deve ser realizada antes e após
qualquer contato com o paciente, entre um paciente
e outro, inclusive quando do uso de luvas.
Lavagem das mãos

• Evitar adornos de mão, especialmente em UTI.


• As unhas devem ser mantidas curtas e limpas.
• Deve ser realizada com anti-sépticos (PVP-I ou
clorexidina) antes de procedimentos invasivos
ou cuidado a pacientes críticos.
• Deve ser feita com técnica adequada.
Microbiota das mãos

• Microbiota transitória:
 encontrada apenas na superfície da pele;
 viável por curto período de tempo;
 composta pelos microrganismos mais
frequentemente envolvidos em infecções
hospitalares;
 facilmente removível pela lavagem das mãos;
 pode ser inativada por anti-sépticos.
Microbiota das mãos

• Microbiota residente:
 composta por bactérias que vivem e se
multiplicam na pele;
 encontrada nas camadas mais profundas da
pele;
 em geral, exibe baixa virulência, mas pode
causar infecção se inoculada através de
procedimentos invasivos.
 não é removida pela lavagem das mãos, mas
pode ser inativada por anti-sépticos.
De que modo as mãos podem
transmitir infecções?

1) Microorganismos são transferidos de um paciente


para as mãos dos profissionais da saúde.
2) Estes microorganismos devem sobreviver por pelo
menos vários minutos nas mãos dos profissionais.
3) Em seguida, a higienização das mãos deverá ser
omitida ou realizada de forma inadequada pelo
profissional.
4) Finalmente, as mãos contaminadas transferem os
microorganismos a outro paciente através do
contato direto ou indireto.
1
ABRIR A TORNEIRA E MOLHAR AS MÃOS,
SEM ENCOSTAR NA PIA
2 ESPALHAR O SABONETE PELAS MÃOS
3
ESFREGAR A PALMA DAS MÃOS, UMA
CONTRA A OUTRA
4 ESFREGAR O DORSO DAS MÃOS
5 ESFREGAR OS ESPAÇOS INTERDIGITAIS
6 ESFREGAR AS ARTICULAÇÕES DOS DEDOS
7 ESFREGAR OS POLEGARES
8
ESFREGAR AS UNHAS E EXTREMIDADES
DOS DEDOS DE UMA MÃO NA PALMA DA
OUTRA
9 ESFREGAR OS PUNHOS
10 ENXAGUAR AS MÃOS EM ÁGUA
CORRENTE
11 SECAR AS MÃOS EM PAPEL TOALHA
12 FECHAR A TORNEIRA COM O PAPEL
TOALHA
Precauções de isolamento para doenças
infecto-contagiosas no ambiente hospitalar

• Objetivo: prevenir a transmissão de infecções


entre pacientes e destes para os profissionais
da saúde.
• Efeito somatório: duas formas de isolamento
podem estar indicadas para um mesmo
paciente.
• Instituição empírica: o isolamento deve ser
instituído não somente para casos
confirmados, mas também para suspeitos.

Associação Paulista de Estudos e Controle de Infecção Hospitalar, 1999


PRECAUÇÕES UNIVERSAIS

1) Higienização das mãos antes e após qualquer


contato com o paciente
CATEGORIAS

• Estão relacionadas aos mecanismos de


transmissão de cada doença contagiosa:
 Precauções universais ;
 Isolamento de contato;
 Isolamento respiratório- gotículas;
 Isolamento respiratório- aerossóis.

Associação Paulista de Estudos e Controle de Infecção Hospitalar, 1999


PRECAUÇÕES UNIVERSAIS

2) Uso de luvas se contato com sangue ou


secreções biológicas
PRECAUÇÕES UNIVERSAIS

3) Uso de avental se possibilidade de respingo


de fluidos biológicos na vestimenta.
PRECAUÇÕES UNIVERSAIS

4) Uso de máscara e óculos de proteção se antever


respingo de fluidos biológicos na face.
PRECAUÇÕES UNIVERSAIS

5) Limpeza e desinfecção de equipamentos e artigos


de assistência, como estetoscópio, termômetro...
PRECAUÇÕES UNIVERSAIS

6) Manuseio e descarte adequado de instrumentos


perfurocortantes
ISOLAMENTO DE CONTATO

• Indicação: portadores de doenças


transmitidas por contato direto ou indireto.
• Exemplos:
 escabiose, pediculose;
 diarréia infecciosa (Shigella, Salmonella);
 feridas com secreção abundante;
 portadores de germes multirresistentes.

Associação Paulista de Estudos e Controle de Infecção Hospitalar, 1999


ISOLAMENTO DE CONTATO

• Quarto privativo: sozinho ou compartilhado


por outros pacientes com a mesma doença.
• Uso de luvas: para qualquer contato com o
paciente, antecedido e sucedido pela
higienização das mãos.
• Uso de avental: para examinar e prestar
cuidados ao paciente.
• Esfigmo e esteto: uso exclusivo no paciente.
• Transporte do paciente: deve ser evitado. Se
necessário, conter secreções.
Associação Paulista de Estudos e Controle de Infecção Hospitalar, 1999
ISOLAMENTO RESPIRATÓRIO
GOTÍCULAS

• Indicação: portadores de doenças


transmitidas por gotículas de saliva ou
secreção respiratória.
• Exemplos:
 meningite meningocócica (24h);
 meningite por Haemophilus tipo B (24h);
 rubéola, caxumba;
 coqueluche.

Associação Paulista de Estudos e Controle de Infecção Hospitalar, 1999


ISOLAMENTO RESPIRATÓRIO
GOTÍCULAS

• Quarto privativo: sozinho ou compartilhado


por outros pacientes com a mesma doença.

• Uso de máscara: cirúrgica comum, por todos


que entrarem no quarto.

• Transporte do paciente: deve ser evitado. Se


necessário, colocar máscara cirúrgica comum
no paciente.

Associação Paulista de Estudos e Controle de Infecção Hospitalar, 1999


ISOLAMENTO RESPIRATÓRIO
AEROSSÓIS

• Indicação: portadores de doenças


transmitidas por partículas de secreção
respiratória aerossolizadas no ar.
• Exemplos:
 tuberculose pulmonar ou laríngea;
 varicela ou herpes zoster disseminado;
 sarampo.

Associação Paulista de Estudos e Controle de Infecção Hospitalar, 1999


ISOLAMENTO RESPIRATÓRIO
AEROSSÓIS

• Quarto privativo: sozinho ou compartilhado


por outros pacientes com a mesma doença,
exceto se TB MDR. Porta fechada!
• Uso de máscara: N 95, por todos que entrarem
no quarto. Pode ser reutilizada várias vezes.
• Transporte do paciente: deve ser evitado. Se
necessário, colocar máscara cirúrgica comum
no paciente.

Associação Paulista de Estudos e Controle de Infecção Hospitalar, 1999


RESPONSABILIDADES

• A responsabilidade de indicar o isolamento é


de quem primeiro o atende, e faz a suspeita
diagnóstica.
• A responsabilidade de rever a indicação,
mantendo ou suspendendo o isolamento, é
do Serviço de Controle de Infecção Hospitalar.
• A responsabilidade de cumprir as medidas de
isolamento é de todos os profissionais que
atendem ao paciente.
Obrigado pela atenção !

Nome: Rodrigo de Carvalho Santana e Valdes Bollela


Cargo: Docentes do Departamento de Clinica Médica da FMRP/USP
E-mail: santanacrod@fmrp.usp.br (Rodrigo)
bollela@gmail.com (Valdes)

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