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PROTOCOLO MULTIDISCIPLINAR INSTITUCIONAL

PRECAUÇÃO DE CONTATO
Revisado por: Maísa Camargo, Kátia Stein e Vera Rufeisen Data: 12/2016

1. INTRODUÇÃO
Um dos grandes riscos do hospital é a transmissão de bactérias e outros microrganismos entre pacientes
colonizados/infectados para pacientes suscetíveis e para os profissionais de saúde. O isolamento de pacientes
com doenças infecto-contagiosas é já bastante antigo, (séc., XVIII). Os pacientes eram isolados em hospitais
próprios (Ex. hospitais de doenças infecciosas, hospitais para tuberculose). As recomendações relativas a
isolamento e precauções são dinâmicas, uma vez que novas doenças e agentes infecciosos são continuamente
descobertos.

2. OBJETIVO
Impedir a contaminação de profissionais de saúde por patógenos transmitidos por contato, que possam
estar presentes em sangue, fluídos corpóreos e secreções e superfícies próximas ao paciente, diminuindo
assim o risco de infecção para estes profissionais e para os pacientes por eles assistidos.

3. ABRANGÊNCIA
São indicadas para pacientes com infecção ou colonização por microrganismos epidemiologicamente
importantes, transmitidos por contato direto (pele a pele) ou indireto (contato com superfícies ambientais ou
itens de uso do paciente).

4. INTERFACE
Serviço de Controle de Infecção Hospitalar (SCIH) e equipe multiprofissional.

5. ESPECIFICAÇÕES
MO MDR – Microrganismos Multi-droga-resistentes.

6. PROTOCOLO

6.1 Precauções de Contato

Pode ser dividido em contato direto e indireto


Contato direto: Quando um microrganismo é transmitido de uma pessoa a outra através do contato direto da
pele, sem a participação de um veículo inanimado.
Exemplos: Herpes zoster não disseminado em imunocompetente, feridas com secreção abundantes não
contidas pelo curativo, diarréia infecciosa em paciente incontinente, microrganismos como os estafilococos,
estreptococos e enterobactérias.

Contato indireto: Microrganismos transmitidos através do contato de fômites (presentes em superfícies


ambientais e em artigos e equipamentos) com a pele e mucosas.
Exemplos: Enterococcus resistentes aos glicopeptídeos, Staphylococcus aureus resistente a Oxacilina - MRSA e
Clostridium difficile (Protocolo de Limpeza e Desinfecção de Ambiente com hipoclorito de sódio, manter o
desinfetante em contato com a superfície por no mínimo 10 minutos).

Quarto privativo: Obrigatório, individual ou comum (coorte) para pacientes acometidos com o mesmo
microrganismo.

Luvas: É obrigatório o uso de luvas para qualquer contato com o paciente, trocando-as após contato com área
ou material infectante. As luvas deverão ser desprezadas dentro do quarto e as mãos devem ser higienizadas
antes e após calçá-las.

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Avental: É obrigatório quando houver contato das roupas do profissional com área ou material infectante, na
higienização do paciente com diarréia, incontinência fecal, urinária e ferida com secreção não contida pelo
curativo. O avental deve ser retirado dentro do quarto.

Transporte do paciente: Deverá ser evitado. Quando necessário, o profissional deverá usar luvas e avental para
o contato com o paciente. Realizar desinfecção com álcool 70% em locais onde o paciente teve contato, como
por exemplo, a radiologia e também na maca ou cadeira de rodas após o transporte. Nunca circular
paramentado com avental ou luvas.
Maca
 Profissional com luvas e avental para acomodar o paciente.
 Retirar as luvas e o avental, lavar as mãos.
 Levar um avental embaixo do colchão da maca e luvas nos bolsos.
 Manter o paciente coberto.
 Após o transporte realizar desinfecção da maca com álcool 70%.

Cadeira de rodas
 Profissional com luvas para acomodar o paciente na cadeira.
 Paciente não precisa estar coberto.
 Retirar as luvas e lavar as mãos.
 Levar luvas nos bolsos.
 Após transporte realizar desinfecção da cadeira com álcool 70%.

Transporte no CC
 Segue orientação acima e comunicação prévia da Equipe do CC sobre a precaução.
 Recuperar o paciente na própria sala cirúrgica – sempre que possível. Quando não for possível recuperar
o paciente na sala cirúrgica, o paciente deverá estar na sala de recuperação anestésica, com placa
amarela na maca e mantendo uma distância de 1x1metro em cada lateral. Após a recuperação a área
deverá ser higienizada.
 Proceder à limpeza terminal da sala após a saída do paciente.

Visitas
 Restrição de visitas, a fim de evitar infecção cruzada.
 Quando acompanhante, orientar o uso de avental de mangas curtas e a higienização constante das
mãos.

Artigos e equipamentos
Seu uso será exclusivo para o paciente. Após a alta do paciente os mesmos deverão ser limpos e
desinfetados ou esterilizados. Cuidado especial para o manguito de pressão, estetoscópios e termômetros.

Observações
 Sempre avisar o setor para onde o paciente foi submetido ao exame para realizar desinfecção da
maca/ mesa, a fim de evitar infecção cruzada. Ex: Raio-X, Ressonância, etc.
 Nunca tocar maçanetas, botões dos elevadores com luvas.
 Quando for tocar o paciente recoloque as luvas.
 No uso do avental: trocar o avental sempre que molhar, tocar secreções ou sangue, jamais deixe um
avental contaminado dentro do quarto.

6.2 Protocolo para Acomodação em Precaução de Contato

Materiais Necessários

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 Acomodação privativa com banheiro; presença de pia com água corrente, dispenser de sabão líquido e
papel toalha para lavagem das mãos pelos profissionais de saúde, no interior da acomodação; presença
de ganchos para posicionamento de aventais de manga longa em uso durante o plantão
 Termômetro / Esfigmomanômetro / Estetoscópio de uso exclusivo
 Hamper
 Placa amarela (*)
 Avental de manga longa
 Luvas de procedimento
 Saco coletor branco para resíduos infectantes
 Manual da CCIH em RO-SCIH n001 Normas de Isolamento e Precaução
 Computador em rede com Sistema TASY
 Prontuário hospitalar

(*) Existem situações de Isolamento Misto – Precaução de Contato e Precaução Respiratória (por exemplo,
Herpes Zoster, Vírus Sincicial Respiratório), nestes casos, utilizar a PLACA COM DUAS CORES conforme
preconizado em Manual da CCIH.

Passos críticos
Em vigência de confirmação de colonização / infecção por microrganismo multi-droga-resistente ou de
epidemiologia importante ou quadro clinico de doença infecto-contagiosa com necessidade de medidas de
precaução de contato para evitar transmissão cruzada.

1. Receber a notificação quanto à necessidade de instituir a Precaução de Contato (Membros executores


do SCIH, Alerta sistema TASY e ou Lista de pacientes portadores MO-MDR, PMI PRECAUÇÕES E
ISOLAMENTOS ou médico do paciente).
2. Verificar condições atuais para o cumprimento do protocolo operacional – “Qual tipo de acomodação se
encontra o paciente neste momento?”, “Tem outro paciente internado no mesmo quarto?”. Acionar
gerenciamento de leitos.
3. Avaliar a necessidade de comunicar imediatamente o médico responsável pelo paciente.
4. Providenciar adequação em relação à acomodação exigida para a Precaução de Contato (quarto
privativo com banheiro, presença de pia para lavagem das mãos no interior da acomodação pelos
profissionais de saúde), se necessário.
5. Orientar paciente e/ou responsável em relação à rotina a ser implantada relacionada à acomodação e
mobilidade do paciente – restrição de deslocamento do paciente para área externa; restrição de visitas;
orientações ao acompanhante em relação à utilização de avental de manga curta durante a
permanência no interior da acomodação.
6. Instruir a equipe de enfermagem para a montagem do quarto em precaução de contato – identificação
da acomodação com colocação de placa amarela na porta; manutenção de equipamentos para aferição
de sinais vitais no interior da acomodação; disponibilização de luvas de procedimento no interior da
acomodação; colocação de saco de hamper no interior da acomodação.
7. Instruir a equipe de higiene para adequação do quarto em precaução de contato – substituição dos
coletores de resíduo comum por resíduo infectante e adoção da rotina preconizada para higienização
dos quartos em isolamento (preferencialmente, realizar a limpeza concorrente desta acomodação por
último).
8. Comunicar aos setores internos que realizam procedimentos / exames (Centro Cirúrgico, Ambulatório
de Especialidades, Serviço de Imagem) a adoção da Precaução de Contato para estes pacientes para a
adequação nos processos.
9. Registrar em Sistema TASY a instituição da Precaução de Contato.
10. Registrar em Prontuário hospitalar, na Prescrição de Enfermagem, instituição da Precaução de Contato,
com justificativa do motivo.
11. Registrar em Mapa de internação do Enfermeiro a instituição da Precaução de Contato.
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12. Transmitir a informação referente à adoção da Precaução de Contato durante passagem de plantão.

Manuseio do Material
1. Em vigência dos microrganismos – Enterococcus resistente à vancomicina (VRE) ou Enterobactérias
resistentes aos carbapenêmicos (KPC) – adicionar às medidas indicadas para a Precaução de Contato: a
disponibilização de acomodação com acesso mais restrito ao fluxo de pessoas; a substituição do sabão
líquido por clorexidina degermante para a lavagem das mãos pelos profissionais de saúde; a instituição
de banho com clorexidina degermante para o paciente; a maior atenção na distribuição da equipe de
enfermagem para prestação da assistência = PRECAUÇÃO DE CONTATO RIGOROSA (Placa amarela com
destaque em preto).
2. Em vigência de diagnóstico de infecção por clostridium difficile a desinfecção do ambiente deve ser
realizada com hipoclorito de sódio, diluído em água, na proporção de 1:10, com contato mínimo de 10
minutos com a superfície ou por produto apropriado padronizado na instituição(ex: Desinfec Vital).
Nestas acomodações optar pela higienização das mãos por meio da lavagem com água e sabão ao invés
do uso de produto alcoólico.
3. A acomodação a ser destinada para o paciente em precaução de contato deve, obrigatoriamente,
apresentar pia exclusiva para lavagem das mãos pelos profissionais de saúde.
4. Caso o paciente esteja inicialmente internado em acomodação do tipo leito, com outro paciente em
cama ao lado, preferencialmente, realizar o deslocamento do paciente sem restrições; considerando
que o ambiente já está colonizado pelo microrganismo multi-droga-resistente.
5. O registro da instituição de Precaução de contato no Sistema TASY e na Prescrição de Enfermagem em
prontuário é fundamental para o levantamento de informações referentes ao custo de diária e a
otimização de informações.
6. Em situações descritas para adoção da Precaução de Contato sem a ciência inicial do SCIH (por exemplo,
doenças infecto-contagiosas – conjuntivite viral ou bacteriana secundária a viral e herpes zoster), é
fundamental a comunicação da adoção da medida de isolamento ao SCIH para que a enfermeira do
Controle de Infecção Hospitalar registre em Prontuário hospitalar a justificativa para a ação.
7. O tempo de permanência da Precaução de Contato tem variação conforme sua indicação. Em relação a
doenças infecto-contagiosas pesquisar em Manual da CCIH.
8. Para otimizar a instituição da Precaução de contato em decorrência de microrganismos multi-droga-
resistentes (MO-MDR) ou com relevância epidemiológica para o Hospital, o SCIH envia periodicamente
uma Planilha de controle de pacientes com restrição que em vigência de internação devem ser
acomodados em Precaução de Contato. Esse controle também é realizado via Sistema TASY, com a
colocação de “ALERTAS CCIH” na função Cadastro Completo de Pessoas.
9. Todos os profissionais da saúde com necessidade de contato direto com o paciente ou
objetos/superfícies/equipamentos com permanência no interior da acomodação devem utilizar avental
de manga longa e luvas de procedimento.
10. Destaca-se a utilização de outros equipamentos de proteção individual (óculos de proteção, máscara
comum, máscara N95) conforme risco de exposição – Precaução Padrão.
11. O deslocamento dos pacientes em Precaução de Contato deve ocorre se estritamente necessário, com a
adoção de ações especiais para o transporte, conforme descrito RO CCIH no.001.
12. É de responsabilidade do Enfermeiro Supervisor a verificação do cumprimento das normas referentes às
Medidas de Precaução.
13. Todo o material de assistência (luvas de procedimento, rolo de micropore, curativos) com entrada em
acomodação sob restrição de contato deve permanecer no quarto até desocupação (óbito, alta,
transferência); em vigência de saída, todos os insumos devem ser descartados. Destaca-se o bom senso
relacionado à entrada de materiais assistencial de uso coletivo.

Resultados Esperados
 Padronizar as Rotinas Operacionais referentes à Precaução de Contato.

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 Minimizar a ocorrência de transmissão cruzada de microrganismos de relevância epidemiológica e a


transmissão de doenças infectocontagiosas.
 Minimizar as chances de ocorrência de surtos intra-hospitalares.

Ações Corretivas
Na vigência de impossibilidade de cumprimento das normas referentes à Precaução de Contato, entrar
em contato com a Coordenação de Área para viabilizar o processo.

6.3 Precaução de Contato para GastroEnteroColite Aguda (GECA) por Rotavírus / Adenovírus em
Paciente Pediátrico

Materiais Necessários
 Teste de Pesquisa de Rotavírus / Adenovírus nas fezes
 Criança incontinente ou em uso de fralda com quadro diarréico agudo
 Quarto Privativo com banheiro
 Acesso ao Sistema TASY – marcação de Precaução de Contato
 Manual da CCIH (Rotina de Precaução e Isolamento – Precaução de Contato)
 Placa de identificação de acomodação
 Caneta esferográfica
 Prontuário Hospitalar

Passos Críticos
1. Obter informações, durante a solicitação de vaga ou na passagem de plantão entre setores para a
admissão do paciente, do quadro clínico do paciente a ser admitido.
2. Verificar nos casos de criança incontinente ou em uso de fralda, com quadro diarreico agudo, as
informações referentes à hipótese diagnóstica – verificar a suspeita de infecção por Rotavírus /
Adenovírus.
3. Admitir, preferencialmente, em Acomodação privativa (considerando que a acomodação por direito é
leito).
4. Solicitar ao médico a prescrição do exame para pesquisa de Rotavírus / Adenovírus.
5. Instituir a Precaução de Contato em vigência Pesquisa Positiva para Rotavírus / Adenovírus.
a) Colocação de placa de identificação de Precaução de Contato na porta de acomodação.
b) Uso de avental de manga longa e luvas de procedimento para atendimento ao paciente e/ou contato
com superfícies / móveis no interior da acomodação.
c) Colocação de saco de hamper no interior da acomodação.
d) Substituição do coletor de resíduo comum por coletor de resíduo infectante no interior da
acomodação.
e) Orientação do acompanhante para uso de avental de manga curta durante a permanência no interior
da acomodação e para realização da higiene das mãos após contato com criança e superfícies.
6. Registrar no sistema TASY a instituição da Precaução: Tipo de Isolamento “Contato”, Motivo “GECA por
rotavírus”.

Manuseio do Material
1. A orientação de admitir em acomodação sem internação em leito adjacente visa facilitar a instituição de
precaução de contato em vigência de pesquisa rotavírus / adenovírus positiva.
2. Para crianças com controle esfincteriano e desenvolvimento cognitivo normal, não aplicar este
protocolo de precaução.
3. Crianças (dentro do perfil idade e consciência cognitiva) com quadro de diarréia aguda, mas com
pesquisa negativa para rotavírus / adenovírus não devem ter o Isolamento instituído ou devem ter o
Isolamento suspenso.

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4. Criança incontinente ou em uso de fralda com internação há mais de 3 dias e início intra-hospitalar de
quadro diarréico agudo, não tem orientação prescritiva de pesquisa de rotavírus / adenovírus nas fezes.
O médico responsável deve conduzir o caso conforme rotina.
5. As precauções / medidas de isolamento devem ser mantidas durante a doença.
6. A enfermeira da unidade deverá orientar a criança e o acompanhante sobre o uso do álcool gel e
higienização das mãos.
7. A limpeza concorrente e terminal da acomodação em Precaução de Contato deve contemplar a
desinfecção do piso.
8. A enfermeira do SCIH deve registrar a justificativa da Precaução de Contato em Prontuário Hospitalar.
9. Sempre consultar o Manual da CCIH em caso de dúvidas.

Resultados Esperados
Minimizar os riscos de surto intra-hospitalar por rotavírus / adenovírus.

Ações Corretivas
1. Em vigência de surto intra-hospitalar, o SCIH realizará orientações específicas, as quais podem não
condizer com o POP CCIH 053. Por exemplo, instituir Precaução de Contato em crianças com mais de 3
dias de internação, considerando a possibilidade de contaminação intra-hospitalar.
2. Em vigência de casos atípicos, entrar em contato com uma das enfermeiras do SCIH.
3. Não coletar o exame rotavírus / adenovírus nos seguintes casos:
 Crianças com diarréia em período superior a 07 dias.
 Crianças com diarréia em uso de antibiótico.
 Crianças com desenvolvimento cognitivo normal e controle esfincteriano normal.
 Crianças com início de diarréia em períodos maior que 03 dias de internação.

Definições
- Gastroenterocolite Aguda: doença diarréica, de início abrupto, acompanhada ou não de outros
sintomas náuseas, vômitos, dor abdominal e febre.
- Diarréia: aumento da freqüência ou diminuição da consistência das fezes (acima de 3 evacuações
aquosas em 24 horas). Duração do quadro agudo (igual ou inferior a 14 dias), persistente (superior a 14 dias) e
crônica (superior a três semanas).
- Diarréia por Rotavírus: A infecção pelo rotavírus varia desde um quadro leve, com diarréia aquosa e
duração limitada a quadros graves com desidratação, febre e vômitos, podendo evoluir a óbito. Estima-se que
essa doença seja responsável por 5 a 10% de todos os episódios diarréicos em crianças menores de 5 anos. O
rotavírus também tem grande participação nos surtos de gastrenterite hospitalar. O agente etiológico é um
RNA vírus da família dos Reoviridae, do gênero Rotavírus. São classificados sorologicamente em grupos,
subgrupos e sorotipos. O Rotavírus é isolado em alta concentração em fezes de crianças infectadas e sua
transmissão ocorre pela via fecal-oral, por contato pessoa a pessoa e também através de fômites. O período
de maior excreção viral é o que se dá entre o 3º e 4º dia a partir dos primeiros sintomas, no entanto, podem
ser detectados nas fezes de pacientes mesmo após a completa resolução da diarréia. O período de incubação
varia de 1 a 3 dias. A anamnese feita com cuidado, com dados de história, antecedentes epidemiológicos e o
exame clínico podem sugerir fortemente a infecção pelo rotavírus, no entanto como as manifestações clínicas
da infecção não são específicas, a confirmação laboratorial é necessária para a vigilância epidemiológica e
pode também ser útil em situações clínicas. Na forma clássica, mais freqüente em crianças de 6 meses a dois
anos, a doença se manifesta como quadro abrupto de vômito, que na maioria das vezes precede a diarréia, e a
presença de febre alta. A diarréia é caracteristicamente aquosa, com aspecto gorduroso e caráter explosivo,
durando de 4 a 8 dias. O exame laboratorial específico é a investigação do vírus nas fezes do paciente. A época
ideal para detecção do vírus nas fezes vai do primeiro ao quarto dia de doença, período de maior excreção
viral. O tratamento, por ser, em geral, doença auto limitada, com tendência a evoluir espontaneamente para a
cura, o fundamental do tratamento é prevenir a desidratação e distúrbios hidreletrolíticos. Não se recomenda
o uso de antimicrobianos. Não há terapêutica específica para combater o rotavírus. A orientação atual é de

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manutenção da dieta alimentar normal. Eventualmente pode ser necessário recorrer à hidratação parenteral,
se a oral não for suficiente para a reposição de fluidos e eletrólitos. Não se recomenda o uso de antidiarreicos.

6.4 Precaução de Contato em acomodações com pesquisa positiva para Clostridium difficile –
Profissionais de saúde
O C. difficile é um bacilo gram negativo presente na microbiota intestinal humana. Em geral, não é
patogênico; no entanto, a presença de alguns fatores de risco (por exemplo: antibioticoterapia – quinolonas e
cefalosporinas, internação prolongada em UTI, nutrição enteral e gravidade da doença de base) pode propiciar
um desequilíbrio microbiológico com conseqüentes quadros graves de diarréia, vômito e dor abdominal em
decorrência da produção de enterotoxinas por estes microrganismos (colite pseudomembranosa).
A forma esporulada do Clostridium é resistente ao álcool, portanto, o uso deste produto é contra-
indicado para desinfecção de superfícies e equipamentos e para assepsia das mãos.

Material Necessário
 Pesquisa positiva para toxina de Clostridium em exame de fezes.
 Precaução de Contato.
 Recursos materiais para montagem de acomodação em Precaução de Contato.
 Equipamentos de aferição de sinais vitais de uso exclusivo (estetoscópio, esfigmomanômetro e
termômetro).
 Bandeja de medicação.
 Comunicado SCIH – Pesquisa positiva para Clostridium difficile.
 Prontuário Hospitalar.

Passos Críticos
Na suspeita e confirmação do exame fezes para Clostridium difficile toxigênico ou presença de toxina de
Clostridium, a enfermeira do SCIH notificará o enfermeiro supervisor para desencadear a instituição do
Protocolo Operacional Padrão – Precaução de Contato com medidas específicas.
O enfermeiro supervisor de plantão deverá:
1. Comunicar toda a equipe de enfermagem e demais profissionais da saúde (fisioterapeutas, médicos ,
equipe de nutrição, equipe de higiene hospitalar, entre outros) para adoção das medidas de Precaução
de Contato e medidas específicas.
2. Orientar os profissionais de saúde quanto à resistência da forma esporulada aos produtos alcoólicos,
enfatizando a higiene das mãos com água e sabão.
3. Notificar a Coordenação de Enfermagem do Setor e a Coordenação de Higiene Hospitalar.
4. Orientar paciente, acompanhantes e visitantes quanto à necessidade de higienização das mãos com
água e sabão.
5. Orientar o acompanhante, caracterizado pela permanência junto ao paciente na acomodação durante
longos períodos, em relação ao uso de avental de manga curta para reduzir a contaminação de
vestimenta e risco de transmissão cruzada.
6. Identificar a acomodação com a placa amarela na porta.
7. Providenciar uso exclusivo de termômetro, esfigmomanômetro e estetoscópio, mantendo estes itens
no interior da acomodação durante toda a internação.
8. Inserir a Precaução no sistema Tasy:
TIPO DE ISOLAMENTO CIH: Contato
MOTIVO: GECA Clostridium difficile
9. Anotar em evolução de enfermagem a instituição da Precaução.

A equipe de enfermagem deverá:

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10. Utilizar avental de manga longa e luvas de procedimento ao entrar na acomodação – contato com
paciente e/ou mobiliário.
11. Realizar, obrigatoriamente, a higiene das mãos com água e sabão após a saída da acomodação.
12. Realizar a limpeza com água e sabão das bandejas auxiliares de medicação utilizadas na acomodação
imediatamente após saída do quarto em expurgo do setor.
13. Colocar em saco branco com simbologia de substância infectante e identificado com a descrição
“Clostridium difficile” os materiais permanentes: bacia, papagaio, comadre e cálice graduado. Manter
em expurgo para recolhimento pela equipe da CME.
14. Enviar o manguito do aparelho de esfigmomanômetro, após alta / transferência / óbito, para a
Lavanderia. Colocar em saco plástico branco com simbologia de infectante identificando com o setor
de envio.

A equipe de higiene deverá:


15. Paramentar-se com avental de manga longa e luvas de procedimento antes de entrar na acomodação.
16. Retirar o refil do produto alcoólico para higiene das mãos – evitar o uso não eficiente do produto como
esporicida.
17. Verificar a presença dos insumos necessários para lavagem das mãos – sabão líquido e papel toalha.
18. Substituir os produtos desinfetantes de piso e mobiliário por hipoclorito conforme diluição
preconizada ou utilizar desinfetante padronizado para este fim.
19. Realizar a higiene das mãos com água e sabão antes de sair da acomodação ou imediatamente após
saída.
20. Seguir Protocolo Operacional Padrão descrito em Manual de Higiene.

A equipe de nutrição deverá:

21. Seguir protocolo operacional padrão em acomodação em Precaução de Contato.


22. Realizar a higiene das mãos com água e sabão antes de sair da acomodação ou imediatamente após
saída.

Todos os profissionais de saúde deverão:

23. Paramentar-se com avental de manga longa e luvas de procedimento sempre que contato com
paciente e/ou superfícies e mobiliários da acomodação.
24. Realizar a higiene das mãos com água e sabão no interior da acomodação (entre procedimentos) e
antes de sair do quarto.

Manuseio do Material
1. Outros equipamentos ou materiais de uso permanente e com impossibilidade de limpeza com água e
sabão devem ser avaliados quanto a viabilidade de desinfecção com hipoclorito a 0,1% (Ex: carrinho
ECG, carrinho parada, desfibrilador, etc) ou produto padronizado para este fim (Ex: Desinfec Vital).
2. A precaução de contato por Clostridium difficile deverá ser mantida durante todo o período de
internação.
3. Caso o paciente seja submetido à intervenção cirúrgica, substituir os produtos desinfetantes utilizados
em piso e mobiliário, por hipoclorito de sódio em concentração a 1% e 0,1%, respectivamente.
4. Caso o paciente passe pelo PS e já tenha resultado de Clostridium positivo, proceder a desinfecção do
ambiente com hipoclorito de sódio a 1% e 0,1% nas mobílias.

Resultados Esperados
1. Reduzir a contaminação ambiental por esporos de Clostridium difficile.
2. Evitar a transmissão cruzada de microrganismos.
3. Prevenir surto intra-hospitalar de infecção por C. difficile.
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Higiene Hospitalar

Material Necessário
 Carrinho de Limpeza.
 Pano descartável.
 Detergente Neutro 3A.
 Solução de Hipoclorito a 1%.
 Solução Hipoclorito a 0,1%.

Passos Críticos
a. Paramentar-se conforme a Precaução de Contato – avental de manga longa e luvas de procedimento.
b. Realizar a limpeza do mobiliário com o detergente neutro.
c. Realizar a desinfecção do mobiliário, maçanetas de porta, grades do leito, lateral da cama, campainhas
e demais superfícies com solução de hipoclorito a 0,1%.
d. Passar pano descartável umedecido com água nas superfícies expostas após 10 minutos de ação do
desinfetante.
e. Realizar a limpeza do piso com o detergente neutro.
f. Realizar a desinfecção do piso com solução de hipoclorito a 1%.
g. Passar mop úmido no piso após 10 minutos de exposição ao desinfetante.
h. Verificar o funcionamento do dispenser de sabão líquido e do papel toalha.
i. Providenciar reposição dos refis em caso de necessidade.
j. Realizar a limpeza e desinfecção dos equipamentos e materiais utilizados com solução de hipoclorito a
0,1%.
k. A limpeza concorrente desta acomodação deve ser realizada 2 x dia conforme descrição acima.
l. Não utilizar ou repor dispenser de álcool gel na acomodação.

Manuseio do Material
1. Retirar a solução de hipoclorito de sódio a 1% na Central de Material e Esterilização (1o. Andar) na
bomba de diluição do produto, conforme protocolo estabelecido pela Coordenação do Serviço de
Higiene.
2. Para diluição da solução em hipoclorito a 0,1%, proceder da seguinte maneira: para uma medida de
hipoclorito a 1%, adicionar mais 9 medidas de água potável.

Resultados Esperados
1. Eliminar os esporos de Clostridium difficile do ambiente.
2. Prevenir surto intra-hospitalar de infecção por Clostridium difficile.

6.5 Manejo do Paciente em Precaução de Contato em Centro Cirúrgico

Material Necessário
 Listagem de pacientes em Isolamento
 Avental de circulação do CC
 Maca de transporte
 Lençol
 Avental de manga longa
 Luvas de procedimento
 Hamper
 Coletor de resíduos infectantes
 Álcool 70o
 Wiper®
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PRECAUÇÃO DE CONTATO
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Passos Críticos
Transporte do Paciente do Setor de Internação para o Centro Cirúrgico
1. Verificar a aplicação do protocolo de Precaução de Contato para o paciente em questão.
2. Vestir o avental de circulação sobre a roupa privativa do Centro Cirúrgico.
3. Encaminhar-se ao setor de internação do paciente levando a maca de transporte com lençol.
4. Vestir o avental de manga longa sobre o avental de circulação e calçar luvas de procedimento.
5. Transferir o paciente do leito para a maca de transporte.
6. Cobrir o paciente com lençol.
7. Colocar o avental de manga longa em hamper presente dentro da acomodação.
8. Desprezar as luvas de procedimento em coletor de resíduos infectantes dentro da acomodação.
9. Lavar as mãos.
10. Encaminhar o paciente ao Centro Cirúrgico.
11. Retirar o avental de circulação.
12. Encaminhar o paciente a Sala Operatória.
13. Deixar o paciente sob os cuidados do circulante da sala.
14. Aguardar a devolução da maca de transporte previamente desinfetada.
15. Encaminhar a maca de transporte ao local de guarda.

Circulante da Sala Operatória em procedimento com o paciente em isolamento


16. Vestir avental de manga longa sobre a roupa privativa.
17. Calçar luvas de procedimento.
18. Receber o paciente em sala operatória.
19. Realizar a transferência do paciente da maca de transporte para a mesa cirúrgica.
20. Colocar as roupas de cama em hamper localizado em sala operatória.
21. Realizar assepsia de maca de transporte com Wiper® embebido de álcool a 70%.
22. Entregar a maca de transporte para guarda em local adequado.
23. Circular a sala, solicitando os materiais necessários por interfone.
24. Assistir ao paciente durante a recuperação anestésica em Sala Operatória.
25. Solicitar a maca de transporte após liberação do anestesista.
26. Calçar luvas de procedimento.
27. Transferir o paciente da mesa cirúrgica para a maca de transporte.
28. Cobrir o paciente com lençol.
29. Solicitar o transporte do paciente para a unidade de internação.
30. Colocar avental de manga longa em hamper localizado dentro da sala operatória.
31. Retirar as luvas de procedimento.
32. Desprezar as luvas de procedimento em coletor de resíduos infectantes.
33. Lavar as mãos.
34. Realizar a troca da roupa privativa.

Transporte do Paciente do Centro Cirúrgico para o Setor de Internação


35. Encaminhar o paciente à acomodação reservada por meio do Elevador 2.
36. Vestir avental de manga longa sobre o avental de circulação do CC.
37. Calçar luvas de procedimento.
38. Transferir o paciente da maca de transporte para o leito.
39. Realizar desinfecção da maca com Wiper® embebida em álcool a 70o.
40. Colocar o avental de manga longa em hamper dentro da acomodação.
41. Desprezar as luvas de procedimento em coletor de resíduos infectantes dentro da acomodação.
42. Lavar as mãos.

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43. Retornar ao Centro Cirúrgico.


44. Encaminhar a maca ao local de guarda.

Manuseio do Material
1. O Centro Cirúrgico deve estar provido de aventais de manga longa.
2. Priorizar a não saída do circulante de sala para a busca de material / medicação. Utilizar o sistema de
interfone para a solicitação de materiais.
3. Os anestesistas deverão utilizar o avental de isolamento sobre a roupa privativa do Centro Cirúrgico.
Após o procedimento, deverão colocar o avental de isolamento em saco de hamper no interior da SO.
Outra opção seria a troca da roupa privativa logo após término do procedimento, caso os médicos não
estejam em uso de avental de manga longa.
4. Os cirurgiões utilizarão o avental estéril que servirá, também, como avental de isolamento. Após o
procedimento cirúrgico, deverão colocar o avental cirúrgico em saco de hamper no interior da SO.
5. A Higienização das mãos após o término do procedimento é obrigatória para todos os profissionais.
6. A sala operatória deverá estar identificada com a placa de isolamento padronizada na instituição.

Resultado Esperado
 Cumprir as normas referentes às Precauções de Contato.
 Evitar o risco de transmissão cruzada de microrganismos multi-droga-resistentes em pacientes
cirúrgicos.

Ações Corretivas
 Caso o profissional responsável pelo transporte do paciente necessite entrar em sala operatória, este
deve utilizar avental de manga longa e luvas de procedimento para auxiliar na transferência do paciente
para a mesa cirúrgica.
 Se houver impossibilidade de fornecer material ao circulante de sala por solicitação pelo interfone, o
circulante deve retirar o avental de manga longa, pendurando vestimenta em suporte, retirar as luvas
de procedimento e higienizar as mãos.
 Caso a recuperação anestésica não seja realizada em SO, providenciar distanciamento mínimo de 1,5
metros entre as macas em Sala de Recuperação Anestésica.

6.6 Medidas de Precaução em Pacientes Colonizados ou Infectados por Enterococcus Resistente a


Vancomicina (VRE) ou Enterobactérias Produtoras de Carbapenemase (KPC)

Material Necessário
 Exame laboratorial confirmando a presença de VRE e/ou KPC
 Manual de Procedimentos Operacionais Padrão da CCIH
 Placa Amarela – Precaução máxima (Identificação para quarto em Precaução de Contato)
 Recursos físicos: Quarto privativo, estetoscópio, esfigmonamômetro, termômetro, luvas de
procedimento, avental de isolamento, hamper e coletor para resíduos infectantes para a adoção de
Protocolo de Precaução de Contato Rigoroso
 Recursos humanos para a adoção de Protocolo de Precaução de Contato Rigoroso
 Refil de Clorexidina Degermante 2%
 Frasco de Clorexidina Degermante 2%

Passos Críticos
Serviço de Controle e Prevenção de Infecção Hospitalar
1. Comunicar a ocorrência de VRE e/ou KPC em exame microbiológico ao Enfermeiro supervisor do
plantão; bem como notificar a Coordenação de Enfermagem do setor e a Gerência Executiva de
Enfermagem.

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2. Orientar/Supervisionar a implantação do Protocolo de Precaução de Contato Rigoroso a Equipe


multidisciplinar, Serviço de Higiene e Nutrição e Dietética.
3. Comunicar o médico do paciente quanto à situação detectada.
4. Solicitar quinzenalmente swab retal para o paciente visando acompanhamento de colonização.

Enfermeiro Supervisor
1. Providenciar quarto privativo, com localização restrita de fluxo de pessoas. 1
2. Identificar com a placa amarela a porta da acomodação.
3. Providenciar estetoscópio, esfigmomanômetro e termômetro de uso exclusivo do paciente.
4. Providenciar saco para hamper no interior da acomodação.
5. Providenciar Clorexidina degermante 2% para o banho do paciente.
6. Solicitar a substituição dos coletores de resíduo comum pelo coletor de resíduo infectante no interior da
acomodação, para a Equipe de Higiene Hospitalar;
7. Solicitar a substituição do sabonete comum pelo clorexidina degermante (sabonete antisséptico) nos
dispenseres do quarto e do posto de enfermagem, para a Equipe de Higiene Hospitalar;
8. Orientar a restrição de visitas ao quarto em contato com a Equipe de Recepção.
9. Orientar acompanhante / familiar quanto ao protocolo instituído.
10. Orientar / Supervisionar os profissionais de saúde quanto ao uso de avental de manga longa e luvas de
procedimento no contato com paciente ou objetos e móveis da acomodação.
11. Orientar / Supervisionar quanto ao uso de avental de manga curta pelo acompanhante do paciente
durante a permanência na acomodação.

Coordenação de Enfermagem
1. Providenciar recursos humanos e físicos necessários para o seguimento do POP.

Manuseio do Material
1. Em vigência de culturas com crescimento de VRE e/ou KPC o Serviço de Controle e Prevenção de
Infecção Hospitalar atuará na imediata implantação deste Protocolo Operacional.
2. Em relação às rotinas da Equipe de Higiene Hospitalar não há diferenças quanto técnica de limpeza
concorrente ou terminal para a acomodação. No entanto, orienta-se o uso do desinfetante hospitalar
durante a limpeza concorrente do quarto com o objetivo de redução de carga microbiana.
3. Em relação às rotinas da Lavanderia Hospitalar não há orientações diferenciadas. Não sendo necessária
a identificação de saco de hamper ou alteração no processo vigente.
4. A localização restrita de acesso é designada por uma área com fluxo de pessoas reduzido,
preferencialmente as acomodações locadas no final do corredor sem saída.

Resultados Esperados
1. Prevenir a transmissão cruzada de microrganismos de relevância epidemiológica.
2. Evitar a ocorrência de surtos por VRE e/ou KPC.

Ações Corretivas
 Em caso de dúvidas quanto ao seguimento do POP, entrar em contato com as enfermeiras do SCIH para
esclarecimento e orientação.

6.7 Cultura de Vigilância em Pacientes Transferidos ou com Internação Prévia em outro Serviço de
Saúde

Materiais Necessários
 Pedido de exame com especificação para cultura de vigilância:
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- Swab retal – pesquisa de Enterococcus Resistente a Vancomicina (VRE) e pesquisa de Enterobactérias


produtoras de carbapenemase (KPC)
- Swab nasal – pesquisa de Staphylococcus aureus Resistente a Oxacilina (MRSA)
- Swab inguinal – pesquisa de Acinetobacter baumanii
 03 Swabs estéreis
 03 Tubetes plásticos com meio de transporte Stuart
 Meio de cultura adequado para a investigação das cepas KPC (Lab. Microbiologia)
 Meio de cultura adequado para a investigação das cepas VRE
 Meio de cultura adequado para a investigação de MRSA
 Meio de cultura adequado para a investigação de Acinetobacter baumanii
 Prontuário hospitalar

Passos críticos
1. Investigar durante o processo de admissão a transferência de outro Hospital (permanência superior a 48
horas) ou a internação prévia recente em outra Instituição.
2. Instituir a Precaução de Contato mediante confirmação de transferência ou Internação recente em
outra Instituição.
3. Preencher solicitação de exame:
4. Coleta de swab retal para pesquisa de cepas VRE e KPC
5. Coleta de swab nasal para pesquisa de MRSA
6. Coleta de swab inguinal para pesquisa de Acinetobacter baumanii
7. Anotar em espaço para justificativa de exame: “Protocolo Institucional SCIH”.
8. Proceder à coleta do exame utilizando um swab para coleta retal, um swab para coleta nasal e um swab
para coleta inguinal.
9. Solicitar a equipe do Laboratório o recolhimento do material e pedido de exame.
10. Aguardar o contato das enfermeiras do SCIH ou entrar em contato com Lab. Microbiologia para solicitar
verificação de resultado.
a. Caso os resultados dos swabs sejam negativos, providenciar a suspensão da Precaução de Contato.
b. Caso o(s) resultado(s) seja(m) positivo(s), estabelecer condutas conforme Protocolo Padrão com base
no(s) microorganismo(s) evidenciado(s).

Fluxograma Adulto e Pediatria

1. Na UTI-Neonatal, proceder a coleta de swab peri-umbilical, swab retal e swab de orofaringe para cultura
geral. A realização do Teste rápido para vírus sincicial respiratório é indicada conforme recomendação
médica.
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2. NÃO APLICAR ESSE PROTOCOLO EM PACIENTES QUE RESIDEM EM CASA DE REPOUSO.


3. O enfermeiro supervisor de plantão deve orientar a equipe de enfermagem quanto à importância da
coleta do exame na admissão do paciente, para otimizar a liberação do resultado e condutas
necessárias.
4. A equipe do Laboratório de Microbiologia, em vigência de cultura positiva para VRE ou KPC, deverá
comunicar o enfermeiro supervisor em situação de ausência das enfermeiras do SCIH para a
continuidade do Protocolo.
5. A enfermeira do SCIH deverá anotar em Prontuário médico a justificativa para a coleta dos exames,
conforme POP Institucional.
6. A coleta de amostra por swab deve ser realizada por movimentos circulares quando a porção do
cotonete estiver em contato com a mucosa anal (swab retal) ou com a parede interna nasal (swab nasal)
e por movimento de fricção do swab em toda área de dobra na região inguinal – virilha (swab inguinal).
7. Caso o resultado do swab nasal seja positivo para MRSA, as enfermeiras do SCIH iniciarão o POP SCIH
para Descolonização por MRSA.
8. As enfermeiras dos setores de internação têm autonomia para suspender a Precaução de Contato caso
o resultado da cultura de vigilância seja negativo (sem crescimento bacteriano).

Resultados Esperados
1. Atuar de forma antecipada e preventiva em relação ao desenvolvimento de cepas multi-droga-
resistentes (MDR).
2. Minimizar o risco de surto intra-hospitalar por MO MDR.

Ações Corretivas
Em caso de dúvidas quanto ao seguimento do POP verificar RO do SCIH.

6.8 Coleta de Cultura de Vigilância de Pacientes residentes em Clínica / Casa de repouso

Materiais Necessários
 Pedido de exame com especificação para cultura de vigilância:
- Swab retal – pesquisa de Enterococcus Resistente a Vancomicina (VRE) e microrganismos produtores de
cabapenemase (KPC).
 Swab estéril.
 Tubete plástico com meio de transporte Stuart.
 Meio de cultura adequado para a investigação das cepas VRE (Lab. Microbiologia).
 Prontuário hospitalar.

Passos críticos
1. Investigar durante o processo de admissão se paciente proveniente de clínica ou casa de repouso.
2. Instituir a Precaução de Contato mediante confirmação de item 1.
3. Preencher solicitação de exame:
4. Coleta de swab retal para pesquisa de cepas VRE e KPC.
5. Anotar em espaço para justificativa de exame: “Protocolo Institucional SCIH”.
6. Proceder à coleta do exame.
7. Solicitar a equipe do Laboratório o recolhimento do material e pedido de exame.
8. Aguardar contato das enfermeiras do SCIH para suspender Precaução de Contato (se resultado negativo)
ou estabelecer condutas conforme microrganismos evidenciados.

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Manuseio do Material
1. Esse Protocolo se restringe a pacientes que residem em casa de repouso. NÃO SE APLICA A PACIENTES
TRANSFERIDOS DE OUTRO HOSPITAL.
2. O enfermeiro supervisor de plantão deve orientar a equipe de enfermagem quanto à importância da
coleta do exame na admissão do paciente, para otimizar a liberação do resultado e condutas
necessárias.
3. A equipe do Laboratório de Microbiologia, em vigência de cultura positiva para VRE, deverá comunicar o
enfermeiro supervisor em situação de ausência das enfermeiras do SCIH para a continuidade do
Protocolo.
4. A enfermeira do SCIH deverá anotar em Prontuário médico a justificativa para a coleta dos exames,
conforme POP Institucional.

Resultados Esperados
1. Atuar de forma antecipada e preventiva em relação ao desenvolvimento de cepas multi-droga-
resistentes (MDR).
2. Minimizar o risco de surto intra-hospitalar por MO MDR.

6.8 Hemodiálise Hospitalar em Pacientes Portadores de Enterobactéria Produtora de


Carbapenemase (KPC) e outros Microrganismos, conforme orientação do SCIH

Materiais Necessários
 Equipamento portátil para hemodiálise
 Equipamento portátil para osmose reversa
 Wiper wypall® (pano multiuso)
 Almotolia descartável com álcool 70o
 Luvas de procedimento
 Avental de manga longa
 Coletor de Resíduos Infectante
 Hamper
 Manual da CCIH – Rotina Precaução de Contato

Passos críticos
1. Realizar, preferencialmente, o procedimento de hemodiálise em paciente portador no último período.
2. Paramentar-se, conforme Rotina de Precaução de Contato, com avental de manga longa e luvas de
procedimento durante a permanência em Quarto em Isolamento.
3. Proceder à desinfecção interna do equipamento, após término do procedimento.
4. Realizar desinfecção externa dos equipamentos e extensões com uso de pano umedecido com álcool a
70%.
5. Descartar luvas de procedimento em coletor de resíduos infectantes.
6. Colocar avental de manga longa em hamper (depositado no interior da acomodação).

Manuseio do Material
O uso da paramentação com avental de manga longa pelos profissionais (enfermagem e médico)
durante a permanência no interior da acomodação é obrigatório em todos os quartos em Precaução de
Contato. As luvas de procedimentos devem ser calçadas para manipulação do paciente e/ou equipamentos e
superfícies.

Resultados Esperados
 Reduzir o risco de contaminação cruzada.

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 Garantir a limpeza dos equipamentos para o atendimento dos pacientes.

6.9 Manejo do HAMPER

Material Necessário
 Saco plástico para hamper na cor amarela
 Lacre para saco plástico na cor amarela
 Suporte de Hamper
 Caneta para retroprojetor

Passos Críticos
1. Identificar o saco plástico amarelo com caneta para retroprojetor: “Setor” e “Plantão”.
2. Adaptar o saco plástico para hamper em suporte.
3. Encaminhar o hamper para a acomodação na qual será realizada a troca de roupa.
4. Manter o hamper em frente à porta da acomodação.
5. Colocar a roupa suja no hamper.
6. Utilizar o hamper até o preenchimento máximo de 3/4 da capacidade do saco plástico.
7. Fechar o saco plástico para hamper com o auxílio do lacre específico quando atingir a capacidade de
contenção ou ao término do plantão.
8. Encaminhar o suporte hamper para a sala de guarda de roupas do setor.
9. Armazenar os sacos plásticos para hamper lacrados em container coletor situados em pontos
estratégicos nos andares.
10. Aguardar coleta dos sacos para hamper pela equipe da Lavanderia Hospitalar.

Manuseio do Material
1. Os sacos plásticos para hamper e os lacres, ambos na cor amarela, padronização da Instituição, devem
ser solicitados semanalmente pela auxiliar de escritório, conforme utilização do setor.
2. Os estoques do setor de sacos plásticos para hamper e de lacres devem ser armazenados em sala de
guarda de roupa do setor.
3. Os sacos plásticos para hamper não devem ser preenchidos acima de sua capacidade de 3/4 do volume
para evitar rompimento.
4. Nas acomodações em Precaução por Contato, quando possível, manter o suporte para hamper dentro
da acomodação, permitindo o descarte de aventais e demais roupas contaminadas. Se não for possível
colocar com o suporte, disponibilizar o saco plástico.
5. Não é necessário identificar o saco plástico como hamper de Isolamento em rotina (exceção: pediculose
e escabiose).
6. Não é necessário saco plástico duplo em situações de Isolamento.
7. Não é necessário o uso de saco plástico branco com simbologia de resíduo infectante para o
acondicionamento de roupa em acomodações em Isolamento.
8. A identificação do saco plástico com “Setor” e “Plantão de Trabalho” objetiva o rastreamento de objetos
descartados de forma inadequada, sendo obrigatório. Deve ser realizada com caneta para retroprojetor
para evitar o apagamento da identificação.
9. Em caso de Isolamento por ‘pediculose’ (piolho) ou ‘escabiose’ (sarna) identificar o saco de hamper com
caneta de retroprojetor, objetivando alertar o Serviço de Lavanderia a reduzir o manuseio das roupas e
consequentemente o risco de infestação.

Resultados Esperados
1. Garantir o processamento das roupas de forma adequada e segura.
2. Reduzir o risco de infestação, nos casos de Pediculose e Escabiose.

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PRECAUÇÃO DE CONTATO
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 Em caso de hamper com capacidade de preenchimento no limite, proceder à abertura de novo saco
plástico e divisão de conteúdo.
 Em caso de Precaução de Contato por Pediculose ou Escabiose, o saco plástico deve ser identificado e a
manipulação do saco deve ocorrer o mínimo possível para prevenir o risco de infestação.
 Caso não seja possível manter o suporte para hamper na acomodação por falta de equipamento, manter
apenas o saco plástico no interior da acomodação.
 Caso não haja identificação com “Setor” e “Plantão”, o funcionário da lavanderia hospitalar solicitará a
marcação no momento da coleta.

7. ESTRATÉGIAS DE MONITORAMENTO E INDICADORES


Acompanhamento dos indicadores do CCIH, planilha de pacientes colonizados por microrganismos multi-
droga-resistentes (MO MDR), planilha de validação de isolamentos.

8. DOCUMENTOS DE REFERÊNCIA
Portaria nº 2.616/MS/GM, de 12 de maio de 1998.

Precauções e Isolamentos – Associação Paulista de Estudos e Controle de Infecção Hospitalar (APECIH), 1999.

DRAFT: Guideline for Isolation Precautions - Preventing Transmission of Infectious Agents in Healthcare
Settings. Recommendations of the Healthcare Infection Control Practices Advisory Committee, 2004.

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